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Escola Secundária

O Contributo da Química para o Ambiente

Disciplina: Fisico-Química
2ºPeríodo
Ano Letivo 2020/2021
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Contributo da Química para o Ambiente....................................................................................4
Conclusão.....................................................................................................................................6
Referências Bibliográficas...........................................................................................................7
Introdução

O estudo da composição, estrutura e propriedades dos materiais, bem como as


suas interações e reações é levado a cabo pela Química.

A Química, tal como outras ciências divide-se em diferentes grupos, a química


orgânica, inorgânica, a Físico-química e a Química analítica.

O estudo desta ciência remonta às primeiras civilizações, onde inicialmente se


definiram como os primeiros elementos a Água, a Terra, o Fogo e o Ar.

Ao longo dos séculos, vários têm sido os estudos e experiências que, pouco a
pouco, nos têm proporcionado um sem fim de ferramentas e leis cujas aplicações nos
levam a desenvolver novas tecnologias nas mais variadas áreas.

De entre os inúmeros químicos cujo contributo para a Ciência foi imensurável,


destacam-se Antoine Lavoisier, Dimitri Mendeleev, John Dalton, entre outros [1].

Com o avanço das tecnologias e a evolução das sociedades foram vários os


problemas que surgiram, nomeadamente no campo do Meio Ambiente. Em 1993, na
Itália, foi estabelecido o Consórcio Universitário Química para o Ambiente (INCA), com
o objetivo de reunir grupos acadêmicos envolvidos com química e ambiente, uma das
suas áreas de atuação é a prevenção de poluição através da pesquisa em reações,
produtos e processos mais limpos.

Assim, a partir de meados da década de 90, surgiu o conceito de Quimica


Ambiental, cujo trabalho se remete ao estudo de soluções para os problemas
ambientais, nomeadamente a criação de tecnologias “verdes”, pouco poluente e que
por exemplo, recorram a energias renováveis para o seu funcionamento [2].
Contributo da Química para o Ambiente

O século XXI marca uma virada no quotidiano de milhões de pessoas. Com o


surgimento dos mais variados dispositivos eletrónicos, o uso crescente dos
transportes, para viagens e lazer, os aumentos exponenciais no setor industrial, entre
outros, começaram a detetar-se graves problemas ambientais.

O buraco da camada do Ozono, provocado pela libertação continuada de


CFC’s para a atmosfera, o aumento do efeito de estufa, os derramamentos de petróleo
em alto mar, fruto da intensiva exploração dos combustíveis fósseis e uma exacerbada
corrida à aquisição de bens e serviços, com consequente produção e acumulação de
resíduos, têm sido apenas algumas das preocupações dos cientistas em geral e dos
Químicos em particular [3].

A Química tem numa primeira fase, contribuído com a análise e consequente


deteção dos problemas. Para além da deteção, o seu contributo passa ainda pelo
desenvolvimento de várias alternativas e formas de satisfazer as necessidades do
Homem, diminuindo, contudo, o impacto negativo na Natureza e nos diferentes
ecossistemas.

A proposta é assim, que a indústria química procure matérias-primas em fontes


de recursos renováveis e aplique substâncias biodegradáveis no desenvolvimento dos
seus processos e produtos.

A implementação de processos amigos do ambiente passa por isso pela


adoção de um conjunto de princípios que devem ser seguidos, nomeadamente [4]:

1. Prevenção. 
2. Economia de Átomos. 
3. Síntese de Produtos Menos Perigosos. 
4. Desenho de Produtos Seguros. 
5. Solventes e Auxiliares mais Seguros. 
6. Busca pela Eficiência de Energia
7. Uso de Fontes Renováveis de Matéria-Prima. 
8. Evitar a Formação de Derivados. 
9. Catálise. 
10. Desenho para a Degradação. 
11. Análise em Tempo Real para a Prevenção da Poluição. 
12. Química Intrinsecamente Segura para a Prevenção de Acidentes. 
A nível mundial são já várias as empresas que procuram trabalhar segundo os
princípios da Quimica verde, com é o caso da empresa Alemã do setor automóvel e
dos transportes Basf, a empresa americana Amyris Biotechnologies, que visa a
produção de alternativas renováveis aos derivados de petróleo e a brasileira
Braskem, responsável pela produção de plástico verde, tendo em 2010
produzido o primeiro polietileno derivado de cana-de-açúcar [5].

