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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOFÍSICA

Disciplina: Geologia Geral e Estrutural 


Profa. Rosemery da Silva Nascimento
ATIVIDADE -1
Nome do estudante: Michelly dos Santos Moreira
Entrega: enviar para e-mail rsn@ufpa.br no formato Word até a data de 30/4/2021.
Esta atividade vale 1,0 ponto da média final da disciplina.
1. Com o objetivo de consolidar conceitos contidos no material didático
encaminhado, responda as seguintes questões (faça antes uma leitura no material
didático, assista vídeos encaminhados ou se preferir pesquise na internet):
a. Sabemos que as rochas são formadas por um ou mais minerais, os minerais são
formados por compostos ou elementos químicos, os elementos químicos, por sua
vez, são formados por átomos. Explique como você entende a origem dos
materiais rochosos no nosso planeta e sistema solar?
A origem dos materiais rochosos do planeta e sistema solar estão diretamente
ligados a formação do Universo portanto são formados pelo mesmo material que
compõe os demais corpos do sistema solar e de todas as estrelas a partir de nuvens de
gás e poeira interestelar. Atualmente a teoria mais aceita entre os cientistas é que o
Universo tenha surgido há cerca de 15 bilhões de anos atrás e seu nascimento partiu do
encontro de aglomerados de toda a matéria e energia do Universo, na qual, teria
ocorrido uma grande explosão. Os físicos denominaram esse evento de “Grande
Explosão”, em inglês Big Bang.
Essa semana o Jornal BBC News Brasil publicou um artigo sobre a existência de
um novo modelo para o surgimento do Universo, indo contra ao que conhecemos sobre
o Big Bang. A nova proposta é do físico teórico sul-africano Neil Turok, diretor emérito
do Perimeter Institute for Theoretical Physics, no Canadá. Segundo a entrevista, Turok
questiona essa teoria e argumentam que talvez o Big Bang não teria acontecido como se
acredita, diz ainda que ela está incompleta.
O Jornal destacou que “A proposta de Turok é que o Big Bang também deu
origem a um Universo Espelho, onde governam nossas mesmas leis da física, mas ao
contrário. É um "anti-universo" onde o tempo corre para trás e a antimatéria é
dominante. Dessa forma, a simetria seria cumprida. Segundo Turok, embora pareça
mais complexo, esse mecanismo é uma explicação mais simples do que aconteceu nos
primeiros momentos do universo”.
b. Defina a estrutura da Terra e quais as principais características físicas e químicas
desta estrutura. Pesquise uma imagem para ilustrar sua resposta.
As principais estruturas da Terra são crosta (oceânica e continental), manto
(superior e inferior), e núcleo (externo e interno). A crosta é a camada principal, com
espessura aproximadamente de 25 a 50 km nos continentes e de 5 a 10 km nos oceanos.
Regiões com profundidades maiores de 2950 km encontra-se o núcleo da Terra.
A crosta oceânica apresenta composição basáltica e a crosta continental
composição granítica a granodiorítica. O Manto Superior é constituído de rochas de
composição ultrabásica (Peridotitos) ricas em Mg e Fe e, o Manto Inferior de silicatos,
sulfetos e óxidos. O Núcleo é constituído essencialmente de Fe e Ni, existem também a
presença de elementos em menores quantidades de O, Si e S.

Figura 1. Estrutura da Terra. Fonte: https://geografalando.blogspot.com/2012/12/dinamica-interna-da-terra-


extrutura.html

c. Quais as diferenças entre crosta oceânica e crosta continental?


A crosta terrestre está classificada em crosta oceânica e crosta continental.
Segundo o CPRM (Serviço Geológico do Brasil), a crosta continental é formada
essencialmente de silicatos aluminosos (por isso era antigamente chamada de sial) e tem
uma composição global semelhante à do granito. Mede 25 a 50 km de espessura e as
ondas sísmicas primárias nela propagam-se a 5,5 km/s. A crosta oceânica é composta
essencialmente de basalto, formada por silicatos magnesianos (por isso antigamente
chamada de sima). Tem 5 a 10 km de espessura e é mais densa que a crosta continental
por conter mais ferro. As ondas sísmicas têm nela velocidade de 7 km/s.

d. Defina os termos litosfera e astenosfera.


A crosta junto com a parte do manto acima da zona de baixa velocidade forma
uma camada mais dura e rígida chamada de Litosfera. Possui uma espessura de 100 a
150 km superiores da Terra. A litosfera está dividida em placas rochosas chamadas de
placas tectônicas, que deslizam sobre uma região abaixo da litosfera que apresenta
comportamento plástico (maleável), recebendo o nome de Astenosfera.

