ARQUITETURA ENGENHARIA TECNOLOGIA DESIGN

REVISTA DIGITAL
JAN/FEV/2024

Associação dos Arquitetos, Engenheiros e Técnicos de Cotia

AETEC DISPÕE IMPRESSORA 3D

AOS ASSOCIADOS
E AINDA ENSINA A USAR

CONTÊINER SEMIENTERRADO VINICIUS MARCHESE TOMA POSSE COMO

O POTENCIAL DA REFORMA RESIDENCIAL II PRESIDENTE DO CONFEA

FUNDAMENTOS DE VÁLVULAS PETERSON TREMONTE ASSUME A DIRETORIA

AUTO OPERADAS "ENTIDADES DE CLASSE" NO CREA/SP

DIREITOS AUTORAIS TAMBÉM SÃO COISA O IMPACTO DA PRECÁRIA INFRAESTRUTURA

DE ENGENHEIRO DE TRANSPORTE NO BRASIL
 ARQUITETURA

ENTREVISTA COM O CEO

Revista AETEC, Digital, bimestral e gratuita.
Conteúdo técnico informativo, publicado pela: PALAVRA DO PRESIDENTE

BOM ANO PARA TODOS

DESDE 1993
Av. Santo Antonio, 294, Portão
Cotia/SP, CEP 06716-710
Tel.: (11) 4616-2398
secretaria@aetec.org.br
Passamos do nosso ano novo oficial dito Carnaval, e
as férias que muitos aproveitaram como puderam e se
DA AM2 ARQUITETURA
Entre outros, concorreu ao prêmio Building of the year awards 2024.
instagram.com/aeteccotia
www.aetec.org.br
estenderam até fim de fevereiro. Agora estamos voltando
PARA ANUNCIAR lentamente aos postos de trabalho para colocar a indústria, Em geral as grandes premiações na área da arquitetura saem
joao@acemais.com.br / Cel. 99254-9565
EDITOR o comercio e os serviços a funcionar. Apesar de todos os para os arquitetos que trabalham em grandes centros de negó-
João Lino da Silva cios, mas toda regra tem exceções. Neste caso chamou atenção
CONTATO COM EDITORIA
ruídos mundiais, a vida segue e todos têm que girar a até da mídia exterior o profissional com trabalho intenso em
Cotia/SP e arredores, o arquiteto Alessandro Malara Manso e
joao@acemais.com.br
economia. sua equipe. Fomos até ele para nos contar razões do seu sucesso.
EDITORAÇÃO
Neste intervalo tivemos o Colégio de Líderes do
Confea que em sua 13a edição reuniu profissionais de A regra é sempre premiar profissionais da capital.
www.acemais.com.br Engenharia, Agronomia, Geociências e Tecnólogos, Como você, um arquiteto da região metropolitana
conseguiu ter seu projeto visto para ter essa aprovação?
CONSELHO EDITORIAL
Carlos Peterson Tremonte, Bêlit da Costa R. Leite, trazendo a discussão junto a líderes políticos, num total Primeiramente é um prazer estar conversando sobre esse

Foto: Manuel Sá @omanuelsa

João Lino, Mariana Meneghisso, Cíntia Monteiro,
Renato Oliveira, Alessandro Malara Manso, João Salles
Neto, Rogério Sagliocco e Mauro Campello.
DIRETORIA AETEC
Triênio 2023/2025
Presidente
Eng. Mec. Carlos Peterson Tremonte
Vice Presidente de Engenharia
Eng. Civil Silvio Armellei Furquim Leite
Vice Presidente de Arquitetura
Arq. e Urbanista Cintia dos Santos Monteiro
1o Secretário
Arq. e Urbanista Alessandro Malara Manso
2o Secretário
Eng. Químico Antônio Domene
1o Tesoureiro
Eng. Elet. e Seg. do Trabalho Renato O. de Andrade
Conselho Consultivo
Eng. Civil Arthur Augusto Weigand Berna, Eng. Civil
Alvaro Sérgio Barbosa Júnior, Eng. Elet. Cassiano Fábio
Santos Diegues, Eng. Agrônomo Gianpaolo Fábio Massa
e Eng. Mecânico e de Seg. do Trabalho Marcos Francisco
de Almeida
Comissão Auxiliar de Fiscalização de Cotia
(CAF-Cotia)
Inspetor Chefe e Elétrica
Eng. Elet. Cassiano Fábio Santos Diegues
Inspetor Química
Eng. Químico Antônio Domene
Inspetor Civil
Eng. Civil Silvio Armellei Furquim Leite
Inspetor Mecânica
Eng. Mecânico Paulo Eduardo Grimaldi
Inspetor Agronomia
Eng. Agrônomo Gianpaolo Fábio Massa
Inspetor Segurança do Trabalho
Eng. Seg. Trabalho Marcos Francisco De Almeida
de quase 2.000 participantes do Brasil sobre a Inovação,
Tecnologia, Agricultura, Impostos, Legislação e Educação,
os pilares para uma economia forte. Além também do
destaque com a preocupação da escassez da mão de obra
qualificada mundial, embora tenhamos milhões sem
emprego e os nem nem, que não estudam nem trabalham,
problema que os governos não aplicam uma boa política
para sanar este grave problema.
Para ajudar na qualificação vocês vão encontrar nesta
edição excelentes artigos técnicos, pois sempre temos
alguma coisa para aprender.
Apreciem a leitura, aproveitem nossos cursos de
atualização profissional, venham fazer parte da AETEC
e de todos os benefícios que está área maravilhosa criou
para todos: estudantes, recém formados e profissionais.
Foto: Arquivo pessoal
tema com a Revista da Aetec. Essa foi a primeira publicação
que nos deu a oportunidade de mostrar o nosso trabalho e hoje
conseguimos uma possibilidade de estarmos divulgando esse
trabalho em outros portais e revistas. Com relação ao projeto
do Viveiro de Imersão, trata-se de um dos 90 projetos que de-
senvolvemos para o Animália Park possuindo um conceito di-
ferenciado de projeto arquitetônico então tornou-se um projeto
único. Nosso escritório ainda não tinha vivenciado algo de tal
magnitude e o desafio, apesar de ser enorme, nos auxiliou para
um resultado final muito prazeroso e que só foi possível ao gran-
de número de profissionais de diversas áreas envolvidos em todo
processo. Sendo um local de grande visitação de todos as regiões
do Brasil a questão de visibilidade também foi exponencial e
contribuiu para que muitas pessoas aproveitassem a experiência
que o projeto proporciona.
Projeto “Animália Park” selecionado para o Prêmio Mundial
“Building of the year awards” e para o anuário da revista PROJETO
O que você sugere a outros profissionais para serem
reconhecidos em outras cidades e principalmente ser visto
pela mídia global e por outras organizações?
O primeiro fator é ter noção do que outros profissionais estão
desenvolvendo, as novidades que a arquitetura tem apresentado, não
só no Brasil, mas no exterior. O intercâmbio com arquitetos criativos
e inovadores é uma excelente maneira de ampliarmos nosso campo de
visão e procurarmos ir mais além do que enxergar o trivial. Uma coisa
que esse projeto nos possibilitou foi o de enxergar a natureza como
o maior potencial arquitetônico que existe, em sua forma original.
Acho que ao voltarmos as formas primordiais de composição que
ela nos oferece, fazendo esse diálogo de maneira interessante e claro,
trabalhando muito também com a arquitetura vernacular
Qual foi sua sensação ao saber desta vitória?
Estar relacionado na lista de projetos foi uma grande satisfação,
mas simultaneamente nos faz com que a cobrança por criarmos
coisas com relevância seja maior, então não podemos nos acomodar,
mas viver esse momento com muita alegria.
Relacione os prêmios obtidos e os que ainda está competindo?
2023 e o início de 2024 foi um período especial para nós. Além
de concorrermos no building of the year awards fomos selecionados
pelo anuário da revista PROJETO. Também tivemos a divulgação

Fiscalização do CREA-SP
Eng. Felipe Antonio Xavier Andrade de portais de grande relevância na área tais como a designboom,
Eng. CTO EVDC Engenharia de Controle Peter Tremonte
Presidente da AETEC, triênio 2023-2025 galeria da arquitetura e a greenitecture. Nesse mês de fevereiro tam-
bém tivemos a satisfação de vencermos na categoria projeto arqui-
Os artigos assinados expressam tetônico pelo POLO da Granja Viana. Então estamos colhendo os
a opinião dos seus autores. Equipe AM2 na Casa Artigas frutos dessa dedicação na área que tanto amamos.

2 AETEC www.aetec.org.br REVISTA AETEC 3

 ENGENHARIA

CIDADES INTELIGENTES
Dando continuidade ao bem-sucedido projeto, a ad-
ministração municipal iniciou um novo empreendimen-
to, dessa vez para disciplinar o descarte dos resíduos orgâ-

TÊM RESÍDUOS
nicos, que estava sendo feito aleatoriamente em terrenos
baldios. Esta medida evita sérios problemas, como entu-
pimento de redes de drenagem, propagação de doenças
por ratos e insetos, poluição visual e degradação do meio

BEM ARMAZENADOS
ambiente. Foram instalados contêineres em diversos lo-
gradouros na cidade de Guaratinguetá. Segue o relato do
Diretor de planejamento da cidade.
Antes da implantação do contêiner na cidade de Guaratinguetá.

