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Revista Painel - Fevereiro - 2020
Revista Painel - Fevereiro - 2020
Painel
nº 299
FEVEREIrO/2020
Bambu
Mercado, oportunidade e tradição da
planta que, se bem usada, pode substituir
até mesmo o aço na construção civil
Engenharia
As torres que transportam e
distribuem energia
Arquitetura
Mapa Painel mostra as escolas
da Primeira República
Sustentabilidade está na moda. Nas engenharias e na
arquitetura, entretanto, é tema que sempre esteve
presente, da formação acadêmica até a construção
da carreira no mercado de trabalho. Reciclar, reusar e
reduzir são três dos cinco erres dos princípios básicos
da sustentabilidade que para nós são ações cotidianas
desde sempre. Por isso, nossa responsabilidade em
aprimorar a prática é ainda maior.
Os seminários Sustentabilidade na Indústria da Cons-
trução Civil inauguram a agenda técnica de 2020
amplificando as práticas já adotadas em muitos dos
grandes canteiros de obras da cidade.
Eng. Mec. Giulio Roberto
Na construção, reuso significa economia; economia
Azevedo Prado
significa redução de custos e o resultado dessa equa-
ção é bom para quem investe, para quem usa e para a
palavra do presidente
AEAARP
revista
Painel
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP
Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717
www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Diretoria Funcional
05 22 Diretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza Leite
Diretor de comunicação e cultura - arq. e urb. Marco Paulo
Gonçalves de Castro
Especial Financiamento Diretor social - eng. civil Rodrigo Fernandes Araújo
Diretora universitária - eng. agr. Marta Maria Rossi
Uma planta multifuncional Parceria do CREA-SP e Desenvolve
SP oferece crédito para empresas Diretoria Técnica
Conselheiros Titulares
Arquitetura 11 Eng. Civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre - Presidente
18 REVISTA PAINEL
Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho,
Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani, Eng. Agr. José Roberto
Engenharia Scarpellini, Arq. e Urb. Marco Paulo Gonçalves de Castro -
conselhoeditorial@aeaarp.org.br
Torres de energia
Conselheiros titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP:
Eng. mec. Fernando Cauchick Carlucci, suplente eng. químico
Sílvio Augusto Gaspar Malvestio; eng. mec. Giulio Roberto
Azevedo Prado, suplente eng. civil Marcelo Fernandes
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Especial
Uma planta
multifuncional
Reconhecido pelo potencial econômico, o bambu pode ser utilizado
nas indústrias de alimentos, cosméticos e construção civil
suas fibras, que podem ser usadas hectares, o que corresponde a 20,4%
na indústria de papel e celulose, do total dos 22 milhões de hectares
na formulação de produtos que Farinha de colmo jovem de bambu plantados em todo o planeta, segundo
exigem maior resistência ao rasgo e dados da Empresa Brasileira de Pes-
capacidade de carga, como os sacos Cenário do Bambu quisa Agropecuária (Embrapa).
para cimento. No Brasil, o bambu é encontrado A floresta é constituída principal-
O bambu cresce rápido e por isso em maior concentração na Amazônia. mente pela espécie gigante Guadua aff
mesmo sequestra mais gás carbônico Existem cerca de 260 espécies no país, chaparensis e em menor escala, pelo
do ar do que outras plantas. “Há distribuídas em 35 gêneros. Entre as Guadua sarcocarpa. “Eu costumo dizer
registros de taxas de crescimento da principais espécies estão a Bambusa que, se a colonização do Brasil tivesse
ordem de 10 cm/dia a 100 cm/dia
vulgaris, Bambusa vulgaris variedade vit- começado pelo Acre, certamente, hoje,
em condições ambientais favoráveis.
tata, Bambusa tuldoides, Dendrocalamus seríamos, juntamente com a China, a
Em seis meses de crescimento, um
asper, Guadua angustifolia, Phyllostachys Índia e o Japão, uma dessas potências
colmo de um bambu gigante pode
atingir a altura de 20m a 25m”, aurea (cana-da-índia ou vara-de-pescar) do bambu industrializado”, afirma o en-
destaca Luiz Barbieri. e Phyllostachys pubescens (“Mossô”). genheiro agrônomo José Luiz Barbieri.
