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STJ Auxilio-Acidente Não Cumulado Aposentadoria
STJ Auxilio-Acidente Não Cumulado Aposentadoria
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,
acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, julgar improcedente a ação rescisória, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Paulo Gallotti (Revisor), Arnaldo Esteves
Lima, Maria Thereza de Assis Moura, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Jane Silva
(Desembargadora convocada do TJ/MG) e Nilson Naves. Ausente, ocasionalmente, o Sr.
Ministro Felix Fischer. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.
Brasília, 14 de maio de 2008 (Data do Julgamento)
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Superior Tribunal de Justiça
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AÇÃO RESCISÓRIA Nº 3.535 - SP (2006/0078627-0)
RELATÓRIO
É o relatório.
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AÇÃO RESCISÓRIA Nº 3.535 - SP (2006/0078627-0)
VOTO
"EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
PREVIDENCIÁRIO. CUMULAÇÃO. AUXÍLIO-ACIDENTE.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO.
1 - Esta Seção já firmou entendimento no sentido da
viabilidade da cumulação da aposentadoria por tempo de
serviço e o auxílio-acidente, desde que comprovado o nexo
de causalidade entre a doença e a atividade exercida pelo
beneficiário.
2 - Embargos rejeitados." (EREsp nº 79.436/SP,
Relator Ministro Fernando Gonçalves, in DJ 17/2/99).
Ocorre, todavia, que, com a edição da Medida Provisória nº 1.596,
de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 10 de dezembro
de 1997, o parágrafo 2º do artigo 86 da Lei nº 8.213/91 passou a vigorar com a
seguinte redação:
"§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio-doença,
independentemente de qualquer remuneração ou rendimento
auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com
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qualquer aposentadoria ." (nossos os grifos).
Resta definir, agora, qual o fato jurídico produtor do benefício
que, por óbvio, deve ser considerado para a definição da lei incidente na
espécie, pois que se discute sucessão de leis no tempo.
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Na espécie, não há notícia nos autos acerca da data do início da
incapacidade laborativa, de afastamento ou diagnóstico, nem de requerimento
de auxílio-acidente no âmbito administrativo em data anterior à edição da Lei
nº 9.528/97, como se lê na própria letra do acórdão do Tribunal Regional,
lavrado nos autos da ação originária:
"Conforme reiterado entendimento desta C. Câmara,
face a ausência de notícia anterior sobre a moléstia, ao
caso em estudo deve-se aplicar a legislação vigente à data
de mencionado exame, pois aí estaria caracterizada a
doença alegada sendo, portanto, descabida a apreciação da
demanda, ante a vedação legal à concessão de auxílio
acidente a obreiro aposentado. Ademais, o lapso temporal
(10 anos) transcorrido entre a sua aposentação e a
propositura da ação desautoriza a aplicação do princípio 'in
dubio pro misero'. (...)" (fl. 57).
Impõe-se, dessa forma, a fixação do dia do acidente na data em
que foi realizado o diagnóstico, assim considerado a data da juntada do laudo
pericial em juízo. Vejam-se, por oportuno, os seguintes precedentes:
"PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. DATA DO
LAUDO MÉDICO-PERICIAL.
1 - Esta Corte já firmou entendimento no sentido de
que, não havendo postulação administrativa, o termo inicial
do benefício é a data do laudo médico-pericial que constata
a incapacidade laborativa.
2 - Recurso especial conhecido e provido." (REsp nº
314.913/SP, Relator Ministro Fernando Gonçalves, in
DJ 18/6/2001).
É O VOTO.
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AÇÃO RESCISÓRIA Nº 3.535 - SP (2006/0078627-0)
VOTO-REVISÃO
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No mérito, requer a improcedência do pedido, afirmando a inocorrência de
"qualquer violação literal da lei ou erro de fato".
Colhe-se da exordial:
Veja-se:
É como voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA SEÇÃO
Relator
Exmo. Sr. Ministro HAMILTON CARVALHIDO
Presidenta da Sessão
Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. WAGNER NATAL BATISTA
Secretária
Bela. VANILDE S. M. TRIGO DE LOUREIRO
AUTUAÇÃO
AUTOR : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADVOGADO : IVANIR CORTONA E OUTRO(S)
RÉU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Seção, por unanimidade, julgou improcedente a ação rescisória, nos termos do voto do
Sr. Ministro Relator.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Paulo Gallotti (Revisor), Arnaldo Esteves Lima,
Maria Thereza de Assis Moura, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Jane Silva
(Desembargadora convocada do TJ/MG) e Nilson Naves.
Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.
Brasília, 14 de maio de 2008
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