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COMUNICAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE ENFERMAGEM NA

INTERVENÇÃO FAMILIAR

Aline Siqueira1

RESUMO

A família continua sendo a unidade fundamental da sociedade, ela é um espaço privilegiado de


relações humanas. É nesse cenário que a comunicação entre os componentes da família e o
profissional de saúde assume caráter de importância cada vez mais relevante para o bem-estar da
convivência. É com esse pequeno grupo que o enfermeiro tem de interagir dando sua contribuição para
saúde dos seus membros. Constatou-se que a relação interpessoal terapêutica com a família se torna
efetiva desde que haja acordo entre ambas as partes, compreensão, aceitação, honestidade, confiança e
compromisso dos envolvidos. No entanto, isso só ocorrerá se o profissional de saúde se dispuser a
ouvir os familiares e entender sua realidade, Deste modo, este estudo demonstrou que para
desempenhar o cuidado às famílias o enfermeiro precisa ter um protocolo de ações para nortear sua
rotina, para que possa lidar com a gama de situações que surgem sem perder a visão do todo.

Palavras-chave: Família. Intervenção familiar. Comunicação com a família. Modelo para Assistência
familiar. Comunicação terapêutica.

ABSTRACT

The family remains the fundamental unit of society, it is a privileged space for human
relations. It is in this scenario that the communication between the family members and the
health professional assumes a character of increasingly important importance for the well-
being of coexistence. It is with this small group that the nurse has to interact giving his
contribution to the health of its members. It was found that the therapeutic interpersonal
relationship with the family becomes effective as long as there is agreement between both
parties, understanding, acceptance, honesty, trust and commitment of those involved.
However, this will only occur if the health professional is willing to listen to family members
and understand their reality. In this way, this study demonstrated that to perform care for
families, nurses need to have a protocol of actions to guide their routine, so that can deal with
the range of situations that arise without losing sight of the whole.

Keywords: Family. Family intervention. Communication with the family. Family Assistance
Template. Therapeutic communication.

1
2

INTRODUÇÃO

Na atualidade, a família encontra-se assoberbada com a velocidade das informações


sobre as mudanças ocorridas no mundo de forma bem mais acentuada do que se imagina; vai se
estabelecendo uma nova estrutura familiar. Mesmo assim, a realidade é que a família continua
sendo a unidade fundamental da sociedade, ela é um “espaço de relações humanas”, é nesse
cenário que a comunicação entre os componentes da família e o profissional de saúde assume
caráter de importância cada vez mais relevante para o bem-estar e convivência de seus
membros. É com esse pequeno grupo que o enfermeiro tem de interagir dando sua contribuição
para saúde dos indivíduos, seja orientando, educando ou cuidando do paciente e seus
familiares. 1,2
Na tentativa de oferecer às famílias oportunidade de expor sua forma de viver e seus
problemas e, ao mesmo tempo, a oportunidade de compartilhá-los com o profissional de saúde
habilitado para ajudá-la, estabeleceu-se alguns passos para o desenvolvimento do
relacionamento do enfermeiro com este público. Constatou-se que a relação interpessoal
terapêutica com a família se torna efetiva desde que haja acordo entre ambas as partes,
compreensão, aceitação, honestidade, confiança e compromisso dos envolvidos. A crença
predominante é a de que o profissional que vai trabalhar com a família tem que estar
preparado para ouvi-la, aceitá-la e compreendê-la em sua singularidade e complexidade. 3,4
No entanto, isso só será possível se o profissional de saúde se dispuser a ouvi-la
reflexivamente, entender sua realidade, pois, apesar de muitos problemas vivenciados dentro
das famílias serem comuns, cada uma delas possui sua individualidade e peculiaridades no
modo de conhecer, perceber, sentir e reagir diante das situações esperadas ou inesperadas. 5
Assim sendo, para o bom desempenho no cuidar das famílias o enfermeiro precisa
estabelecer um rol de estratégias para aprimorar a comunicação junto as mesmas utilizando
referenciais teóricos para nortear suas ações, para que possa lidar com a gama de situações
que surgem sem perder a visão do todo, que constitui o processo de viver em família. Ele deve
trabalhar com as situações do aqui e do agora da família, englobando todas as suas atividades
cotidianas.6
Este estudo teve como intuito principal fazer um levantamento bibliográfico que
indicará estratégias e ferramentas a serem utilizadas por enfermeiros para o aperfeiçoamento
da comunicação com a família. Desta forma, o enfermeiro será capaz de penetrar no mundo
da família contemporânea e verificar como se dão as relações e estratégias de enfermagem na
intervenção familiar, averiguando as ações de comunicação entre o enfermeiro e os familiares,
3

possibilitando assim a construção de vínculos, significados, saberes e práticas conjuntas para


um viver saudável. Isso é conseguido à medida que o cuidado que a família tem de si mesma e
a autonomia entre seus componentes passam a ser estimulados dentro de um clima empático
de confiança e respeito mútuo nas tomadas de decisões diárias.3
O objetivo geral de estudo foi levantar as estratégias e ferramentas utilizadas por
enfermeiros para aprimorar a comunicação com as famílias. De modo mais específico, como
resultado deste levantamento, pretende-se indicar um rol de ações para melhorar a
comunicação com os familiares, que seja coerente suas necessidades e contemple a
singularidade do relacionamento entre família e enfermeiro.
4

