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§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é
facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
f.1. Força Maior – o Código Civil conceitua caso fortuito ou de força maior como aqueles
cujos efeitos não eram possíveis evitar ou impedir (parágrafo único do artigo 393).
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato
necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
A falência do empregador não será considerada como força maior, pois está inserida nos
riscos do empreendimento (§ 1º do artigo 501 da CLT). O mesmo ocorre com os planos
econômicos editados pelo governo.
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financeira da empresa não se aplicam as restrições desta Lei referentes ao
disposto neste Capítulo.
f.2. Fato do Príncipe ou Factum Principis – essa teoria tem origem no Direito
Administrativo, pois o ‘príncipe’ significa a Administração Pública, o Estado.
Tal qual a força maior, supõe-se que seja um caso específico, que não haja culpa, direta ou
indiretamente, de quem o alega. O fato do príncipe ocorrerá tanto por ato da Administração
Pública municipal, como estadual ou federal. A circunstância poderá ser decorrente de um ato
comum, de lei ou de ato administrativo.
Para que haja a responsabilidade da Administração Pública é preciso que venha a ocorrer o
fechamento da empresa. Se isso não ocorrer, não haverá responsabilidade da Fazenda Pública.
A Administração Pública responderia pelo pagamento da indenização de 40% (sobre o saldo
do FGTS) e aviso prévio. Demais verbas rescisórias devem ser pagas pelo empregador, que
assume os riscos do negócio. Parte da doutrina defende que o aviso prévio também seria de
responsabilidade do empregador.
Existe entendimento doutrinário de que desapropriação faz parte do risco do negócio e não
fato do príncipe.
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6.2. Término do contrato individual por ato lícito das partes:
Apenas para fins históricos, seguem abaixo algumas decisões sobre esse tema:
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PEDIDO DE DEMISÃO. VALIDADE. CONTRATO DE TRABALHO EXISTENTE HÁ
MAIS DE UM ANO. AUSÊNCIA DE HOMOLOGAÇÃO DO ATO DE RESCISÃO PELO
SINDICATO REPRESENTANTE DA CATEGORIA PROFISSIONAL. . 1. O artigo 477,
parágrafos 1º e 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece, como condição de validade
do ato de rescisão dos contratos de emprego vigentes há mais de um ano, a obrigatoriedade da
assistência do respectivo sindicato ou do Ministério do Trabalho ou, na ausência destes, do
representante do Ministério Público ou, ainda, onde houver, do Defensor Público e do Juiz de Paz.
2. A assistência prestada no caso de pedido de demissão firmado por empregado com mais de um
ano de serviço constitui formalidade essencial e imprescindível à sua validação, consoante dicção
expressa do parágrafo 1º do artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho. 3. A inobservância
da formalidade essencial prevista na norma consolidada revela-se suficiente a ensejar a inversão
da presunção quanto à iniciativa da dispensa, na medida em que acarreta a nulidade do próprio ato
rescisório. Com efeito, sem o cumprimento da obrigação prevista em lei, o ato jurídico não se
aperfeiçoa, deixando de subsistir os elementos nele consignados, inclusive quanto à iniciativa da
dispensa. Afastada a validade do ato demissional imperfeito, presume-se imotivada a dispensa,
pela incidência do princípio da presunção da continuidade do liame empregatício. 4. A confissão
aplicada à autora não tem o condão de convalidar negócio jurídico para o qual a lei exige, como
condição de eficácia, formalidade essencial, não comprovada nos autos. 5. Recurso de revista
conhecido e provido.
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Não se pode, ainda, olvidar que o parágrafo único do artigo 7º da CF elenca os direitos e garantias
atribuídos a tal categoria, dentre os quais não figura o direito à aludida multa, mesmo após a
promulgação da Emenda Constitucional nº 72 de 02/04/2013.
Repercutindo a última decisão acima transcrita, há que se ponderar que, com o advento da Lei
Complementar n. 150/2015, existe, em tese, possibilidade de o entendimento acima exposto
restar superado em face do que dispõe o artigo 19 da referida lei:
6.3. Término do contrato de emprego por ato culposo do empregado: dispensa por
justa causa (artigo 482 da CLT):
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a) Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade – a pena a ser
aplicada ao ato faltoso deve ser proporcional à gravidade da falta cometida. Por isso, deve ser
levado em conta o passado funcional do empregado.
