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Paradigma social 

é o conjunto de conceitos, valores, percepções e práticas


compartilhadas por uma comunidade e que produz uma maneira particular de ver a
realidade, dando base para que esta se organize.

Paradigma tem como sentido, em nosso idioma, um modelo, exemplo ou padrão a ser
seguido. O paradigma nos serve como modelo ou um exemplo de algo já existente para
que tenhamos uma posição ou procedimento de que atitudes devemos tomar com relação
a um fato ou a um determinado objeto.

Os paradigmas podem ser apresentados como normas ou procedimentos de um grupo,


estabelecendo limites, determinando como deve ser a atitude de um indivíduo dentro dos
limites criados numa sociedade para melhor convívio entre as partes.

Um paradigma pode afetar a vida ou a visão de qualquer pessoa, principalmente com


relação à sociedade em que está inserida. Como exemplo, podemos lembrar que, até a
década de 1950, o beijo em público entre pessoas apaixonadas era um ato de desrespeito.
Como paradigma, estava estabelecido que uma moça que fosse beijada em público não
era moça para casamento. Com o feminismo na década de 1960 e a liberação sexual,
beijar em público deixou de ser proibido ou tabu, tornando-se algo aceito normalmente na
sociedade.

O termo paradigma surgiu na Linguística como um signo linguístico criado por Ferdinand
de Saussure, relacionando-o ao grupo de elementos que formam um idioma.

Nesse sentido, o paradigma torna-se um conjunto de componentes linguísticos que podem


estar presentes numa mesma circunstância ou ambiente, podendo ser trocados por outros
que venham a preencher a mesma posição.

Como exemplo prático podemos lembrar a conjugação de um verbo. A raiz do verbo serve
como paradigma à primeira conjugação, tornando-se como referência a flexão em todas as
outras formas e outros verbos terminados na mesma conjugação, como modelo de flexão
verbal. O presente do indicativo na primeira pessoa do verbo amar é “amei”. Outros verbos
terminados em ar devem se utilizar desse modelo, desde que sejam verbos regulares.
Assim, passear na mesma conjugação torna-se “passeei”, andar torna-se “andei” e assim
por diante.

O paradigma também é aplicado na filosofia, estando relacionado à epistemologia. Para


Platão, um dos maiores filósofos de todos os tempos, um paradigma remete a um
padrão relacionado ao mundo das ideias, de onde o mundo sensível faz parte,
apresentando-se como exemplo para o pensamento filosófico.
O livro “A Estrutura das Revoluções Científicas”, escrito pelo físico e filósofo da ciência
Thoms Samuel Kuhn, que viveu entre 1922 e 1996, estabelece como paradigma qualquer
realização científica capaz de gerar um modelo que orientam, através de um tempo mais
ou menos longo, ou mais ou menos explícito, o desenvolvimento subsequente das
pesquisas, tornando-se um padrão para a busca de solução dos problemas apresentados
dentro de um mesmo sistema.

Dentro desses conceitos, entendemos paradigma como um princípio, uma teoria ou um


conhecimento descoberto em qualquer campo da pesquisa científica, o que o torna uma
referência inicial, servindo como padrão para novas pesquisas e descobertas.

Paradigmas educacionais
Os paradigmas educacionais são os modelos estabelecidos pela experiência na educação
e que servem de modelo para essa área de desenvolvimento humano.

A educação vem criando paradigmas inovadores, constituindo-se numa nova atividade


pedagógica, dando lugar à aprendizagem crítica, criando mudanças significativas na
personalidade e no conhecimento dos alunos.

Desta forma, um paradigma aplicado por um professor pode determinar se o aluno vai
aprender ou não o conteúdo abordado no ensino, sendo essa uma grande preocupação da
moderna Pedagogia.

O formato da educação para as novas gerações está sendo totalmente diferente da


Pedagogia aplicada às gerações anteriores, mostrando que o homem deve passar
constantemente por evolução, buscando paradigmas que sejam eficazes para o
desenvolvimento humano.

Paradigma cartesiano
O paradigma cartesiano estabelece que, para se conhecer o todo, é necessário que ele seja
dividido em todas as partes que o integram, estudando todas as suas partes uma por uma.

De forma prática, podemos estabelecer que não basta apenas conhecer um veículo, nele
entrar e começar a dirigir. Para conhecer um veículo é necessário conhecer todas as suas
partes, inclusive o funcionamento do motor.
Em oposição ao paradigma cartesiano, o paradigma holístico estabelece que todo e
qualquer fenômeno deve ser visto através de sua aparência global para que seja
completamente entendido.

Paradigmas de
programação
Na área de informática, um paradigma de programação pode ser definido como uma forma
de solução de um determinado problema pelo programador, estabelecendo a sua visão de
resultado e decidindo como o programador cria a estrutura do programa e sua
consequente execução.

Na programação, temos quatro paradigmas principais: paradigma imperativo, declarativo,


funcional e o orientado a objetos. A principal característica apresentada é através das
técnicas que esses paradigmas autorizam ou coíbem dentro de um sistema informatizado.

Com a constante evolução da informática, os paradigmas mais atuais são apresentados


de forma mais rígida do que os modelos antigos, garantindo a solução do problema
buscado pelo sistema de informação.

Paradigma trabalhista
Na área de Justiça Trabalhista, o paradigma é o empregado de uma mesma função,
exercendo as mesmas atividades que qualquer outro e que, no entanto, possui um salário
diferente, maior do que outros trabalhadores, sendo usado como exemplo ou modelo para
a equiparação de outros funcionários, dentro das mesmas funções, que não tenham o
mesmo salário.

A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho define, no seu artigo 461, que todos os
trabalhadores com a mesma função, desempenhando atividades com o mesmo valor e
trabalhando para uma mesma empresa, tendo a mesma área de trabalho, deve receber
remuneração idêntica, independente de idade, nacionalidade ou sexo.

O paradigma é muito utilizado na Justiça Trabalhista para ações processuais exigindo


equiparação salarial.
Paradigma da
complexidade
A filosofia, a epistemologia, a linguística, a pedagogia, a matemática, a química, a física, a
meteorologia, a estatística, a biologia, a sociologia, a economia, a medicina, a psicologia, a
informática e ciências d computação utilizam o termo complexidade dentro de muitos de
seus conceitos e definições.

A teoria da complexidade, em virtude de sua definição sofrer alterações, dependendo da


área em  questão, é vista como um desafio da própria complexidade ou do pensamento de
complexidade.

O paradigma da complexidade ou do pensamento complexo tem como principal objetivo


relacionar as diversas disciplinas e formas de ciência em seus conceitos, sem misturar
suas definições.

Paradigma da sociedade
O paradigma da sociedade deve ser visto sempre como a abertura da sociedade, incluindo
a inserção de novas possibilidades e não como alguma coisa que possa travar o processo
do pensamento.

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