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão integrativa, o qual torna possível analisar o


conhecimento produzido em pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos,
resultados, discussões e conclusões relevantes para o trabalho. A revisão integrativa permite
uma vasta compreensão de um tema alicerçando-se em estudos anteriores, possibilitando
assim reflexões para novos estudos.
A busca será realizada na base de dados Pubmed, Medline, Lilacs e Scielo utilizando
as palavras-chave de acordo com o DeCS: intervenção, família, assistência em saúde,
enfermeiro. O critério de inclusão foram artigos publicados na língua portuguesa com foco na
comunicação e estratégias de intervenção familiar e a enfermagem, e excluídos trabalhos
como resumos, teses e dissertações. O período utilizado na busca de artigos foi de 10 anos.
Embora tenham sido encontrados 103 artigos que abordassem o tema somente 30
apresentaram congruência com o objetivo do presente trabalho.

Tabela 1. Total de artigos obtidos nas bases de dados selecionadas


Base de dados Total de artigos Artigos pré- Artigos que
encontrados selecionados através atenderam aos
da leitura dos títulos critérios de inclusão
e resumos e exclusão
estabelecidos
Medline 387 15 4
SciELO 56 23 7
Lilacs 18 8 5
Pubmed 254 57 6
TOTAL 715 103 22

Fonte: Elaborado pelo autor


5

3. REVISÃO DE LITERATURA

Penetrar no mundo da família contemporânea que convive com muitas mudanças em


suas crenças, seus valores, suas atitudes, seus padrões de comportamento, enfim no modo de
ser família, não é uma tarefa fácil para os profissionais de saúde que estão acostumados a
trabalhar com o ser humano individualmente. O cuidado familial possibilita a compreensão da
família em seu processo de viver em que constrói o mundo de símbolos, significados, valores,
saberes e práticas em parte, oriundos da família de origem, em parte decorrentes das
interações cotidianas, que incluem as sociais.1 A comunicação na família é muito importante
para o viver saudável.1,2
O mundo de significados é próprio de cada família, embora muito disso esteja
alicerçado no contexto no qual ela está inserida, por isso é importante o profissional adequar
sua assistência às necessidades e peculiaridades da família e todas as ações a serem
desenvolvidas não só pelo profissional proponente da assistência, mas considerando a parceria
dele com todos os membros familiares 1. O profissional que vai trabalhar com as famílias
2
precisa conhecer, interagir e tentar interpretar o mundo no qual elas vivem. Estudo recente
realizado com mulheres demonstrou que, após intervenção do enfermeiro houve algumas
mudanças de comportamento as quais refletiram em seu modo de pensar, agir e reagir diante
das situações corriqueiras do dia a dia. Levaram essas mulheres ainda a refletirem sobre o
respeito que cada um deve ter em relação à individualidade do outro para que pudessem
conviver em família de forma harmoniosa e saudável.2
Se antes da era da informática a vida em família nem sempre ocorria de forma
harmoniosa, agora as diferenças que marcam os diversos ciclos geracionais que compõem a
família são muitas vezes mais conflitantes e de difícil manejo. Essa situação pode ser
constatada ou observada no cotidiano, dentro da própria família, ou com as pessoas de modo
geral, tanto no plano pessoal, como no profissional. Esse fato requer do enfermeiro ou do
profissional de saúde mais estudo sobre as diferentes formas de abordar este pequeno grupo.3
Na tentativa de oferecer as famílias a oportunidade de expor sua forma de viver e seus
problemas e ao mesmo tempo a oportunidade de compartilhá-los com um profissional de
saúde habilitado para ajudá-la4 estabeleceu-se alguns passos para o desenvolvimento do
relacionamento do enfermeiro com a família. Constatou-se que a relação interpessoal
terapêutica com a família torna-se efetiva desde que haja acordo entre ambas as partes,
compreensão, aceitação, honestidade, confiança e compromisso dos envolvidos. A crença
6

