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Dispositivos Tiristores
O SCR pode ser representado pela curva característica idealizada, como mostra a
figura abaixo. Ela tem três estados básicos de operação. O estado de bloqueio direto
( desligado) o estado de condução direta (ligado) e o estado de bloqueio reverso
(desligado). O sinal na porta chaveia o SCR do estado de bloqueio direto para o de
condução direta. O SCR ideal se comporta como um diodo após ter passado para o
estado ligado.
Testes dos SCRs
-Pode - se testar o SCR com polarização direta. Aciona-se a porta com uma tensão e
observa-se se ela permanece no estado ligado após essa tensão ter sido removida.
-Os SCRs pequenos, com correntes baixas de sustentação, pode ser testados com
multímetro digital.
-Se o SCR passar para o estado ligado antes que a tensão de porta seja aplicada ele
estará em curto entre o ânodo e o cátodo.
-Se não passar para o estado ligado após a aplicação da tensão de porta, então ele
estará aberto.
-Se estiver ligado durante o acionamento da porta e passar para desligado no
momento em que o terminal for removido, sua condição será duvidosa.
-Obs: a corrente fornecida pelo ohmímetro pode ser inferior a corrente de
sustentação.
-Os SCR podem ser testados de modo mais confiável com o uso de um traçador de
curvas. Essa medida fornecerá os valores exatos de certas tensões ou correntes. No
caso de testes rápidos, porém ohmímetro pode ser utilizado sem problemas.
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I m to
I RMS
T
onde t0 é a duração do pulso, T é o tempo de repetição do pulso e Im é a corrente
máxima. O valor médio do pulso é dado por:
I mt0
I avg
T
O fator de forma (f0) é definido como a relação entre os valores RMS e médio de
corrente:
I RMS
f0
I avg
IRMS = f0(Iavg )
O valor nominal de uma dada corrente de um SCR é, via de regra, sua corrente
RMS repetitiva máxima (IT(RMS)). Deve-se agir com cuidado se os valores forem
dados pelos valores DC ou médio. O valor nominal RMS IT(RMS) é então:
IT(RMS) = f0(IT(avg))
- Corrente de disparo (IL) – Corrente mínima de ânodo que deve fluir pelo
SCR a fim de que ele fique no estado ligado logo após o sinal da porta ter sido
removido. Se não for alcançada quando o sinal estiver sendo aplicado na porta, o
SCR poderá até passar para o estado ligado, mas retornará ao desligado quando o
sinal for removido.
Vp
L
di / dt )max
Taxa de subida crítica da tensão no estado desligado (valor nominal dv/dt)
-A aplicação de uma tensão direta com subida rápida no SCR no estado desligado
resulta em um fluxo de corrente nas junções para a camada da porta. Essa
corrente, que equivale a uma corrente de porta fornecida externamente, fará com
que o SCR passe para o estado ligado se o valor crítico for ultrapassado.
-Uma taxa alta de subida de tensão direta (dv/dt), como resultado do chaveamento
ou de surtos pode causar um disparo não-programado.
-O valor nominal dv/dt fornece o tempo de subida máximo de um pulso de tensão
que pode ser aplicado ao SCR no estado desligado sem provocar seu disparo não
programado. O valor é especificado em Volts/ms.
-Um valor alto de dv/dt é desejável para muitas aplicações em que o dispositivo
enfrentará pulsos com temperatura de subida muito pequeno.
Exemplo 4.5:
VDRM T VDRM
T C Rs
(dv / dt ) max RL di / dt )max
Parâmetros de Porta
VIN(min) = VRG + V0
-Supondo V0 = 0,7V
-Lembrando que VRG = IGT x RG
Valor nominal da temperatura de junção
-Em todos os semicondutores, a consideração mais importante é a temperatura de
junção (TJ ). Ela não somente define os limites máximos e mínimos como também
determina se o dispositivo pode agüentar um período prolongado de operação.
* Se a temperatura da junção do SCR exceder o seu valor nominal máximo:
- a queda de tensão de disparo e as correntes no estado desligado e de fuga inversa
aumentarão rapidamente;
-O tempo de desligamento cresce de maneira significativa;
* Se a temperatura de junção cair abaixo de seu limite mínimo, o SCR poderá não
ser acionado.