4ª. TURMA
PROCESSO
TRT/SP
Nº: 00028138020135020028
RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE: Adriana Patricia da Silva Bezerra
RECORRIDO: Carmosina Empreendimentos Turísticos Ltda.
ORIGEM: 28ª Vara do Trabalho de São Paulo
EMENTA: DESÍDIA. FALTAS ANTERIORES JÁ PUNIDAS E
ATRASOS JÁ TACITAMENTE PERDOADOS. JUSTA CAUSA
INSUBSISTENTE.
Fatos pretéritos já punidos não podem respaldar a dispensa por justa causa, em
face do princípio jurídico que veda a dupla punição pela mesma falta (non bis in
idem). Também não sustentam a dispensa desonerada, a punição de fatos já
tacitamente perdoados. In casu, restou patente que, pelas faltas nos dias 14, 15 e
17 de agosto de 2013, a reclamante foi inicialmente advertida, depois suspensa
e por fim dispensada por justa causa, em aviso de dispensa que também
menciona “inúmeras faltas e atrasos”, quando os cartões revelam que
imediatamente após o retorno da licença maternidade, ou seja, oito meses antes
da rescisão, a reclamante efetivamente chegava habitualmente atrasada, mas no
mês seguinte a situação se regularizou e ela não mais se atrasou de forma
substancial. Assim, insubsiste a justa causa capitulada no art. 482, letra e, da
CLT. Sentença que se reforma, no particular.
6.3.2. Tipos de justa causa (artigo 482, alíneas “a” a “m”, da CLT):
Critério genérico: por esse critério, a legislação não prevê, de modo expresso, os tipos
jurídicos de infrações trabalhistas, ou seja, a ordem jurídica não realiza previsão exaustiva e
formalística.
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Critério taxativo (ou da tipicidade legal): por ele a legislação prevê, de modo expresso, os
tipos jurídicos de infrações trabalhistas. A ordem jurídica realiza previsão exaustiva e
formalística das infrações, fiel ao princípio de que inexistiriam ilícitos.
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ADVOGADA : MARCELA FERREIRA SOUTO
RECORRIDO : AIRTON WESLEY DE MORAIS MATA
ADVOGADA : KARINE DOMINGUES DA SILVA MACHADO
ORIGEM : 5ª VT DE GOIÂNIA
JUIZ : JOÃO RODRIGUES PEREIRA
EMENTA: JUSTA CAUSA. CONFIGURAÇÃO. Comprovadas a autoria e a
materialidade do ato faltoso imputado ao trabalhador - ato de improbidade -
derruindo a fidúcia necessária à manutenção do contrato de trabalho, ademais,
sendo o ato o motivo determinante e atual para a ruptura do contrato, tem-se por
lícita a demissão por justa causa. Recurso da reclamada a que se dá provimento.
“A falta está vinculada à conduta sexual imoderada, desregrada, destemperada ou até mesmo,
inadequada, desde que afete o contrato de trabalho ou o ambiente de trabalho” (Maurício
Godinho Delgado, pág. 1.169).
Exemplo: assédio sexual; manter amante no recinto de trabalho; conjunção carnal dentro do
ambiente de trabalho etc.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
PROCESSO nº 1000539-94.2018.5.02.0079 (ROPS)
RECORRENTE: ALESSANDRO OLIVEIRA DA SILVA
1.º RECORRIDO: GLOBALLVOX TELECOMUNICAÇÕES E
TECNOLOGIA LTDA.
2.º RECORRIDO: CLARO S/A
ORIGEM: 79.ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
RELATOR: MARCOS NEVES FAVA
JUSTA CAUSA. ASSÉDIO SEXUAL. CLIENTE DO EMPREGADOR.
CONFIGURAÇÃO. GRAVIDADE EQUIVALENTE À PENA. PREJUÍZO
AO EMPREGADOR, POR SUA RESPONSABILIDADE PERANTE
TERCEIROS. DISPENSA MOTIVADA MANTIDA. O empregado
reclamante, trabalhador em manutenção de equipamentos residenciais de
televisão a cabo, aproveitou-se do atendimento a uma cliente, para, a partir de
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então, assediá-la mediante comunicados e propostas por meio de mensagens via
celular. Não obstante as peremptórias recusas, o empregado manteve a atitude e
houve dela reclamação à empregadora. A conduta em comento é grave o
suficiente a justificar o rompimento abrupto do contrato. De ver que o
empregador, segundo as normas do ordenamento, responde perante terceiros,
pelas ações e omissões de seus prepostos, empregados e comitentes, do que
deriva o prejuízo, ainda que potencial, que a conduta analisada impôs ao
empregador. Decerto, tratando-se de falta realmente grave que sepulta a
confiança e contamina a visibilidade/imagem da empresa perante sua clientela,
afigura-se correta a imediata aplicação da justa causa. Recurso a que se nega
provimento.
