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FORDISMO E TOYOTISMO

Para que se tenha um entendimento claro do Fordismo, existe uma necessidade de entender o
Taylorismo. No século XIX estava acontecendo a segunda revolução indústrial, a qual for marcada
pelo surgimento da eletricidade e do petrólio. Com isso ouve o aumento significativo da
concorrência entre as indútrias, as quais tinham o objetivo de realizar uma produção cada vez maior
com um grande aumento da velocidade, pois dessa maneira haveria crescimento na margem de
lucro.
O estudioso Frederick Taylor publica diversos trabalhos aos quais serão chamados de taylorismo,
tais escrituras estava baseada na divisão de trabalho dentro da fábrica. Anteriormente, uma pessoa
era responsável por todo o processo produtivo, e pela lógica taylorista, cada pessoa deveria ser
especializada em uma função especifica. O beneficio dessa especialização em uma função é o
desenvolvimento para melhorar a eficiência e qualidade no desenvolvimento do produto e
baranteando o custo do mesmo. Porém como parte negativa, o trabalhador não irá conhecer todo
processo produtivo pelo fato de realizar apenas uma função. Uma figura muito importante neste
processo é o gerente, o qual é o reponsável por fiscalizar toda a produção para aumentar o lucro do
patrão.
Em meados do século XX, Henry Fordy coloca este modelo em prática com algumas modificações,
assim surge o Fordismo. Fordy implementa em sua fábrica máquinas automaticas - ganhando
destaque a esteira rolante, como mostrada no filme Tempos Modernos (1936) de Charlie Chaplin -
sendo assim o trabalhador não tem a necessidade de se deslocar no interior da fábrica, seja um
deslocamento de materiais, ferramentas, entre outros. Ou seja, no tempo em que o operário estaria
andando na fábrica ele passa a produzir mais, desse modo se tem um aumento da produção. Cabe
ressaltar que essa também era uma idéia da gerência cientifica de Taylor, a questão de tempos e
movimentos de cada trabalhador para aumentar a produção, porém não havia utilização das
máquinas.
Uma das idéias de Ford é a produção em massa consequentemente um consumo em massa, se tem
um aumento da produção o preço dos produtos diminui, e assim o próprio trabalhador o qual não
tem um alto salário pode comprar o produto que ele mesmo produz. Ou seja, o sistema de Henry
Fordy “o qual se teve inicio das idéias de Taylor” além de ser um sistema de produção, também se
torna um sistema de consumo sendo algo mais sustentável.
As mudanças introduzidas por Ford visavam à produção em série padronizadas de produtos para o
consumo em massa, podemos observar no filme Tempos Modernos (1936) de Charlie Chaplin que
era realizados movimentos repetitivos, e para que ele possa realizar tais movimentos a peça que
chega para ele deve obrigatóriamente ser padronizada, essa padronização levava a maior velocidade
na produção.
No livro condição pós-moderna cita que “Henry Fordy introduziu seu dia de oito horas e cinco
dólares como recompensa para trabalhadores da linha automática de montagem de carros que ele
estabelecera no ano anterior em Derbon, Michegan (HARVEY,1993,p.121)” o que significava renda
e tempo de lazer sulficientes para o trabalhador suprir todas as suas necessidades básicas e até
adiquirir um dos automóveis produzidos na empresa, o que seria um diferencial da empresa para
atrair operários para trabalhar nessas condições repetitiva de produção. Iniciava-se, assim, o que
veio a se chamar de era do consumismo: produção em larga escala. Esse processo disseminou-se e
atingiu quase todos os setores produtivos das sociedades industriais. Uma outra caracteristica é a
existencia de grandes estoques.
Ford constrói um novo ideal de trabalhador, ou seja, um trabalhador de preferência casado, com
familia, religião, entre outros. Se tem a criação de RH, como forma de manter a conduta do
trabalhador internamente e externamente da empresa, isso se deu ao fato de manter o trabalhador
produtivo e engaxado na produção.
No periodo de pós-guerra o Fordismo começa a apresentar alguns defeito. Como exemplo podemos
citar que produtos padronizados sendo produzidos em massa tinha dificuldades em reagir a
periodos de baixa demanda, e também a grande intensificação da concorrência. Dessa maneira surge
o modelo Toyotista de Taiichi Onhu, onde o mesmo percebe que no Japão a aplicação do Fordismo
não teria grandes resultados, isso se deve ao fato do Japão ter um pequeno território geográfico e
consequentemente haveria a diminuição do mercado, não se tinha espaços sulficientes para
estocagem de produtos, ou seja, a produção em massa não iria trazer bons resultados.
O Toyotismo busca entender a demanda com o objetivo de que se produza a quantidade em que o
mercado irá consumir, desta maneira surge a pesquisa de mercado “mais conhecido como justin in
time”, ou seja, a produção com base no mercado consumidor com o objetivo de evitar ao máximo
estoques de produtos. Para isso deve haver uma adaptação no máquinário para lidar com a
instabilidade, como uma máquina que pode ser alterada para produzir diferentes tipos de produtos,
diferentemente das máquinas do Fordismo que era pensadas para uma produção padronizada.
O kanban é outra marca fundamental do Toyotismo, que se refere a sinalização de que elementos
faltantes em cada etapa do processo produtivo a fim de um abastecimento com a quantidade de
elementos realmente necessários para evitar grandes estoques. Segundo o livro a organização do
trabalho no século 20 (Geraldo Pinto, 2007, p.59), por um lado, o kanban permitiu descentralizar
uma parcela das atividades relativas ao controle das encomendas e das fabricações, confiando-as
aos chefes das equipes de trabalhadores, sendo que, até então, estvam concentradas num
departamento especializado, no sistema fordista. Por outro lado, essa desentrarização permitiu
integrar as atividades de controle de qualidade dos produtos à própria esfera da produção direta.
Contudo, o trabalho realizado entre os operários passa a ser realizado em equipe exigindo
lógicamente uma maior interação social entre os trabalhadores, dessa maneira um operário passa a
ser monitorado pelo seu próprio colega de profissão a fim de obter produtos desejados no final do
processo de fabricação.
Ocorre também a necessidade dos trabalhados desenvolver habilidades para diferentes funções,
pois apenas um trabalhador deveria operar mais de uma máquina, então este operário deveria ter um
maior conhecimento para a realização de seu trabalho - exigindo um maior esforço fisico e mental -
porém não ocorre um aumento significativo de salário. Ocorre também uma queda de funcionários
em comparação com o modelo Fordista, já que cada trabalhador pode realizar funções diferentes de
acordo com a demanda.

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