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Quem é o autor? William P. Young [Paul], um homem que conheço há mais de uma década.
Cerca de quatro anos atrás, Paul abraçou o “Universalismo Cristão” e vem defendendo essa
visão em várias ocasiões. Embora freqüentemente rejeite o “universalismo geral”, a idéia de
que muitos caminhos levam a Deus, ele tem afirmado sua esperança de que todos serão
reconciliados com Deus, seja deste lado da morte, ou após a morte. O Universalismo Cristão
(também conhecido como a Reconciliação Universal) afirma que o amor é o atributo supremo
de Deus, que supera todos os outros. Seu amor vai além da sepultura para salvar todos
aqueles que recusaram a Cristo durante o tempo em que viveram. Conforme
essa idéia, mesmo os anjos caídos, e o próprio Diabo, um dia se arrependerão,
serão libertos do inferno e entrarão no céu. Não pode ser deixado no universo
nenhum ser a quem o amor de Deus não venha a conquistar; daí as palavras:
reconciliação universal.
Muitos têm apontado erros teológicos que acharam no livro. Eles encontram
falhas na visão de Young sobre a revelação e sobre a Bíblia, sua apresentação
de Deus, do Espírito Santo, da morte de Jesus e do significado da
reconciliação, além da subversão de instituições que Deus ordenou, tais como
o governo e a igreja local. Mas a linha comum que amarra todos esses erros é
o Universalismo Cristão. Um estudo sobre a história da Reconciliação
Universal, que remonta ao século III, mostra que todos esses desvios
doutrinários, inclusive a oposição à igreja local, são características do William P.
Universalismo. Nos tempos modernos, ele tem enfraquecido a fé evangélica na Young, autor
Europa e na América. Juntou-se ao Unitarianismo para formarem a Igreja de A
Unitariana-Universalista. Cabana.
2) Não existe punição eterna para o pecado. O credo de 1899 novamente afirma que Deus
“finalmente restaurará toda a família humana à santidade e à alegria”. Semelhantemente,
Young nega que “Papai” (nome dado pelo personagem a Deus, o Pai) “derrama ira e lança
as pessoas” no inferno. Deus não pune por causa do pecado; é a alegria dEle “curar o
pecado” (p. 120). Papai “redime” o julgamento final (p. 127). Deus não “condenará a maioria
a uma eternidade de tormento, distante de Sua presença e separada de Seu amor” (p. 162).
7) Não existe um julgamento futuro. Deus nunca imporá Sua vontade sobre as
pessoas, mesmo em Sua capacidade de julgar, pois isso seria contrário ao amor (p. 145).
Deus se submete aos humanos e os humanos se submetem a Deus em um “círculo de
relacionamentos”.
8) Todos são igualmente filhos de Deus e igualmente amados por ele (pp. 155-56). Numa
futura revolução de “amor e bondade”, todas as pessoas, por causa do amor, confessarão
a Jesus como Senhor (p. 248).
9) A instituição da Igreja é rejeitada como sendo diabólica. Jesus afirma que Ele “nunca
criou e nunca criará” instituições (p. 178). As igrejas evangélicas são um obstáculo ao
universalismo.
10) Finalmente, a Bíblia não é levada em consideração nesse romance. É um livro sobre
culpa e não sobre esperança, encorajamento e revelação.
Logo no início desta resenha, fiz uma pergunta: “Será que um trabalho de ficção precisa ser
doutrinariamente correto?” Neste caso a resposta é sim, pois Young é deliberadamente
teológico. A ficção serve à teologia, e não vice-versa. Outra pergunta é: “Os pontos positivos
do romance não superam os pontos negativos?” Novamente, se alguém usar a impureza
doutrinária para ensinar como ser restaurado a Deus, o resultado final é que a pessoa não é
restaurada da maneira bíblica ao Deus da Bíblia. Finalmente, pode-se perguntar: “Esse livro
não poderia lançar os fundamentos para a busca de um relacionamento crescente com Deus
com base na Bíblia?” Certamente, isso é possível. Mas, tendo em vista os erros, o potencial
para o descaminho é tão grande quanto o potencial para o crescimento. Young não apresenta
nenhuma orientação com relação ao crescimento espiritual. Ele não leva em consideração
nem a Bíblia, nem a igreja institucional com suas ordenanças. Se alguém encontrar um
relacionamento mais profundo com Deus que reflita a fidelidade bíblica, será a despeito de A
Cabana e não por causa dela. (extraído de uma resenha de James B. De Young, Western
Theological Seminary - The Berean Call - http://www.chamada.com.br)