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FINALIDADE TERAPÊUTICA.
FARMACOLOGIA:
Todas as vezes que colocamos uma substância química dentro de um organismo humano, o
organismo irá sofrer uma série de alterações.
Todas as vezes que colocamos uma substância química dentro de um organismo humano, a
substância química vai ter uma série de passos e transformações.
Aspectos farmacocinéticos: a bula vai dizer como que o organismo recebe essa droga e o que
faz com essa droga, como metaboliza...
Aspectos farmacodinâmicos: que que a droga faz com o nosso corpo, ela vai atuar a nível de
transmissões, vai atuar com os sintomas ansiosos, depressivos...
FARMACOCINÉTICA:
Via de administração: boca > chega no intestino > passa para o sangue (corrente sanguínea)
Enteral (intestino): oral, bucal e retal. Ou seja, vai ter absorção intestinal.
Parenteral (não passa pelo intestino): endovenosa (diretamente na veia), muscular, tecal,
sublingual (de baixo da língua).
Absorção: transporte da droga do local de absorção até a corrente sanguínea. Por exemplo, se
for por via oral, vai até o intestino > atravessa a parede intestinal > cai na corrente sanguínea
Via oral, vai até o intestino > atravessa a parede intestinal > cai na corrente sanguínea > se
distribui nos vários compartimentos do organismo (N partes do organismo, pode ir para os
músculos, pode ir para o cérebro...) existem drogas que se concentram mais em determinados
tecidos, por sua própria composição.
Muitas drogas se ligam a proteínas séricas (soro) e plasmáticas (plasma), pode limitar o acesso
da droga ao local de ação intracelular. Existem drogas que tem uma grande avidez para
combinar com proteínas (combina com as proteínas e vão para o tecido) ex: 90% se combina
com proteína e apenas 10% vai para o tecido OUUU!!!! Pode ocorrer o contrário
Exemplo: droga com avidez pequena com a proteína (antidepressivo, por exemplo) ai a pessoa
tem uma gripe e toma remédio para isso que pode ter uma grande avidez pela proteína, as
duas drogas vão disputar pelo local da proteína. Ou seja, a medicação que tem uma grande
avidez, vai deixar para fora a outra medicação.
BIOTRANSFORMAÇÃO: diminuição lenta da droga por metabolização (as drogas precisam ser
metabolizadas e eliminadas). Isso pode acontecer por:
Inativação: muitas drogas são inativadas ou são transformadas em produtos menos ativos.
Ativação de droga inativa: algumas drogas estão inativas, que estão fora do organismo, ou
seja, são inativos e precisam ser metabolizados para se tornarem ativos. (só entra em ação
quando cai na corrente sanguínea)
Ausência de metabolismo: por exemplo os gases que são usados em anestesias não são
metabolizados. (ex lítio)
EXCREÇÃO DE FÁRMACOS:
Principais vias de eliminação: biotransformação hepática (vão para o fígado e lá elas são
transformadas e são eliminadas), eliminação biliar (bile > intestino > eliminadas pelas fezes) e
eliminação urinaria (eliminação pelos rins).
A maioria das medicações são metabolizadas no fígado e a maioria das medicações são
eliminadas pelos rins (ou seja, a pessoa precisa ter um bom funcionamento pelo fígado e rins).
Nós precisamos ver se a pessoa metaboliza bem (fígado é bom ou não?) e precisamos ver se o
rins são bons também para ter essa excreção. Se o fígado não tiver um bom funcionamento,
pode houver um acúmulo de medicação e gerar complicações. Precisamos avaliar o
funcionamento hepático e renal.
Há drogas que aumenta o apetite, assim como medicamentos que diminui o apetite. A maioria
das medicações psicoativas, aumenta muito o apetite (ansiolíticos e antidepressivos). Existem
medicações que podem diminuir a quantidade de líquidos.
Cinética não linear: saturação enzimática (a droga é metabolizada pela ação de enzimas, há
determinadas drogas que é como se ela cansasse a enzima, ela saturou a enzima). Nessas
drogas, as enzimas se saturam facilmente, elas não destroem/não se metabolizam e
continuam no organismo.