Exemplo: dirigir veículo da empresa sem habilitação ou sem autorização; utilizar tóxicos na
empresa ou ali traficá-lo; danificar equipamentos da empresa, comentário maledicente do
empregado contra o empregador em sítio eletrônico de relacionamento, ingresso
desautorizado e clandestino do empregado acompanhado de terceiros no ambiente da
empresa, etc.
PROCESSO Nº 1000275-50.2016.5.02.0046
RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE: FLÁVIO LUIS SILVA DIAS
RECORRIDO: NTT DO BRASIL TELECOMUNICAÇÕES LTDA.
ORIGEM: 46ª Vara do Trabalho de São Paulo
EMENTA: O recorrente foi dispensado por justa causa pela reiteração em ato
faltoso consistente em "piratear" filmes utilizando a rede da empresa. Fazer
downloads de filmes protegidos por direitos autorais é ilegal, e o recorrente
cometeu essa ilegalidade duas vezes no ambiente laboral. O que gerou duas
notificações das empresas Warner Bros, e Paramount, comprometendo o bom
nome da recorrida no mercado, expondo a empresa a situação vexatória perante
terceiros. O ato praticado pelo reclamante está em desacordo com as regras
básicas de respeito ao ambiente de trabalho e viola de forma direta a confiança,
que deve respaldar a relação empregatícia. Recurso improvido.
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sociedade, com tipicidade (art. 482, "b", da CLT), assim como com gravidade
suficiente para a quebra da fidúcia contratual, impõe-se a resolução contratual
por justa causa, porque a penalidade foi aplicada de forma proporcional,
imediata e única (non bis in idem).
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9. 22/12/2010: multa por avançar sinal vermelho em semáforo (f.
64);
10. 12/04/2011: denúncia por não dar atendimento a usuários no
ponto (f. 65);
11. 22/09/2011: multa por dirigir sem cinto de segurança (f. 66);
12. 07/11/2011: denúncia por permitir e participar de algazarra de
usuários dentro do veículo (f. 67);
13. 05/05/2013: avançou o sinal vermelho e colidiu com outro veículo,
provocando avarias nas viaturas e ferimentos nos passageiros (f. 69/77).
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mesmos clientes a prestação pessoal desses mesmos serviços; técnicos de televisão a cabo que
fazem ligação de ponto extra por preço menor.
Essa negociação deve ser feita sem a permissão do empregador e com habitualidade. Se
houver permissão do empregador, evidente que a justa causa estará descaracterizada. O
mesmo ocorre se não houver habitualidade.
A pena privativa de liberdade, resultante de sentença transitada em julgado, mesmo que o ato
ilícito cometido não tenha relação com o contrato de emprego, inviabiliza o cumprimento do
contrato por culpa do próprio trabalhador. E, em decorrência, a lei exime o empregador do
ônus quanto à continuidade do vínculo de emprego, resolvendo o contrato por culpa do
empregado.
Por outro lado, se o crime cometido tiver relação com o contrato de emprego, a absolvição no
processo penal, por exemplo, não inviabiliza o reconhecimento da justa causa.
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
(...)
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou
de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e (Incluído pelo
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
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f) Desídia no desempenho das respectivas funções (alínea ‘e’) – trata-
se de figura jurídica que remete à ideia de trabalhador negligente, relapso, caracterizado pela
incúria do agente. É a desatenção reiterada, o desinteresse contínuo, o desleixo contumaz com
as obrigações decorrentes do contrato.
Esse tipo jurídico exige, em regra, que a conduta irregular seja reiterada e habitual, para a
dispensa do empregado por justa causa. Assim, a conduta desidiosa deve merecer exercício
pedagógico do poder disciplinar pelo empregador com gradação de penalidades (advertência,
suspensão) em busca de uma ressocialização do trabalhador.