CONTÊINER SEMIENTERRADO
Rafael Giannella Neto*

A lternativa na coleta de resíduos, o contêiner semien-

terrado Bauer é uma boa opção para as cidades, condomí-
nios, parques, indústrias etc.
Trata-se de um conceito moderno que, entre outras coi-
sas, permite diminuir a frequência de viagem dos caminhões Depois da implantação do conteiner na cidade de Guaratinguetá.
de coleta por ter grande capacidade de armazenamento,
comportando maior volume de resíduos.
Sua forma de coleta limpa evita que detritos se espalhem, e
traz solução para a poluição visual e para os odores.
Tais vantagens tornam o equipamento muito atraente e
faz dele uma opção interessante para usuários de todos os
portes.
Em sua parte subterrânea, o equipamento tem capacida-
de para volumes de armazenamento de até 5 m2, podendo
armazenar recicláveis e lixo orgânico, sem riscos de conta-
minação devido a sua tecnologia de vedação. Denominado
GTE, o produto é galvanizado a zinco, o recipiente não é

inflamável e o esvaziamento é feito de forma rápida e segura
por caminhões coletores.
Como exemplo, podemos citar um conjunto habitacio-
nal com mil casas, no qual, teoricamente, um caminhão terá
que parar mil vezes para fazer a coleta casa a casa. Com o
sistema de contêineres semienterrados, colocados estrategi-
camente no conjunto, teríamos que parar o caminhão de
coleta no máximo 50 vezes, economizando tempo, combus-
tível, mão de obra e reduzindo as emissões de gases do motor
do caminhão.
Como exemplo de adoção da nova tecnologia temos Gua-
ratinguetá, localizada no Estado de São Paulo, a primeira
cidade do Brasil a instalar esse equipamento em seu Parque
Municipal Ecológico “Anthero dos Santos” em 10/06/2011,
iniciando o primeiro projeto de coleta de resíduos reciclá-
veis, o qual foi bem acolhido pela população.
Bruno Vilas Boas de Castro
EFICIÊNCIA, PRATICIDADE
E MODERNIDADE
A cidade de Guaratinguetá/SP comprou 10 contêineres
semienterrados da empresa Guajará Ambiental, represen-
tante da BAUER no Brasil. O Diretor de Planejamento,
Manejo de Resíduos e Meio Ambiente da SAEG, Bruno
Vilas Boas de Castro, informou que os contêineres trouxe-
ram maior eficiência e praticidade na coleta e descarte dos
resíduos no município. “Esse equipamento é revolucionário
na coleta de lixo pela sua capacidade de armazenamento”.
O Diretor da SAEG destaca que os contêineres possuem
uma capacidade de armazenamento de 5 metros cúbicos.
“Por ter uma capacidade maior de depósito, hoje nós dimi-
nuímos em 50% a coleta em determinados locais da cidade.
Isso trouxe a redução de custo da coleta desses materiais”.
Fotos: Divulgação
Munícipe depositando lixo com segurança e higiene.
Relato da munícipe entrevistada, Moriçá Torres, tra-
dutora pública de alemão: “Com esses contêineres, a co-
leta de lixo em Guaratinguetá passou a ser feita de forma
mais eficiente, como em muitas cidades na Alemanha”.
Rafael Giannella Neto, Engenheiro Civil,
Pós Graduado em Engenharia Mecatrônica,
Coordenador de Projetos da Guajará
Ambiental Limitada; empresa há 22 anos no
mercado, a serviço do meio ambiente;
www.guajaraambiental.uol.com.br
rafael.giannella.neto@gmail.com
11 97498 1655

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 ARQUITETURA
O potencial da reforma
residencial II
O conhecimento para potencializar um projeto
de reforma em um imóvel novo, recém recebido da cons-
trutora, de forma a explorar diferentes formatos aos usos de
cada ambiente deve ser o ideal a se buscar para a adequada
utilização do investimento, na obra e para a entrega de uma
solução arquitetônica criativa e com valor sensorial, criativo e
prático do espaço.
Reforçando sempre: calcular a contrapartida do valor do
investimento para a execução de um projeto é um trabalho im-
portante do leque de atividades do arquiteto.
Neste projeto, a reforma foi norteada em explorar, ao má-
ximo, a bela vista para o mar e foi ela que norteou o trabalho,
como um todo.
Os pontos interessantes de se observar nesta reforma são,
em um primeiro momento, as intervenções para conseguir va-
lorizar o visual vista mar:
• a varanda original foi incorporada parcialmente ao
living. O apêndice dessa varanda voltado para a frente da suíte,
foi ajustado: removemos a pequena porta entre o quarto e a
varanda, abrimos a alvenaria nas duas laterais dessa pequena
porta, de forma a ampliar a visão para o mar do interno da área
de dormir. Projetamos uma marcenaria divisória de dupla face,
de um lado, como painel de apoio da tv para o living, o verso
sendo um painel com aparador, assim incorporando parte da
varanda ao quarto, onde criamos um espaço de estar para a
6 REVISTA AETEC
Mariana Meneghisso*
Dorm 01
PONTOS DE ATENÇÃO DO PROJETO
SECADORA Solário
ELECTROLUX
BANCO/BAU
SFP12
Banho Lazer
LAVADORA
ELECTROLUX
LFE11P
Lavanderia
Hall de Entrada
Dorm 02
Banho
Sala Refeições
MLL
Banco
FORNO
Cozinha
Banho Suíte
Suíte
Microondas
Área Gourmet
Electrolux
ACS12
Bar
BANCO/BAU BANCO/BAU
de um banco em concreto em todo o perímetro curvo da borda da
Fotos: Arquivo pessoal
Terraço Suíte
piscina, que usamos para embutir a tubulação de descarga de dejetos
Living
Pavimento Inferior Pavimento Superior
desde a bacia do vestuário até a prumada de esgoto original do prédio,
suíte principal, usada para home office, café da manhã e acompa-
nhar o pôr do sol da fachada noroeste do imóvel.
do lado oposto ao novo banheiro. E o banco foi um acréscimo muito
gostoso para o uso da piscina, seja pelas crianças usarem para brincar
como os adultos em um complemento de estar.
• o layout previsto para o ambiente na planta comercial foi in- • a escada original de acesso do andar inferior ao segundo andar foi
vertido: transferimos o living, idealizado inicialmente na entrada demolida, substituída por um projeto de escada plissada em concreto,
do apartamento, para perto da vidraça da varanda ao fundo do encostada na parede lateral de forma a ampliar o living. A chegada ao
living ampliado, e a área de refeições ganhou o espaço em frente a andar superior ficou projetada em um fechamento de vidro conectado
ilha projetada para a cozinha, esta, aberta para a sala após a demoli- ao espaço gourmet. Entre eles, uma porta em vidro permite que o chei-
ção da parede e remoção das esquadrias originais, de forma a deixar ro e a fumaça da grelha não chegue à área social do inferior.
a espacialidade de todo o ambiente amplo, o que permite avistar o • o elenco de cores predomina na movelaria branca, tecidos na-
mar de forma livre desde a porta de entrada do apartamento. turais, cores neutras de paleta amadeirada e aplicação em detalhes de
• a ilha que acomoda o fogão de indução tem 4 cm a menos em palha natural, em composição ao cinza quente.
altura que a bancada que acomoda a cuba farm e que fica acomo- • o estilo do projeto é contemporâneo, combinando a aplicação de
dada na parede, com isso, criamos um efeito ótico de amplitude. formas e detalhes e texturas que tragam memória afetiva e acolhimen-
Para compor essa “sensação” de entrada que emoldura o mar, o hall to, tornando o espaço convidativo para férias em família. A especifica-
ganhou um envelope em painéis de madeira nas paredes laterais e ção de revestimentos priorizou a neutralidade e leveza, necessária a um
teto. O espelho aplicado na parede oposto ao visual de praia conse- espaço de descanso, somada a praticidade de limpeza e manutenção
gue que a imagem do mar seja refletida por ele no sentido oposto. que um ambiente de praia exige.
Outros pontos secundários de intervenção que agregaram qua-
*Mariana Meneghisso. Arquiteta Urbanista pela
lidade ao projeto são: Fac. de Belas Artes de São Paulo, Design de Interiores
• a criação de um vestiário com ducha, lavatório e sanitário no pela Escola Panamericana de Artes, Pós-graduada
segundo andar do apartamento dúplex, onde fica a área de lazer e em Responsabilidade Civil pela Fecaf, Pós Graduada
piscina, na planta original na área de banho. Isso facilitou o uso em Neuroarquitetura pelo Ipog. Especialista em
Perceptual Design pelo Instituto Politécnico de Milão.
para convidados e mesmo da família, quando estão concentrados Membro da Anfa Brazil, Academy of Neuroscience
na área de lazer. O desafio foi conseguir criar o percurso hidráulico for Architecture. Titular, há 17 anos, do escritório
para o esgoto sanitário do vaso. Isso foi possível com o desenho Meneghisso e Pasquotto Arquitetura.
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 ARQUITETURA E DESIGN DE INTERIORES

POLO GRANJA VIANA Ganhadores Prêmio Polo Destaque 2023

ENTREGA DOIS PRÊMIOS

PRÊMIO POLO DESTAQUE 2023 - 7ª EDIÇÃO
O POLO GRANJA VIANA, Arquitetura e Decoração, realizou em 01/02/24
o evento de premiação 2023, 7ª EDIÇÃO. Este ano contou com duas premiações: Ronaldo e Mara recebendo o prêmio Malara recebendo o Prêmio da Polo