São mais complicadas. ex : 10 mg de uma droga, depois de 4 horas, essa droga reduziu pra 7
mg, > depois de 4 horas a droga reduziu para 6 mg > mais quatro horas se mantém 6 mg
Interações: São causadas por mudanças do metabolismo (pra mais ou para menos) e por causa
disso, terá alterações. Causadas por mudanças no metabolismo das drogas
Farmacocinéticas:
Ligação com proteínas plasmáticas: As drogas têm uma certa avidez para se combinar com as
proteínas plasmáticas, apenas a fração livre da droga que é ativa. Enquanto ela estiver
combinada com a proteína, ela não tem atividade farmacológica nenhuma.
Se eu tiver duas drogas, uma droga com avidez com proteína muito alta (90%) ou seja 90% vai
ser combinada com proteína plasmática, suponhamos que demos para uma pessoa que estava
tomando outro medicamento que apenas tinha 10% de avidez com proteína plasmática.
Por exemplo, o paciente toma um antidepressivo que tem 10% de avidez com proteína, se por
acaso, tomar um remédio para gripe que tem 90% de avidez > essa droga de 90% empurra e
expulsa o medicamento de apenas 10%. Isso pode causar algum efeito colateral, pois altera a
dose.
Ação do sistema citocromo P450: as medicações para serem eliminadas, a maioria tem que ser
metabolizadas > essa metabolização ocorre geralmente no fígado, e ocorre por ação de
enzimas (substâncias que catalisam as reações químicas, isto é, podem aumentar a velocidade,
mas não participam da reação química) para que as drogas sejam metabolizadas, é necessário
as ações de enzimas. A maioria das enzimas que metabolizam as substâncias, pertencem a um
sistema citocromo P450 (esse sistema engloba várias enzimas: 1A2, 2C9, C10, C19... são
enzimas que estão lá no fígado). Cada substância é metabolizada por um tipo de enzima.
Inibição enzimática:
No caso de antenflamatório > quando caiu no organismo, inibiu a ação da enzima sob o
antidepressivo > diminuiu a ação da enzima > o antidepressivo que não foi
destruído/metabolizado vai aumentar a sua dose. Isso pode ser grave.
Indução enzimática:
Ex antidepressivo > suponhamos, que esteja usando uma enzima... se precisar tomar um
antigripal ou antibiótico: eles podem agir nessa enzima de duas formas: pode estimular a
enzima para que destrua o antidepressivo INDUZIU!!!!!!! Induziu, aumentou a capacidade da
enzima de destruir a substância antidepressiva. Então, o nível plasmático e sanguíneo vai
cair... precisamos de uma ação antidepressiva que o nível precisa estar ESTÁVEL!!!!
Interações Farmacodinâmicas:
Há uma alteração na ação da droga no nosso organismo. O que a droga está fazendo no nosso
organismo (farmacodinâmica). Nem sempre uma ação farmacodinâmica é prejudicial.
Ex antidepressivo > não estava controlando a depressão > pode combinar com outro remédio
que vai SOMAR, vai somar essa ação antidepressiva com o primeiro antidepressivo...
Ex: CLP (antipsicótico) e IMP (antidepressivo): a combinação desses dois, vai ter uma
alteração da combinação das substâncias, vai apresentando: sedação, constipação (intestino
preso), hipotensão postural, alteração na condução cardíaca...
Controle da doença:
Interações idiossincrásicas:
O ideal é não aplicar vários medicamentos para a pessoa, é melhor apenas um só.
Meia vida (SE REFERE AO TEMPO!!!): é o tempo para a reduçao do nivel sérico a metade
após o termino da absorçao e distribuiçao
Se nós damos uma medicaçao, suponhamos, 10 mg da medicaçao para o paciente > ele é
absorvido em 10 mg e distribuido > começa a metabolização e eliminação da droga > depois de
um tempo de 8 horas > reduziu para 5 mg > depois de mais 8 horas > reduz para 2,5 mg. A
cada oito horas, a droga vai diminuindo pela metade de forma exponencial.