2. Escreva uma redação sobre o tema “Teoria da Tectônica de Placas” com a


seguinte estrutura: parágrafo introdutório, um parágrafo mais extenso com o
desenvolvimento do tema e por fim um parágrafo conclusivo ou de
considerações finais. Caso considere necessário você poderá incluir imagens
desde que as fontes bibliográficas sejam citadas. Elabore também um título para
a sua redação.
A origem dos Oceanos
O texto abordará de forma sucinta a origem dos oceanos e sua relação com a
Teoria da Tectônica de Placa, mas para isso é preciso também discorrer brevemente
sobre as ideias da teoria da Deriva Continental.
É graças a curiosidade e as pesquisas do cientista alemão Alfred Wegener
(*1880-†1930), quem se dedicou a diversos estudos sobre meteorologia, astronomia,
geofísica e paleontologia influenciou outros pesquisadores a estudos sérios sobre a
Deriva Continental. Em suas observações sobre o mapa-múndi na qual as linhas de
costa atlântica atuais da América do Sul e África se encaixariam como um quebra-
cabeças gigante de que todos os continentes poderiam um dia estar unidos formando um
único supercontinente, denominado por ele de Pangeia (do grego Pan = todo e Geia =
Terra). Num livro chamado de A origem dos Continentes e Oceanos Wegener reuniu as
evidências para justificar a teoria da Deriva Continental, entretanto, não conseguiu
responder quais forças seriam capazes de mover os imensos blocos continentais. A
teoria de Wegener estaria completa na época se ele tivesse conhecimento da propriedade
plástica da astenosfera. Nos anos 50 os pesquisadores entenderam que na verdade a
chave para explicar a dinâmica da Terra estaria nos estudos sobre o fundo dos oceanos e
não nas rochas continentais como se pensava na época.
Durante a Segunda Guerra Mundial os militares navais tinham a necessidade de
localizar os submarinos inimigos em campo. Assim, foram feitos altos investimentos na
engenharia militar que desenvolveu diversos equipamentos, como sonares, que
permitiram traçar mapas detalhados do relevo do fundo oceânico como cadeias de
montanhas, fendas e fossas muito profundas impossíveis de se observar no período
anterior.
No final da década de 40 foram realizadas expedições marítimas agora por
pesquisadores principalmente das universidades de Columbia e Princeton nos EUA,
com o objetivo de mapear o fundo do Oceano Atlântico, com novos equipamentos e
coletar amostras de rochas. Através dessa expedição foi possível cartografar a Cadeia
Meso-Oceânica.
No início dos anos 60, com o surgimento e aperfeiçoamento da geocronologia
permitiu a obtenção de importantes informações sobre a idade das rochas, os estudos
sobre o magnetismo das rochas também contribuíram para a melhor compreensão dos
movimentos da crosta continental além dos estudos de paleomagnetismo fizeram com
que parte dos geofísicos passassem a considerar uma deriva dos continentes mais
seriamente. Ainda na mesma década os pesquisadores Harry Hess, da Universidade de
Princeton, e Robert Dietz, do Instituto Scripps de Oceanografia, propuseram que a
crosta se separa ao longo de riftes nas dorsais meso-oceânicas e que o novo fundo
oceânico se forma pela ascensão de uma nova crosta quente nessas fraturas, ou seja, as
estruturas do fundo oceânico estariam relacionadas a processos de convecção no manto.
O novo assoalho oceânico expande-se lateralmente a partir do rifte e é substituído por
uma crosta ainda mais nova, num processo contínuo de formação de placa. Com as
explicações dadas por esses pesquisadores foi possível confirmar a Deriva Continental.
Por fim o geólogo canadense Tuzo Wilson descreveu, pela primeira vez, a
tectônica em torno do globo em termos de “placas” rígidas movendo-se sobre a
superfície terrestre. Os elementos básicos da Teoria da Tectônica de Placas foram
estabelecidos ao final de 1968.

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
BRANCO, Pércio. Estrutura Interna da Terra. Serviço Geológico do Brasil, 2015.
Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/CPRM-Divulga/Estrutura-Interna-
da-Terra-1266.html#:~:text=A%20crosta%20oce%C3%A2nica
%20%C3%A9%20composta,velocidade%20de%207%20km%2Fs.>
SERRANO, Carlos. Neil Turok, o físico que desafia a teoria do Big Bang e defende a
ideia de um 'universo espelho'. BBC News Brasil, 2021. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/geral-56909935?
at_custom2=facebook_page&at_custom1=%5Bpost+type
%5D&at_custom3=BBC+Brasil&at_custom4=00612A94-A7A0-11EB-ADE6-
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54Go4TMqlUgx1YpgvDrtnI8nqSfzJk_WsrMTV3tR0tO8Nk>
TECTÔNICA DE PLACAS. Laboratório de Paleontologia da Amazônia. Disponível
em: <https://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2094>

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORDANI, G. Umberto. O planeta e suas origens. In: TEIXEIRA, Wilson et al. org.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568p. il. p. 01-12.
COLOMBO, C. G. Tassinari. Tectônica Global. In: TEIXEIRA, Wilson et al. org.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568p. il. p. 97-110.

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