predominante é de que o profissional que vai trabalhar com a família tem que estar preparado
para ouvi-la, aceitá-la e compreendê-la, em sua singularidade e complexidade.
Somente será possível conhecer e ajudar a família se o profissional de saúde se
dispuser a ouvi-la reflexivamente e entender sua realidade, pois, apesar de muitos problemas
vivenciados dentro das famílias serem comuns, cada uma delas possui sua individualidade,
suas peculiaridades na forma de conhecer, perceber, sentir e reagir e das situações inesperadas
ou inesperadas. Corroborando as afirmações de Waidman e Stefanelli é possível afirmar que,
no trabalho com o pequeno grupo família, tudo isso torna-se possível quando o profissional
consegue desenvolver a compreensão empatia dos fenômenos que a família vivencia e os
comunica por meio das relações interpessoais do grupo.2,3
Assim sendo, para o desempenho do cuidado às famílias, o enfermeiro precisa ter um
referencial para nortear suas ações, para que possa lidar com a gama de situações que surgem,
sem perder a visão do todo, que constitui o processo de viver em família. Ele deve trabalhar
com as situações do aqui e do agora da família, englobando todas as suas atividades
cotidianas. Pode-se dizer que o passado está presente nas ações do aqui e do agora da família
e que o enfermeiro o leva em conta ao preparar a família para enfrentamentos do momento
atual e futuro. Isso é conseguido à medida que o cuidado que a família tem de si mesma a
autonomia entre seus componentes passam a ser estimulados dentro de um clima empático de
confiança e respeito mútuo nas tomadas de decisão diárias5.
Nesta revisão são apresentados alguns passos a serem utilizados no relacionamento
com a família e a utilização das estratégias de comunicação que têm sido adotadas com ela
nos últimos anos.
O referencial teórico utilizado é o proposto por Joyce Travelbee 2: a teoria interpessoal,
que foi adaptada para o trabalho com famílias. Além dessa adaptação, utilizou-se também
como referencial a comunicação terapêutica apresentada por Stefanelli 3. Assim, o trabalho a
ser desenvolvido é uma atividade continua que envolve em média dez encontros, semanais e
programados com as famílias, os quais podem ocorrer no domicílio, nos ambulatórios, nos
hospitais, nas creches ou em outros locais.
A comunicação e o relacionamento com uma pessoa são diferentes da comunicação e
do relacionamento com a família ou com um grupo de pessoas ao mesmo tempo, por isso o
profissional precisa habilitar-se para esse tipo de comunicação e relacionamento. A empatia
que se desenvolve no grupo é diferente daquela que ocorre entre duas pessoas, e muitos
2
A esse respeito, a Teoria da Relação Interpessoal, de Joyce Travelbee, descreve a enfermagem como um
processo interpessoal, em que o cuidar do paciente encerra um aspecto profissional, a relação enfermeira-
paciente.
7

profissionais precisam se adaptar e se habilitar para esse processo grupal. Mas, a partir da
experiência obtida em trabalhar com famílias, deve-se ressaltar que a empatia é apenas um
dos aspectos relevantes a ser levado em consideração na relação interpessoal ou na interação
didática comparada com a relação grupal ou familial1,3.
Para o desenvolvimento do protocolo de assistência com as famílias, inicialmente o
profissional de saúde precisa levar em consideração alguns pressupostos, que são descritos a
seguir1,3.
1. Ter um conceito claro do que é família - para minimizar o efeito de suas concepções
no trabalho que vai desenvolver
2. Adotar um referencial teórico que permita manter suas ações em torno de um eixo
norteador
3. Aceitar ou estimular o desenvolvimento da independência e autonomia da família
4. Construir de forma compartilhada com a família os objetivos e as metas a serem
efetivados para a satisfação de suas necessidades
5. Saber que cada ser humano e cada família são únicos.
6. Estar consciente de que a comunicação é fundamental para a saúde da família -
física e mental.
7. Ter claros a definição de seu papel e os objetivos a serem atingidos no cuidado da
família.
8. Conscientizar-se de que a comunicação com a família deve envolvê-la como um
todo e não apenas alguns de seus componentes
É necessário, portanto, estabelecer um conceito de família para o desenvolvimento da
comunicação e o relacionamento com ela. Se o conceito adotado estiver claro, ele servirá de
eixo para a coerência da conduta do profissional de saúde no processo comunicativo com a
família.
Adotou-se o conceito de família proposto por Nitschke 4, porque retrata a concepção
que as próprias famílias têm do que seja família:

É uma unidade, um mundo construído, próprio daqueles que a constituem, mundo


que integra partes (prazer, religião.) não se restringe, pois se relaciona com tudo que
está inserido [...] Tudo, ao mesmo tempo, também se apresenta como parte do
próprio mundo que é família. Como ela é complicada, ela é ao mesmo tempo
descomplicada. A família para que se vive e onde se vive: pressupõe a existência de
respeito. A família não se acomoda, procura caminhar sempre buscando melhorar
algo que já não a satisfaz mais. A família tem elos que não se limitam aos elos de
sangue.
8