Quando os SCRs são ligados em série eles não possuem as mesmas características, e
compartilham a tensão na proporção inversa de suas correntes de fuga, isso leva a
uma distribuição de tensão desigual. A figura abaixo mostra as correntes de fuga de
dois SCRs idênticos SCR1 e SCR2 cada um com uma tensão de bloqueio VBO direta.
Como os dois SCRs estão ligados em série , a mesma corrente flui por meio de
ambos. Entretanto a tensão do SCR1 (V1) é maior do que em SCR2 (V2), porque
A corrente de fuga do SCR1 é menor do que a
do SCR2 para uma mesma tensão, neste caso
os dois não dividem de modo igual a tensão
de alimentação. A tensão máxima que os
SCRs podem bloquear é somente V1+V2, e
não 2VBO. Para usar a capacidade completa
de bloqueio direto de cada dispositivo, a
tensão de bloqueio direto de cada dispositivo,
a tensão de bloqueio direta deve ser
igualmente distribuída.
Proteção do SCR
Uma operação confiável do SCR exige proteção contra sobretensão e sobrecorrente.
Sobretensão:
- Diodo em série com o circuito;
- Escolher valores nominais com fator de segurança de tensão de 1,5;
- Utilização de um circuito Snubber RC.
Sobrecorrente:
- Proteção contra sobrecorrente são os relés de sobrecorrentes, fusíveis de ação
rápida e disjuntores de alta velocidade.
Proteção do circuito de porta
-O circuito gerador de pulso de porta deve ser protegido contra transitórios de tesnão
induzidos.
-É também necessário separá-lo da fiação de força, tanto quanto possível.
-O isolamento elétrico entre o SCR e o circuito de porta costuma ser feito por um
transformador de pulso ou por um acoplador óptico.
-Três tipos de sinais básicos de disparos de porta costumam ser usados: sinais DC,
sinais pulsados e sinais AC.
Acionamento de SCRs em série e em paralelo
Os SCRs em série ou paralelo devem ser acionados pela mesma fonte no mesmo
instante. Para isso tem que usar uma tensão relativamente alta de porta, o que
disparará os SCRs com maior rapidez e proporcionará um tempo uniforme de
passagem para o estado ligado. A utilização de transformadores de pulsos pode ser
a garantia que todas as portas seja acionadas simultaneamente.
A figura baixo mostra um transformador de pulso para acionamento de porta com
enrolamentos múltiplos secundários, isolados de maneira apropriada, esse
transformador fornece o isolamento elétrico.
Acionamento simultâneo de SCRs: a) acionando SCRs em série; b) acionando SCRs
em paralelo
Circuitos de desligamento (comutação) de SCRs
Quando o SCR está polarizado diretamente e recebe um sinal na porta ele passa para
o estado ligado, entretanto se a corrente de ânodo IA estiver acima da corrente de
sustentação, a porta não bloqueia o SCR. A Única maneira de levar o SCR para o
estado desligado é reduzir a corrente de ânodo abaixo do valor da corrente de
sustentação.
-Também é possível tornar o ânodo negativo em relação ao cátodo, o processo de
passagem para o estado desligado é conhecido como comutação.
Comutação de linha AC
Chave controlada por silício
Este elemento é uma chave semicondutora de potência que passa para o estado
ligado como o SCR normal, isto é, com um sinal positivo na porta. Além disso pode
passar par ao estado desligado por meio de uma corrente de porta negativa. Portanto
tanto para ligar como para bloquear o GTO o controle é feito pela porta.
Passa para o estado ligado e desligado quando se estabelece uma corrente de porta,
o MCT é chaveado quando se emprega a tensão apropriada entre a porta e o ânodo.
Quando a tensão de porta-ânodo é de aproximadamente -5V, QON passa para o
estado ligado e fornece corrente de porta para o SCR. Isso faz com que o
dispositivo passa para o estado ligado. O MCT passa para o estado desligado com a
aplicação de uma tensão porta-ânodo de aproximadamente +10 V, a qual passa
para QOFF para o estado ligado. Isso desvia a corrente do SCR e faz passar para o
estado desligado.
O MCT: a) símbolo; b) circuito Curva característica V-I de um
equivalente MCT
FIM