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ELABORAÇÃO PELOS

E COMPILAÇÃO POR
"Convém não esquecer, contudo, que a realização
nobre exige três requisitos fundamentais, a saber:
primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e
terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade
ativa, trabalho persistente e merecimento justo."
XAVIER, F.C.; LUIS, A. Nosso Lar.
Fala, vestibulando. Bom dia, cara!
Neste documento, você encontrará redações com
nota por competência, boletins com número de
acertos, colocações na modalidade e depoimentos
de alguns membros da turma 159 da Faculdade de
Medicina da UFMG. Esta iniciativa é totalmente
extraoficial e não representa nenhuma instituição.
Apesar da simplicidade, o trabalho foi feito com
muito carinho. Esperamos que, com essas
informações, você fortaleça sua preparação e, acima
de tudo, consiga visualizar com riqueza de detalhes
o desempenho que permitirá sua aprovação. Todas
as pessoas que estão aqui entendem e admiram
muito sua luta. Sabemos das frustrações, cansaços,
pressões e inseguranças, que, muitas vezes, tornam-
se insuportáveis. Mas, respire fundo. Tenha muita fé
em si mesmo e conte conosco.
@raulvcn 159D

d
Redações
e Boletins
Obs: a pessoa cujo nome for acompanhado pela conta
no Instagram está à disposição para conversar via
direct.
980
Theo Augusto Cunha Affini – Guaxupé MG – 17

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


817,42 Ampla concorrência: 13°
Maria Júlia Geranutti – Sorocaba SP – 18 – @maju.na.med
980

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


802,02 L5: 3°
980 Raul Vanzella de Lucena – Guaratinguetá SP – 20 – @raulvcn

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


801 Ampla concorrência: 93°
980 Gabriel Eduardo Coelho Pinto – Contagem MG – 17 – @gabriel.ecp

C1:200 C2:200 C3:180 C4:200 C5:200


960 Felipe Souza da Silva – Vila Velha ES

C1:160 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


792 L5: 11°
980 Gabriel Leal Nejaim – Aracaju SE – 18 – @nejaim

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


814,02 Ampla concorrência: 18°
960 Rodrigo Lopes da Silva – Belo Horizonte MG – 19 – @id_mensch

C1:160 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


742,06 1.2
960 Camila Diniz Braga – Belo Horizonte MG – 19 – @camila.dinizb

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:180


805,08 Ampla concorrência
960 Giulia Correa Felipe – Joinville SC – 19 – @giuliacfeli

C1:180 C2:200 C3:200 C4:180 C5:200


802,22
José Renato de Oliveira Melo – Uberlândia MG – 18
960

C1:180 C2:200 C3:180 C4:200 C5:200


800,8 Ampla concorrência: 94°
980 Annanda Horiguti Simões – São Paulo SP – 24 – @annandahoriguti

C1: 200 C2:200 C3:200 C4:200 C5:180


805,74 Ampla concorrência
960 Matheus Oliveira Barbosa – Goiânia GO – 17 – @math_obarbosa

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:180


814,68 Ampla concorrência: 16°
980 Thais Marques Pedroso – Belo Horizonte MG – 20 – @thaismarquesp

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


810,78 Ampla concorrência: 26°
960 Marina Cunha Serafini – São Paulo SP – 18 – @maserafini_

C:180 C2:200 C3:200 C4:180 C5:200


806,76 Ampla concorrência: 39°
940 Artiel Aurino Sousa Sampaio – Contagem MG – 19 – @artielsampaio

C1:160 C2:200 C3:200 C4:200 C5:180


757,82 3.2
João Gabriel Malheiros Andrade de Carvalho – Belo Horizonte MG – 19 –
980 @jgmalheiross

C1:180 C2:200 C3:200 C4:200 C5:200


837,48 Ampla concorrência: 3°
Rafael Theodoro – São José dos Campos SP – 20 – @rafaeltheodoro_
960

C1:200 C2:200 C3:200 C4:180 C5:180


808,94 Ampla concorrência: 32°
940 Bernardo Henrique Mendes Correa – Sorocaba SP – 18 – @ber_hmendes