CATEGORIA PROJETO DE INTERIORES CATEGORIA PROJETO ARQUITETÔNICO

Projeto Casa Camburi Projeto Residência F&L
Teve como vencedores os arquitetos Mara Noguei- O arquiteto vencedor nesta categoria foi o profissional harmoniosa e sofisticada, com muito conforto e beleza, quando
ra e Ronaldo Baena, titulares do escritório de Alessandro Malara Manso, titular do escritório AM2 são projetados com inteligência em projetos residenciais.
arquitetura e design de interiores Alvo Arquitetu- Arquitetura, com seu projeto desenvolvido para terreno no Características próprias: casa com estrutura metálica. Fecha-
ra. Ressalta-se que foi a terceira vez, de forma consecu- Parque das Artes. mento em alvenaria de bloco de concreto assentes. Revestida de
tiva, que estes profissionais ganharam este prêmio. O maior diferencial deste projeto foi que teve aplicação de téc- porcelanato nas áreas sociais e áreas molhadas e laminado nos
Memorial descritivo: Casa de Praia em Condomínio nicas e materiais industriais, perfeitamente utilizáveis de forma dormitórios. Há caixilhos de alumínio em todas as dependências.
Fechado para uma família de 4 pessoas.
Áreas: • térreo = 217.00 m2 • superior = 36.50 m2
O desejo dos proprietários era ter uma casa informal,
prática, com muita madeira e com sensação de ampli-
tude e leveza. Tudo isso só foi possível com muita ma-
deira, grandes folhas de vidro e total abertura para a
área externa, permitindo visualização de todo o jardim.
Apesar de ser uma casa de praia, que normalmente seria
usada somente no verão, essa casa proporciona o con-
forto também nas estações mais frias, devido ao empre-
go de materiais aconchegantes e a instalação de uma
lareira no coração da casa. A área gourmet é usada sem-
pre, sem qualquer preocupação se chove lá fora ou não.
A cor da pintura externa foi cuidadosamente pensada
para contrastar com o verde predominante do jardim.
A cozinha da varanda gourmet é equipada com churras-
queira e coifa em aço inox, cooktop, cuba inox, freezer,
frigobar, máquina de gelo e forno de pizza móvel, tor-
nando o espaço ideal para a reunião da família e amigos.
A integração desse espaço com a área social é aberta, pos- O POLO Granja Viana promove e incentiva atividades no
sibilitando assim um aproveitamento total dos espaços. mercado de Arquitetura, Decoração e Construção, além de
A casa acomoda 10 pessoas, distribuídas em 5 dormitó- contribuir para o crescimento e desenvolvimento do mercado

Fotos: Divulgação
rios com total conforto e privacidade. de habitação. Desenvolve parcerias sólidas baseadas em
Mara e Ronaldo desenvolveram o projeto arquitetônico
valores éticos e capacitação.
e o design de interiores.