A escolha pela adoção desse conceito tem vários motivos: é um conceito construído
pelas próprias famílias: é amplo e envolve aspectos de várias teorias, como a interpessoal, a
sistêmica e a interacionista, nas quais está fundamentado o trabalho que a autora desenvolve
com as famílias6. Esse trabalho guarda semelhança com o que está sendo desenvolvido, pois
aborda a orientação, a educação, os sentimentos da família, a valorização da cultura, o
respeito à individualidade da família, entre outros fatores. Além disso, é possível perceber que
a concepção de família, para ela mesma, é algo muito complexo5.
Pode-se dizer também que a convivência e as relações familiares também são
complexas, pois dependem de cada ser humano e das vivências da família como um todo, o
que envolve crenças, valores e costumes. As dificuldades enfrentadas na convivência dos
família- res, que engloba suas relações, são mais intensas quando há, em seu interior, a
presença de transtorno mental em um de seus membros. Isso não significa preconceito, mas,
segundo as próprias famílias esse fato acontece pela dificuldade de comunicação que se
instala na presença do transtorno mental5.
Para a elaboração do protocolo de assistência junto ao paciente e seus familiares tem-
se usado como referencial teórico a adaptação feita por Waidman 2 a partir da teoria de
Travelbee. Esse referencial está dividido em quatros etapas: 1-encontro inicial, 2-
comunicação com a família no contexto de sua realidade, 3- desenvolvimento do
relacionamento com a família e 4- desvinculação da família, descritas a seguir.
A-Protocolo de ações
1-Encontro inicial
Contempla desde o momento em que o enfermeiro decide cuidar de determinada
família até quando ela começa efetivamente a desenvolver as ações necessárias. Nessa etapa,
o enfermeiro precisa fundamentar-se nos referenciais teóricos sobre comunicação humana que
utilizará, nas estratégias de comunicação terapêutica e de relacionamento com a família, além
de ter claros os resultados esperados que deverão ser alcançados com essa família2.
O enfermeiro inicia sua atuação com a família apresentando-se, dizendo seu nome e
sua função, utilizando crachá de identificação; a seguir esclarece como obteve o endereço da
família. No caso de visita domiciliaria, deve esclarecer os objetivos da visita, ou seja, firmar o
compromisso de cuidado com a família, combinando os dias e horários para realizar os
futuros encontros, levando em conta sempre o melhor horário para se reunir e estar com toda a
família, e informar sobre como se dará o término da intervenção. Ele deve rever com a família
9

os resultados esperados a serem considerados para que não haja dissonância entre o que a
família almeja e os objetivos do enfermeiro. Também deve estar sempre atento à compreensão
das informações dadas pela família e manter-se alerta para perceber quando é necessário o uso
das estratégias de comunicação de validação2.
Essa primeira interação é fundamental para o desenvolvimento das demais, pois, caso
a família fique com uma impressão negativa do enfermeiro, as interações subsequentes
poderão ficar comprometidas. É nesse momento que o enfermeiro percebe seus primeiros
sentimentos em relação à família e estes devem ser analisados, porém sem manifestá-los. Isso
não quer dizer que os sentimentos devam permanecer ocultos ou não devam existir; deve-se
lembrar sempre que eles afloram quando dois seres humanos ou mais enfrentam uma situação
nova ou não. É preciso, entretanto, que o profissional os examine e torne-se consciente da
existência deles para que não tenham efeito prejudicial no processo de comunicação que se
estabelece, mantendo-se atento a sua comunicação não verbal, porque nem sempre se tem
controle consciente sobre esse tipo de comunicação e é, entretanto, por meio dela que mais se
transmite as impressões e os sentimentos dos individuos5.
Outro ponto importante dessa etapa é a compreensão que o enfermeiro tem de família,
pois nem sempre a estrutura e o tipo de família que encontrará são parecidos com o que
imagina, conhece ou idealiza.
O enfermeiro deve estar cônscio de suas expressões verbais e não verbais ao se
comunicar com essa família para não demonstrar julgamento das manifestações de
comportamento que observa, os sentimentos e pensamentos que são expressos e a forma como
os familiares lidam com a situação. A atitude de julgamento pode prejudicar todo
relacionamento e a assistência que serão desenvolvidos com a família2.
2- Comunicação com a família no contexto de sua realidade
Nessa etapa, a comunicação entre o enfermeiro e a família torna se mais intensa e
profunda. Ela é constituída de três pontos-chave: vivência do paradoxo, vivência da ansiedade
e da angústia e vivência da tomada de consciência3.
A vivência do paradoxo foi assim denominada pela gama de sentimentos e
pensamentos antagônicos que surgem em relação à situação encontrada nas famílias e também
em relação às atividades que serão desenvolvidas com elas. Por exemplo, a diferença
percebida nas famílias, ou nos seus componentes, quando recebem o profissional - alegres e
tristes ao mesmo tempo -, faz com que ele reflita sobre os próprios conceitos e costumes, e
sobre o fato de esperar as coisas sempre como certas, como se soubesse de tudo, e colocando
em cheque o poder con- ferido pelo saber, situação muito comum em instituições nas quais os
10