Uma só falta não vai caracterizar a desídia. As faltas anteriores devem, porém, ter sido objeto
de punição ao empregado, ainda que sob a forma de advertência verbal, ou seja, a justa causa
será caracterizada depois de uma atuação pedagogicamente gradativa do empregador. A
configuração da justa causa se dará com a última falta.
Exemplos: empregado que, embora chamado à atenção pelo empregador, sempre chega
atrasado ao serviço, ou, ainda, um operário, apesar de advertido pelo chefe, desperdiça
continuamente o insumo básico da produção.
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PROCESSO TRT - RO - 0011178-30.2013.5.18.0012
RELATOR : DESOR. EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSA
RECORRENTE(S) : FREDSON VALADARES DOS SANTOS
ADVOGADO(S) : NABSON SANTANA CUNHA
RECORRIDO(S) : ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA
ADVOGADO(S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
ORIGEM : 12ª VT DE GOIÂNIA
JUÍZA : KARINA LIMA DE QUEIROZ
EMENTA
JUSTA CAUSA. VIGILANTE. DORMÊNCIA EM SERVIÇO. DESÍDIA.
CONFIGURAÇÃO. A função precípua do vigilante é estar em estado de
vigília, não sendo aceitável que ele durma durante o trabalho. Situação em que
comprovadas a autoria e a materialidade do ato faltoso do vigilante - dormir em
serviço - abalando a fidúcia creditada entre as partes e sendo este motivo
determinante e atual para a ruptura do contrato, tem-se por justificada a
penalidade máxima aplicada pelo empregador.
Excepcionalmente pode-se falar em desídia por atos únicos se estes, por descuido do agente,
produzirem efeitos devastadores, como por exemplo, a perda de um prazo importante por
parte de um empregado incumbido de agendar compromisso do empregador.
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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL
Tribunal Regional do Trabalho – 2ª Região
RECURSO ORDINÁRIO
14ª TURMA
PROCESSO TRT/SP nº: 0001525-35.2015.5.02.0026
RECORRENTE: ANA ROSA COLOMBO
RECORRIDO: E. BUFFOLO CARDIOVASCULAR LTDA.
ORIGEM: 26ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
Desídia. Fato único. Possibilidade da sua caracterização. Quando o ato de
desídia praticado pelo empregado, embora único, for potencialmente danoso a
quebra de confiança é evidente. No caso, a reclamante era instrumentadora
formada, e perfeitamente consciente do dever de assepsia do campo cirúrgico. O
empregador não precisa aguardar uma contaminação dos seus pacientes para
resolver o contrato de trabalho. Justa causa fundada em desídia caracterizada.
Registre-se, entretanto, a tendência atual de se considerar o alcoolismo uma doença, que deve
ensejar o tratamento médico, com a suspensão do contrato de trabalho e o encaminhamento
do trabalhador à Previdência Social para tratamento da patologia.
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Abaixo, decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, publicada em
21/02/2019:
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO
PROCESSO TRT - ROPS-0011021-65.2018.5.18.0082
RELATOR : DESEMBARGADOR WELINGTON LUIS PEIXOTO
RECORRENTE(S) : JERISMAR SANTOS DA SILVA
ADVOGADO(S) : SALATIEL JOSE BARBOSA
RECORRIDO(S) : BELMA INDUSTRIAL DE GENEROS ALIMENTICIOS
LTDA
ADVOGADO(S) : ANDRE SOUSA CARNEIRO
ADVOGADO(S) : ARTHUR SILVEIRA MIRANDA
ORIGEM : 2ª VARA DO TRABALHO DE APARECIDA DE GOIÂNIA
JUIZ(ÍZA) : FERNANDA FERREIRA
EMENTA
"DISPENSA POR JUSTA CAUSA. EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO. A
embriaguez em serviço atinge, sem dúvida, o bom andamento do trabalho, de
modo que, caracterizado o estado etílico, uma única vez já seria suficiente para
o rompimento do contrato. Reputa-se hígida a dispensa justa causa imposta ao
autor, nos moldes do art. 482, alínea 'f', da CLT." (TRT 18ª Região, 1ª Turma,
RO-0010557-50.2016.5.18.0231, Rel. Des. Eugênio José Cesário Rosa, julgado
em 31/5/2017)
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
PROCESSO TRT/SP: 1000101-18.2018.5.02.0322 - 11ª TURMA
RECURSO ORDINÁRIO
ORIGEM: 12ª VARA DO TRABALHO DE GUARULHOS
MAGISTRADA SENTENCIANTE: MICHELE DAOU
RECORRENTES: 1) ROGÉRIO DE OLIVEIRA MARIANO
2) WLA TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS LTDA
RECORRIDOS: 1) OS MESMOS
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2) RAFER TRANSPORTE RODOVIARIO DE CARGAS
LTDA.