C1: 160 C2:200 C3:200 C4:200 C5:180


Lívia Manussakis Vaz Ferreira – Mogi das Cruzes SP – 18 –
960 @liviamanussakis
806,44 Ampla concorrência: 42°
Thiago Martins – Goiânia GO – 18 – @thiago_mrtq
960
811,94 Ampla Concorrência
960 Rafaela Bessa Monti Mattos – Belo Horizonte MG – 21 – @rafaela_bessa
812,04 Ampla concorrência: 22°
960 Thiago Kenedy Oliveira Adelino Lima – Congonhas MG – 25 –
@thiago_.kenedy
782,54 L2: 6°
Beatriz Cronemberger Rufino Madeiro – Teresina PI – 18
960
806,6 Ampla concorrência: 40°
Eduardo Maia Martins Pereira – Belo Horizonte MG – 17 –
960 @eduardomaia4
817,98 Ampla concorrência: 12°
980 Vinicius Leão de Almeida – Belo Horizonte MG – 20 – @viniciusleaoa
807,12 Ampla concorrência
Depoimentos
▪︎ Depoimento Linguagens – Annanda Horiguti
▪︎ Depoimento Humanas – Theo Affini
▪︎ Depoimento Ciências da Natureza – João Gabriel
▪︎ Depoimento Matemática – Camila Diniz
▪︎ Depoimento Redação – Raul Lucena
▪︎ Depoimento Rodrigo Lopes
▪︎ Depoimento Bernardo Henrique
▪︎ Depoimento Convidado – Afonso Corrêa – T152
Depoimento Linguagens – Annanda
Horiguti Simões – @annandahoriguti
Olá, futuros calourinhos!!
Meu nome é Annanda, tenho 24 anos, fiz 6 anos de cursinho - pasmem
kkk – e, atualmente, sou aluna de medicina da turma 159 da UFMG (meu
amorzinho!).
Como minha vida de vestibulanda foi bem extensa, com as minhas
particularidades e estratégias erradas, resolvi escrever esse depoimento
mesclando algumas dicas de prova e de estudo, com ênfase em linguagens
e códigos, área em que obtive maior pontuação bruta.
Antes de tudo, quero desabafar com vocês o quanto o ENEM era um
pesadelo para mim. Entre outros fatores, por ser consideravelmente
diferente dos vestibulares de São Paulo, para os quais eu focava mais.
Desse modo, muitas foram as vezes em que, por falta de preparo, tirei
notas ridículas em todas as áreas e era forçada, por motivo de tempo de
prova, a chutar entre 10 e 15 questões de matemática com o mais puro
sentimento de tristeza e de desespero. Acho que muitos de vocês já
passaram por situações parecidas, mas estou mencionando isso para
ressaltar uma coisa que eu demorei para entender: é essencial que vocês
direcionem maior tempo de estudos - e de prova - para as matérias que te
garantirão mais nota (PRINCIPALMENTE QUANDO SE TRATA DE ENEM!!!).
Então, de verdade, é imprescindível um bom preparo e desempenho em
redação e em matemática, porque, por valerem mil e próximo de mil,
respectivamente, essas matérias elevam bastante a nota final.
Obs.: Isso não quer dizer que os outros conteúdos devam ser
negligenciados, pois um bom conhecimento da língua portuguesa, bem
como de história, de geografia, de filosofia e de sociologia são
indispensáveis para a sua formação acadêmica e humana.
Voltando à frustração de não conseguir terminar a prova, é quase que
absurdo chutar tantas questões como eu chutava, por exemplo. Isso anula
diminui muito a chance de passar. Então talvez eu esteja sendo
redundante, porque muitos de vocês já devem ter ouvido isso, mas,
durante a prova, não se apegue às questões ou às matérias, se não souber
responder de imediato, PULA. Pula. Pula. Pula. Sério.
Agora, no que se refere a linguagens e códigos especificamente, farei em
tópicos para tentar reduzir minha prolixidade:
1) SE ATENTEM AO COMANDO DAS QUESTÕES!!!
Qual vestibulando já não tentou resolver uma questão de português do
ENEM e duas ou mais alternativas pareciam corretas? Já vi muitos
exercícios em que os distratores contém uma análise correta do texto,
porém não atendem ao que enunciado pediu. Então, se o comando da
questão exigiu, por exemplo, algum elemento gramatical que contribua
para determinado efeito de sentido do texto, ainda que um recurso
semântico também contribua, essa não vai ser a resposta correta.
Portanto, leia o enunciado, em seguida, leia o texto já buscando o que foi
pedido e releia o enunciado para conferir se a informação que você achou
condiz com o que foi proposto.