Muitos bambus são conhecidos
por seus efeitos biológicos –
são antioxidantes, antirradicais
livres, antienvelhecimento,
antibacterianos – e também
podem ser usados na prevenção de
Acervo da Embrapa Acre
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Construção
Escola de bambu
inspira investimento
Agrônomo ribeirão-pretano
frequentou escola feita com bambus
em 1950 e decidiu investir na planta
Bambu: alternativa
to. A escola, que funcionava dentro
do Parque Municipal do Morro de
São Bento, em Ribeirão Preto, era
construtiva
totalmente construída com bambus
gigantes, da espécie Dendrocalamus
asper, inclusive o telhado.
mundial, segundo informações do estu- ro civil Vitor Marçal, tem sido atraído
do “Economia do Bambu no Brasil: Tec- pela versatilidade dessa matéria-prima
nologia e Inovação na Cadeia Produtiva – leve, resistente e de fácil manuseio
Jardim da Infância Machado de Assis, em Ribeirão Preto – Perspectivas e Desafios” realizado pelo – e pela boa imagem pública que es-
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos sas construções proporcionam. Vitor
Hoje, José Luiz possui um banco de
(CGEE), vinculado ao Ministério da Ciên- é secretário executivo da Associação
germoplasma de bambu, com 11 das
20 espécies mais importantes do cia, Tecnologia e Inovação (MCTI). Brasileira de Produtores de Bambu
mundo, voltado, principalmente, para Fora da China, em países da América (Aprobambu) e acrescenta que, além
a construção, arquitetura, decoração, Latina – Colômbia, Costa Rica e Equa- dessas características, a planta tam-
movelaria e artesanato. dor, por exemplo – existem projetos bém é suficientemente resistente para
bem-sucedidos de habitações popula- manter as características de estrutu-
res com fins de interesse social e até de ras no decorrer do tempo de uso.
Bambu Carbono Zero
José Luiz Barbieri
Vitor Marçal
Estrutura na Colômbia
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Pioneirismo
O engenheiro agrônomo Danilo Candia foi um dos primeiros a comercializar o bambu para uso na
construção civil no Brasil. Na década de 1990, começou a pesquisar sobre a planta e testar aplicações.
Conheceu o arquiteto colombiano Simon Velez, um dos maiores nomes da construção com bambu no
mundo, e participou da construção de algumas obras dele no Brasil.
Em 2006, Danilo e a paisagista Renata Tilli se juntaram para fundar uma empresa especializada na
produção de revestimentos e estruturas de bambu.
Desde então, já entregaram 1.500 obras, entre construção de casas, pergolados e estruturas
produzidas somente com bambu, ou integradas com outros materiais, além de execução de forro
para teto, revestimentos aplicados na parede, fachadas, brises, pórticos, portas e janelas.
“O bambu, sem dúvida alguma, é e será cada vez mais uma das grandes soluções no combate a
mitigação das emergências climáticas e com certeza é um grande aliado em nossas necessidades de
ampliar espaços urbanos para o crescimento populacional tão necessário à nossa espécie”.
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proteção de obra, e principalmente Vitor, a falta de conhecimento sobre o “Quando diferentes sistemas construti-
como colunas, vigas e outros elemen- material faz com que um número maior vos são usados em um mesmo projeto é
tos estruturais em diversos sistemas de pessoas utilize o bambu de forma importante que esse profissional tenha
construtivos utilizados atualmente. incorreta, sem tratamentos adequados conhecimento de ambos e principal-
Diversas espécies de bambu apre- e com técnicas ineficientes, fazendo mente entenda como utilizá-los em con-
sentam características indicadas para com que algumas estruturas não te- junto de forma eficiente e resistente”.