3) ZARA BRASIL LTDA.
"RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA DIANTE DA
EMBRIAGUEZ DO EMPREGADO: Deve-se atentar (até mesmo a teor do
que se convencionou chamar de senso comum) para o fato de que a
comprovação do estado de embriaguez do empregado não está atrelado à
realização de teste de dosagem alcoólica, eis que pode ser constatado por
qualquer pessoa com razoável senso de observação. Também é irrelevante que a
embriaguez não tenha provocado prejuízos à integridade física de terceiros,
sendo suficiente a potencialidade do risco. Recurso ordinário do trabalhador
improvido, neste tópico, pelo Colegiado Julgador."
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internos, circulares, portarias, ou mesmo instruções gerais, sejam escritas ou verbais. A
indisciplina, para ser caracterizada, não exige reiteração do ato.
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Dois requisitos o caracterizam – primeiro o afastamento das atividades normalmente exercidas
combinada com o decurso do tempo (elemento objetivo, ou corpus), segundo a intenção de não
mais trabalhar (elemento subjetivo – animus dereliquendi).
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
RECURSO ORDINÁRIO - 3ª TURMA
Processo TRT/SP nº 1000057-14.2018.5.02.0317
ORIGEM: 7ª Vara do Trabalho de Guarulhos
RECORRENTE: IZIDORO FERREIRA NETO
RECORRIDA: DUFRY LOJAS FRANCAS LTDA
RELATORA: KYONG MI LEE
EMENTA: JUSTA CAUSA. DISCUSSÃO E AGRESSÃO FÍSICA.
MOTIVO DESENCADEADOR. Incontroverso que os empregados chegaram
às vias de fato, o que é injustificável no ambiente de trabalho. Entretanto, o
reclamante foi claramente provocado por seu colega, sem cujo comportamento
nada teria ocorrido, tendo a testemunha relatado que não houve incidentes
anteriores devido a "brincadeiras" entre os empregados, ressaltando, ainda, os
bons antecedentes do autor. E o fato de as inconveniências do colega terem sido
até então por ele toleradas não socorre a tese da defesa, visto que a empregadora
deveria ter tomado providências para coibir tal conduta para a manutenção do
bom ambiente de trabalho. No caso, diante das circunstâncias, caberia no
máximo uma penalidade menos drástica ao reclamante, por não apresentar
nenhum precedente negativo em seu histórico profissional. Em assim sendo, é
injusta a dispensa sumária de um empregado que sempre trabalhou
condignamente durante tempo considerável na empresa, e acabou por
agredir um colega ao ser insistentemente provocado, inclusive com
referências insinuantes a pessoa da sua família, não se lhe podendo atribuir
a iniciativa da agressão, como se concluiu na sentença. Apelo do reclamante
a que se dá provimento no ponto.
Lesões à honra ou boa fama – é a ofensa à honra da pessoa por meio da injúria (ofensa à
dignidade ou decoro), calúnia (imputação de fato definido como crime) e difamação
(imputação de fato ofensivo à sua reputação).
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Segundo Mozart Victor Russomano, “tudo que por gestos ou palavras importar em expor
outrem ao desprezo de terceiros, será considerado lesivo da boa fama. Tudo quanto, por
qualquer meio magoá-lo em sua dignidade pessoal, será ato contra a honra”.
Por curioso o fato, acessei o acórdão na íntegra e reproduzo, abaixo, o que foi relatado pelo
Desembargador:
Não tem razão o recorrente. É certo que a justa causa exige sempre prova
cabal, ou seja, prova a tal ponto segura que não permita a menor dúvida. Afinal,
é a sanção máxima que se confere ao empregador no exercício do seu poder
disciplinar. E aqui, ao contrário do que se alega, essa prova é segura e
contundente.