2) Treine muito e busque o erro


Faça muitas questões antigas (principalmente das provas mais recentes) e,
por mais que a gente queira sempre acertar, tente sempre buscar
questões que você errou. Isso porque, além do erro te marcar – evitando,
assim, que você o repita -, durante a prova é normal perder questões por
desatenção/cansaço/leitura rápida/deficiência no conteúdo, por isso,
quanto mais cedo você identificar e perceber alguns problemas, mais
rápido para arrumá-los. Não encare o erro negativamente. Errar em
tarefas e simulado é ótimo!! Evita que eles sejam cometidos na prova.

3) Português no ENEM é difícil mesmo, vá na paz.


Não procure gabaritar linguagens. Como eu disse no início, é importante
assegurar um bom desempenho em matérias que garantam notas altas,
então, faça o melhor que você puder, mas não se exija demais. Quanto
mais cansado, com baixa autoestima e estressado você estiver, mais difícil
vai ser ler com atenção e compreender o texto. Desse modo, muitas
questões são perdidas. Portanto, treine, descanse e confie em você.
Qualquer que seja a matéria, o simulado não representa o seu
desempenho na prova de verdade. Você pode – e vai! – acertar ainda
mais.
Obrigada a todos que leram até aqui (sei que exagero às vezes)! Por favor,
respeitem seus limites e cuidem de sua saúde mental. Vai dar certo,
confia!!
Se alguém estiver com muitos anos de cursinho e quiser conversar, pode
me chamar!! É só procurar meu nome em qualquer rede social (bem fácil
kkk).
Beijos, até o ano que vem no bar do trote <3