serem utilizadas na construção civil. nham todo o potencial de utilização Obras executadas somente com bam-
Gêneros de bambu como Phyllostachys, desse material e terminem por dimi- bu estrutural também demandam co-
Bambusa, Dendrocalamus e Guadua são nuir sua importância e até negativar nhecimento sobre uniões e conexões
os mais utilizados na construção civil a opinião dos consumidores por este entre peças de bambu. “O uso de colmos
brasileira. “Esses bambus apresentam tipo de produto. de bambu, juntamente com elementos
diferentes diâmetros que podem variar “É necessário que o bambu seja uti- de concreto armado, madeira e perfis
de um centímetro, no gênero Phyllos- lizado da forma correta, favorecendo metálicos demandam um entendimento
tachys, até 25 centímetros no gênero assim o desenvolvimento de sistemas global e local dos esforços atuantes para
Dendrocalamus”, informa Vitor. construtivos eficientes e resistentes, o projeto e execução dos sistemas co-
Dependendo das características de mostrando todo o potencial de aprovei- nectivos e interação entre os diferentes
cada um podem ser utilizados em fun- tamento estrutural do bambu”, salienta. elementos estruturais”, informa.
ções estruturais. Bambus mais finos, A maioria dos sistemas construtivos Os tipos de vedação e instalações
por exemplo, são ideais para vedações permite a utilização do bambu. Podem também precisam de atenção por par-
e acabamentos. À medida que os diâ- ser desenvolvidas estruturas feitas te do projetista e construtor. Alguns
metros aumentam podem ser aprovei- totalmente em bambu ou nas quais o sistemas estruturais dificultam o uso
tados como caibros e peças diagonais bambu é utilizado junto com o concre- de vedações convencionais, como ti-
de travamento superior. Bambus com to armado, perfis metálicos, madeira, jolo cerâmico, sendo necessário maior
maior diâmetro ou feixes de bambus dentre outros. entendimento de como essas veda-
de menor diâmetro servem como vi- Vitor ressalta que o projeto deve ser ções e instalações serão desenvolvidas
gas e colunas. realizado por profissional capacitado. no decorrer da obra.
Bambu x aço
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Arquitetura
Wikipedia
Igreja Nuestra Señora de La Pobreza, em Pereira, Colômbia
O colombiano Simón Vélez tornou-se um dos arquitetos Igreja Nuestra Señora de La Pobreza, em Pereira, Colômbia,
mais importantes do mundo pelo uso inovador do bambu na o Museu Nômade Zócalo, na Cidade do México, e ZERI Pavi-
construção. Simón desenvolveu novos métodos e sistemas lhão para a Expo 2000, em Hannover, na Alemanha.
de apoio estrutural, transformando o material em um recur- Vélez também projetou o Crosswaters Ecolodge, um des-
so moderno e flexível, que pode ser usado em todos os tipos tino de ecoturismo nas florestas da Reserva de Montanha
de edifícios. Nankun Shan, na província de Guangdong, na China, consi-
Com projetos espalhados por 11 países, dentre eles, a derado o maior projeto comercial para o uso de bambu.
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Legislação
Pixabay
Brasil não tem norma técnica
para uso do bambu
Segundo a ABNT, proposta está em fase de
elaboração e será aberta à consulta pública
Normas internacionais para o uso Atualmente, a Comissão de Es- dos ensaios poderão ser usados para
estrutural do bambu existem desde tudo de Estruturas de Bambu (CE- fins de controle de qualidade das cons-
1973 e vêm sendo melhoradas e ade- 002:126.012) atua junto à Associação truções de bambu.
quadas à realidade de cada país. As Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), O documento foi redigido por pro-
normas internacionais ISO 22156 e no âmbito do Comitê Brasileiro da fissionais, pesquisadores e bambuzei-
ISO 22157 norteiam várias outras de Construção Civil (ABNT/ CB-002), ros de vários estados brasileiros, nos
países de todo o mundo, principalmen- para definir parâmetros de aproveita- últimos dois anos, em reuniões bimes-
te sul-americanos, como Colômbia, mento estrutural do bambu no país. trais em diferentes estados brasileiros.