profissionais trabalham com pessoas impondo suas decisões e seus comportamentos. Na


interação domiciliar, a família conhece melhor sua realidade e está em seu território, tendo
mais poder e autonomia que o profissional3,4.
Os profissionais de saúde não são preparados pela escola para trabalhar com a família
e decidir em parceria o que é melhor para ela. Em geral, nesse momento da interação, o
profissional tende a refletir sobre sua vida, pessoal e profissional, com base no corpus teórico-
científico, segundo o qual todo o trabalho de atendimento a família está fundamentado9.
Nessa etapa, o profissional costuma rever sua competência em comunicação humana e
comunicação terapêutica e seu uso na relação com a família, que é composta de diversos
grupos culturais, classes sociais e com diferentes repertórios de comunicação e bagagem de
vida. Tal procedimento é necessário para que o profissional possa utilizar efetivamente seu
conhecimento e oferecer cuidado competente e humanitário. Ele precisa atender não só cada
familiar como também a família em seu todo. Em geral, o profissional também é levado a
refletir sobre a comunicação intrapessoal, consigo próprio, que tem influência direta nos
demais planos da comunicação - o interpessoal, o pequeno e o grande grupo.6
Travelbee considera a comunicação como o meio pelo qual o ser humano domina sua
solidão e se converte em parte do grupo. O ser humano, ao fazer isso, ultrapassa as barreiras
de seu eu e atua de forma recíproca com os demais. A autora afirma ainda que momentos de
solidão são incentivadores da comunicação interpessoal. A comunicação intrapessoal e o
processo reflexivo que ela desencadeia podem levar o profissional de saúde a experimentar a
sensação de tranquilidade, porém, às vezes, deixa-o também mais ansioso, estimulando a
necessidade de conhecer melhor as pessoas da família e de estabelecer a melhor forma de
desenvolver a relação interpessoal e grupal, para que sejam realmente eficientes e
terapêuticas3.
Trata-se então de um momento de inquietação, mas também de grande aprendizado e
autoconhecimento, que propiciam o amadurecimento das pessoas envolvidas no processo.
Admitindo que tais descobertas podem acontecer tanto com o profissional como com o grupo,
pode-se dizer que a consecução das metas do profissional de saúde está assegurada nesse
processo: com o amadurecimento das pessoas, surgem a independência e a autonomia1,3.
O profissional que vai trabalhar com a família deve adotar os seguintes procedimentos:
trabalhar em parceria com ela e respeitar suas necessidades, porque nem sempre as
necessidades reais da família são aquelas que o profissional acredita serem; respeitar seus
valores e suas crenças e intervir somente quando estes põem em risco a saúde e a vida de um
de seus membros; respeitar a individualidade de cada membro da família e dela como um
11

todo; respeitar o direito a autonomia da família de aceitar ou se recusar a participar do


cuidado; compartilhar saberes com a família, e não impor conhecimento1.
Em relação a si mesmo, o profissional deve estar atento à própria postura ética e
dispor-se a ouvir sem julgar. Para trabalhar em equipe e com a família, precisa conhecer e
compreender o próprio modelo de organização familiar, seus valores, suas crenças e seus
procedimentos. Para relacionar-se com outro ser humano, o profissional precisa, primeiro,
conhecer os próprios pensamentos e sentimentos e aceitar-se como ser humano, para depois
interagir de forma efetiva com os demais.4
Fundamentando-se em Travelbee, pode-se afirmar que, no trabalho com famílias, o
profissional de saúde tem de compartilhar as dificuldades da convivência com o portador de
algum agravo à saúde ou de qualquer outro problema, a fim de melhorar a comunicação entre
os membros que compõem a família e, consequentemente, sua saúde e sua qualidade de
vida1.3.
A competência do enfermeiro em usar seu conhecimento sobre comunicação propicia a
oportunidade de ajudar o outro as comunicar, a ampliar sua capacidade para enfrentar a
realidade e a descobrir soluções práticas para resolver seus problemas e conflitos a ajustar-se
ao que não pode ser mudado, caminhando da dependência para a independência e a
autonomia. 9,10
Pode-se afirmar que o uso das estratégias de comunicação no relacionamento com a
família oferece a oportunidade de conhecer melhor a história de vida dela, ou seja, a história
de cada membro da família como um todo, o que é fundamental para o enfermeiro conduzir os
encontros com a família, traçar metas e resultados realísticos para cada encontro8.
Nesses encontros, cada componente familiar tem a oportunidade de se expressar, e o
enfermeiro conduz a comunicação de forma que todos possam falar e ser ouvidos. O
enfermeiro age mais como facilitador da comunicação, oferecendo, se necessário, elementos
para que a própria família tome suas decisões na resolução de seus conflitos.3
Percebe-se, que a partir da aplicação do protocolo de assistência, a própria família terá
alternativas de soluções para o problema/a necessidade. O profissional a auxiliará a analisar
essas opções, ajudando seus membros a refletirem sobre os prós e contras das estratégias
traçadas levando-os a decidir de forma compartilhada pela melhor alternativa discutida. A
aceitação mútua acontece ao longo do processo de cuidar da pessoa doente com a família1,3.
O profissional de saúde percebe que é aceito pelos familiares a partir do momento em
que lhe expõem sua vida, suas dificuldades e seus problemas. Percebe-se essa aceitação
12