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Em audiência, o autor admitiu que postou a seguinte frase em seu status
de WhatsApp, em referência à ré: o bom de trabalhar em empresa boca de
porco, é que não precisa se dedicar ao máximo. A testemunha ouvida a convite
do recorrente, Vinicius Lima Dantas, afirmou que soube da postagem por meio
do próprio autor e através de outros colegas. E a testemunha trazida pela
empresa, Rogério Arruda Ferreira, encarregado de produção, confirmou que leu
a mensagem na sexta-feira, dia 1º de junho de 2018, e que outros colegas de
trabalho também a ela tiveram acesso. Esclareceu que o autor não foi trabalhar
nesse dia e que o questionou sobre o ocorrido e este lhe disse que "postou o que
achava". Então, relatou a situação à gerência na segunda-feira seguinte e o
despedimento ocorreu na terça-feira (id 5c60cc9, p. 1/2).
Justa causa bem configurada, em função do tipo previsto no art. 482, "k",
da CLT.
E não tem cabimento se falar aqui que a punição foi severa demais ou que
não houve punição anterior. A falta é grave e, por si só, justifica plenamente o
despedimento por justa causa, mesmo porque quebrou-se ali, e definitivamente,
o elo de confiança necessário à continuidade da relação de emprego. Além
disso, a prova oral confirma que a punição foi imediata. Os superiores
hierárquicos tomaram conhecimento do ocorrido em um dia e no dia seguinte se
consumou o despedimento, conforme id f03086d, não impugnado em réplica, o
que afasta a alegação de perdão tácito, como bem observado pelo juízo de
origem.
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Ofensas físicas – serão consideradas ofensas físicas caracterizadoras todas as agressões,
tentada ou consumada, contra o superior hierárquico, empregadores, colegas ou terceiros, no
local de trabalho.
6.3.2.2. Outras faltas graves que ensejam a dispensa por justa causa:
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b) Ferroviário - recusa ao cumprimento de horas extraordinárias, em se
tratando de casos de urgência ou acidentes (art. 240, parágrafo único da CLT):
Art. 158 - Cabe aos empregados: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as
instruções de que trata o item II do artigo anterior; (Redação dada pela Lei nº
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6.514, de 22.12.1977)
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa
injustificada: (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II
do artigo anterior; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela
empresa. (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) (grifamos)
De acordo com a CLT, em seu artigo 483, são estas as situações que permitem ao empregado
pleitear a despedida indireta:
Exemplo: emprego de força muscular superior a 60 quilos, se homem (art. 198 da CLT);
emprego de força muscular superior a 20 quilos para o trabalho contínuo ou 25 quilos para o
trabalho ocasional, se mulher (art. 390 da CLT) etc.
Serviços defesos por lei: são aqueles proibidos pela legislação vigente, inclusive a penal.
Sobre o assunto: vide Decreto–Lei n. 368, de 19/12/68 (dispõe sobre efeitos de débitos
salariais) e artigo 7º, inciso X da Constituição Federal, e Súmula 13 do TST:
Art. 1º - (...):
PROCESSO Nº TST-RR-592-07.2017.5.12.0061
ACÓRDÃO
2ª Turma
GMJRP/abc/vm/ac
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. MORA REITERADA NO
PAGAMENTO DE SALÁRIOS. DESNECESSIDADE DE
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COMPROVAÇÃO DE PREJUÍZO. DANO IN RE IPSA. VALOR DA
INDENIZAÇÃO FIXADO EM R$ 6.000,00 (SEIS MIL REAIS).
O empregado oferece sua força de trabalho, em troca de pagamento
correspondente para a sua sobrevivência. Se não recebe seus salários na época
aprazada, fica impedido de arcar com os custos de sua subsistência e de sua
família. Frisa-se que o salário possui natureza alimentar. Ressalta-se que é
extremamente fácil inferir o abalo psicológico ou constrangimento sofrido por
aquele que não possui condições de saldar seus compromissos na data
estipulada, porque não recebeu seus salários em dia. Nessas circunstâncias, é
presumível que a empregada se sentia insegura e apreensiva, pois não sabia se
receberia seu salário no prazo legal. Portanto, o reiterado ato ilícito praticado
pela reclamada acarretou dano moral in re ipsa, que dispensa comprovação da
existência e da extensão, sendo presumível em razão do fato danoso – não
recebimento dos salários na época certa. Dessa forma, não se cogita da
necessidade de a reclamante comprovar que o pagamento dos seus salários com
atraso teria acarretado prejuízo psicológico e íntimo ou afetado sua imagem e
honra. Na hipótese, ao que sobressai do acórdão regional, o atraso no
pagamento dos salários da reclamante é incontroverso, fato que é corroborado
pela constatação de que, na sentença, a reclamada foi condenada ao pagamento
dos salários referentes a cinco meses de trabalho. A ausência de pagamento de
salários por cinco meses consecutivos já configura a reiterada mora no
pagamento das verbas salariais, porquanto ocorrida em relação a meses
distintos.