8 REVISTA AETEC www.aetec.org.br www.aetec.org.br REVISTA AETEC 9

 ENGENHARIA
FUNDAMENTOS DE
VÁLVULAS AUTO OPERADAS
DE ALIVIO/REDUÇÃO Eng. CTO EVDC Engenharia de Controle Peter Tremonte
FUNÇÃO REDUTORA
U m sistema operado por piloto com válvula de controle é co-
mumente usado em processos industriais para regular o fluxo de fluidos
(como líquidos ou gases) através de tubulações. Deixe-me explicar seus
principais componentes e propósito:
1. Corpo da válvula principal: A válvula principal é o elemento de
controle primário. Pode ser uma válvula globo, válvula borboleta ou
outros tipos. A válvula principal regula a vazão com base no sinal de
entrada que recebe.
2. Atuador: O atuador está conectado à válvula principal e responde
aos sinais de controle. Ele converte o sinal de entrada (geralmente
elétrico ou pneumático) em movimento mecânico para abrir ou fe-
char a válvula principal.
3. Válvula Piloto: A válvula piloto é uma válvula menor conectada à vál-
vula principal. Ele controla o movimento do atuador. Quando a vál-
vula piloto recebe um sinal, ela permite ou restringe o fluxo de fluido
para o atuador, que por sua vez ajusta a posição da válvula principal.
4. Objetivo:
- Regulação de pressão: Sistemas operados por piloto são comumente
usados para controle de pressão. Por exemplo, manter uma pressão
constante numa caldeira a vapor ou controlar a pressão num sistema
hidráulico.
FUNÇÃO ALÍVIO - Controle de fluxo: Eles regulam as taxas de fluxo em tubulações,
garantindo ajustes precisos de fluxo.
- Aplicações de segurança: Válvulas operadas por piloto são frequen-
temente usadas em sistemas de segurança. Por exemplo, desligar o
fornecimento de gás durante emergências ou prevenir situações de
sobrepressão.
- Controle Remoto: Esses sistemas permitem operação e automação
remotas, tornando-os adequados para diversos processos industriais.
Lembre-se de que o projeto e a configuração do sistema operado por
piloto dependem da aplicação específica e dos requisitos do processo.
Desempenha um papel crucial na manutenção da eficiência, segurança
e estabilidade nas operações industriais. Consulte um engenheiro espe-
cializado em automação industrial.
*Peter Tremonte,
Eng. CTO EVDC Engenharia de Controle,
Presidente da AETEC.
10 REVISTA AETEC www.aetec.org.br
ENGENHARIA
DIREITOS AUTORAIS
TAMBÉM SÃO COISA
DE ENGENHEIRO
Registro de propriedade intelectual deve ser feito junto ao Crea-SP
A criação de esboços e projetos é quase uma prá-
tica inerente às profissões da área tecnológica. São as
Outro jeito de registrar a propriedade intelectual da
área tecnológica é por meio do acervo técnico (para pro-
ideias, mesmo quando ainda estão no papel, que se tor- fissionais) e do acervo operacional (para empresas). Esses
nam fundamentais para o desenvolvimento da Engenha- acervos são baseados no histórico de atividades de pes-
ria, Agronomia e Geociências e é justamente por resultar soas físicas e jurídicas descrito nas Anotações de Respon-
em produtos a serviço da sociedade que o registro da au- sabilidade Técnica (ARTs) registradas junto aos Creas. A
toria de tais trabalhos é tão importante para a segurança novidade se deu com a nova Resolução 1.137/2023 do
do profissional que atua por trás disso tudo. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
O patrimônio intelectual dos profissionais da área tec- A ART, que serve para definir a atividade técnica e o
nológica é um direito garantido pela Lei 9.610/1998, que responsável pela mesma, além de formalizar os limites da
estabelece o vínculo de autores com suas obras. No caso atuação desempenhada em obras e serviços, gera um his-
dos engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos, tórico que pode ser comprovado pela Certidão de Acervo
o registro de autoria pode ser feito junto ao Conselho Técnico (CAT). Para solicitar a CAT, é necessário apenas
Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São que as atividades desenvolvidas já estejam devidamente
Paulo. “Basta que o profissional solicite esse serviço e apre- registradas em ART junto ao Conselho. Para os profis-
sente a documentação comprovante de sua propriedade sionais do estado de São Paulo, o requerimento da CAT
intelectual”, explica Auro de Moraes, chefe da Equipe de pode ser feito on-line, na plataforma do CreaNet (https://
Atendimento aos Profissionais, Empresas e Instituições de creanet1.creasp.org.br).
Ensino do Crea-SP (EAPEIE). A Revista CREA São Paulo, publicação trimestral do
Além da legislação federal, essa segurança é dada pela Conselho, convidou especialistas para tratar do assun-
Resolução 1.029/2010 do Conselho Federal de Engenharia to em sua próxima edição, que será lançada em junho.
e Agronomia (Confea), que estabelece as normas para regis- Acompanhe o site do Crea-SP (www.creasp.org.br) para
tro de estudos, anteprojetos, projetos, esboços, obras plásti- não perder este conteúdo.
cas e outras formas de expressão e representação visual das
profissões da área tecnológica. Basicamente, o registro fun-
ciona como uma proteção declaratória, ou seja, antecede
a patente ou outras formas exclusivas de comercialização.
Esta página tem o apoio do CREA-SP e da AETEC, buscando valorizar os profissionais das engenharias, agronomia e geociências.
Em todas as atividades do seu dia a dia sempre haverá, na retaguarda, um profissional capacitado e habilitado no CREA.
Mas antes de contratá-lo exija a carteira profissional e a emissão da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.
Visite nosso site: aetec.org.br e encontre o profissional de sua preferência.
Sede da AETEC: Av. Santo Antonio, 294, Portão, Cotia/SP
(11) 4616-2398 ou (11) 99552-2398
aetec.org.br www.creasp.org.br.
www.aetec.org.br REVISTA AETEC 11
 GESTÃO
ETARISMO
COM A PALAVRA:
O +50
Lucia Bigo*
Neste artigo tive a oportunidade de entrevistar/conversar
com profissionais de áreas variadas – engenharias, arquite-
tura, direito, marketing - para falarmos sobre Etarismo, que
nos dão uma noção geral sobre suas experiências ao ultrapas-
sarem os +50 anos.
Acompanhe comigo mais uma excelente oportunidade
de desmistificar e quebrar velhos preconceitos!
As principais mudanças testemunhadas
ao longo de suas carreiras, foram:
• Destaque para evolução tecnológica (na construção ci-
vil e mecânica CAD-CAE, soluções BIM), impactos da
inteligência artificial e robótica, materiais sustentáveis,
cultura de redução de desperdícios, reciclagem.
Como lidaram com a rápida evolução tecnológica ao
longo dos anos e se sentem que a idade afetou sua
capacidade de aprender e se adaptar as novas tecnologias:
• A maioria adaptou-se bem, destacando a flexibilidade e
prazer em estudar, conforme surgiam novos softwares /
programas.
Como é a atuação como Mentores de profissionais
mais jovens e colaboração intergeracional.
• Declaram que é importante a troca de experiências, ape-
sar de notarem pouca colaboração entre gerações, com os
mais experientes se sentindo ameaçados pelos mais jovens
e vice-versa.
Consideram seus maiores desafios profissionais:
• O início de suas carreiras, responsabilidades em projetos sig-
nificativos de grande monta e atuação em grandes empresas.
12 REVISTA AETEC
Podemos dizer ainda que profissional com +50 anos,
são pessoa incrivelmente ativas, versáteis e engajadas. Deixo aqui meus sinceros
Algumas observações sobre ele incluem: agradecimentos para:
• Multifuncionalidade Profissional: Alguns desenvolvem
Engenheiro Mecânico - Mauro Silva – 59 anos
outras profissões e atividades adicionais, além de man-
Mauro Silva | LinkedIn
terem um estilo de vida ativo e mentalidade empreen-
dedora, participando de atividades sociais, praticando Arquiteta - Maria Regina Senna – 59 anos
exercícios físicos. Compadecem-se com amigos estarem Maria Regina Senna | LinkedIn
sofrendo com depressão devido à dificuldade em encon-
Profº. Eng.º. Advº. - Richard Poli Soares – 51 anos
trar oportunidades de trabalho, infelizmente!
Richard Poli Soares | LinkedIn
E como sugerido pelo Eng.º Richard Poli – A implan- Publicitário / Editor Chefe / Condutor Uber /
tação em empresas do conceito de Environmental, Social and Dançarino - João Lino – 82 anos
Governance (Ambiental, Social e Governança). No pilar ‘Social’,
há uma especial relevância para a empresa (na contratação de fi- Conheçam seus perfis no Linkedin!
nanciamentos, seguros, imagem perante todos os stakeholders) que
contrata (inclusive, na Alta Direção): mulheres, GLBTQIA+,
pessoas negras, pessoas deficientes ... logo chegará a vez dos 40+,
50+, 60+. Neste diapasão, creio que a adoção do pilar ‘S´’ do
*Lucia Bigo.
ESG - de forma estruturada - promoveria / promoverá uma me- Gestão De Carreiras Para Engenheiros
lhoria na inclusão e valorização de profissionais mais experientes. • Mais de 60K de Seguidores no LinkedIn.
• Especialista em Currículos | Estratégias no
Foto: AdobeStock
LinkedIn | Mentoria Profissional
Ao buscar novas oportunidades para recolocação Vamos torcer para que não demore a conscientização de • Recomendada por Engenheiros
profissional, as dificuldades encontradas foram: todos! de renomadas empresas.
• A preferência por perfis mais jovens, (muitas vezes não
declarada abertamente nas entrevistas), optando/obrigan-
do-os por trabalhos como autônomos.
• Aplicar estratégias para superar preconceitos: Enfatizar a
experiência e conscientizar os contratantes sobre a quali-
dade do trabalho proporcionada pela experiência.
Para balanceamento entre Vida Profissional e Pessoal,
dão como conselhos úteis aos mais novos:
• Dá-se como a necessidade de aprimorarem as Soft Skills:
Comunicação, Liderança e conhecer de forma ampla o
Empreendedorismo, destacando amor pela profissão, res-
peitar os limites físicos para manter equilíbrio, sem es-
quecer que o principal pilar está na família.
Buscam por melhorias contínuas para se manterem
atualizados em suas áreas de especialização como:
TUDO PARA SUA OBRA, DO
BÁSICO AO ACABAMENTO!
• Cursos, palestras, e contribuindo com publicações e opi-
niões e continuam mesmo após muitos anos de experiên-
cia e destacam essa como vantagem na resolução de pro-
blemas, aprendendo com erros passados.
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inclusão e a valorização de profissionais mais
experientes, propõem: NOSSAS LOJAS:
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 DESIGN DE INTERIORES
Apartamentos Studio:
Com conceito aberto e pé direito duplo, os apartamentos
STUDIO atraem cada vez mais investidores em SP. Imóveis de
cerca de 20 a 50m2 em que, geralmente, quarto, sala e cozinha
são integrados em um só ambiente, sem paredes, com exceção
do banheiro e que estão localizados em regiões estratégicas de
grandes cidades.
Segundo o Anuário Mercado Imobiliário 2022, STUDIOS
com metragem de até 45m2, totalizaram 78.860 unidades e
tiveram uma participação de 58% no total de imóveis lançados
no Estado de São Paulo em 2022, onde 7 em cada 10 aparta-
mentos construídos tem o padrão STUDIO.
Segundo Adriana Honório - Designer de Interiores e Econo-
mista, CEO do escritório DECORI + - os apartamentos STUDIO
são uma boa oportunidade de negócio, pois têm preços mais
atrativos e um alto potencial de rentabilidade se forem aluga-
dos. Entretanto, é necessário ter um bom projeto de interiores
para tornar o ambiente prático, funcional e bonito, e com isso
poder cobrar aluguéis acima da média de mercado.
14 REVISTA AETEC
forte tendência
Imobiliária
em SP
Adriana Honório e
Juliana Oliveira*
Estudo de Caso - Studio Oscar Freire:
Concebido a partir do desejo da cliente de ter um imóvel
para locação, o projeto foi batizado, pelo Escritório de "Loft
Oscar Freire”, com destaque para o aproveitamento inteligente
de seus 26m2. “Encaramos o desafio com entusiasmo, o que
resultou em beleza, funcionalidade e em conforto para os que
desejam a experiência única de viver num loft, mesmo num
espaço tão reduzido”, disse Adriana Honório, CEO do Decori +.
Para otimizar os ambientes, foi introduzido um mezanino,
demostrando que em espaços pequenos podem surgir grandes
projetos. Como o imóvel conta com um pé direito de 3,70 m, o