Depoimento Humanas – Theo Augusto


Cunha Affini
Olá vestibulandos! Eu me chamo Theo, sou da 159ª Turma de Medicina da
UFMG e vim compartilhar com vocês uma parte da minha experiência como
vestibulando. Eu fui aprovado direto do terceiro colegial, sendo que meu
terceirão foi direcionado pra vestibular (nada diferente de um cursinho
mesmo) e, apesar de pouquíssimas pessoas passarem com o terceiro e a
maioria das pessoas cursarem o terceiro colegial pensando ser impossível
passar direto, estou aqui! Minha primeira mensagem é àqueles que estão
prestando o vestibular pela primeira vez E por isso estão sem confiança:
procure sempre exemplos de pessoas na sua realidade que conseguiram
porque É POSSIVEL passar direto!
Quanto à minha rotina de estudos, eu tinha aula das 07:00 à 13:00, ia pra
casa e voltava a estudar das 14:00 até algo entre 00:00 e 02:30 da
madrugada, com uma pausa de uma hora para jantar e tomar banho, isso
de segunda a sexta, e aos sábados fazia simulados (ao todo, fiz mais ou
menos 30 simulados antes do enem e, após, mais dezenas de provas antigas
dos vestibulares específicos sendo a maioria da FUVEST e da UNIFESP). Em
casa, eu repassava toda a teoria trabalhada nas aulas durante a manhã e
fazia todos os exercícios da apostila respectivos às aulas da manhã, sendo
que, por dia, isso representava de 100 a 140 exercícios, ou seja, mais que
uma prova de vestibular por dia. Além disso, uma vez por semana eu fazia
uma redação (no dia que tinha aula de redação). Um detalhe importante é
considerar que o vestibular é uma maratona que se inicia com o começo
das aulas em fevereiro e só termina em dezembro ou janeiro do outro ano
(dependendo do calendário de cada vestibular), e, assim, é essencial chegar
em novembro/dezembro no seu ápice de desempenho físico e mental para
estar em forma pra fazer as provas. Pra isso, eu fui aumentando meu ritmo
de estudos gradualmente: ao invés de começar a estudar até 02:00 da
madrugada no primeiro mês de aula, eu comecei a primeira semana indo
até as 23:00, a segunda semana até 23:30, depois até 00:00 por mais ou
menos um mês até que, enfim, conforme eu ia ganhando mais resistência
mental e física (porque acreditem, estudar demais é um exercício muito
mais cansativo que qualquer treino de academia) ia aumentando o meu
limite e meu tempo de estudo. Outro ponto importante pra mim foi
descansar aos domingos pra começar a semana descansado.
Quanto mais de exatas eram as matérias como física e matemática, menos
teoria eu estudava e mais exercícios fazia, começando com exercícios
objetivos simples e terminando com exercícios dissertativos dos mais
complexos. Química e biologia são matérias que tanto a teoria quanto os
exercícios são muito importantes, então além de fazer todos os exercícios
eu recomendo estudar muito bem a teoria e de um modo bastante
aprofundado porque são matérias sempre cobradas em questões
dissertativas específicas de medicina. Quanto às humanas, o foco do estudo
tem que ser na teoria e, após ler o livro até cansar, fazer os exercícios pra
treinar.
Algumas questões que a experiencia me mostraram muito importantes:
1) as provas de humanas, em especial o ENEM, estão cobrando cada vez
mais sociologia e filosofia (essa última em especial com grande nível de
dificuldade) então É MUITO IMPORTANTE estudar essas matérias pra fazer
a prova. Por experiência própria, estudei pouca filosofia e fiz o enem
contando com interpretação de texto. O resultado foi que acertei 42/45 em
humanas e TODAS que errei foram questões de filosofia.
2) INTERPRETAÇÃO DE TEXTO é a palavra-chave da prova do enem, sendo
essencial na prova de português (obviamente) mas também essencial na
prova de humanas e de grande importância pra entender os exercícios de
matemática e de ciências da natureza. LER, LER, LER é o melhor jeito de
treinar interpretação e é a melhor arma que alguém pode levar pro enem.
Minha dica é selecionar uma lista de livros de um vestibular que você vai
prestar (eu li os da FUEVST) e ler esses livros, porque além de servir pra
prova do vestibular em si você ainda treina interpretação de texto e
descansa a cabeça entre duas séries de exercícios
3) Não existe isso de “sou de exatas então não sirvo pra humanas” ou vice-
versa. A minha vida inteira tive antipatia com humanas e me considerem
uma pessoa muuuuito de exatas. Como eu já tinha consciência dessa
dificuldade, acabei dedicando bastante tempo do meu estudo justamente
pra humanas e português, que eram matérias que eu supostamente não
me saia tão bem. Surpreendentemente, eu, que sempre me disse de exatas,
tive meu maior destaque e maior número de acertos em humanas, fato que
provavelmente foi responsável em grande parte pela minha aprovação.
4) REVISÃO é essencial pra qualquer matéria e qualquer vestibulando.
