NÚCLEO DE MONITORIA JURÍDICA

DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL I

MATERIAL DE REVISÃO
PERÍODO: 2017.2

NEOCONSTITUCIONALISMO

1. Introdução. 2. Constitucionalismo: evolução do direito constitucional atual. 2.1. Ideias

básicas do constitucionalismo. 2.2. Evolução do Estado. 3. Evolução do constitucionalismo.
3.1. Constitucionalismo antigo. 3.2. Constitucionalismo clássico ou liberal. 3.3.
Constitucionalismo moderno ou social. 3.4. Constitucionalismo contemporâneo. 3.5.
Constitucionalismo do futuro. Referências.

1. INTRODUÇÃO

O Direito Constitucional é o ramo do direito público que possui por objetivo o

estudo sistematizado das normas supremas, originárias e estruturantes do Estado
(NOVELINO, 2016, p. 36). No entanto, faz-se necessário compreender a história ao qual o
atual ordenamento jurídico percorreu até chegar ao modelo constitucional vigente.

2. CONSTITUCIONALISMO: EVOLUÇÃO DO DIREITO CONSTITUCIONAL

ATUAL

2.1. IDEIAS BÁSICAS DO CONSTITUCIONALISMO

O constitucionalismo se confunde com a própria história das constituições,

associando-se a três ideias básicas, a saber:
• Princípio do governo limitado;
• Garantia dos direitos dos indivíduos;
• Separação dos poderes;

2.2. EVOLUÇÃO DO ESTADO

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Orientador(a): Ms. Monara Michelly de Oliveira Cabral ser utilizado como fonte única de estudo da Disciplina.
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O modelo do Estado de direito sofre transformações de acordo com a evolução do

constitucionalismo, sendo respectivamente:
• Estado absolutista;
• Estado liberal;
• Estado social;

3. EVOLUÇÃO DO CONSTITUCIONALISMO

O estudo da evolução do constitucionalismo possui como objetivo apresentar as

características constitucionais marcantes de cada contexto histórico e o respectivo modelo de
Estado de cada fase (NOVELINO, 2016, p. 45).

3.1. CONSTITUCIONALISMO ANTIGO

O constitucionalismo antigo compreende o período histórico da antiguidade e vai

até o fim do século XVIII, destacando a existência do Estado teocrático onde a religião
possuía uma forte influência. Esse período é caracterizado pelas constituições
consuetudinárias, regidas por leis divinas que limitavam o poder politico dos governantes,
assegurando aos profetas a legitimidade para fiscalizar os atos governamentais que
extrapolassem os limites bíblicos.

3.2. CONSTITUCIONALISMO CLÁSSICO OU LIBERAL

O constitucionalismo clássico designa a fase que compreende o período do final

do século XVIII até o início do século XX, destacando-se as revoluções liberais, isto é, as
Revoluções Norte-americana e Francesa. Esse período possui como marco o surgimento das
primeiras constituições escritas.

3.3. CONSTITUCIONALISMO MODERNO OU SOCIAL

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O constitucionalismo moderno surge com o fim da Primeira Guerra Mundial e vai

até o fim da Segunda Guerra Mundial, também conhecido período entre guerras. O contexto
vivenciado pelas sociedades de enorme aumento das desigualdades sociais fez com que o
regime liberal entrasse em crise, assim, necessitando que o posicionamento ora abstencionista
do Estado, passasse a ser intervencionista, para concretização dos direitos fundamentais
sociais. Evidencia-se, então, documentos marcantes como a Constituição do México de 1917
e a de Weimar de 1919.

3.4. CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO

O constitucionalismo contemporâneo surge a partir do fim da Segunda Guerra

Mundial, sendo denominado por grande parte da doutrina como neoconstitucionalismo.
Devido às perplexidades causadas pelas terríveis experiências nazistas e pela barbárie
praticada durante a guerra despertou-se a consciência coletiva sobre a necessidade de proteção
a dignidade da pessoa humana como núcleo central do constitucionalismo contemporâneo,
dos direitos fundamentais e do Estado constitucional democrático (NOVELINO, p. 52, 2016).

3.5. CONSTITUCIONALISMO DO FUTURO

O constitucionalismo do futuro, elaborado por José Roberto Dromi, levanta sete

valores fundamentais as quais as futuras constituições devem adotar, a saber:
Verdade: as futuras constituições não devem consagrar promessas as quais sejam
impossíveis de serem concretizadas;
Solidariedade: trata-se de uma nova perspectiva de igualdade, sedimentada na
solidariedade dos povos;
Consenso: a Constituição futura terá de advir de um consenso democrático;
Participação: impõe a participação do povo de forma ativa e responsável na vida
política do Estado;
Integração: se trata da previsão de que às constituições futuras devem propiciar
mecanismos de integração supranacional. (NOVELINO, p. 55, 2016).

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Universalização: à consagração universal dos direitos humanos fundamentais de

forma que o princípio da dignidade da pessoa humana seja o núcleo das constituições.
Continuidade: as constituições não podem ser modificadas de modo a perderem
sua identidade.

REFERÊNCIAS

NOVELINO, Marcelo. Manual de direito constitucional. 9. ed. rev. e atual. – Rio de

Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.

LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 19. ed. rev., atual. e ampl. – São
Paulo: Saraiva, 2016.

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