mezanino foi projetado com 2 metros de altura, proporcionan-
do local para uma confortável cama, que fica suspensa numa
estrutura feita inteiramente de ferro, projetada para suportar
www.aetec.org.br
até 400 quilos. Ela acomoda uma cama queen size que, apesar
de suspensa, mantém uma altura segura de 1,50 m do piso ao
teto, assegurando conforto e segurança.
Já a escada, cuidadosamente projetada em marcenaria,
conta com degraus seguros, garantindo tranquilidade na sua
utilização. Embaixo dessa estrutura, o hóspede ainda tem um
homeoffice, com mesa de trabalho e TV, além de um guarda-
-roupas, contendo cabides, roupas de cama, ferro e tábua de
passar, além de um banheiro espaçoso bem ao lado.
“Nesse projeto também pensamos nas experiências que
o espaço tem a oferecer aos hóspedes que desejam relaxar,
por isso os grandes panos de vidro podem ser fechados com
cortinas e a sala irá proporcioná-los um ambiente acolhedor e
intimista para assistir a filmes, por exemplo. Já pela manhã,
elas se abrem para uma bela vista da Av. Paulista e região dos
Jardins”, afirma Juliana de Oliveira, Designer de Interiores e
sócia do Decori +.
Ainda segundo o próprio site AIRBNB, um dos 5 itens mais
procurados pelos hóspedes é uma COZINHA bem equipada.
Pensando nisso, o escritório projetou uma cozinha compacta,
mas muito funcional, além de uma marcenaria para acomodar
utensílios domésticos - itens essenciais para que os hóspedes
se sintam confortáveis e, assim, avaliem bem o imóvel.
Um projeto de interiores bem elaborado numa localização
estratégica valoriza consideravelmente o imóvel, possibilitando
ao investidor/anfitrião proporcionar um ambiente de qualidade
tanto para quem busca lazer quanto quem deseja trabalhar re-
motamente, o que gera um excelente retorno financeiro.
Fotos: Divulgação
Adriana Honório, Designer de Interiores e Economista, e Juliana Oliveira, Designer de Interiores, Técnica
em Edificações e professora, são CEO's no DECORI +, o primeiro escritório de Design Redentivo do Brasil.
Com especialização em Design Afetivo, elas acumulam mais de 10 anos de experiência no mercado de
Projetos e Consultorias - decorimais.2@gmail.com - decorimais.orbitpages.online.
Sua abordagem é guiada pelo princípio de I Coríntios 16:14.
www.aetec.org.br REVISTA AETEC 15
 ENGENHARIA
CAVITAÇÃO EM BOMBAS
HIDRÁULICAS OPERANDO EM
INSTALAÇÕES DE RECALQUE
Raimundo Ferreira Ignácio*
A cavitação em bombas hidráulicas operando em instala-
ções de recalque é um problema técnico significativo que pode
afetar a eficiência, a segurança e a durabilidade dessas instala-
ções. O entendimento e a mitigação desse fenômeno são cruciais
para o desempenho sustentável dos sistemas de bombeamento.
A seguir, apresentarei uma análise detalhada sobre a cavitação,
focando em bombas hidráulicas utilizadas em instalações de re-
calque, suas causas, consequências e estratégias de prevenção.
Compreendendo a Cavitação
A cavitação em bombas hidráulicas é um fenômeno que
acaba danificando principalmente o seu rotor, como podemos
observar nas figuras a seguir:
Imagens extraídas da dissertação apresentada por Welington Ricardo Coelho para
obtenção do título de mestre em engenharia mecânica junto a Faculdade de Engenharia
de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho no capítulo
de revisão bibliográfica página 7
Imagem obtida no site Microsoft Bing e extraída do Pump Failure Archives –
AMT Pump Company
A cavitação ocorre quando a pressão local do líquido cai
abaixo da sua pressão de vapor, provocando a formação de bo-
lhas de vapor. À medida que essas bolhas são arrastadas para
regiões de alta pressão, elas colapsam ou implodem violenta-
mente, no caso das bombas, podem causar erosão do material,
ruído excessivo e vibrações, além de reduzir a eficiência do bom-
beamento.
É importante esclarecer que esse fenômeno é prejudicial
para as bombas, porém existem aplicações onde ele pode ser
útil, acessando o link https://youtu.be/CPn1q- ptzvQ?si=4QE-
V0bzkmvK6wsBJ você terá a informação de alguns deles.
16 REVISTA AETEC
Fatores Contribuintes para a Origem da Cavitação em
Instalações de Recalque
Instalações de recalque são instalações projetadas para trans-
portar um fluido de uma cota inferior para uma cota superior,
como na maioria dos casos práticos a carga na seção inferior
é menor do que a carga na seção superior elas necessitam de
uma bomba hidráulica para o seu funcionamento e no caso da
bomba ser instalada acima do nível de captação as instalações
são divididas em duas, a parte antes da bomba chamada de tu-
bulação de sução e a parte depois da bomba denominada de
tubulação de recalque.
Como geralmente os níveis de captação estão submetidos a
pressão atmosférica, as seções antes da bomba apresentam pres-
sões negativas na escala efetiva, e a menor dela vai ocorrer na
entrada da bomba e poderá ser calculada pela expressão a se-
guir, que foi originada da equação da energia para o escoamento
incompressível e em regime permanente aplicada do nível de
captação até a entrada da bomba, onde o plano horizontal de
referência (PHR) foi adotado no nível de captação, que está
aberto à atmosfera.
Onde:
pe = pressão na escala efetiva na entrada da bomba
γ = peso específico do fluido que está escoando e que de-
pende da temperatura dele Ze = cota da entrada da
bomba em relação ao nível de captação
ve = velocidade média de escoamento na seção de entrada
da bomba
f = faB = coeficiente de perda de carga distribuída na tubu-
lação de sução LaB = comprimento da tubulação
antes da bomba
ΣLeqaB = somatória dos comprimentos equivalentes dos
acessórios na tubulação de sução
DH = DHaB = diâmetro hidráulico da tubulação antes da
bomba e se essa for de seção circular é igual
ao diâmetro interno da mesma
v = vaB = vs = velocidade média na tubulação de sução
É comum escrever a equação anterior em função da vazão
como mostro a seguir:
www.aetec.org.br
Onde: mercial superior, isso pode ser analisado depois e se possí-
A = área da seção livre da tubulação vel deve ser revisto para trabalhar com um único diâmetro
Q = vazão de escoamento o reduzirá o custo da tubulação e acessórios hidráulicos
antes dela.
Importante ressaltar que trabalhando no Sistema Interna- O quadro a seguir sintetiza o que mencionamos até aqui:
cional (SI) a pressão na entrada da bomba na escala efetiva, que
é aquela que adota como zero a pressão atmosférica local, sairá
em Pascal (1Pa = 1 N/m²).
Para analisar a equação anterior, evocamos o conceito de
cavitação na seção de entrada da bomba, fenômeno considerado
como um erro grotesco do projetista, que é ter a vaporização
total ou parcial do fluido que está escoando devido uma queda
de pressão, e em seguida, a condensação devido um aumento de
pressão, ambas em um processo isotérmico, onde a temperatura
é a temperatura de escoamento do fluido considerado.
Vamos visualizar esse fenômeno através de um diagrama da
temperatura (T) em função do calor (Q), nele consideramos o es-
coamento da água a 25ºC e estando submetida à pressão atmosféri- Todos esse cuidados são importantes e devem ser considera-
ca igual a 1 atm no reservatório de captação, além disso, considera- dos no desenvolvimento do projeto e na escolha da bomba hi-
mos que a pressão na entrada da bomba na escala absoluta (pressão dráulica, mas infelizmente não garante que não esteja ocorrendo
efetiva + pressão atmosférica local) menor que a pressão de vapor. a cavitação no interior da bomba, ou para ser mais preciso em
seu rotor, e para essa análise, temos que calcular o NPSHdispo-
nível (ou o ALPSdisponível) e o comparar com o NPSHrequerido
(ou o ALPSrequeridol), que é fornecido pelo fabricante.
A diferença entre o NPSHrequerido – NPSHdisponível recebe o
nome de reserva contra a cavitação e alguns fabricantes dela até
recomendam o seu valor mínimo, no caso da KSB esse valor
deve ser no mínimo 0,5 m.
O diagrama a seguir mostra a condição necessária e suficien-
te para não ocorrer a cavitação:
Observe que a água a 25ºC na pressão de 1 atm está como
líquido (ponto 1), já na entrada da bomba como a pressão ab-
soluta é menor que a pressão de vapor que foi obtida para 25ºC
está como vapor superaquecido (ponto 2) e já na saída, como
a pressão de saída é maior que a pressão atmosférica, volta a ser
líquido (ponto 3), essa sequência do ponto (1) para o ponto (2)
e desse para o ponto (3) é o que caracteriza a cavitação.
Prevenção e Mitigação Já que o NPSHdisponível (ou o ALPSdisponível) é respon-
A prevenção da cavitação na entrada da bomba em insta- sabilidade do projetista, a seguir mostro o seu cálculo, onde a
lações de recalque envolve várias estratégias destinadas a ter vazão a ser usada é sempre a vazão do ponto de trabalho da
a pressão na entrada da bomba acima da pressão de vapor do bomba, que é obtido no cruzamento da Curva Característica da
líquido bombeado, portanto, temos que aumentar o valor da Instalação (CCI) com a Curva Característica da Bomba (CCB).
pressão efetiva calculada, ou seja, torná- la menos negativa, para
isso, adotamos os seguintes cuidados:
1º - a cota de entrada (ze) deve ser a menor possível e se possível
até negativa, ou seja, instalar a bomba abaixo do nível de
captação, o que dá origem ao termo de bomba afogada;
2º - o comprimento da tubulação antes da bomba deve ser o
menor possível (LaB);
3º - a somatória dos comprimentos equivalente na tubulação
antes da bomba deve ser o menor possível, portanto usamos Importante ressaltar o porquê da troca do PHR, é que como
os acessórios hidráulicos estritamente necessários (ΣLeqaB); vamos comparar com o NPSHrequerido, que é fornecido pelo
4º - dimensiona-se a tubulação depois da bomba e de princípio fabricante, temos que adotar o PHR igual a ele, e ele adota no
adota-se para tubulação antes da mesma um diâmetro co- eixo da bomba. continua >>>
www.aetec.org.br REVISTA AETEC 17
 ENGENHARIA
A seguir mostro dois exemplos da determinação do
NPSHrequerido, no caso a curva em vermelho é a CCI.
*Raimundo Ferreira Ignácio. Graduação em Engenharia Mecânica
Automobilística e em Engenharia Mecânica de Produção pelo Centro
Universitário da Faculdade de Engenharia Industrial — FEI, com mestrado
em Educação e Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP). Especialista em Fenômenos de Transporte, pela Escola de
Conclusão Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (EESCar-USP).
A cavitação em instalações de recalque origina: queda signi- Magister em Criatividade Aplicada pela Universidade de Compostela,
ficativa do rendimento da bomba, um desbalanceamento que é Santiago de Compostela, Espanha – Ordem de Reconhecimento Social e
originado pelas vibrações das bolhas de vapor e uma redução do
tempo vida da bomba. A compreensão das causas e a implemen-
Cultural pela Câmara Brasileira de Cultura com o título de Comendador.
Professor de Mecânica dos Fluidos; Instalações de Bombeamento;
Fenômenos de Transporte; Hidráulica; Hidrologia; Criatividade e
tação de estratégias eficazes para sua prevenção são fundamen- Metodologia do Trabalho Científico. Criador da página www.escoladavida.
tais para garantir a operação eficiente e duradoura do sistema de eng.br em 2000. Criador do canal no YouTube: Alemão MecFlu Resolve
bombeamento. www.youtube.com/c/AlemãoMecfluResolve
CEDA A PASSAGEM
Ceder a passagem a outro veículo é um ato de EDUCAÇÃO.
Ceder a passagem é um ato de AMOR AO PRÓXIMO.
Ceder a passagem é um ato de RESPEITO ÀS REGRAS
DE TRÂNSITO.
Ceder a passagem é um ato de CARIDADE.
Ceda a passagem porque eu estou indo trabalhar;
Ceda a passagem porque preciso sair da escola com meu filho;
Ceda a passagem porque estou indo levar meu filho ao hospital;
Ceda a passagem porque o trânsito flui mais rápido.
Assim, da próxima vez em que você estiver nesta situação e tomar
estas atitudes, você será um ser humano que vai ganhar muito valor,
e vai perder apenas alguns segundos.
João Lino
18 REVISTA AETEC www.aetec.org.br
NOTÍCIAS DA AETEC
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Mecânica, Minas, Geologia e Metalúrgica que tenham
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nas categorias na Comissão Auxiliar de Fiscalização (CAF),