Infelizmente é impossível estudar uma matéria UM DIA e lembrar dela pro
resto do ano, então a melhor coisa a se fazer é sempre dar uma revisada
rápida em todas as matérias pra nunca deixar cair em esquecimento. Eu
costumava estudar no dia que tive a aula da matéria a teoria e os exercícios
em casa, e, uma semana após, tentava encontrar um tempo pra fazer
resumo daquela matéria estudada na semana anterior (deixando claro que,
pra mim, resumo não é a prioridade, mas sim os exercícios). Fazendo esse
resumo eu retomava a teoria trabalhada na semana anterior e assim
consolidava mais o conteúdo, e com esses resumos em mão, tentava
sempre ler todos que eu já tinha feito no sábado, pra sempre retomar todos
assuntos que já tinha estudado.
De modo geral é isso meus amigos, desejo muita determinação e forças pra
estudar a todos, porque quando a gente tem isso os resultados vêm
inevitavelmente. É UM ANO de realmente MUITO sacrifício, MUITO
estresse, MUITA ansiedade e MUITA insegurança, mas manter o objetivo
sempre em vista vai te dar as forças que você precisa e quanto mais esforço
você fizer esse ano, menor é a chance de ter que estender isso por mais
outro ano. A 159 espera todos vocês de braços abertos e nos encontramos
na recepção da 161! Boa sorte e boas provas a todos!
Depoimento Ciências da Natureza – João
Gabriel Malheiros Andrade –
@jgmalheiross
Ciências da natureza é o bloco do qual fazem parte física, química e biologia.
Provavelmente é o bloco de matérias que mais deixa os alunos em dúvida
porque, diferentemente de todos os demais, esse engloba matérias que
exigem competências muito distintas, desde o conhecimento de
ecossistemas para biologia até cálculos de energia em física. O grande
número de assuntos que podem ser cobrados faz com que muitos
considerem a prova de ciências da natureza como excessivamente
complicada, mas, no entanto, dá para estudar todos os temas
tranquilamente ao longo. Na minha opinião (e na de muitos outros com
quem conversei), o grande número de assuntos é na verdade uma
vantagem. Por abordar 3 matérias, o bloco de Ciências da Natureza se torna
menos cansativo de se fazer, já que o menor número de questões para cada
matéria (mais ou menos 15) impede que a prova fique muito repetitiva
Uma das primeiras dúvidas a sobre essa prova é a respeito da
interdisciplinaridade das questões: uma mesma questão pode abordar
assuntos de matérias diferentes? Ao contrário de muitas provas de São
Paulo, dificilmente vemos no ENEM questões multidisciplinares. Por um
lado, isso é vantajoso porque significa que não existe muito a preocupação
em conseguir fazer associações entre matérias distintas. No entanto, a falta
de questões interdisciplinares também significa que alguém que tenha
dificuldade em, por exemplo, biologia, será mais penalizado nas questões
dessa matéria, uma vez que não há espaço para usar conhecimentos de
outras áreas para ajudá-lo a resolvê-las.
Outro ponto importante é a maneira como os conhecimentos são cobrados,
principalmente nas questões de química e física. No geral, Ciências da
Natureza é um bloco que não exige do aluno muitos cálculos, mas sim
conhecimentos dos conceitos envolvidos na matéria. Claro que existem
aquelas questões mais mecânicas, que envolvem várias contas, mas para
responder a maior parte da prova é preciso que se tenha um conhecimento
dos conceitos envolvidos. Por isso, quem quer um bom resultado no ENEM
não pode só decorar uma tabela de fórmulas e ir fazer a prova esperando
uma nota boa, é necessário realmente compreender a matéria para
responder as questões mais elaboradas.
Na minha opinião, a melhor maneira para se estudar não só para a prova
de ciências da natureza, mas para o ENEM como um todo (e também vale
para outros vestibulares) é resolvendo questões de provas antigas. Estudar
a teoria também é importante, claro, mas ao resolver questões, você
aprende como o assunto é cobrado no vestibular, os termos que mais
aparecem em questões e como evitar pegadinhas durante a prova. Além
disso, mesmo que o MEC possua um banco com milhares de questões, é
extremamente comum encontrar perguntas semelhantes às de outros
vestibulares. Portanto, a minha maior dica para quem quer um bom
resultado no enem é essa: faça questões das provas antigas e provas de
segunda aplicação e reveja as matérias mais erradas nas questões. O
modelo atual do ENEM é o mesmo desde 2009, então existe uma década
de provas para serem feitas. Se precisar de mais questões, as provas da
FUVEST costumam ser um pouco mais difíceis que as do ENEM em
matemática e ciências da natureza, então resolvê-las dá um preparo ainda
maior para a prova.
Passar em medicina não é fácil, mas com dedicação é longe de ser
impossível. Boa sorte a todos, espero vocês na UFMG ano que vem!