Peru e Equador. Duas normas técnicas estão em de- Segundo a assessoria de imprensa da
No Brasil, o bambu ainda não é re- senvolvimento na ABNT: a Norma Bra- ABNT, os documentos estão em fase
gulamentado, porém já é amplamente sileira 16828-1 (Estruturas de Bambu de editoração e ainda não foram sub-
utilizado, tanto em estruturas rurais - Parte 1: Projeto) e a NBR 16828-2 metidos à Consulta Nacional.
quanto em projetos de maior comple- (Estruturas de Bambu – Parte 2: De- “Torcemos para que em breve essa
xidade estrutural. “Como as normas terminação das propriedades físicas e norma já esteja disponível para apro-
nacionais ainda não estão vigentes os mecânicas). veitamento nacional orientando e de-
responsáveis técnicos precisam se em- A primeira define os requisitos bási- finindo conceitos básicos de qualidade
basar em normas internacionais e ex- cos exigidos para projeto de estruturas do bambu, cálculo estrutural, projeto,
periência prática sobre o material”, ex- feitas com colmos de bambu e a se- execução e manutenção de estruturas
plica Vitor Marçal, secretário executivo gunda estabelece métodos de ensaio desenvolvidas com bambu no Brasil”,
da Associação Brasileira de Produtores para avaliar as propriedades físicas e salienta Vitor, que é também secretário
de Bambu (Aprobambu) mecânicas do bambu. Os resultados da Comissão de Estruturas de Bambu.
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Revista Painel
Revista Painel
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Mapa Painel
MAPA PAINEL
Fernando Braga
Escola Dona Sinhá Junqueira
Monumentos
educacionais Ribeirão Preto na rota das escolas da Primeira
República, que ergueu 126 edifícios escolares no
estado de São Paulo no período
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foi adotado um projeto padronizado para a construção das Ainda no centro da cidade há um outro edifício imponente
escolas da época, com técnica construtiva simples e alvenaria e que também marcou a história de Ribeirão Preto. Localizado
de tijolos, justificado pela necessidade de erguer rapidamente na Rua Prudente de Morais, 764, o prédio é sede do primeiro
um grande número de edifícios para atender crianças que se ginásio do interior paulista, o Ginásio do Estado.
encontravam fora do ambiente escolar. Criado por decreto legislativo de 27 de dezembro de 1906,
As salas de aula foram distribuídas ao longo de eixos de foi inaugurado em 1 de abril de 1907, com a presença do
circulação, em plantas simétricas. Em geral, apenas a fachada governador do Estado da época, Jorge Tibiriçá. Em 1951,
e a ornamentação diferenciavam os projetos entre si, além teve o nome alterado para Otoniel Mota, em homenagem
dos altos porões construídos para a adequação dos edifícios ao primeiro professor da instituição.
aos diferentes perfis de terreno. O projeto arquitetônico acompanhou o padrão dos
Um grupo de arquitetos, formado por Ramos de Azevedo, grandes grupos escolares, mas acrescentou espaços para
José Van Humbeeck, Carlos Rosencrantz, Mauro Álvaro de biblioteca e laboratório. A primeira turma contou com 77
Souza Camargo, Achiles Nacarato, Cesar Marchisio, Manuel alunos, todos homens. Somente a partir de 1914 foram
Sabater e Victor Dudugras, estava à frente dos projetos ar- aceitas as primeiras alunas.
quitetônicos no estado de São Paulo.
Em Ribeirão Preto, José Van Humbeeck, Carlos Rosen-
crantz, Mauro Álvaro de Souza Camargo e Manuel Sabater
foram os responsáveis, respectivamente, pelos projetos das
escolas E.E Guimarães Júnior, E.E. Otoniel Mota, E.E. Sinhá
Junqueira e E.E. Fábio Barreto.
A escola Guimarães Júnior é a mais antiga de Ribeirão
Wikipedia
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Na região central outro edifício educacional chama a aten- com fachada convencional e janelas compridas em arco. O
ção pela fachada volumosa e cantos arredondados. A escola ambiente interno era dividido em oito salas de aula, três para
Fábio Barreto, que inicialmente recebeu o nome de 2º Grupo os alunos do 1° ano masculino, três para as alunas do 1° ano
Escolar, foi construída em 1911, na Rua Amador Bueno, 220. feminino, uma sala para o 2° ano masculino e outra para o 2°
ano feminino. A arborização era um diferencial da escola, que
recebeu na década de 1940 o plantio de estacas de amoreiras
na ala do fundo da escola.
