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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 48ª VARA

DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE/MG

nº 0010100- 20.2023.5.03.0048

XYZ TECNOLOGIA S.A, já qualificada nos autos do processo acima descrito,


por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação trabalhista proposta por
JOÃO DA SILVA, inconformado com a sentença de fls. Xx, vem, tempestiva e
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO
ORDINÁRIO, com base no art. 895, a) da CLT, de acordo com as razões em
anexo, as quais requer que seja recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal
Regional da 3ª Região.

Satisfeitos os mandamentos legais e presentes os pressupostos de


admissibilidade, dentre os quais, o pagamento das custas e depósito recursal,
requer seja o recurso recebido e enviado à apreciação do Tribunal Regional.
Requer, por fim, a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região.

Termos em que,

Pede deferimento.

BELO HORIZONTE, 20 DE ABRIL DE 2024.


RICARDO DA SILVA DANIEL
OAB/SP 160.585
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

Processo nº 0010100-20.2023.5.03.0048

Recorrente: XYZ TECNOLOGIA S.A.

Recorrido: JOÃO DA SILVA

RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

COLENDO TRIBUNAL

NOBRE JULGADORES

CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINARIO

A decisão na Vara de Trabalho trata-se de uma sentença, dessa forma


encerrando a atividade jurisdicional do Douto juízo da primeira instância

Neste contexto, o reexame da supra citada deve e só pode ser feita através do
recurso ordinário, conforme preceitua o art. 895 da CLT.

DO DIREITO

TEMPESTIVIDADE

O presente recurso fora interposto tempestivamente, visto que a sentença foi


publicada na data xx/xx/xxxx, e o recurso interposto na data xx/xx/xxxx.

PREPARO
Cumpre ressaltar que segue cópia das custas e deposito recursal devidamente
recolhidas.

Desta feita, preenchidos os pressupostos de admissibilidade, requer que seja o


presente recurso processado e o seu mérito apreciado

DO VÍNCULO DE EMPREGO

A sentença concluiu que não houve terceirização, mas fraude à contratação,


razão pela qual reconheceu o vínculo de emprego e determinou o pagamento
das verbas rescisórias.

Ocorre que inexiste pessoalidade na prestação de serviços, eis que o


reclamante foi substituído por dois outros colegas. Além disso, as provas
obtidas em redes sociais robustecem a existência de terceirização lícita, haja
vista que a reclamada praticou a mesma sistemática com diversos clientes, o
que reforça a inexistência de fraude à legislação trabalhista.

Não obstante a respeito à prevalência do que foi ajustado entre os contratantes,


em consagração à boa-fé objetiva prevista no art. 422 do Código Civil, e à
autonomia da vontade, portanto há clara validade do contrato de prestação de
serviços celebrado entre a empresa da qual o reclamante é sócio e a reclamada.

Logo não há existência do vínculo de emprego, haja vista que, se não for
reconhecida a relação empregatícia, os demais pedidos ficarão prejudicados.

Requer portanto, a reforma da decisão de primeiro grau nos termos acima


expostos.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS

O reclamante requereu a verbas rescisória por entender pelo vínculo


empregatício.

O magistrado deferiu o pedido em sentença.


Ocorre que a pretensão reformatória da condenação das verbas rescisórias é
consectário lógico da reversão da decisão no que se refere ao reconhecimento
do vínculo de emprego.

Portanto como restou demonstrado não haver vínculo empregatício, logo não há
que se falar em pagamento de verbas rescisórias ao reclamante, requer a
reforma da decisão também nesse sentido.

DA MULTA DO ART. 477 CLT

O magistrado reconheceu o pedido do reclamante ao pagamento da multa em


sentença.

Em relação à condenação ao pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da


CLT, restou demonstrado que o vínculo empregatício é controverso, sendo que
a previsão de incidência do próprio art. 477, §8º, da CLT, é aplicação de multa
quando as verbas rescisórias incontroversas não forem quitadas no prazo legal.

Requer a reforma da sentença nos termos acima descritos.

DA DISPENSA DISCRIMINATÓRIA

O magistrado concedeu o pedido ao reclamante em sentença.

Ocorre que a reclamada faz jus a reforma da decisão no que diz respeito à
caracterização de dispensa discriminatória e o consequente deferimento das
indenizações postuladas.

Nesse sentido vejamos que o encerramento contratual não ocorreu em virtude


da doença que acomete o reclamante, mas pelo encerramento do “Projeto Alfa”,
para o qual foi contratado.

Reforça-se o exposto com fundamento no depoimento dado por uma das


testemunhas, conforme consta na sentença, e que foi desconsiderada pela
decisão judicial.

Requer a descaracterização da dispensa discriminatória e, consequentemente,


o indeferimento das indenizações.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

O trabalhador requereu a condenação ao pagamento de honorários advocatícios


de sucumbência, com fundamento no disposto no art. 791-A da CLT, e o
magistrado assim deferiu o pedido.

Ocorre que a improcedência total dos pedidos da ensejo a não condenação ao


pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais.

PEDIDO

Diante das argumentações acima expostas, Requer:

Diante do exposto, requer seja conhecido e dado provimento ao Recurso


Ordinário, nos termos da fundamentação supra.

Termos em que pede deferimento.

Belo Horizonte, 20 de abril de 2024.

RICARDO DA SILVA DANIEL


OAB/SP 160.585

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