Recurso de revista conhecido e provido.
Segundo Mozart Victor Russomano são considerados atos lesivos à honra ou a boa fama
“Tudo quanto, por gestos ou palavras, importar expor outrem ao desprezo de terceiros será
considerado lesivo da boa fama. Tudo quanto, por qualquer meio, magoá-lo em sua dignidade
pessoal, será ato contra a honra”.
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I - o empregador exigir serviços superiores às forças do empregado doméstico,
defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato;
II - o empregado doméstico for tratado pelo empregador ou por sua família com
rigor excessivo ou de forma degradante;
III - o empregado doméstico correr perigo manifesto de mal considerável;
IV - o empregador não cumprir as obrigações do contrato;
V - o empregador ou sua família praticar, contra o empregado doméstico ou
pessoas de sua família, ato lesivo à honra e à boa fama;
VI - o empregador ou sua família ofender o empregado doméstico ou sua
família fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
VII - o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou
familiar contra mulheres de que trata o art. 5o da Lei no 11.340, de 7 de agosto
de 2006.
Duas são as opções: na primeira opção, o contrato de trabalho fica suspenso até o
cumprimento das obrigações legais.
Exemplo: cumprimento do mandato no executivo, no legislativo, serviço militar (artigo 472 da
CLT).
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§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão
de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. (Incluído pela
Lei nº 4.825, de 5.11.1965)
6.5. Culpa Recíproca – é indispensável para a configuração da culpa recíproca, que as culpas
do empregado e do empregador sejam simultâneas e guardem entre si a mesma intensidade.
Tal modalidade de rescisão está prevista no artigo 484 da CLT:
Em caso de culpa recíproca a indenização reduzirá pela metade da que seria devida em caso de
culpa exclusiva do empregador (Súmula 14 do TST):
Abaixo, algumas decisões sobre o tema ‘rescisão contratual por culpa recíproca’:
36
Antonio Carlos R.Filho; Revisor: Convocado Paulo Mauricio R. Pires;
Divulgação: 19/08/2011. DEJT. Página 81)
6.6. Acordo entre empregado e empregador – é a novidade trazida pela Lei n. 13.467/2017
(Reforma Trabalhista), que acrescentou à Consolidação das Leis do Trabalho o artigo 484-A:
37
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre
empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas
trabalhistas:
I - por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço,
prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a
movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de
maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não
autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. (grifei)
Verbas trabalhistas: são as obrigações de ordem pecuniária devidas pelo empregador pela
contraprestação do serviço.
Verbas rescisórias: são as verbas trabalhistas incidentes por ocasião do término do contrato de
emprego. Exemplos: aviso prévio, férias vencidas e proporcionais, 13º salário integral ou
proporcional.
Verbas indenizatórias da resilição: são subespécies do gênero verba rescisória e têm por
finalidade indenizar o empregado pela despedida arbitrária ou sem justa causa.
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem
justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de
indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do
contrato. (Vide Lei nº 9.601, de 1998)
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Art. 480 da CLT: havendo termo estipulado, o empregado não poderá
desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos
prejuízos que desse fato lhe resultarem.
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula
assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo
ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os
princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
- Art. 477, § 6º, “a” da CLT – até o 1º dia útil imediato ao término do contrato –
REVOGADO PELA REFORMA TRABALHISTA;
- Art. 477, § 6º “b” da CLT – até o 10º dia, contado da data da notificação da demissão,
quando da ausência de aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa do seu cumprimento
– REVOGADO PELA REFORMA TRABALHISTA.
- Art. 477, § 8º da CLT – além de multa administrativa, multa a favor do empregado em valor
equivalente ao seu salário, devidamente corrigida.