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Revista Painel
Revista Painel
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Engenharia
Daniela Antunes
Linhas de transmissão
Torres de
energia
Torres metálicas que sustentam cabos da energia elétri-
ca produzida nas usinas, que normalmente ficam em locais
afastados dos grandes centros urbanos e das principais
capitais do país, atravessam o país, vencendo obstáculos
geográficos, para fazer a energia chegar até o seu destino.
Autoportante e estaiada são os modelos mais As estruturas integram o sistema elétrico, composto pela
utilizados nos 145 mil quilômetros de linhas de produção, transmissão e distribuição. A energia é trans-
transmissão que percorrem o Brasil portada em alta tensão, superior a 100 quilovolts (kV),
que, ao se aproximar dos centros de consumo, é reduzida
em subestações.
AEAARP
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O Brasil tem 145 mil quilômetros de cerda na área de estruturas, o perfil do cabos em qualquer condição de vento
linhas de transmissão administradas por elemento em aço geralmente é do tipo e temperatura.
133 concessionárias, segundo o Opera- cantoneira (peça em forma de L) e a li-
dor Nacional do Sistema Elétrico (NOS). gação entre os elementos metálicos que Estaiada x autoportante
As torres são concebidas a partir de compõem a torre pode ser feita com Os modelos mais comuns são a es-
projetos de engenharia e construídas solda ou parafuso, sendo o último mais taiada e a autoportante. Segundo o
de maneira modular (em partes), utili- comum. “A manutenção periódica da engenheiro elétrico Halley Jose Braga
zando predominantemente aço. A es- pintura e dos parafusos garante que a da Silva, coordenador de Viabilidade de
colha do material deve-se à facilidade estrutura dure por mais de 50 anos”, diz. Obras de Linha de Transmissão e Subes-
de transporte e agilidade de montagem A altura assegura que os cabos fi- tação da CPFL Energia, o que as carac-
da estrutura. Normalmente sustentam quem distantes do solo e evita o con- teriza são a classe de tensão da linha de
três conjuntos de cabos de cada lado, tato elétrico com pessoas, vegetação e transmissão e a carga mecânica à qual
acompanhados por um cabo mais alto, veículos que eventualmente atraves- a torre é submetida. “As torres estaia-
no topo, que é o para-raios. sem a região, já que são construídas das, por exemplo, têm estrutura forte e
Segundo o engenheiro Renan Mou- muitas vezes em locais com obstácu- leve, projetada para suportar alta carga
ra Guimarães, professor de Engenharia los, como vales, rios e montanhas. A de equipamentos, além de intempéries
Civil do Centro Universitário Moura La- estrutura também deve suportar os como ventos extremos”, explica.
Revista Painel
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Arquivo Furnas
Wikipedia
Torre estaiada Torre autoportante
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Financiamento
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Parceria do CREA-SP e
Desenvolve SP oferece
crédito para empresas
vinculadas ao Conselho
Condições especiais são oferecidas para micro, pequenas e médias
empresas de engenharia e agronomia
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AEAARP
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CREA-SP
RESOLUÇÃO N° 1.048, DE
14 DE AGOSTO DE 2013 - 1ª parte
Consolida as áreas de atuação, as atribuições e as atividades adubos, inseticidas, fungicidas, maquinismos e acessórios e, bem
profissionais relacionadas nas leis, nos decretos-lei e nos decretos assim, outros artigos utilizados na agricultura ou na instalação de
que regulamentam as profissões de nível superior abrangidas pelo indústrias rurais e derivadas;
Sistema Confea/Crea. XXI - determinação do valor locativo e venal das propriedades
[...] rurais, para fins administrativos ou judiciais, na parte que se rela-
Art. 4º O exercício das atividades e das áreas de atuação pro- cione com a sua profissão;
fissional elencadas [...] correlacionam-se às seguintes atribuições: XXII - avaliação e peritagem das propriedades rurais, suas insta-
I - ensino agrícola em seus diferentes graus; lações, rebanhos e colheitas pendentes, para fins administrativos,
II - experimentações racionais e científicas referentes à agricul- judiciais ou de crédito;
tura, e, em geral, quaisquer demonstrações práticas de agricultura XXIII - avaliação dos melhoramentos fundiários;