Esse tempo vai depender muito de cada droga... A meia vida vai influenciar muito em quantas
vezes nas 24hrs qual vai ser o intervalo de uma droga e outra...
Estado estável: é o periodo no qual, após um tratamento cronico, existe um equilibrio entre a
quantidade da droga que é absorvida e a que é eliminada. Teoricamente, obtido após 5 meias
vidas (por ex medicaçao de meia vida for 8 hrs, vai atingir o estado estável depois de 40 horas,
praticamente de dois dias...)
Ex antibiótico: é preciso manter uma quantidade X da droga para matar os micróbios (se for
menor, os micróbios não vão morrer) então é necessário manter estável essa quantidade. A
pessoa vai ingerir de tempos e tempos, e eliminará de tempos e tempos. É preciso esperar um
período para dar a droga, para que haja um equilíbrio (a quantidade que entra tem que ser
proporcional a quantidade que sai, para que haja eficácia ao combate dos micróbios).
O antidepressivo precisa atingir o estado estável para ter uma eficácia. Ela precisa chegar no
estado estável em sua corrente sanguínea. Além disso, eles não agem imediatamente, eles
precisam de algum tempo para agir.
(a medicação genérica tem a mesma eficácia que a mesma medicação que foi patenteada pelo
laboratório? Ou seja, eles se equivalem? Possuem a mesma eficácia e equivalência?) Para dizer
se equivale ou não, precisamos testar a eficácia no laboratório.
Nem todos os níveis séricos estão bem claros na literatura, e nem sempre o paciente consegue
pagar o exame. É adequado pedir o nível sérico em casos em que o paciente está tomando de
modo correto, mas não está respondendo ou até mesmo em casos que suspeitamos quando a
pessoa não está tomando...
Em casos que o paciente não está respondendo a medicação, muitas vezes não está
respondendo porque a família não está dando no horário correto... e aí esses pacientes não
mantém o estado estável e logo não irá haver uma boa resposta ao tratamento.
PSICOFARMACOLOGIA!!!!!!!
Psicotrópicos: Psico: mente tropos: atração.
O uso e abuso:
Uso de uma medicação psicoativa aquela que teve uma prescrição de uma prescrição de um
prescritor autorizado (médico).
Essa classificação foi usada, mas já está em desuso, alguns nomes são apenas citados. Mas,
historicamente tem um grande valor.
CLASSIFICAÇÃO MODERNA:
O efeito psicotrópico é o principal: seriam as medicações que a gente dá com a intenção de
que ela vai corrigir os desvios da nossa vida mental. Os efeitos clínicos: antipsicóticos,
ansiolíticos, antidepressivos, estabilizadores de humor...
O efeito psicotrópico não é o principal: drogas que daríamos com outra finalidade. Ex:
analgésicos ou morfina... anticompulsivantes (previnem as crises epilépticas ou estabilizam o
humor) anti-histamínicos (são drogas usadas para controle de alergias, antialérgicos), anti-
hipertensivos (drogas usadas na hipertensão arterial), inibidores do apetite.
ANTIPSICÓTICOS: esquizofrenia
A esquizofrenia é um dos transtornos psiquiátricos mais graves que nós conhecemos. Há uma
prevalência de 1% do mundo e está no nono lugar entre as causas de incapacidade (é a 9
doença que mais causa incapacidade no mundo.)
Kraepelin descreveu a esquizofrenia como um quadro que se iniciava na juventude, que tinha
um curso persistente (ou seja, segue adoecendo o paciente de uma forma persistente) e que
levava uma progressiva deterioração da capacidade intelectual (a pessoa vai perdendo a
capacidade). É chamada de demência precoce: pois leva a uma deterioração, que se inicia na
juventude. O termo demência precoce, entrou em desuso pois nem sempre isso acontecia em
todos os pacientes, nem todos os pacientes chegavam ao quadro da demência.