39
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder
à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa
aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no
prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou
forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga
ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas,
relativamente às mesmas parcelas. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado: (Redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as
partes; ou (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá
exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. (Redação dada pela Lei
nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação
da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos
valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão
ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à
multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor
do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo
índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der
causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 9º (vetado). (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho e
Previdência Social é documento hábil para requerer o benefício do seguro-
desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a comunicação prevista no
caput deste artigo tenha sido realizada. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
PROCESSO PJE Nº 1001522-66.2017.5.02.0261 - 16ª. TURMA
RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE: CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA
RECORRIDO: SHEILA NOEMI DE DEUS SILVA
ORIGEM: 1ª VARA DO TRABALHO DE DIADEMA
RELATOR: NELSON BUENO DO PRADO
EMENTA
Os elementos de convicção evidenciam que a omissão patronal em cumprir o
prazo de lei para a baixa da CTPS da reclamante, significou para esta a perda de
uma chance de conseguir nova colocação no mercado de trabalho em condições
mais favoráveis, uma vez que pediu demissão para ingressar em novo emprego.
A crise econômica porque passa o País é sentida por toda a população, inclusive
pelo setor empresarial, haja vista a nítida dificuldade, sobretudo do segundo e
terceiro setor em subsistir a um nível produtivo adequado, gerando, assim, a
retração da economia e a consequente perda de postos de trabalho. Há que se
presumir o sofrimento psicológico da reclamante ao ser privada de seu emprego
pela negligência do apelante. A incerteza quanto à própria condição de
subsistência afronta o instinto mais básico do ser humano e, sem dúvida, se
afigura como fator de estresse a ser considerado. Em relação ao valor arbitrado
a título de danos morais - R$ 7.000,00 (sete mil reais), entendo que o importe
condenatório foi fixado com parcimônia em se considerando o gravame da
conduta patronal. Apelo a que se nega provimento.
6.8. Homologação da rescisão:
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O § 1º do artigo 477 da CLT previa a necessidade de homologação da rescisão perante o
sindicato da categoria, para os trabalhadores que tinham mais de 01 ano de serviço. Todavia,
reiterando, essa exigência não foi contemplada na Reforma Trabalhista.
Quadro 01
Resilição de Contrato por Tempo Indeterminado – iniciativa do empregador e
empregado sendo dispensado do cumprimento do aviso prévio
Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Aviso prévio indenizado
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregador deverá pagar multa de 40% sobre o FGTS + liberação das guias
TRCT, chave de conectividade e seguro-desemprego (SD/CD).
Quadro 02
Resilição de Contrato por Tempo Indeterminado – iniciativa do empregador e
empregado tendo que trabalhar no período do aviso prévio
Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregador deverá pagar multa de 40% sobre o FGTS + liberação das guias
TRCT, chave de conectividade e seguro-desemprego (CD/SD).
Quadro 03
Resilição de Contrato por Tempo Indeterminado – iniciativa do empregado (pedido
de demissão)
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Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregado deverá conceder o aviso prévio ao empregador, sob pena de
desconto do período respectivo, bem como, não tem direito ao saque do FGTS nem
acréscimo de 40%.
Quadro 04
Contrato por Tempo Determinado – extinção no termo final
Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregador deverá liberar as guias TRCT. Não há multa de 40% sobre o
FGTS nem liberação da guia CD/SD.
Quadro 05
Contrato por Tempo Indeterminado – extinção por dispensa por justa causa do
empregado
Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
Não há multa de 40% sobre o FGTS, não há levantamento de FGTS nem liberação da guia CD/SD.
Quadro 06
Contrato por Tempo Determinado – extinção antecipada por iniciativa do empregador
Admissão:
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Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Indenização prevista no artigo 479 da CLT
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregador deverá liberar as guias TRCT. Há multa de 40% sobre o FGTS e liberação da guia
CD/SD.
Quadro 07
Contrato por Tempo Determinado – extinção antecipada por iniciativa do empregador com cláusula
assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada (artigo 481 da CLT)
Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Aviso prévio indenizado
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregador deverá liberar as guias TRCT. Nesse caso há multa de 40% sobre o FGTS e liberação
da guia CD/SD.
Quadro 08
Contrato por Tempo Indeterminado – extinção por mútuo acordo entre empregado e empregador
(artigo 481-A da CLT)
Admissão:
Dispensa:
Salário:
Saldo de salário
Aviso prévio indenizado (pela metade)
Férias proporcionais + 1/3
Férias vencidas + 1/3
Férias vencidas dobradas + 1/3 (se houver)
13º salário proporcional
Além disso, o empregador deverá liberar as guias TRCT. Nesse caso há multa de 20% sobre o FGTS (liberação
de 80% do saldo) e liberação da guia CD/SD.
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