Você está na página 1de 2

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA


CURSO DE FISIOTERAPIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NEUROPEDIATRIA
GABRIELLE BEATRIZ KSHESEK
SÍNDROME DA CRIANÇA HIPOTÔNICA:
CAUSAS NEUROMUSCULARES

A síndrome da criança hipotônica apresenta determinadas condições em que a


hipotonia muscular se manifesta no recém-nascido ou então em seus primeiros
dois anos de vida. Inclui muitas situações que podem ser divididas em dois
subtipos sendo eles a hipotonia intrínseca ou primária, que depende do
acometimento das estruturas que compõem a unidade motora periférica desde
o moto neurônio medular até o músculo, e a hipotonia secundária. Esta última
ocorre principalmente como sinal acessório em afecções neurológicas com
comprometimento do sistema nervoso central, ou no contexto de síndromes
genéticas, tais como de doenças sistêmicas graves de caráter extra
neurológico.
A Hipotonia primária depende do acometimento das estruturas que compõem o
arco reflexo, ou seja, a unidade motora periférica desde o moto neurônio
medular até o músculo, passando pelas raízes, nervos periféricos, junção
mioneural e músculos já a hipotonia secundária ocorre principalmente nas
afecções neurológicas com comprometimento supra nuclear (sistema nervoso
central-SNC), sendo assim considerada hipotonia secundária a que se
manifesta nas síndromes genéticas (o exemplo comum é a síndrome de
Down), de doenças sistêmicas graves de caráter extra neurológico (criança
gravemente enferma), ou ainda nas situações que afetam tendões e
ligamentos, principalmente nas doenças do colágeno. Portanto, a hipotonia
muscular é algumas vezes de caráter constitucional, geralmente familiar,
conforme pode ser observado em pessoas extremamente hiper extensíveis e
contorcionistas. Existe ainda a possibilidade de crianças pouco estimuladas ou
hiper protegidas, às vezes instucionalizadas que apresentam hipotonia ao
longo dos dois primeiros anos do seu desenvolvimento.
A criança hipotônica apresenta um quadro clínico variável e com múltiplas
etiologias que são agrupadas em causas centrais, que representam de 60 a
88% dos casos de hipotonia e as causas periféricas, que são menos
frequentes, representando de 15 a 30% das causas de hipotonia.
Hipotonia Congênita Benigna: É uma causa comum para o diagnóstico
diferencial da hipotonia, e se caracteriza por ser uma desordem neuromuscular
não progressivo presente ao nascimento e com atraso nos marcos do
desenvolvimento neuropsicomotor. Ocorre flacidez simétrica da musculatura.
Os reflexos profundos estão normais e os exames de laboratório também estão
normais. É um diagnóstico de exclusão. Há um aumento na incidência nestes
casos de deficiência intelectual e transtornos do aprendizado.

https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/59177/62195

Você também pode gostar