Também na indústria farmacêutica têm sido estudadas formas de


sintetizar compostos cujos efeitos no meio ambiente sejam menos
significativos, nomeadamente o uso de polímeros molecularmente impressos
para cumprir os limites de impurezas existentes em vários princípios ativos
farmacêuticos [6].

A Síntese enzimática de sitagliptina, por exemplo conseguiu reduzir o


desperdício, aumentar o desempenho e segurança além de remover o
catalisador de metal.

A Síntese de simvastatina, por outro lado, permitiu a introdução de uma


fase de catálise enzimática e a melhoria do resto do processo químico levando
à redução do desperdício e de resíduos bem como custos de produção.

Os compostos orgânicos voláteis (VOC's) são também uma causa


massiva de poluição atmosférica. Eles são emitidos a partir de tintas,
combustíveis, aerossóis, solventes e produtos de limpeza entre muitos outros.

Alguns exemplos de solventes "verdes" atualmente utilizados incluem:


Éster metílico de soja e vegetais, esteres lácticos, D-limonene, lactato de etila e
etanol. 

Também a nanotecnologia tem contribuído com soluções verdes como


catalisadores de nano-escala que podem fazer as reações químicas mais
eficientes e gerar menos desperdício. 

Os Nano-materiais podem limpar resíduos perigosos, dessalinizar água,


monitorar poluentes ambientais, entre outras funções.
Também os nanocompósitos leves para automóveis e outros meios de
transporte podem economizar combustível e reduzir os materiais utilizados
para a produção. Nanotecnologia permitiu desenvolvimento dos díodos
emissores de luz.

Desenvolvimento da nanotecnologia em células solares, mais eficientes


quando ficam finas com energia solar como recurso renovável. A
nanotecnologia está usada para fornecer revestimento de desempenho
melhorado para painéis solares térmicos. Propriedades hidrófobas e de
autolimpeza se combinam para criar eficientes painéis, em especial durante o
mau tempo.

Nanotecnologia oferece potencial de novos nano-materiais para o


tratamento da superfície da água, águas subterrâneas e residuais
contaminadas por tóxicos metálicos, microrganismos solutos orgânicos e
inorgânicos.

Conclusão

A Química verde tem atualmente um papel fundamental no desenvolvimento de


soluções que possam minimizar o impacto ambiental que o crescente uso de produtos
manufaturados tem produzido.

O estudo de técnicas e metodologias que reduzam o consumo de matérias-


primas bem como a utilização de recursos renováveis são apenas algumas das
apostas.

Martyn Poliakoff, o pai da Química verde, confia na evolução da inteligência


artificial para ajudar “Um computador consegue aprender uma quantidade
desmesurada de factos. Se um computador consegue aprender o suficiente para
vencer uma partida de xadrez [a um ser humano], talvez consiga resolver um
problema da química de forma mais eficiente do que um ser humano” [7]

Para além dos métodos e técnicas que visam a otimização dos processos, a
Química verde trouxe ainda uma nova consciência sobre o papel da ciência na
sustentabilidade ambiental. Em outras palavras, a química verde levanta o debate
sobre o que a indústria química pode fazer para eliminar ou atenuar os impactos de
seus processos e produtos.

Referências Bibliográficas

[1] https://sqquimic/a.com/importancia-da-quimica-verde/ , última consulta 02/02/2021


[2] https://www.fape/sc.sc.gov.br/0206-a-importancia-da-quimica-para-o-meio-
ambiente/ , última consulta 02/02/2021
[3] https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/3914/1/QV.pdf , última consulta
02/02/2021
[4 ]http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422003000100020 , última consulta 02/02/2021
[5] http://www.fsma.edu.br/RESA/Edicao8/FSMA_RESA_2018_2_02.pdf , última
consulta 02/02/2021
[6] https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/12674896/quimica_verde.pdf , última
consulta 02/02/2021
[7] https://www.publico.pt/2019/07/22/ciencia/noticia/pai-quimica-verde-acredita-
responderse-problema-desperdicio-1880853 , última consulta 02/02/2021

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