Depoimento Matemática – Camila Diniz


Braga – @camila.dinizb
Matemática sempre foi uma das minhas melhores matérias no colégio,
então no meu terceiro ano não foi um ponto que eu me preocupei muito
nos estudos porque eu achava que não precisava, só que eu não consegui
ir muito bem em matemática no meu enem do terceiro ano, principalmente
porque não consegui lidar muito bem com a tri. Então, quando comecei o
cursinho, resolvi criar um método de estudo pra conseguir subir minha,
porque matemática é a área (depois da redação claro) que é possível
conseguir uma nota maior. Eu basicamente estudava fazendo exercícios,
assim que o professor acabava um capitulo da matéria eu pegava a apostila
e tentava fazer todas as questões. Depois de terminar os exercícios, eu
calculava a minha porcentagem de acertos e se tivesse acertado menos de
70% eu revisava a matéria e procurava mais questões do assunto pra fazer
(de vestibulares, apostilas extras do cursinho, nos arquivos da biblioteca e
até na internet de outros cursinhos). Eu também sempre preocupava em
tirar minhas dúvidas, seja com o professor nas aulas de correção, com os
monitores ou com algum amigo que soubesse. Quando a matéria começou
a acumular demais eu passei a não fazer todos os exercícios das matérias,
mas eu não deixava de fazer, só comecei a selecionar alguns ao invés de
fazer todos, normalmente eu selecionava mais questões médias do que
fáceis e difíceis (por exemplo: se eu ia fazer 20 questões, eu escolhia 10
médias, 7 fáceis e 3 difíceis). Além disso nos simulados eu sempre tentava
fazer como se estivesse fazendo pra valer, pulando as questões difíceis e/ou
longas, fazendo primeiro as fáceis e médias, pra já ir acostumando a
conseguir pular questões, porque eu achava muito complicado fazer isso,
ficava insistindo nas que não sabia fazer, o que faz perder muito tempo. Por
fim, no mês de outubro eu fiz um curso super intensivo de revisão em uma
salinha aqui de BH, que consistia em 4 aulas de resolução de questões, cada
uma de 3 temas (então foram revisados os 12 temas que mais caem) e 1
aula que foi simulado, essas aulas me ajudaram muito a direcionar a
revisão, mas se você não tiver como fazer, recomendo que você separe uma
tarde em todas as semanas do mês de outubro pra fazer só exercícios de
revisão de matemática, ai você pode ter como base aqueles gráficos que
tem na internet com as proporções dos conteúdos que mais caem e
pesquisar essas questões de provas antigas e até fazer de novo as que você
ja tinha feito ao longo do ano, o importante é revisar! Lembrar sempre de
manter a calma durante a prova e fazer do jeito que você treinou nos
simulados o ano todo, não é bom mudar sua tática de prova muito perto ou
no dia, por isso vai testando durante o ano a que funciona melhor pra você!
Espero ter ajudado!!
Depoimento Redação – Raul Vanzella de
Lucena – @raulvcn
A nota da redação, seja no Enem ou em outro vestibular, define uma
aprovação. No entanto, a preparação para a escrita talvez seja a mais
particular dentre as áreas do conhecimento. Cada pessoa possuí seu estilo,
vocabulário, filósofos e escritores de preferência. Por isso, tentarei
esclarecer como adequei a minha escrita para atender aos critérios de
correção e, sobretudo, como desenvolvi confiança para a hora da prova.
Em primeiro lugar, creio que o estudo da redação deve ser pautado na
humildade. A escrita é um meio de externar para o mundo uma parte de si.
Portanto, é sim muito frustrante, ao terminar uma redação feita com
carinho, não ser compreendido como queria ou receber críticas. Mas são
esses momentos de grande crescimento, pois incitam o desejo e indicam
meios para se fazer mais claro diante do leitor/corretor, reparar erros
gramaticais e incrementar repertório e vocabulário. Por isso, ressalto a
importância da humildade. Toda essa vontade de melhora e consequente
evolução só acontecerão ao reconhecer a própria falibilidade, e não ao
culpar o leitor.
Outro fator a ser ressaltado é a confiança para escrever no vestibular
valendo. Agora, introduzirei exemplos mais concretos. Eu sentia que
esquecia como escrever quando fazia apenas uma redação por semana.
Ficava muito claro para mim, porque cronometrava 60/70 minutos para
escrever. Quando aquela era, por exemplo, a segunda ou terceira redação
da semana sentia muito mais facilidade para cumprir o tempo e para
escrever em si. Isso é muito pessoal, mas reconhecer a necessidade de
escrever com maior frequência foi importante para me manter confiante
de que conseguiria fazer no tempo necessário, independente do tema.
Nesse sentido, fazer um número maior de redações trouxe uma
responsabilidade e uma oportunidade. A responsabilidade estava
relacionada a me assegurar que iria corrigí-las com um professor,
plantonista ou amigo o quanto antes para não seguir cometendo os
mesmos erros. Já a oportunidade se refere à possibilidade de utilizar como
referências externas nas redações filósofos, sociólogos, fatos históricos e
conceitos geográficos das aulas da semana do cursinho e citações de livros
que estava lendo (geralmente, de alguma lista, como FUVEST, UFPR, UFU e
COMVEST), relacionando sempre com o tema. Essa prática ampliou muito
meu repertório, o que me passava segurança de que seria possível recorrer
a alusões na introdução, argumentos de autoridade e exemplos qualquer
que fosse o tema. Para finalizar, cabe lembrar que os 60/70 minutos
separados para o treino não eram os meus minutos na prova. No Enem, por
exemplo, separei 90 minutos e foi treinado assim em simulados (sempre
começava por redação), porque sabia que na hora da prova estaria mais
nervoso, o que - assim como fazer mais de uma redação por semana - está
vinculado ao autoconhecimento, que leva, enfim, à confiança.
Em linhas gerais, o preparo para a redação é uma trajetória individual,
permeada por frustrações, dificuldades e, em seguida, superações. Nesse
processo, vocês se conhecerão melhor, desenvolvendo seus próprios
métodos. Isso é muito bonito. Faz parte da história de cada um, que vocês
estão, agora, construindo.
Um abraço, Raul!