Bleurer: Os pacientes tinham uma fragmentação do pensamento e das emoções > ele que deu
o nome de esquizofrenia!!! A mente partida, fragmentada. O quadro era caracterizado por
autismo (O SINTOMA ISOLAMENTO, as pessoas ficam isoladas), ambivalência (ao mesmo que
elas são uma coisa, elas são outra), alterações do pensamento e alterações do afeto (QUATRO
A’S)
COMPROMETIMENTOS:
Autismo: isolamento.
Sinais schneiderianos de 1 ordem: sinais que podemos afirmar que o paciente possui mesmo
esquizofrenia
TIPO CATATÔNICO: A forma catatonica: a manifestaçao corporal é muito intensa e com muita
frequencia os pacientes apresentam uma rigidez enorme.
A forma residual: é o paciente que teve um surto psicótico e que ficou um resíduo daquilo,
predominio de sintomas negativos.
Sintomas positivos: não quer dizer que o sintoma seja bom, são sintomas que aparecem a
mais, os sintomas foram ACRESCENTADOS. Uma pessoa não possui alucinações, pensamento
incoerente, afeto incongruente, agitação psicomotora... não é normal ter esses sintomas, por
isso é positivo.
Sintomas negativos: (A MENOS!!!! Não é normal uma pessoa não compartilhar afeto) Afeto
embotado, anedonia (incapacidade de sentir prazer), perda da iniciativa (perdendo a iniciativa
de fazer as coisas, de repente o paciente não tem iniciativa nenhuma), isolamento social e
déficits intelectuais (perda da capacidade cognitiva).
Nessa fase, é muito difícil de se fazer um diagnóstico. Ninguém pode dizer que na fase
prodrômica de que se trata de uma esquizofrenia. O que diferencia é a questão genética. O
melhor tratamento seria se entrássemos com os medicamentos na fase prodrômica, mas é
muito difícil se fechar um diagnóstico. Geralmente, há apenas um alerta se existe algum caso
na família.
Fase aguda: psicose florida (alucinações com delírios, alterações de afeto etc. etc).
Fase da estabilização: após o tratamento. A medicação não é de efeito imediato, ela demora
algumas semanas para ter o efeito.
Incidência: é o número de casos por ano. Em cada ano, em uma população de 100 mil pessoas,
aparece 15 casos.
A chance desses pacientes morrerem é 2,5% maior que a população em geral. O risco de
suicidio é cinco vezes maior que a populaçao em geral.
EVOLUÇÃO: pode ter episódios únicos (de 10% a 15%), mas o normal é recorrência de
episódios. A cada surto, a pessoa perde alguma coisa.
10-15%: existem pessoas que as vezes surtam e permanecem com os sintomas psicóticos
crônicos e graves. A pessoa não sai do quadro psicótico.
Ou seja, a pessoa precisa ter uma disposição genética muito grande e tem um estímulo
ambiental (estressor).
DISFUNÇÃO: mudança de comportamento social e escolar: não tem nenhum sintoma evidente,
não tem delírio, alucinação...
INTERVENÇÃO: antipsicóticos (há uma discussão do uso ou não dos medicamentos nessa fase)
CURSO: remissões e recaídas. surto > não volta totalmente a linha de base > outro surto > vai
deteriorando e o paciente não volta como era antes.
DIAGNÓSTICO: anamnese, exame psíquico, perda do insight (não tem consciência do seu
problema)
INTERVENÇÃO: antipsicóticos (não podemos nos dar ao luxo de não achar que não precisamos
dar medicação, é necessário SIM o uso de medicações), intervenções psicossociais, reabilitação
FATORES DE RISCO:
Gênero:
Genética:
Período pré/perinatal:
Adolescência:
Uso de drogas, dificuldades na socialização, dificuldades sexuais e isolamento social (esse pode
ser o estressor que pode desencadear)
CORRELATOS BIOLÓGICOS:
Sintomas positivos (aqueles que acrescentam): se devem as alterações límbicas (ou seja,
alterações do sistema límbico)
Esse autor quis dizer que a esquizofrenia remonta ao período pré-natal. Segundo esse autor, a
pessoa já nasce com a esquizofrenia e a doença vai aparecer por causa de processos que são
normais como a mielinização ou depuração... existe essa teoria de que a esquizofrenia seria
esse transtorno do desenvolvimento neurológico.
