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Psicologia da Educação

De acordo com Antunes (2007 apud BARBOSA 2012 p. 163 – 173) a Psicologia
Educacional pode ser descrita como uma subárea da psicologia que é considerada uma área de
conhecimento a qual entendemos como corpus sistemático e organizado de saberes científicos,
produzidos de acordo com procedimentos definidos, referentes à determinados fenômenos ou
conjunto de fenômenos constituintes da realidade, fundamentado em questões ontológicas,
epistemológicas, metodológicas e éticas determinadas. É importante considerarmos as diversas
concepções, abordagens e teorias que constituem esta área de conhecimento.
Assim podemos afirmar que a Psicologia da Educação ou Psicologia Educacional é uma subárea
de conhecimento, que tem como vocação a produção de saberes relativos aos fenômenos
psicológicos constituinte do processo educativo.

 COLL, Cesar, Palácios, J. e Marcheis, A. (org) Desenvolvimento Psicológico e Educação.


Psicologia da Educação. Vol.2. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
 BARRY J. Wadsworth. Inteligência e Afetividade da Criança na Teoria de Piaget. Editora
Pioneira, São Paulo. S/d.
 DAVIS, Claudia e Oliveira Z. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1993.
 DAVIS, C. e Oliveira, Z. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1993.
 FRANCO S.R.K. (1995). O construtivismo e a educação. Porto Alegre, RS: Mediação.
 LA TAILLE, Ives, Dantas, H. e Oliveira, M.K.. Piaget, Vygotsky e Wallon. Teorias
Genéticas em Discussão. São Paulo: Summus, 1992.

Língua Brasileira de Sinais

A partir do século XVI, com mudanças nessa visão acontecendo na Europa, essa ideia foi sendo
deixada de lado. Teve início a luta pela educação dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de
um surdo francês, chamado Eduard Huet. Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II
para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de
Surdos Mudos. Com o passar do tempo, o termo “surdo-mudo” saiu de uso por ser incorreto, mas
a escola seguiu forte e funciona até hoje, com o nome de Instituto Nacional de Educação de
Surdos – o famoso INES. A Libras foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura
entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros. Ela foi
ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu uma grande derrota em 1880. Um congresso sobre
surdez em Milão proibiu o uso das línguas de sinais no mundo, acreditando que a leitura labial era
a melhor forma de comunicação para os surdos. Isso não fez com que eles parassem de se
comunicar por sinais, mas atrasou a difusão da língua no país.

 BRITO Lucinda F. Integração Social e Educação dos Surdos. Rio de Janeiro: Babel,
1993.
 CAVALCANTI, M. Estudos sobre educação bilíngue e escolarização em contextos de
minorias linguísticas no Brasil. D.E.L.T.A., v. 15, 1999.
 COSTA. Maria José Damiani et al. Linguística Aplicada ao ensino de línguas.
(Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Curso de Letras - LIBRAS à
distância. Desenvolvimento de material didático.)2007.
 PETTER, Margarida (2002). Linguagem, língua, linguística. In: J.L.Fiorin (org.),
 PINKER, S. O Instinto da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
 QUADROS, Ronice; KARNOPP, Lodenir. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos.
Porto Alegre: Artmed, 2004.
 SANTANA, Ana Paula. Surdez e linguagem: aspectos e implicações neolinguísticas. São
Paulo: Plexos, 2007.
Prática de Formação Pedagógica

As práticas pedagógicas incluem desde o planejamento e a sistematização da dinâmica dos


processos de aprendizagem até a caminhada no meio de processos que ocorrem para além da
aprendizagem, de forma a garantir o ensino de conteúdos e atividades que são considerados
fundamentais para aquele estágio de formação do aluno, e, por meio desse processo, criar nos
alunos mecanismos de mobilização de seus saberes anteriores construídos em outros espaços
educativos. O professor, em sua prática pedagogicamente estruturada, deverá saber recolher,
como ingredientes do ensino, essas aprendizagens de outras fontes, de outros mundos, de outras
lógicas, para incorporá-las na qualidade de seu processo de ensino e na ampliação daquilo que
se reputa necessário para o momento pedagógico do aluno.