também pelas manifestações de comportamentos como entrar pela porta da cozinha, levar até
um cômodo íntimo da casa, mostrar fotos, objetos íntimos da família, entre outros4,5.
Estabelecer uma assistência programada sob a forma de grupo com familiares é muito
diferente de fazer visitas domiciliárias a uma pessoa da família, pois em grupo é possível
compartilhar a realidade a partir da visão de cada um. Sabe-se que, apesar de viverem juntos e
serem da mesma família, cada membro tem anseios, objetivos e desejos diferentes entre si,
ainda que haja muita coisa em comum. A força da família deve ser explorada pelo
profissional ao propor a assistência2.
A empatia que surge no decorrer da assistência com famílias permite ao profissional
de saúde visualizar com mais clareza como esse grupo vivencia a experiência em busca de
mais saúde. Na tentativa de sentir as concepções e as vivências do grupo, o enfermeiro
transmite a seus membros sua compreensão empática da situação, o que leva cada um deles a
se sentir mais confiante e seguro, diminuindo sua resistência a receber ajuda. Para que isso
ocorra é requerida sensibilidade constante2,3.

3- Desenvolvimento do relacionamento com a família

As etapas de um processo de acompanhamento familiar estão didaticamente divididas


no protocolo de assistência para facilitar a compreensão dos familiares e paciente e a
explicação do profissional de saúde, porém, na realidade, não acontece bem assim.
A etapa do desenvolvimento do relacionamento com a família se distingue da anterior
pelo aprofundamento. Nesse momento do relacionamento, com os laços de confiança já
assegurados, assim como a aceitação e a compreensão por parte do enfermeiro, como parte
inte- grante do grupo, a relação flui adequadamente. Há mais compreensão no interior da
família e seus integrantes passam a se comunicar mais abertamente e a expor com mais
clareza seus pensamentos e suas ideias durante as reuniões, ao mesmo tempo em que um
aprende a ouvir o outro. Começa a haver maior aceitação entre os componentes do grupo e o
comportamento inicial cessa, quando, em geral, um procura o enfermeiro para reclamar do
comportamento do outro. Diminui a ansiedade decorrente da exposição na frente da família.
Quanto mais os membros do grupo se conhecem e, portanto, deixam-se conhecer, maior o
nível de confiança entre eles no grupo, e as situações e informações podem ser realmente
compartilhadas. facilitando o encontro de soluções para as situações identificadas1,3.
Nesse momento, a família e o enfermeiro compartilham suas vivências, algumas
dificuldades e possíveis soluções, cabendo a família a tomada de decisão, que, nesse
13

momento, começa a reassumir sua parcela de responsabilidade na promoção da saúde e na


manutenção do bem-estar do grupo familiar.2
A família, nessa fase, já consegue tomar decisões e dar encaminhamentos para as
situações, mostrando assim seu amadurecimento e crescimento em relação ao início do
relacionamento.5
As estratégias de comunicação usadas pelo enfermeiro, nessa etapa, centra-se na
clarificação e validação, principalmente para verificar se a família compreendeu o que foi
discutido até o momento e como serão aplicadas na convivência familiar, melhorando assim a
qualidade de vida do doente e da família. A família deve-se mostrar-se com maior autonomia
neste aumento, porém o enfermeiro deve estar atento a essa situação, pois, caso a família
ainda não a demonstre ele deverá encorajá-la.6