Há um predomínio masculino nas formas mais precoces, porém entre 11 e 14 anos, inverte-se,
provavelmente pela puberdade mais precoce da menina > Na esquizofrenia que ocorre na
infância-adolescência os casos que são mais precoces na infância costumam predominar no
sexo masculino e quando se inicia a adolescência há uma inversão, que acredita-se que seja
por causa da puberdade mais precoce da menina.
Geralmente, as crianças costumam já ter alguns problemas prévios como atraso da linguagem
e da atenção, um QI mais baixo (mas não é deficiência intelectual). A maioria dos pacientes
esquizofrênicos tem QI médio.
O início da psicose franca é precedida em anos pelo desajuste social: os pacientes começam a
ter desajustes na escola, no meio da família, começam a ficar isolados, mudam a forma de
ser... Esses pacientes começam a ter desajustes na escola, na família. Mesmo crianças
pequenas podem ter alucinações e delírios, assim como transtornos do pensamento e
sintomas negativos.
O início da esquizofrenia na infância geralmente é insidioso: ela vai se instalando bem devagar.
Não é uma mudança súbita do comportamento, é lenta e gradativa até que ocorram os
episódios psicóticos. Os episódios psicóticos, se não tratados, podem durar de 1 a 6 meses.
A resolução dos sintomas positivos, se segue de recuperação em meses, com melhora parcial
ou total dos sintomas negativos.
São preditores de melhor prognóstico: um bom funcionamento pré-mórbido (se era uma
criança normal... sociável, tinha um QI razoável...) ou em casos em que o paciente teve boa
recuperação após o primeiro episódio.
As fantasias não prejudicam o funcionamento das crianças. As fantasias são congruentes com
os desejos ou sentimentos (ex: monstro no escuro).
Os delírios e alucinações não possuem um horário preferencial: pode acontecer em
momentos lúdicos, momentos em que a criança está fazendo tarefa, qualquer outra atividade.
A psicose é definida por um corte dos vínculos com a realidade. O paciente rompe seus
vínculos com a realidade. As vivências e experiências dos pacientes não tem muita
correlação com o real.
O termo neuroléptico foi dado/utilizado com base em alguns efeitos colaterais neurológicos,
principalmente os efeitos extrapiramidais de antipsicóticos mais antigos. Em alguns pacientes,
apresentam distonia (por exemplo, movimentos anormais nos lábios, contração anômala na
musculatura).
Tranquilizantes maiores foi utilizado porque muitos antipsicóticos dá muito sono. A sedação é
um efeito colateral, mas não o principal efeito do tratamento por isso não é um bom termo.
Geralmente, grande parte do tempo de uso das medicações são MUITO PROLONGADOS e
alguns pacientes precisam usar a medicação até pelo resto da vida.
São indicados nos episódios de mania no transtorno bipolar (a mania é uma exaltação do
humor: muito agitado, muito falante, muito irritado), outras psicoses agudas, psicoses
orgânicas (como por exemplo, um caso de lúpus que tinha uma lesão cerebral), psicoses
induzidas por drogas (há as drogas alucinógenas), depressões psicóticas (existe algumas
depressões graves, que possuem delírios e alucinações), S. de Gilles de la Tourette (doença dos
TICS, se caracteriza por tics vocálicos e motores.
Em TOC.
Os antipsicóticos são utilizados em muitos casos. Utiliza-se até mesmo em crianças autistas.
Atuam sobre os sintomas positivos: a melhor ação é sobre os sintomas positivos. Alguns
antipsicóticos mais modernos costumam e podem minimizar também os sintomas negativos,
mas a ação não é tão boa quanto sobre os sintomas positivos.
Episódios agudos
Recaída: tratamento > melhora > até saiu do surto > tira o remédio > volta dos surtos
Reagudização: melhora > tira o remédio precocemente > volta a ter casos psicóticos
ANTIPISCÓTICOS MAIS ANTIGOS/CLASSICOS:
A clorpromazina foi a primeira droga psicoativa sintética que surgiu no mundo cujo nome
comercial é amplictil.