do CREA junto à AETEC para todo município de Cotia.
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saber mais, entre em contato conosco! Venha participar do
seu conselho. Participe!!
www.aetec.org.br REVISTA AETEC 19
 ENGENHARIA
PETERSON TREMONTE
SE TORNA O PRIMEIRO
REPRESENTANTE DA AETEC DE
COTIA NA DIRETORIA DO CREA João Lino*
U ma novidade bastante importante para
a AETEC: nosso presidente eng. CTO EVDC
Engenharia de Controle Peter Tremonte foi no-
meado diretor de Entidades de Classe no Crea/SP,
fato inédito na AETEC, em reconhecimento ao
excelente trabalho que vem desenvolvendo na ges-
tão da sua associação, compromisso que poderá
ajudar no desenvolvimento das cidades e do país.
Uma das suas primeiras propostas é que as as-
sociações obtenham a Certidão de Utilidade Pú-
blica, fato que possibilitará a obtenção de verbas
municipais, estaduais e federais, desde que estas
façam projetos desenvolvidos pelos seus associa-
dos, para utilização em suas respectivas cidades,
colaborando para a sua melhoria. Esses projetos
poderão trazer verbas, através da produção de pro-
jetos, para ter direito a receber estas verbas, que
não são poucas.
Peter também terá importante participação
nos CDERs.
Prédio do CREA/SP na
Av. Faria Lima, onde
Peterson vai trabalhar
Ex-coordenador do CDer Leandro Fogaça, atual coordenador estadual
e nacional do CDEr Leandro Galindo Vitor com Peterson Tremonte
Foto: Arquivo pessoal
Fotos: Divulgação
20 AETEC
ENGENHARIA
POSSE DE VINICIUS MARCHESE
COMO PRESIDENTE DO SISTEMA
CONFEA/CREA E MÚTUA João Lino*
O engenheiro telecom Vinicius Marchese foi eleito presi-
dente do Sistema Confea/Crea e Mútua, tornando-se o décimo
sétimo presidente do Conselho Federal, (Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia). Ele assumiu na quarta feira, 21/02, o
mandato 2024-2026, compromissado com a eficiência e inova-
ção, tornando-se o profissional mais jovem e mais bem votado
da história do Conselho, com 62,9 mil votos (44,39%), sendo
a primeira votação 100% digital. Em seu discurso de posse Vi-
nicius agradeceu aos profissionais que o elegeram, e se com-
prometeu a entregar um Sistema ainda melhor “Reitero aqui
o meu compromisso em fornecer um Sistema mais moderno
e próximo dos profissionais e da sociedade. É crucial estarmos
preparados para receber a nova geração que está por vir”.
Representando o Legislativo, a presidente da Frente Parla-
mentar Mista das Profissões do Sistema Confea/Crea e Mútua,
a deputada e engenheira agrônoma Marussa Boldrin reiterou o
Peterson, Lígia Marta Mackey
e Vinicius Marchese na posse
www.aetec.org.br
Foto: Divulgação/Confea
compromisso de fortalecer o movimento. “A Frente é de Fun-
damental importância para que a gente consiga avançar na va-
lorização profissional em prol da nossa institucionalização e em
defesa dos nossos Creas”.
Para destacar o tamanho do CONFEA, o Sistema Confea/
Crea tem quase 1 milhão e trezentos mil profissionais inscritos,
além das 400 mil empresas cadastradas.
Sua posse em Brasília foi muito prestigiada, com a presença de
muitos políticos,1.500 engenheiros, onde destacamos a presença
de importantes autoridades, como o vice-presidente da Repúbli-
ca, Geraldo Alckmin, e do presidente da AETEC, o engenheiro
mecânico Peterson Tremonte, que voltou muito animado com
o que presenciou nesta posse, voltando animado para continuar
com sua atuação na AETEC, com uma política de modernização
da entidade que preside, oferecendo cada vez mais serviços de alta
qualidade aos seus associados e maior aproximação dos profis-
sionais. As profissões inseridas no Sistema Confea/Crea/Mútua
são as de engenheiro, engenheiro agrônomo, geólogo, geógrafo,
meteorologista e tecnólogo.
*João Lino. Graduado em marketing e
propaganda pela ESPM, em administração
pela PUC e produtor da revista AETEC.
Foi sócio da Ace Mais Propaganda
por mais de 34 anos
REVISTA AETEC 21
 NOTÍCIAS DO CREA-SP
CREA-SP SEGUE BATENDO
RECORDE DE FISCALIZAÇÕES
Em 2023, o número ultrapassou 700 mil,
um aumento de 2.670% no acumulado desde 2015
Ano a ano, o Conselho Regional de Engenharia e Agro-
nomia (Crea-SP) segue superando suas metas de fiscalização.
Entre 2015 e 2023, as operações aumentaram impressionantes
2.670%. No ano passado, a expectativa, que era de chegar a
600 mil operações, ainda em novembro, foi ultrapassada e o
ano fechou com 774.299 ações fiscalizatórias, um novo recorde
histórico. Em 2022, o Crea-SP também havia superado a meta,
que era de 400 mil, executando 462 mil operações.
“O planejamento, as parcerias com outras instituições e o
uso de tecnologias para apoio às atividades têm sido fundamen-
tal para alcançarmos números tão expressivos e, em 2024, va-
mos trabalhar para que eles continuem em ascensão”, afirma a
presidente do Crea-SP, engenheira Lígia Mackey. Ela destaca os
projetos Fiscalização Inteligente e Match da Fiscalização, inicia-
dos em 2023, que já estão otimizando os resultados.
Confira, a seguir, os dados da Fiscalização (por Câmara Es-
pecializada) entre janeiro e
dezembro de 2023:
• Agrimensura: 20.654
• Agronomia: 38.849
• Engenharia Civil: 301.715
• Engenharia Elétrica: 159.046
• Engenharia Mecânica e Metalurgia: 121.400
• Engenharia Química: 31.053
• Engenharia de Segurança do Trabalho: 84.644
• Geologia e Engenharia de Minas: 16.938
Quase 40 mil só em janeiro de 2024
Em 2024, as equipes de fiscalização do Crea-SP também já
começaram o ano a todo vapor. Só em janeiro, foram 39.139
operações, realizadas nos 645 municípios paulistas, para fiscali-
zar o exercício profissional em obras, projetos e empresas presta-
doras de serviço técnico relacionado às Engenharias, Agronomia
e Geociências.
Denúncias - Para fortalecer a ação de fiscalização do Crea-
-SP, canais de denúncia estão disponíveis em todas as unidades
do Conselho, no site https://www.creasp.org.br/, por telefone
Sobre o Crea-SP - Criada há 90 anos, a autarquia federal é responsável pela fiscalização, controle, orientação e aprimo-
ramento do exercício e das atividades profissionais nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências. O Crea-SP está
presente nos 645 municípios do Estado, conta com cerca de 350 mil profissionais registrados e 95 mil empresas registradas.
Contatos para a imprensa: crea-sp@cdicom.com.br (11) 98609-1837 • Angélica Queiroz (11) 99947-0655
Thais Fernandes (11) 95025-3390 • Giovanna Gravina (11) 96971-2695 • Marianna Marimon (11) 98939-3350
22 REVISTA AETEC
Fotos: Divulgação
Reunião do atuante CAF
AETEC (Comissão Auxiliar de
Fiscalização de Cotia)
(0800 017 18 11), pelo e-mail: faleconosco@creasp.org.br ou
pelo aplicativo Crea-SP, disponível para Android e iOS.
Se enquadra em infração à legislação profissional a ausência
de responsável técnico em projetos, execuções ou prescrições;
obras clandestinas; falta de placa na obra ou de identificação
de responsável em atividades sujeitas à fiscalização; produção
irregular de material ou insumo aplicáveis na Engenharia, Agro-
nomia e Geociências e outras situações relacionadas à violação
do exercício técnico de profissionais habilitados.
www.aetec.org.br
NOTÍCIAS DO CAU/SP
Conheça a presidente e a vice-presidente
do CAU/SP para o triênio 2024-2026
O colegiado de conselheiros(as) do CAU/SP elegeu
para a presidência e vice-presidência desta autarquia as
arquitetas e urbanistas Camila Moreno de Camargo e
Andreia de Almeida Ortolani.
Elas sucedem nos respectivos cargos a Catherine Otondo
e Poliana Risso (gestão 2021-2023), a primeira dupla de
presidente e vice-presidente mulheres do Conselho.
Imagem: Divulgação
Camila Camargo é graduada pela UNIMEP (2004);
com Mestrado pela Escola de Engenharia de São Carlos,
e Doutorado pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo;
Pós-Doc (IAU-USP, 2022); É docente no IAU-USP, e foi
conselheira na gestão anterior (2021-2023).
Camila Moreno de Camargo e Andreia de Almeida Ortolani.
Andreia Ortolani, a primeira vice-presidente do CAU/
SP autodeclarada negra, também foi conselheira titular Conforme a autodeclaração no registro eleitoral,
na gestão 2021-2023. É funcionária pública na Prefeitura nove dos 77 conselheiros titulares se identificaram como
de Bauru. Tem Pós-Graduação Lato sensu em Design de “pessoas pardas, pretas ou indígenas”; outros cinco se
Interiores em “Ambientação e Produção do Espaço” pelo declararam como “pessoas LGBTQIA+”; e cinco se
IPOG. registraram como “pessoas com deficiência (PCD)”.
O Plenário que elegeu Camargo e Ortolani, e que vai O gênero feminino também segue predominante.
dirigir o CAU/SP até 2026, reflete um grupo diverso no São 49 vagas ocupadas por arquitetas e urbanistas, ou
que se refere a gênero, etnia e inclusão de pessoas com 64% das cadeiras ocupadas por titulares, de acordo com
deficiência. autodeclaração neste gênero.
Um retrato dos(as) profissionais e da área de
Arquitetura e Urbanismo no estado de São Paulo
Lar e local de trabalho de mais de 60 mil arquitetos(as) e urbanistas, e com
mais de 150 instituições de ensino superior nesta área (quase um quarto das
disponíveis no país), o estado de São Paulo ganha um retrato amplo e detalhado
desta população profissional a partir uma iniciativa do CAU/SP.
A publicação “Diagnóstico da Arquitetura e Urbanismo de São Paulo:
Perfis dos Profissionais e Instituições de Ensino Superior” reúne informações
e análises, com dados sobre perfil etário e de gênero dos(as) arquitetos(as) e
urbanistas, produção de atividades técnicas, distribuição territorial, ensino e
formação e muito mais.
O “Diagnóstico” está dividido em três produtos: Atlas da Arquitetura
e Urbanismo no estado de São Paulo; Profissionais da Arquitetura e
Urbanismo do estado de São Paulo; Instituições de Ensino Superior com
cursos de Arquitetura e Urbanismo no estado de São Paulo, além de um
sumário executivo.
Estes estudos foram desenvolvidos pelo Centro Brasileiro de Análise
e Planejamento (CEBRAP), em conjunto com o Conselho, a partir de
Imagens: Divulgação
informações do IBGE, Seade e outras fontes, além de pesquisas com profissionais
e coordenadores(as) de cursos no estado.
O “Diagnóstico da Arquitetura e Urbanismo de São Paulo” está disponível
gratuitamente para leitura e ‘download’ neste site: https://issuu.com/causp_oficial
www.aetec.org.br REVISTA AETEC 23
 ARQUITETURA
Projeto
Clinica médica Daniel Szego*
Neste projeto tivemos o desafio
de transformar uma escola infantil
em uma clinica médica, seguindo
todas as normas para atender a vi-
gilância. Sendo uma clinica multiuso,
com exames e procedimentos, os
detalhes técnicos tiveram grande im-
portância. Com um programa grande
foi um desafio colocar 6 salas de
atendimento, 3 salas de exames e 1
sala de procedimento além da área
administrativa numa estrutura básica
já existente. Setorizamos as funções
pensando no uso do paciente, cria-
mos 2 salas de espera para dividir o
paciente que vai para uma consulta e
pacientes que iram passar mais tem-
po fazendo exames e procedimentos.
24 AETEC
Além de toda a parte técnica do
projeto, buscamos criar uma fachada
imponente pois sendo um imóvel de
rua é importante esta visão de quem
passa na via. Além da fachada se-
guimos com este conceito para par-
te interna, utilizando materiais que
dão conforto visual com elegância. O
balcão de mármore na entrada com
jardim vertical atrás é um ponto focal
que valoriza a clinica e a utilização
de um piso mais escuro da recepção
foi uma opção que utilizamos para
ter um conforto mas também pois
como as pessoas vem da rua ou do
Fotos: Arquivo pessoal
estacionamento externo ajuda a não
aparecer sujeira.
Já nas salas seguimos o mesmo padrão para
dar uniformidade em toda a clinica, com piso claro
e marcenaria com acabamento padrão em todas as
salas de atendimento, as mudanças foram mais para
atender as diferentes especialidades medicas que
atendem em cada sala. Então é fácil perceber que a
mistura da parte técnica com uma arquitetura elegan-
te ficou muito bem integrada neste projeto.
*Daniel Szego é arquiteto e urbanista,
titular do escritório Daniel Szego Arquitetura,
www.danielszegoarq.com.br
AETEC 25
 LOGÍSTICA

