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Amburana (Amburana acreana):

Muito marcante, a amburana em poucos dias já aporta características sensoriais. É uma madeira
muito perfumada (baunilha, canela), oferecendo aromas florais (flores brancas) e amadeirados – é
necessário atenção para a intensidade não comprometer o equilíbrio sensorial – bebidas com
muita presença de amburana tem aquele aroma característico de “armário de vó”. Quando tostada
(no kit ela é tosta média), entrega muita doçura, especiarias e suavizando sua intensidade tânica.

Bálsamo (Myroxylim balsamum)


Madeira muito usada para envelhecimento de cachaça no norte de Minas Gerais, como a famosa
cidade de Salinas. Traz notas de especiaria ( rico em eugenol, Especiarias, principalmente o cravo),
frutado e tânico. É uma madeira resinosa, que, assim como a amburana, merece atenção e
períodos mais curtos de envelhecimento acelerado para não ficar intragável. Sua tosta reduz a
intensidade tânica e eleva seu dulçor em equilíbrio com as especiarias (cravo).

Castanheira (Bertholletia excelsa)


A castanheira é conhecida popularmente como “o carvalho brasileiro” por ser rica em vanilina,
trazendo aromas associados a junção do tostado com baunilha, chocolate e caramelo. Após tosta
reduz também sua intensidade vegetal de madeira nova e enriquece a percepção sensorial de
castanhas. A castanheira está em extinção e tem seu corte proibido – fique atento de comprar
apenas de tanoeiros com certificação.

Cumaru (Dipteryx Odorata)


O cumaru é rico em cumarina, metabólito encontrado em diversas plantas como a erva-doce e
guaco. O seu aroma remete a baunilha com bastante intensidade. Por isso, a cumarina é
amplamente usada na indústria de cosméticos e aromatizantes. O cumaru é de dulçor e especiaria
elevados e resinosidade mediana. A amburana também é rica em cumarina, sendo muito mais
popular na tanoaria brasileira para envelhecer bebidas do que o próprio cumaru.

Ipê (Handroanthus sp.)


A tosta e tratamento são necessários para fazer do ipê uma madeira ideal para tanoaria,
entregando maciez, diminuindo a intensidade tânica e aumentando dulçor. A madeira entrega
sabores associados a nozes e castanhas.

Jequitibá (Cariniana micrantha)


Existem algumas espécies distintas de jequitibá utilizadas para armazenamento e envelhecimento
de cachaça. A Cariniana legallis, conhecida como jequitibá-rosa, é uma árvore típica da Mata
Atlântica com características sensoriais distintas de outros jequitibás encontrados pelo Brasil. A
Cariniana micrantha, conhecido popularmente como castanha-de-macaco, e madeira presente no
kit de envelhecimento, é uma árvore da floresta Amazônica. A madeira é considerada neutra,
contribuindo para a bebida se tornar mais leve e agradável. Quando tostado, o jequitibá contribuí
com elementos vanílicos que intensificam o dulçor da bebida.
Putumuju (Centrolobium tomentosum)
Conhecido também como ariribá, o Centrolobium tomentosum é uma árvore nativa da Mata
Atlântica. A madeira brasileira não é muito usada na tanoaria para envelhecer bebidas, mas possui
enorme potencial por trazer contribuição floral (talvez a maior de todas as madeiras presentes no
kit). A tosta do putumuju também contribui para maior dulçor e aromas que lembram frutas
vermelhas (morango).

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