Butirofenonas:
Difenilbutilpiperidinas:
Atípicos (MODERNOS):
Vias dopaminérgicas
O ideal seria o bloqueio apenas da via mesolímbica (quando essa via é bloqueada é que
desaparecem os sintomas psicóticos) MAS bloqueia as vias nigroestriatais (essas vias são
importantes no controle do tônus muscular > uma alteração dessas vias vai bloquear o tônus e
vai fazer com que apareçam movimentos anormais como TREMORES, lentidão de
movimentos) as vias mesocorticais (se há o bloqueio dessas vias, vai ter um prejuízo das
funções executivas o que piora os sinais negativos)
Até hoje, os antipsicóticos clássicos são usados. Por quê? São mais baratos e são utilizados no
serviços de emergências. Os antipsicóticos/modernos são bem mais caros. Os antipsicóticos
típicos e atípicos são IGUALMENTE EFICIENTES e os atípicos tem uma vantagem, eles não dão
muitos efeitos colaterais e possuem uma ação nos SINTOMAS NEGATIVOS. (os atípicos
possuem efeitos colaterais, mas não TANTO quanto os típicos)
Farmacocinética:
Os antipiscóticos típicos podem ser administrados por Via Oral, IM (Via Intramuscular), EV (Via
Endovenosa) e essa é uma das razões de serem usados em pronto socorro
Dose diária única (medicações que são usadas de maneira crônica: as vezes a vida toda)
Lipossolúveis (tem que ser lipossolúvel pois senão, não atravessa a membrana neuronal)
Haloperidol: janela terapêutica (o haloperidol ou haldol tem janela terapêutica)
Aqueles que precisarem de 5 mg ou menos para dar o mesmo efeito que as 100 mg da
clorpromazina são considerados POTENTES ou de alta potência.
Aqueles cuja dose equivalente a 100 mg de clorpromazina estiver acima de 5 mg são de baixa
potência.
Os antipiscóticos mais potentes tem dose inferior a 5mg exemplo: haloperidol é 2mg7
Antipsicóticos mais potentes: são mais eficazes, mas não são santos e podem dar alguns
efeitos colaterais.
Mais ECEs: Podem ser mais potentes, mas dão MAIS efeitos colaterais extrapiramidais. Quanto
mais potente o antipsicótico MAIOR a possibilidade de provocar esses sintomas no paciente.
Menor sedação e hipotensão: a menor sedação é importante (se queremos que haja uma
sedação precisamos utilizar os antipsicóticos MENOS potentes, pois os menos potentes tem
um alto poder de sedação). Dão menos hipotensão arterial (no caso dos idosos, precisamos
evitar que a pressão arterial caia muito)
Os mais potentes tem uma maior ação antipsicótica com pequenas doses, porém dão mais
efeitos colaterais extrapiramidais. No entanto, são menos sedativos, dão menos queda de
pressão arterial e dão menos efeitos anticolinérgicos.
Quando alguém diz que um antipsicótico é mais potente que o outro se refere a sua
competência de controle do quadro psicótico.
ANTIPSICÓTICOS DE AÇÃO PROLONGADA: geralmente são indicados nos pacientes que não
tem cuidador, pacientes que esquecem de tomar o remédio. Nesses casos, usa-se esses
antipsicóticos de ação prolongada.
Quando sabemos que o paciente não irá continuar a medicação e o tratamento, receitamos
uma injeção intramuscular a cada 15 dias e a cada mês.
O grande problema desses casos é se o paciente realmente vai tomar. Nos países de primeiro
mundo, há um controle desses pacientes e há um serviço que vai atrás desses pacientes para
que volte a tomar essa medicação.
