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DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
Licenciatura em Sociologia
Avaliação
R: Para Simmel (2006)1, a sociedade constitui a base das relações sociais e dos sistemas de
relação. Só existe sociedade onde um número de indivíduos está em interacção. É a consciência
desta interacção que garante a existência da sociedade, pois é a ciência dos sujeitos de suas
relações e ligações com os outros que lhes dão condições de entrar em interacção e, assim,
constituir a própria sociedade.
Neste sentido, Simmel afirma que a sociedade existe sempre que vários indivíduos estejam em
reciprocidade de acção e interacção, constituindo unidades cuja dinâmica é constante. No
entanto, seu interesse não estava nem na sociedade nem no indivíduo, mas sim na interacção
“produtora” entre os dois pólos. Assim, a sociedade não sendo uma realidade independente e
autónoma em relação aos indivíduos, também não era no indivíduo isolado que Simmel
buscava fundamentá-la.
De uma forma geral, sociedade é fundada na ideia de interacção, onde numa interacção, um
indivíduo influencia e é influenciado por outro, de modo que há uma relação de troca.
Portanto, a base da construção teórica de Simmel, é de que a unidade básica de relação social é
a interacção, sempre orientada e sustentada pela reciprocidade, pois ela (reciprocidade) é o
que mantém as interacções e, consequentemente, a existência da própria sociedade.
Neste sentido, Todos esses problemas sociais (na época se utilizava o termo “patologia social”)
se converteram nos principais objectos de pesquisa para os sociólogos da Escola de Chicago.
Portanto, esses os estudos dos problemas sociais estimularam a elaboração de novas teorias e
conceitos sociológicos, além de novos procedimentos metodológicos.
Fica evidente que, para compreender a interacção humana, há que frisar o seguinte: a
interacção ocorre em um teatro, tanto o palco quanto os bastidores, e usa adereços para
orquestrar uma fachada pessoal como parte de um processo mais genérico da manipulação de
códigos. O teatro aparece como uma destas situações, com uma maneira específica de articular
a interpretação sobre o que ocorre.
2
Goffman, E. (2009). A representação do eu na vida quotidiana. Petrópolis: Ed. Vozes.