Depoimento Rodrigo Lopes da Silva – @id_


mensch
Terminei o Ensino Médio em 2018. Fiz o ENEM e, a princípio, não tirei a nota
de corte para Med na UFMG. Optei por ir fazer direito. Besteira! Se tivesse
deixado na lista de espera, teria passado. Cursei um semestre e decidi
largar. Larguei. No Sisu 2019.2, passei na UFLA. Não fui, pois passei pelo
ProUni em uma particular da minha cidade. Cursei 1 período de medicina.
Enquanto cursava, fiz o ENEM e consegui passar na UFMG.
Isso tudo pra dizer: saiba qual curso você quer e não tente desviar dele, pois
as chances de você ser infeliz são enormes. Além disso, acredite na lista de
espera.
Depoimento Bernardo Henrique Mendes
Corrêa – @ber_hmendes
Eu cresci sabendo que queria fazer medicina, meus pais sempre me
apoiaram e meu plano desde sempre era dar tudo de mim no ensino médio
pra eu conseguir uma vaga em pública. Quando chegou o médio eu passei
os dois primeiros anos estudando bastante pras provas da escola mesmo,
mas eu sabia que pra conseguir a vaga na tão sonhada medicina eu
precisava de mais. Fiz os vestibulares como treineiro e me ferrei bonito
comparado ao oq uma vaga em medicina exigia. Foi aí que mudei
totalmente minha rotina. Passei as férias dps do 2° do ensino médio
fazendo 10 anos de prova da fuvest unicamp e enem, aos poucos eu passei
a entender q pra passar não era preciso ser o cara q sabe tudo, mas
precisava muito reconhecer o estilo de cada uma das provas porque as
próprias respostas tem um estilo. No meu colégio o 3° ano não era de
revisão então fiz isso por fora e também consegui uma bolsa pra fazer
cursinho noturno, então fiz os dois juntos. Meu ano de estudos foi
composto de 85% de fazer exercicios e 15% de teoria. Eu viajava quase todo
final de semana pra fazer simulados da fuvest e enem fora da minha cidade
(sorocaba-interior de sp), muitas vezes eu passava 5 horas fazendo algum
simulado de manhã da fuvest e mais 5 horas do enem no mesmo dia.... mas
confesso que foi um processo muito exaustivo, cheguei no 4° bimestre
morto, o cursinho, a escola e os simulados fora tinham tirado meu gás. Foi
nesse bimestre, dps de ter feito todas as inscrições que eu passei a
questionar a própria escolha de curso, chorei muito porque achava que
tinha feito a escolha errada e as inscrições foram encerradas (nn dava p
mudar). Dediquei o 4° bimestre pra me auto conhecer, estudei muito
menos, bebi muito, não perdia nenhuma chance de sair com meus amigos,
queria estar tranquilo para as provas porque sabia que tudo que eu podia
dar de mim eu dei, e se não desse certo eu poderia tranquilamente fazer
mais tempo de cursinho. No enem eu estava super nervoso, quando eu fui
corrigir o primeiro dia eu nem acreditei que tinha ido bem, tinha certeza
que o tri ia me prejudicar de algum jeito; já no segundo dia errei 7 das
primeiras 10 questões, ai eu já tinha quase perdido a vontade de corrigir o
resto. Ano passado acertei 27 de Matemática, passei a fazer exercício dessa
frente todos os dias da Fuvest e Enem, pois sabia que era minha principal
chance pra conseguir. Quando saiu a nota chorei bastante, foi um ano
inteiro de dedicação, esforço e cansaço. Descobri que passei através dum
print totalmente aleatório no twitter dum cara q conseguiu acessar a lista
dos aprovados do sisu enquanto a justiça tinha impedido, oq importa era q
meu nome tava lá. Posso dizer que seria impossível de eu ter passado sem
o apoio dos meus amigos, sempre que eu desacreditei eles insistiam em
acreditar e sou eternamente grato por ter eles na minha vida durante essa
fase cansativa. Termino esse relato com a palavra “perseverança”, espero
que todos nunca desistam dos seus sonhos, eles podem não aparecer agora
nem daqui a um ano, mas se vc nn tentar vc nunca vai saber. Boa sorte,
espero receber vcs, caros leitores, como meus calouros em breve.