4- Desvinculação da família

A família deve ser avisada dessa etapa já na primeira interação, deixando claro o
número de encontros e qual a data da última reunião (10 encontros). Quando esse dia se
aproximar, ele deve ser lembrado para que a família possa se preparar para a separação. Isso
deve acontecer, porque o vínculo que se forma entre o enfermeiro e a família é muito forte e o
rompimento brusco pode acarretar o agravamento da saúde mental da família e todo o
trabalho desenvolvido pode ser combalido9.
A característica principal dessa etapa é a avaliação do trabalho realizado em conjunto
com a família. São levadas em consideração:
• as metas alcançadas e aquelas que não foram verificando junto a família como ela irá
fazer para alcançá-las,
• a obtenção dos resultados esperados;
• a satisfação da família e do enfermeiro;
• a reflexão sobre a importância da comunicação e da relação interpessoal aberta na
família.
A família deve sentir-se segura para procurar ajuda, quando necessário, em local
determinado, cujo endereço deve ser oferecido pelo enfermeiro.
14

4. RESULTADOS
Foram encontrados um total de 22 artigos dos quais foram selecionados para a
presente pesquisa um total de 10 artigos que se enquadram nos critérios de inclusão e estão
descritos no quadro 1. Foram excluídos 12 artigos por não estarem de acordo com os critérios
de inclusão.

Quadro 1- Apresentação dos artigos segundo Título, Ano, Tipo de Estudo, Objetivo,
Tipos de intervenção e Resultados, São Paulo, SP- 2021

Título Ano Tipo de Objetivo Tipos de Resultados


estudo intervenção
A influência da 2020 Revisão de Identificar Scoping Verificou-se ser
comunicação Literatura contributos da Review importante melhorar
terapêutica em Comunicação redes de comunicação
enfermagem na Terapêutica em para empoderar a pessoa
transição para o Enfermagem na e sua família com
estatuto familiar- transição para o conhecimentos e
cuidador: uma estatuto estratégias adaptativas
Scoping Review familiar-cuidado face à adversidade e que
para capacitar o familiar-
(Matos et al) cuidador é fundamental
incluí-lo no processo de
comunicação

Importância da 2020 Revisão de Caracterizar a Revisão Concluiu-se que entre as


comunicação para Literatura produção integrativa barreiras na
uma assistência científica dos sobre a comunicação
de enfermagem últimos cinco temática destaca-se a necessidade
de qualidade: anos acerca da abordada de aperfeiçoamento dos
uma revisão importância da utilizando profissionais quanto às
integrativa comunicação 15 artigos novas formas de
para a comunicação, como
(Mendes et al.) assistência Libras, e a importância
prestada pela do diálogo na equipe para
enfermagem, e que as informações
investigar a acerca do paciente sejam
influência da repassadas, contribuindo
comunicação para a assistência de
para uma qualidade
assistência de
qualidade.
15

Fatores 2019 Estudo Identificar a Entrevistas Os principais


motivacionais no exploratório percepção da guiadas por fatores que podem
desempenho da com equipe de instrumento contribuir com a
equipe de abordagem enfermagem semiestrutura motivação da
enfermagem qualitativa sobre os fatores do e os dados equipe de
motivacionais coletados enfermagem foram:
(Lúcio et al.) no ambiente de foram
suprimento
trabalho analisados de
suficiente de
acordo com
Bardin materiais; reuniões
motivacionais;
padronização das
condutas e
elaboração de
protocolos
assistenciais; cursos
de capacitação e
treinamentos;
aumento da
comunicação e
feedback entre a
equipe das
atividades
realizadas
Diagnóstico 2016 Revisão Identificar na Foram Aspectos
de enfermagem integrativa literatura o uso analisados 20 emocionais e
comunica- na prática estudos dos sociais não foram
ção ver- clínica do quais 12 considerados pela
bal prejudica- diagnóstico de (60%) maioria dos
da na prática enfermagem relataram alta estudos.
clínica: Comunicação prevalência
uma revi- Verbal (75-100%) do
são integrativa Prejudicada em diagnóstico
adultos e idosos. em distintos
(Puggina et al) contextos
clínicos,
geralmente
associado ao
impedimento
verbal por
barreiras
físicas, tais
como:
intubação/traq
ueostomia e
alterações
neurológicas.
16

Cuidado familial: 2014 Revisão da Analisar os Contato com a Os resultados


uma proposta literatura diferentes tipos diversidade de permitiram que o
inicial de de terapêutica referenciais leitor adentre no
sistematização familiar junto a teóricos e cotidiano da família
conceitual. pacientes e seus metodológico que vivencia
(Elsen et.al) familiares s no contexto situações de saúde
da terapêutica e doença.
familiar.