em estabelecimentos federais, estaduais e municipais; XXIV - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de
III - propagar a difusão de mecânica agrícola, de processos de obras de drenagem e irrigação;
adubação, de métodos aperfeiçoados de colheita e de beneficia- XXV - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de
mento dos produtos agrícolas, bem como de métodos de aprovei- edifícios, com todas as suas obras complementares;
tamento industrial da produção vegetal; XXVI - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das
IV - estudos econômicos relativos à agricultura e indústrias estradas de rodagem e de ferro;
correlatas; XXVII - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das
V - genética agrícola, produção de sementes, melhoramento das obras de captação e abastecimento de água;
plantas cultivadas e fiscalização do comércio de sementes, plantas XXVIII - trabalhos de captação e distribuição da água;
vivas e partes vivas de plantas; XXIX - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das
VI - fitopatologia, entomologia e microbiologia agrícolas; obras destinadas ao aproveitamento de energia e dos trabalhos re-
VII - aplicação de medidas de defesa e de vigilância sanitária vegetal; lativos às máquinas e fábricas;
VIII - química e tecnologia agrícolas; XXX - o estudo, projeto, direção, execução e exploração de ins-
IX - reflorestamento, conservação, defesa, exploração e indus- talações industriais, fábricas e oficinas;
trialização de matas; XXXI - o estudo, projeto, direção e execução das instalações das
X - administração de colônias agrícolas; oficinas, fábricas e indústrias;
XI - ecologia e meteorologia agrícolas; XXXII - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das
XII - fiscalização de estabelecimentos de ensino agronômico re- obras relativas a portos, rios e canais e das concernentes aos ae-
conhecidos, equiparados ou em via de equiparação; roportos;
XIII - fiscalização de empresas agrícolas ou de indústrias correlatas; XXXIII - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das
XIV - barragens; obras peculiares ao saneamento urbano e rural;
XV - irrigação e drenagem para fins agrícolas; XXXIV - projeto, direção e fiscalização dos serviços de urbanismo;
XVI - estradas de rodagem de interesse local e destinadas a fins XXXV - assuntos de engenharia legal;
agrícolas; XXXVI - assuntos legais relacionados com suas especialidades;
XVII - construções rurais, destinadas a moradias ou fins agrícolas; XXXVII - perícias e arbitramentos;
XVIII - avaliações e perícias; XXXVIII - fazer perícias, emitir pareceres e fazer divulgação técnica;
XIX - agrologia; XXXIX - trabalhos topográficos e geodésicos;
XX - peritagem e identificação, para desembaraço em repar-
tições fiscais ou para fins judiciais, de instrumentos, utensílios e Brasília, 14 de agosto de 2013 .
máquinas agrícolas, sementes, plantas ou partes vivas de plantas, (Continua na próxima edição)
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Revista Painel
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Notas
Pixabay
Canudo de
plástico está proibido
no estado de SP
PROCON fará a
fiscalização e multa pode
chegar a R$ 5,5 mil
Desde o dia 17 de fevereiro estabelecimentos comerciais do se a infração, a empresa será autuada. Já as empresas de grande
estado de São Paulo não podem mais fornecer ou vender canudos porte que apresentarem infração serão autuadas de imediato.
feitos de plástico. A proibição atende a Lei n°17.110, de 12 de julho O valor da multa varia de R$ 552,20 a R$ 5.522,00. Em casos
de 2019, que veta a distribuição de canudos de plásticos e orienta de reincidência, será aplicada multa em dobro.
que os estabelecimentos ofereçam canudos de papel reciclável, Segundo o Instituto Akatu, organização não governamental
material comestível ou biodegradável, embalados individualmente sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização do
em envelopes fechados, confeccionados com o mesmo material. consumo consciente, se os canudos consumidos pelos
A fiscalização e autuação será realizada pelo PROCON. brasileiros em um ano fossem empilhados em um muro de
Microempresas e empresas de pequeno porte terão dupla visita 2,10 metros de altura seria possível dar uma volta completa
– uma fiscalização orientadora e, na segunda visita, constatando- na Terra, em uma linha de mais de 45.000 quilômetros.