EFEITOS ADVERSOS DOS ANTIPSICÓTICOS: não quer dizer que todo paciente vai ter todos esses
efeitos adversos/colaterais. Tem pacientes que não apresentam efeitos colaterais
Sistema Nervoso Central:
Sedação: os antipsicóticos menos potentes são os que mais dão sedação. No pronto socorro,
se o paciente está muito agitado, é escolhido um antipsicótico menos potente.
Por que os efeitos extrapiramidais ocorrem? Nas vias nigroestriatais existe uma diminuição dos
níveis de dopamina por ação do antipsicótico e é por isso que há esses efeitos. Nessa via,
existe um equilíbrio entre a dopamina e a acetilcolina. Quando damos o antipsicótico, a
dopamina diminui e a balança pesa mais para a acetilcolina e há um desequilíbrio. Com esse
desequilíbrio, surge os efeitos extrapiramidais.
Para evitar que o paciente tenha efeitos extrapiramidais: retirada do antipsicótico ou damos
uma medicação anticolinérgica e que vai reequilibrar a balança (no caso o akineton)
Sistema Cardiovascular:
Taquicardia: efeito anticolinérgico (se o paciente aumenta a pressão cardíaca, o coração pode
não aguentar)
Sistema endócrino:
Sistema Endócrino:
Hiperprolactinemia:
Efeito hiperglicêmico (aumenta a glicemia: se o paciente é diabético temos que ter muito
cuidado) surge no primeiro semestre
EFEITOS ADVERSOS:
Leucopenia benigna:
Outros:
Retinopatia pigmentar: pode levar alterações na retina com perda ou diminuição importante
da visão
Acentua o glaucoma
Gravidez e lactação:
Maior risco de morte fetal em mães psicóticas mesmo sem o uso do antipsicótico
Distúrbios motores:
Distonias agudas e reversíveis (são contrações súbitas de grupos musculares que mantém esse
segmento do corpo em uma posição contínua) e sintomas semelhantes ao parkinsonismo
(sintomas parkinsonianos: semelhantes com a doença de Parkinson)
Síndrome neuroléptica maligna: é um efeito colateral gravíssimo que pode ocorrer com
antipsicóticos, mas não quer dizer que VAI ocorrer com todos os antipsicóticos. Há pessoas
que são mais sensíveis e possuem essa síndrome (é bem raro). Começa com sintomas
catatônicos. SINAIS:
Tremores
Instabilidade autonômica: o sistema nervoso autônomo fica muito instável e começa a ter um
pulso lábil (ou seja, um pulso que varia hora aumenta a frequência hora diminui) alteração de
pressão arterial, hipertermia (aumento da temperatura corporal)
Isso pode refletir o bloqueio de receptores muscarínicos (receptores de acetilcolina) por estas
drogas ou certo grau de seletividade pela via mesolímbica
Ação dos antipsicóticos clássicos: a ação pela via mesolímbica que usa a dopamina como
neurotransmissor é o que tirava o paciente do estado antipsicótico, mas tinha outras vias, a via
mesocortical (lobo frontal) nigroestriatais (que davam os efeitos extrapiramidais). Os
antipsicóticos modernos não agem sobre essas vias, eles vão agir preferencialmente sobre a
via mesolímbica que é a via que de fato evita a psicose e por isso que quase não dão esses
efeitos extrapiramidais (mas não são todos) e fazem bloqueio de receptores de acetilcolina.
Existe um equilíbrio entre a acetilcolina e a dopamina na substância negra e que quando
bloqueamos a dopamina, uma forma de reequilibrarmos esse paciente é diminuindo a ação
da acetilcolina.
Conceito: são aqueles que pouco ou não induzem a sintomas extrapiramidais (SEP), inclusive
discinesias tardias e eles tem ação sobre os sintomas NEGATIVOS (da esquizofrenia). Os
antipsicóticos até pioraram os sintomas negativos e os modernos dão até uma melhora desses
sintomas.
Grupos químicos:
Benzotiazepina: quietiapina
Benzoisoxazólicos: risperidona
Benzamídicos: amilsuprida
Efeitos colaterais são em menor intensidade e nem sempre ocorrem (os efeitos
extrapiramidais nesses antipsicóticos são de menos intensidade também)