Comunicação entre a 2014 Pesquisa é Os dados foram Verificou-se


equipe de enfermagem e descritiva coletados por que os
familiares de pacientes com meio de familiares não
em unidade de terapia abordagem entrevista recebem
intensiva qualitativa semiestruturada orientações da
realizada na em setembro de enfermagem
(Mendonça e et al.) UTI de um 2013 e sobre o
Hospital analisados pela ambiente e
Escola técnica de estado de saúde
análise de do paciente, e
conteúdo também não
disponibiliza
tempo para
interagir
durante as
visitas. Desse
modo, emerge a
necessidade de
incentivar a
capacitação
desses
profissionais
para o uso
consciente da
comunicação.

Vivência e re- 2014 Estudo de Refletir sobre a Apresentou-se a A assistência


flexões de um gru- caso assistência às proposta de deve priorizar o
po de estudos junto às famílias que atuação do vínculo entre
famílias que vivenciam a núcleo, os serviços de
enfrentam a situação crônica desafios saúde e famílias
situação de saúde a partir enfrentados e e focalizar suas
crônica de da atuação no mudanças ações em
saúde. Núcleo de Estudos,necessárias na atividades de
Pesquisa, assistência como promoção e
(Marcon et al.) Assistência e estratégia de reabilitação da
Apoio à Família melhoria da saúde.
da Universidade qualidade de
Estadual de vida na família
17

Maringá.
Comunicação entre 2013 Revisão Analisar o Análise A boa
com o paciente: teoria integrativa diagnóstico em de comunicação
e ensino distintos contextos estudos entre a equipe
clínicos, geralmente de caso de enferma-
associado ao gem, família e
impedimento verbal paciente é
(Stefanelli et. al) por barreiras essencial para a
físicas, tais condução dos
protocolos de
assistência.

Compreedendo o 2011 Estudo Apreender a Coleta de Concluiu-se


cotidiano qualitativo de percepcão de dados com que na
profissional do análise enfermeiros- entrevista instituição
enfermeiro líder temática líderes de uma investigada, de
instituição de modo geral, o
(Waidman MAP.) ensino público enfermeiro-
sobre o seu líder percebe o
trabalho. seu trabalho
como
possibilidade
de se
desenvolver e
crescer
profissio-
nalmente.

Família e 2011 Revisão de Compreender a Análise de Verificou-se a


Necessidades. Literatura necessidade de estudos necessidade de
Revendo Estudos comunicação com acientíficos protocolos de
as famílias e seus assistência em
(Waidman MAP) pacientes comunicação
verbal com
família e
cuidadores,
pacientes e
enfermeiros.

5. DISCUSSÃO
Diante dos estudos selecionados para amostra nesta revisão chegou-se ao consenso que
os aspectos de comunicação terapêutica de enfermagem na interação familiar contribuem
diretamente no prognóstico do paciente. Observou-se nos estudos que o enfermeiro tem o
papel de grande importância na dinâmica familiar, podendo assim intervir com ações
terapêuticas para que a família fique em harmonia com as suas relações e conflitos. Quando o
18

profissional de saúde interage com a família, por mais que lhe esclareça os objetivos e
explique a forma de agir, diversas vezes seus membros pensam que a presença do enfermeiro
e o desenvolvimento da interação podem trazer-lhes alguns benefícios, além dos que foram
propostos inicialmente.
É muito importante também que o enfermeiro demonstre que a comunicação deve ser
um ato coletivo e grupal e que tudo que for realizado na intervenção familiar é sigiloso, para
que assim, a família sinta-se acolhida e livre para retirar suas dúvidas junto ao cuidado com o
paciente.
Levar as famílias ao entendimento da complexidade comunicacional que envolve a
enfermagem na intervenção família-paciente favorece a valorização do profissional e a busca
por habilidades para cumprir melhor os objetivos de sua aplicação.

CONCLUSÃO

O estudo chegou ao consenso que através da Comunicação Terapêutica envolvendo


paciente, família, cuidadores e profissional de enfermagem o cuidado domiciliar pode ser
muito mais efetivo, trazendo êxito ao tratamento de saúde juntamente ao realizado em
hospital ou unidade de saúde. No entanto, vale ressaltar que a relação interpessoal terapêutica
19

com a família se torna efetiva desde que haja acordo entre ambas as partes, compreensão,
aceitação, honestidade, confiança e compromisso dos envolvidos para que o protocolo de
assistência seja cumprido nas sessões de atendimento. No que tange ao profissional de saúde o
mesmo deve ser solícito e dispor de estratégias de comunicação para lidar com o paciente e
seus familiares e desempenhar as ações contidas no protocolo para que sua rotina tenha
sequência, organização e ao chegar ao final das sessões tenha um retorno positivo que possa
ser continuado tanto no âmbito clínico e se for conveniente no domiciliar também, tudo
dependerá dos resultados da aplicação do protocolo e da gama de possibilidades que este
agregar na melhoria dos serviços em saúde.

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uma proposta inicial de sistematização conceitual, in: ElsenI; Marcon SS, SILVA
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