Depoimento Convidado – Afonso Simões


Corrêa – Campo Grande MS – 22 – T152 –
@afonsoscorrea
Na maioria dos casos, o estudante da Faculdade de Medicina da UFMG,
ingresso nos últimos anos, apresenta uma das duas seguintes trajetórias:
ou ele desde novo sonhou em estudar nesta específica escola e a tinha
como principal objetivo de aprovação (geralmente estudantes de BH ou do
estado de MG), ou ele vislumbrou na UFMG uma boa escolha diante do mar
de oportunidades que uma prova e um sistema unificados como o ENEM e
o SISU oferecem. Entretanto, qualquer que seja a história, todos esses
alunos têm uma coisa em comum: dedicaram-se sobremaneira para
conquistar sua vaga nessa Federal.
O meu caso é o segundo: oriundo de Campo Grande, Mato Grosso do Sul,
eu nunca havia considerado estudar em Belo Horizonte ou na UFMG, mas
quando o SISU me ofereceu essa oportunidade e fui pesquisar sobre a
Universidade, vi ali uma ótima decisão e decidi que aquela seria a minha
casa pelos próximos 6 anos.
A verdade é que o ensino médio e o cursinho pré-vestibular acabam
moldando nossa cabeça de forma excessivamente pragmática. Isso não é
ruim, afinal só passa quem consegue resolver X exercícios de matemática
em N minutos, quem consegue escrever uma redação quase que
padronizada também no menor tempo possível, etc. No entanto, a vida na
universidade te mostra que as coisas não são bem assim. Cheguei na UFMG
esperando que o curso e a faculdade me ofereceriam mais disso, mas o que
ela tinha para me oferecer era muito mais. Se você entra na Medicina da
UFMG, você tem um mar de oportunidades (não só dentro da área médica)
que poucas universidades no país e no mundo poderão lhe dar. Você pode
ser atleta de todos os esportes imagináveis e fazer parte de uma atlética
imensa, pode participar do grupo de teatro da faculdade, pode tocar na
banda e na bateria da Medicina. Na parte acadêmica, você terá aulas com
grandes mestres ou poderá fazer parte de projetos de pesquisa nas áreas
biológicas e médicas com profissionais que são referência no Brasil, poderá
participar de projetos de extensão que te colocam em contato com a
comunidade e te fazem sentir útil e importante para a sociedade, entre
outras mil coisas. Para exemplificar, eu, que estou, no momento em que
escrevo este texto, no 8º semestre do curso, já participei de um projeto em
que dava aula de ciências para escolas públicas de BH e agora participo de
um outro em que os alunos atendem pacientes em uma comunidade
extremamente vulnerável socialmente da cidade. Faço parte de uma
pesquisa sobre câncer de mama e treino na atlética toda semana. Coisas
que eu jamais imaginaria que poderia fazer quando estava no pré-vestibular
estudando as características das plantas briófitas.
De maneira geral, o conselho que dou é: estudem e confiem em vocês
mesmos! De fato, cada um possui sua maneira de aprender, de estudar, de
se organizar. Você não precisa seguir o modelo de ninguém. Se você estiver
realmente estudando da maneira que é melhor pra você, então confie
nisso. Inexoravelmente, os resultados virão. Dediquem-se ao máximo para
serem, já no próximo ano (ou no tempo que tiver de ser), nossos queridos
calouros e para saberem mais a fundo sobre a FM-UFMG, afinal, como bem
disse Jorge de Lima: “Porquanto como conhecer as coisas senão sendo-
as?”.
Um abraço, boa sorte e #VemPraUFMG!
Agradecimentos
O meu muito obrigado a todos colegas que,
solicitamente, participaram do projeto
enviando seus dados, apoiando e dando
sugestões. O meu sincero agradecimento
também ao querido amigo João Raphael
(@joaoraphaeel) por toda ajuda, paciência e
companhia na formatação. Você foi
fundamental!

#VEMPRAUFMG
@raulvcn 159D
VOCÊ PODE SER PARTE
DE TUDO ISSO!

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