 ALARCÃO, Isabel (Org). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão.


 Portugal: Editora, Porto, 1996.
 CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões
para a educação hoje. Porto Alegre: ArtMed, 2005.
 GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: ARTMED Sul,
1999.
 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
 NÓVOA, António. O Passado e o Presente dos Professores. In NÓVOA, A. (Org.).
 Profissão Professor. Portugal: Porto, 1995
 PIMENTA, S.G.; GHEDIN, E. (Org). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um
conceito. SP: Cortez, 2002.
 TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. RJ: Vozes, 2002.

Tecnologia da Informação e Comunicação

Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de recursos
tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das
mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento,
nas diversas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea,
comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação a
Distância). O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da
comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. No entanto, foi a popularização da
internet que potencializou o uso das TICs em diversos campos.

 EISEMBERG, José; CEPIK, Marco (Org.). Internet e política: teoria e prática da


democracia eletrônica. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002.
 FONSECA, Sônia M.H.P. da; José S. da Fonseca. Modulo: Novas Tecnologias em
Educação – Fortaleza: FGF, 2006.
 LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência – O Futuro do Pensamento na era da
Informática - RJ: Editora 34, 1993;
 MORAN, J.M. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas: Papirus, 2001.
 PAPERT, Seymour. Logo: Computadores e Educação. São Paulo: Brasiliense, 1995.
Educação para as relações étnicas raciais

Propiciar condições para o aluno discutir a presença da diferença, da diversidade na sociedade,


numa abordagem pluriétnica, multicultural e multidisciplinar, tomando como desafio possibilidades
mais democráticas de tratar a diferença, o outro no cotidiano e, ainda, favorecer o
aprofundamento da temática da formação cultural brasileira questionando as leituras
hegemônicas da nossa cultura e de suas características, assim como das relações entre os
diferentes grupos sociais e étnicos, bem como as implicações para o trabalho e desenvolvimento.
Educação para as relações étnico-raciais. Conceitos de raça e etnia, mestiçagem, racismo e
racialismo, preconceito e discriminação. Configurações dos conceitos de raça, etnia e cor no
Brasil: entre as abordagens acadêmicas e sociais. Cultura afro-brasileira e indígena. Políticas de
Ações Afirmativas e Discriminação Positiva – a questão das cotas. Trabalho, produtividade e
diversidade cultural.

 SILVA, Tomaz Tadeu Da Silva (org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos
estudos culturais em educação. 4. Ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
 CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas. Edusp: São Paulo, 2003.
 RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 2008. 435 p. ISBN 9788535907810.
 BANDEIRA, Maria de Lourdes. Antropologia. Diversidade e Educação. Fascículos 3º e 4º,
2º ed. rev. Cuiabá, EDUFMT, 2000.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Superando o racismo na escola. 2. Ed. Brasília:
Ministério da educação, 2005. 204 p. (número de consulta: 379.260981 S959 dois. ed. /
2005).
 BRASIL. Educação antirracista: caminhos abertos pela lei federal nº 10.639/03. Brasília:
Ministério da educação, 2005. 236p. (Coleção Educação para todos).

Politicas Publicas Educacionais

Política pública é uma expressão que visa definir uma situação específica da política. A melhor
forma de compreendermos essa definição é partirmos do que cada palavra, separadamente,
significa. Política é uma palavra de origem grega, politikó, que exprime à condição de participação
da pessoa que é livre nas decisões sobre os rumos da cidade, a pólis. Já a palavra pública é de
origem latina, publica, e significa povo, do povo. Assim, política pública, do ponto de vista
etimológico, refere-se à participação do povo nas decisões da cidade, do território. Porém,
historicamente essa participação assumiu feições distintas, no tempo e no lugar, podendo ter
acontecido de forma direta ou indireta (por representação). De todo modo, um agente sempre foi
fundamental no acontecimento da política pública: o Estado.

 AMARAL, Nelson Cardoso. Financiamento da educação básica e o PNE 2011-2020.