Com a evolução e aplicação cada vez mais rápida da

TECNOLOGIA E LOGÍSTICA:
tecnologia, as empresas estão sempre em processo de atua-
lização, visando uma competição no mercado com me-
nores custos, eficiência nas entregas, atendimento rápido
e adequado para seus consumidores, garantindo tanto a

FACILIDADE DE ENTREGAS
fidelização e a manutenção dos negócios.
Dentre as diversas definições de Logística 4.0 na litera-
tura, todos os estudos estão alinhados sobre as característi-

DE PEQUENO PORTE,
cas de desenvolvimentos tecnológicos e processos autôno-
mos e, assim, a Logística 4.0, ou logística inteligente, traz
a implementação das tecnologias da Indústria 4.0 dentro

REDUZINDO TEMPO E
da logística pela automação dos processos.
Drones são veículos aéreos não tripulados (VANT) e
controlados remotamente à distância, geralmente usados

IMPACTO AMBIENTAL
para fins recreativos, esportivos, comerciais ou científicos,
bem como em filmagens áreas e serviços de fotografias.
Tal tecnologia teve origem em aplicações militares e sua
essência teve impacto direto no período da II Guerra
Mauro Campello* Mundial, diminuindo consideravelmente a exposição dos
Natalia Martins, Mônica Virtuoso e Pâmela Melo** soldados nas batalhas. Os drones possuem um sistema de
multi-hélices independentes que ajudam na prevenção de
falhas e, mesmo que alguma delas deixe de funcionar, os
Deve-se observar o impacto
equipamentos mantêm-se no ar, pois detém dispositivos social com a possível redução do

Foto: AdobeStock
que trabalham em conjunto.
número de entregadores usando

A s vendas via e-commerce vêm aumentando signifi-
cativamente ao longo do tempo. Em 2020, com a pande-
mia da COVID-19 e muitas lojas físicas fechadas, cerca de
13 milhões de brasileiros fizeram a primeira compra pela
internet, segundo a Neotrust. Em 2021, o faturamento do
e-commerce aumentou 48,4% e, em 2022, o crescimento
foi de 5%, um processo de estabilização pelo alto cresci-
mento anterior. Durante o período crítico da pandemia,
os pedidos aumentaram, sendo necessário que houvesse
um suporte nas entregas evitando atrasos, avarias e incon-
sistências com insatisfação e reclamações dos clientes.
O crescimento do e-commerce deve-se, entre outros
fatores, à comodidade e praticidade, variedade e competi-
tividade de preços, além de funcionar 24 horas por dia, 7
dias por semana.
As empresas que operam no e-commerce devem ter
um processo logístico que garanta as entregas nos prazos
contratados, gerando satisfação e fidelidade nos cientes e
rentabilidade nos negócios.
Os itens alimentação e medicamentos, com entregas
de pequeno porte, são responsáveis por um volume sig-
nificativo de negócios. Analisando as características das
entregas de alimentos, por exemplo, percebe-se que o vo-
lume e peso são reduzidos, as distâncias são relativamente
curtas, além da necessidade de rapidez, pois os alimentos
devem chegar rapidamente e íntegros nos clientes, o mes-
mo no caso de medicamentos.
Dentro do pressuposto de que o ramo de veículos
aéreos está em constante evolução, pois auxilia o moni-
toramento, avaliação de estrutura, manutenção de equi-
pamentos, entre outros serviços, proporcionando aos
consumidores diferentes experiências, principalmente em
tempos que agilidade, qualidade, eficiência e eficácia são
de extrema necessidade. Um meio de entrega que atendes-
se tais necessidades seria o drone, por ser uma alternativa
mais rápida e que reduz custos de mão de obra e tempo
de entregas.
A origem das entregas por drones surgiu com a Ama-
zon, em 2013 e foi executada pela empresa em 2016.
Aqui, o iFood foi o primeiro autorizado no ramo alimen-
tício, com testes na cidade de Campinas-SP, em 2020, e
em dois meses foram feitas mais de 300 entregas. Hoje
a empresa atua no estado de Sergipe entre as cidades de
Aracaju e Barra dos Coqueiros. Os drones são ambiental-
mente sustentáveis e alcançam locais sem acesso terrestre
ou com dificuldades de entrega nos mesmos, além do be-
nefício da rapidez e agilidade nas entregas e coletas. Estu-
dos constataram que a entrega por drones seria ideal para
determinados serviços, principalmente quando relaciona-
dos à alimentação e medicamentos, já que têm capacidade
de fazer entregas com peso inferior a 5 kg, distância de até
100 km em uma rota pré-determinada.
Em 2013 a Amazon iniciou entregas com produtos
considerados “leves” e, no mesmo ano a DHL, empresa
alemã de logística, realizou entrega de medicamentos e
a empresa UPS, em 2019, promoveu a primeira entrega
comercial regular de medicamentos nos Estados Unidos,
sendo que no Brasil, o primeiro experimento foi realizado
pela empresa Speedbird em caráter experimental para o
iFood, em 2020. Natura e Avon também iniciaram testes
técnicos para a realização de entregas dos produtos de suas
marcas por meio de drones.
Os benefícios da aplicação dos drones são a redução de
custos, flexibilidade, aumento da segurança e produtivi-
dade, acelerando a demanda dos processos e diminuindo
os tempos de entrega. Podem ser destacadas grandes van-
tagens para as empresas usuárias do serviço de entrega por
drones, entre elas, a flexibilidade e viabilidade de custos
menores, pois, por não dependerem de pilotos dedicados,
sua operação é relativamente barata. Ao mesmo tempo,
não são impactados por fatores como o trânsito nas ci-
dades. Aspecto importante no uso de drones é que não
podem ter qualquer interferência com rotas das aeronaves
convencionais, garantindo toda segurança necessária.
Essa aplicação da tecnologia permite que que sejam
alcançados locais de difícil acesso pela área terrestre, tra-
fegando com uma velocidade adequada para que chegue
até o destino sem prejudicar a qualidade do produto,
gerando satisfação do cliente com o atendimento e efi-
ciência do serviço de entrega, garantindo a segurança
do produto, com benefícios para a sustentabilidade pela
menor emissão de gases do efeito estufa, além da redução
nos tempos de entrega.
Foto: Pexels-cottonbro-studio
outros meios (motocicletas,
bicicletas ou veículos) com a
expansão do uso dos drones.
Deve-se observar o impacto social com a possível re-
dução do número de entregadores usando outros meios
(motocicletas, bicicletas ou veículos) com a expansão do
uso dos drones.
Assim, nota-se a evolução da logística em função das
entregas com drones, garantindo sustentabilidade, redu-
zindo custos, aumentando a eficiência, ampliando as ven-
das e garantindo a satisfação dos clientes.
** Trabalho inspirado em artigo de autoria das alunas Natália Martins,
Mônica Virtuoso e Pâmela Melo, do curso de Logística da Fatec
Carapicuíba, orientadas por Mauro Campello, aprovado no IFLOG 2023
(Instituto Federal de São Paulo - Suzano).
* Mauro Campello. Mestre e engenheiro
de produção. Palestrante, professor,
consultor e estudioso em temas variados.
Experiência em diversas áreas de negócios.
Sócio da MC Treinamentos.

