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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA CIÊNCIAS DA VIDA


CURSO DE FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR
EDUARDA B. POLLI
GABRIELLE BEATRIZ KSHESEK
LARISSA HERCULANO
MYLENA STRAPASSON
VIVIAN NERY

COMPORTAMENTO ENERGÉTICO HUMANO

CURITIBA
2020
O estado nutricional, no plano físico e biológico resulta do equilíbrio entre
consumo alimentar e gasto energético do organismo. Esse gasto refere-se à
utilização dos alimentos pelo organismo para suprir as suas necessidades
nutricionais e está relacionado ao estado de saúde e à capacidade de
utilização dos nutrientes fornecidos pela alimentação.
As necessidades nutricionais de energia variam em função da idade, do
sexo, do estado de saúde e do estado fisiológico, nível de atividade física dos
indivíduos e número de horas de trabalho.
Para um adequado estado nutricional, no que se refere à energia, o
consumo alimentar deve estar em perfeito equilíbrio com o gasto da energia do
organismo, usada para manter as funções vitais e nas atividades físicas diárias.
  As pessoas em equilíbrio energético não ganham nem perdem peso, é o
que se denomina “balanço energético”:

1. O balanço energético é o equilíbrio obtido a partir do total de energia


ingerida e o total de energia gasta pelo organismo em suas atividades diárias.
2. Caloria (kcal) é a unidade de medida da energia gasta pelo corpo humano
em suas atividades metabólicas e físicas e do teor de energia encontrado nos
alimentos (proteínas e carboidratos = 4 kcal/g; gorduras = 9kcal/g).
3. Vitaminas, sais minerais e água não fornecem energia.
4. Se a alimentação fornece mais energia do que é requerido pelo
organismo, a energia excedente é acumulada na forma de gordura corporal.

Isso significa que, se a pessoa não ingerir menos alimentos ou não


aumentar a atividade física, irá ganhar peso, principalmente pelo acúmulo de
gordura, o que poderá levar ao sobrepeso ou à obesidade, ao longo do tempo.
Os homens brasileiros, em média, alcançam balanço energético com cerca de
2.400 calorias por dia; as mulheres, com cerca de 1.800 ou 2.200 calorias por
dia. A média de 2.000 calorias atende também às necessidades de energia das
pessoas mais jovens.

Por exemplo: as mulheres pequenas e inativas, para manter o balanço


energético, devem consumir um volume de alimentos menor por porções
recomendadas para cada grupo de alimentos, principalmente relacionando os
alimentos mais calóricos como os doces e as gorduras, se comparadas aos
homens de mesma idade e nível de atividade física.
O crescimento da incidência das DCNT observado nas últimas décadas
relaciona-se, em grande parte, com os hábitos de vida quando jovens. Entre
eles, destacam-se os comportamentos que desequilibram o balanço
energético, induzindo a ganho excessivo de peso.
  Estima-se que, para cada 5% de aumento de peso acima daquele
apresentado aos 20 anos de idade, ocorram um aumento de 200% no risco de
desenvolver a síndrome metabólica na meia idade.
À medida que envelhecemos o gasto metabólico se altera e
acumulamos, em média, após os 40 anos de idade, meio quilograma de peso
corpóreo por anos. Este excesso de peso está associado ao desenvolvimento
do diabetes, das doenças cardiovasculares e de outras doenças crônicas não
transmissíveis.
O princípio fundamental para manter um balanço energético é que as
mudanças nos depósitos orgânicos de energia (tecido adiposo ou massa
gorda) se equilibrem com a diferença entre consumo e gasto energético.
  Se a ingestão excede o gasto, ocorre um desequilíbrio positivo, com
deposição energética (tecido gorduroso) e tendência ao ganho de peso;
quando a ingestão é inferior ao gasto, ocorre um desequilíbrio negativo, com
diminuição dos depósitos de gordura e conseqüente perda de peso.
O balanço energético ou do peso corporal, está associado a mecanismos
fisiológicos múltiplos que determinam mudanças coordenadas entre ingestão e
gasto energético, regulando o peso corporal em torno de um ponto de ajuste
que mantém o peso estável.
A ingestão energética total é proveniente da metabolização dos
nutrientes energéticos, carboidratos, gorduras, proteínas, do álcool e de fibras.

A avaliação do gasto energético do indivíduo é composta por três elementos:

1. A taxa metabólica basal: energia requerida para manutenção de todas as


funções vitais do organismo, medida com indivíduo em total repouso.

2. O gasto energético utilizado para metabolizar e armazenar o alimento,


chamado de ADE = ação dinâmico específica dos alimentos.

3. O gasto energético requerido para atividade física e para o trabalho que se


modificará de acordo com a intensidade do trabalho ou atividade física.

Também se considera que a termogênese adaptativa, que varia em


resposta à ingestão energética crônica (sobe com o aumento da ingestão
energética), determinada para o gasto energético de um indivíduo.
Para o cálculo do peso saudável a tendência é utilizar o Índice de Massa
Corporal - IMC, que relaciona o peso dividido pela altura ao quadrado de um
indivíduo, para estabelecer a faixa de peso saudável.
IMC = peso / (altura)2
A OMS recomenda para a população um IMC entre 21 e 23kg/m2.
Para indivíduos, a faixa recomendada é de 18,5 a 24,9kg/m2, evitando ganhos
de peso maiores do que 5 kg na vida adulta.

Para a manutenção do peso saudável e do balanço energético, dois


fatores precisam ser avaliados para uma mudança significativa:

1. O aumento do consumo de alimentos industrializados, normalmente ricos


em gorduras hidrogenadas e carboidratos simples e pobres em carboidratos
complexos.

2. O declínio do gasto energético associado à falta de atividade física.

Dois fatores que muito contribuem para o aumento do peso corporal.


As recomendações para mudanças de comportamentos ligados a essa
problemática na prevenção da obesidade são considerar o balanço energético
e a atividade física.
REFERÊNCIAS

PORTAL DA EDUCAÇÃO. O BALANÇO ENERGÉTICO. Disponível em:


https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-balanco-
energetico/27491. Acesso em: 19 ago. 2020.

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