Revista Retratos da Escola. Brasília, v. 4, n.6, p.123-141, jan./jun. 2010.
 BRZEZISNSKI Iria. LDB dez anos depois: reinterpretação sob diversos olhares.
DOURADO, Luiz F.; PARO Vitor H. (Org.). Políticas públicas e educação básica. São
Paulo: Xamã, 2001.
 CURY, Carlos Roberto Jamil. A Educação Básica no Brasil. Educação & Sociedade,
v.XXIII, nº80, set./2002. P. 168-200. . Estado e políticas de financiamento em educação.
Educação & Sociedade. Campinas, v.28, n.100, p. 831-855, out. 2007.
 DAVIES, Nicholas. Fundeb: a redenção da educação básica? Educação & Sociedade, v.
XXVII,nº 96, out./2006. P. 753-774
Educação e Direitos humanos

A Educação em Direitos Humanos parte de três pontos: primeiro, é uma educação permanente,
continuada e global. Segundo, está voltada para a mudança cultural. Terceiro, é educação em
valores, para atingir corações e mentes e não apenas instrução, ou seja, não se trata de mera
transmissão de conhecimentos. Acrescente-se, ainda, que deve abranger, igualmente,
educadores e educandos, como sempre afirmou Paulo Freire. É a formação de uma cultura de
respeito à dignidade humana através da promoção e da vivência dos valores da liberdade, da
justiça, da igualdade, da solidariedade, da cooperação, da tolerância e da paz. Isso significa criar,
influenciar, compartilhar e consolidar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e
comportamentos que decorrem, todos, daqueles valores essenciais citados – os quais devem se
transformar em práticas.

 ARAÚJO, Ulisses F.; AQUINO, Júlio Groppa. Os Direitos Humanos na Sala de Aula: A
Ética Como Tema Transversal. São Paulo: Moderna, 2001.
 BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em Preto e Branco: discutindo as relações
sociais. São Paulo: Ática, 2002.
 CANDAU, Vera Maria, et al. Oficinas Pedagógicas de Direitos Humanos. Petrópolis:
Vozes, 1995. ; SACAVINO, Susana (org.). Educação em Direitos Humanos: temas,
questões e propostas; Rio de Janeiro: DP&Alli, 2008.

Educação Prisional: Jovens em Privação da Liberdade

A educação é um direito de todos. As políticas e ações apresentadas têm que realmente sair do
papel e fazer parte da rotina dos ambientes prisionais, não somente como algo isolado e pontual,
mas como uma política universal de Estado. Consideramos que esse debate ainda está no seu
início, mas tem que ser ampliado, para mostrar que a educação não pode ser retirada do preso
junto com sua liberdade. A concepção e implementação de políticas públicas visando ao
atendimento especial de segmentos da população estrutural e historicamente fragilizados,
constituem um dos modos mais significativos pelos quais o Estado e a Sociedade podem renovar
o compromisso para com a realização desse direito e a democratização de toda a sociedade. O
espaço e o tempo do sistema penitenciário, aliás, confirmam esses pressupostos. Embora não
faltem referências no plano interno e internacional, segundo as quais se devam colocar em
marcha amplos programas de ensino, com a participação dos detentos, a fim de responder às
suas necessidades e aspirações em matéria de educação. Inclusão e ressocialização; Educação
a distância para apenados. Sistema Prisional; Origem e evolução do sistema prisional; função do
Sistema Prisional; Tendências Contemporâneas do Sistema brasileiro; Tipos de prisão; Noções
básicas de direito Penitenciário; Conceitos mínimos; Relação com o Estado; configuração da
sentença; os apenados diferentes – minorias.

 CARRANO, Paulo Cesar Rodrigues. Juventudes: as identidades são múltiplas. In:


Movimento - Revista da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense,
Niterói, n. 1, p. 11-26, maio 2000.
 FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2008.
 GRACIANO, Mariângela. Educação também é direito humano. São Paulo: Ação
Educativa, 2005. [Plataforma interamericana de Direitos Humanos, Democracia e
Desenvolvimento – PIDHDD] disponível no site da ONG Ação Educativa.
 LEME, José Antonio Gonçalves. A cela de aula: tirando a pena com letras. Uma reflexão
sobre o sentido da educação nos presídios. In: ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano
(org). Educação escolar entre as grades. São Carlos: EdUFSCar, 2007.

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