26 REVISTA AETEC www.aetec.org.br www.aetec.org.br REVISTA AETEC 27

 LOGÍSTICA
O IMPACTO DA PRECÁRIA
INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTE NO BRASIL
Yoka Yamamoto e Luiz Alberto Fioravante*
A
infraestrutura de transporte é um elemento
crucial para o desenvolvimento de qualquer nação. No
entanto, no Brasil, enfrentamos desafios significativos re-
lacionados à nossa malha de transportes, que frequente-
mente se mostram inadequadas e insuficientes para aten-
der às crescentes demandas de transporte.
A malha de transporte do país enfrenta diversos desa-
fios, incluindo a falta de investimentos em manutenção e
expansão, a baixa qualidade das estradas e trilhos, além de
gargalos logísticos que prejudicam a eficiência do trans-
porte de cargas. A subutilização dos rios para transporte
de mercadorias faz o país, com suas várias bacias hidro-
gráficas em território nacional, perder a oportunidade de
aproveitar melhor a disponibilidade de um modal mais
barato e de baixo impacto ambiental.
Estes desafios têm impactos diretos no custo do trans-
porte, tornando-o mais oneroso e comprometendo a
competitividade nacional.
Condições da Infraestrutura
de Transporte no Brasil
O modal rodoviário é o mais utilizado, representando
61% do volume total de transporte de cargas no Brasil.
Contudo, muitas rodovias encontram-se em condições
precárias. Pesquisa da Confederação Nacional dos Trans-
portes (CNT) indica que 67,5% das rodovias brasileiras
têm sua extensão classificada como regular, ruim ou péssi-
ma, enquanto 32,5% foi classificada como ótima ou boa.
Em 2023, 56,8% do pavimento, 63,4% da sinalização e
66% da geometria dessas vias foram avaliados como regu-
lar, ruim e péssima.
A situação é agravada pelo intenso tráfego de grandes
caminhões nas estradas brasileiras. A predominância do
transporte rodoviário, com veículos cada vez maiores e
mais pesados compartilhando via com demais usuários
gera congestionamentos, acidentes cada vez mais graves e
danos significativos nas estruturas das rodovias.
28 REVISTA AETEC
No modal ferroviário, a situação é ainda mais preocu-
pante. Dados da Agência Nacional de Transporte Terres-
tre (ANTT) indicam que dos 30.000 km da malha ferro-
viária existente, em um estudo realizado no ano de 2022,
mais de 62% dos trilhos estavam subutilizados e 23,7%
ociosos. Apesar do crescimento do setor ferroviário de
cargas, impulsionado pela produção agrícola e industrial,
ainda há desafios a serem superados.
Impacto no Custo dos Produtos
A deficiência na infraestrutura logística brasileira refle-
te diretamente no custo dos produtos. O transporte por
rodovias por si só já é mais caro do que utilizando outros
modais, como o ferroviário e o aquaviário. Mas a precarie-
dade das estradas torna o transporte rodoviário mais lento
e dispendioso. Um estudo do Centro de Estudos de Lo-
gística da Fundação Getulio Vargas (FGV) estima que essa
deficiência eleva os custos das exportações em até 20%.
No mercado interno, o impacto é ainda mais acentua-
do. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE)
da FGV sugere que a deficiência logística eleva os custos
dos produtos em até 40%.
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Oportunidades
A matriz de transportes do Brasil é
considerada inadequada, especialmente
em comparação com países de dimensões
semelhantes. Atualmente, no Brasil, apenas
21% das cargas são transportadas utilizando
o sistema ferroviário, em contraste com paí-
ses como Rússia (80%) e Austrália (43%).
Somente no estado de São Paulo existe
uma malha ferroviária com quase 5.000 km.
No entanto, aproximadamente metade des-
tas está desativada, subutilizada ou ociosa,
além de estruturas sendo destruídas devido
ao abandono. Recuperar e reativar estas fer-
rovias e colocar em plena produção, criando
novas condições para um escoamento mais
eficiente de mercadorias.
No sistema aquaviário também existem Conclusão
Imagens: Divulgação
diversas oportunidades. Somente na cabotagem (modali- Para otimizar a logística e reduzir o Custo Brasil, é es-
dade de transporte de cargas entre portos de um mesmo sencial aumentar a movimentação utilizando os sistemas
país, utilizando rotas marítimas costeiras), no período de ferroviário e aquaviário para transporte de grandes volumes
2010 a 2022, o volume de carga aumentou em 27%. A As- de produtos, integrando com o sistema rodoviário, incenti-
sociação Brasileira de Armadores de Cabotagem (ABAC) vando a multimodalidade. Esses meios de transportes são
estima que, a cabotagem pode responder por até 25% do mais econômicos e ecologicamente sustentáveis, sendo ca-
total de transporte de mercadorias até 2030 (hoje com pazes de transportar uma quantidade maior de produtos
12%). No entanto, para alcançar este volume, é crucial com menor índice de emissão de poluentes atmosféricos.
que haja investimentos na modernização e expansão da O governo federal tem promovido uma série de medi-
malha aquaviária, incluindo a construção de novos por- das para estimular o setor ferroviário, incluindo concessão
tos, dragagem de canais e melhoria da sinalização. Além de novas ferrovias e a modernização e manutenção da ma-
disso, a complexidade na regulamentação do transporte lha existente. Essas medidas devem contribuir para o au-
aquaviário no Brasil representa um obstáculo para inves- mento da participação do transporte ferroviário na matriz
timentos privados, destacando a necessidade de simplifi- de transporte de cargas. Mas somente isso não é suficiente
cação para torná-la mais clara e previsível. E também é para melhorar a trafegabilidade e reduzir o custo logístico
essencial promover a competição de operadores, atraindo no Brasil. É de suma importância trabalhar na reativação
novos participantes e criando um ambiente mais dinâmi- de malhas ferroviárias ociosas, manutenção e melhorias
co e eficiente no setor. das rodovias, mas principalmente criar condições para
buscar o equilíbrio da matriz de transporte, realizando
integração entre os modais de transporte e criando condi-
ções para um escoamento mais eficiente de mercadorias.
*Yoka Yamamoto. Graduada em Administração de Empresas com MBA
em Logística Empresarial. Sócia Administradora da TownLog, empresa de
consultoria especializada em desenvolvimento de projetos de infraestrutura
viária, transporte e mobilidade urbana. Co-fundadora do Instituto Vidda’s,
que desenvolve projetos de preservação da vida humana no trânsito.
Coordenadora do Grupo GELOG – CRA/SP.
*Luiz Alberto Fioravante. Graduado em Administração de Empresas, foi Secretário de Planejamento e
Projetos e de Mobilidade de Sorocaba e Coordenador de Projetos da Secretaria de Logística e Transportes
do Governo do Estado de São Paulo. Sócio Administrador da TownLog, empresa de consultoria
especializada em desenvolvimento de projetos de infraestrutura viária, transporte e mobilidade urbana.
Co-fundador do Instituto Vidda’s, com certificação Visão Zero (Suécia) e Cidade X (Harvard).
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