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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
DIRECÇÃO PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
NAMIBE

Namibe /2017
Sumário
Tema: A- Universo ............................................................................................................................. 6

A.1. Sistema Solar ....................................................................................................................................... 6

A.2. Formação e evolução do sistema solar ......................................................................................... 6

A.3. Composição do sistema solar........................................................................................................... 7

A.4. Característica de alguns planetas ................................................................................................... 8

A.5. O céu diurno –o sol ............................................................................................................................. 8

A.6. Movimento aparente do sol no ceu................................................................................................. 9

A.7. Influência do sol sobre a terra. ........................................................................................................ 9

A.8. O Céu nocturno .................................................................................................................................. 9

A.8.1. Movimento diário das Estrelas .................................................................................................... 9

A.9. A lua e os seus Movimentos ...........................................................................................................10

A.10. Processos de orientação ...............................................................................................................11

Tema: B- Física e as grandezas Físicas. ...............................................................................................14

B.1. Introdução ao estudo da Física. .....................................................................................................14

B.2. Objectivo de estudo da Física. ........................................................................................................15

B.3. Objecto de estudo da Fisica. ...........................................................................................................15

B.4. Observações e experiencias. ..........................................................................................................15

B.5. Grandezas físicas e suas medições................................................................................................16

B.6. Conversão de unidades. ..................................................................................................................18

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B.7. Cálculo da área (rectângulo, Triângulo e Círculo) .....................................................................19

B.7.1. Exercícios ........................................................................................................................................20

B.8. Cálculo do volume (paralelepípedo e cilindro). .........................................................................21

B.8.1. Exercícios ........................................................................................................................................22

......................................................................................................................................................................23

Tema: C- extrutura e estado de agregação das substância. ........................... 24

C.1. Noções elementares sobre a estrutura das substâncias; .........................................................24

C.2. Os três estados de agregação das substâncias ...........................................................................25

C.2. Agregação e movimento corpúsculo ............................................................................................28

C.3. Introdução à teoria cinético-molecular .......................................................................................29

C.4. Movimento Browniano ....................................................................................................................30

C.5. Fenomenos em que se manifestaa extrutura molecular das substancias. ...........................31

C.5. Temperatura e movimentos corpusculares. ...............................................................................34

Tema: D- Força e massa .......................................................................................................................38

D.1. Tipos de forças e seus efeitos ........................................................................................................38

D.2. A força como grandeza vectorial. Sua representação gráfica .................................................38

D.3. Representação gráfica da força .....................................................................................................39

D.4. Unidades da força no S.I..................................................................................................................39

D.5. Composição de forças. Força resultante .....................................................................................40

D.5. Soma de duas forças que actuam sobre um corpo dirigidas numa mesma direcção ........40
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D.5. Composição de força. Força resultante .......................................................................................41

D.6. Força elástica.....................................................................................................................................43

D.7. Peso de um corpo. Factores de que depende .............................................................................44

D.8. Forca de atrito ..................................................................................................................................44

D.8.1. Tipos de atrito................................................................................................................................ 45

D.8.2. O atrito na natureza e na técnica ...............................................................................................45

D.9. Pressão e força de pressão .............................................................................................................46

D.9.1. A pressão na Natureza e na Técnica .........................................................................................48

D.10. Massa e inércia ...............................................................................................................................49

D.10.1. Unidade de massa .......................................................................................................................50

D.10.2. Medição de massa .......................................................................................................................51

D.10.2. Determinação da massa de um corpo ....................................................................................51

D.10.3 Densidade de uma substância ..................................................................................................52

D.10.4. Cálculo da densidade de uma substância ..............................................................................52

D.10.1. Cálculo da massa e do volume de um corpo conhecida a sua densidade .......................53

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Tema: A- Universo
Chamamos Universo ou Cosmo ao conjunto de tudo o que existe, desde as partículas mais pequenas
que forma todos os corpos ate aos astros situados a distancia maior.
A palavra Universo é de origem latim, que significa tudo Inteiro. Os seres vivos, os astros, os objectos, os
fenómenos, as células, moléculas, a lua, o sol e as estrelas constituem o universo.
A ciência que se encarrega no estudo dos astros chama-se Astronomia.
Sistema Solar é o conjunto dos planetas que giram em volta do sol e que não têm luz própria incluindo a lua
e as estrelas.

A.1. Sistema Solar


Planeta: é um astro sem luz própria girando em volta do sol.
Os planetas no céu encontram-se numa faixa central que vai de este a Oeste.
O sistema Solar é constituído por 8 planetas que são:
Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpter, Saturno, Urano, Nepturno.

A.2. Formação e evolução do sistema solar


A formação e evolução do sistema solar iniciaram-se a cerca de 4,568 bilhões de anos com o colapso
gravitacional de uma pequena parte de nuvem molecular. A maior parte da massa colapsada ficou no centro
que o resto achatou, devido a força gravitacional, tornando-se num disco protoplanetário que mais tarde a
formar os planetas, luas, asteróides e outros corpos menores do sistema solar.

Este modelo amplamente aceite, conhecido por hipótese nebular, foi desenvolvido no século XVIII
por Emanuel Swedenborg, Immanuel Kant e Pierre Simon Laplace.

O desenvolvimento desta teoria teve um grande impacto noutras disciplinas científicas, como a
Astronomia, Física, geologia e planetologia. Desde o início da era especial na década de 50 e da

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descoberta de exoplaneta na década de 90, o modelo tem sido testado e melhorado para explicar as novas
observações.

A.3. Composição do sistema solar


O sistema solar compreende o conjunto constituído pelo sol e todos os corpos celeste que estão sob seu
domínio gravitacional. A estrela central, maior componente do sistema, respondendo por 99,85 da massa
total, gera sua energia através da fusão de hidrogénio em hélio, dois de seus principais constituintes.

Os quatro planetas mais próximos do sol (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) possuem em comum uma
crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo dos planetas telúricos ou rochosos. Mais
afastados, os quatro gigantes gasosos, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, são componentes de maior
massa do sistema logo após o próprio sol.

Dos cinco planetas anões, ceres é o que se localiza mais próximo do centro do sistema solar, enquanto todos
os outros, Plutão, Haumea, Makemake e Éreis, se encontram além da órbita de Neptuno.

Permeando praticamente toda a extensão do sistema solar, existem incontáveis objectos que constituem a
classe dos corpos menores. Os asteróides, essencialmente rochosos, concentram-se numa faixa entre as
orbitas de Marte e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Além da orbita do ultimo planeta, a temperatura é
suficiente baixa pra permitir a existência de sobretudo nas regiões do Cinturão de kuiper, Disco disperso e na
Nuvem de Oort, Esporadicamente são desviadas para o interior do sistema onde, pela acção do calor sol, se
transformam em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem força gravitacional suficiente para manter
orbitando em torno de si objecto menores, os satélites naturais, com as mais variadas formas e dimensões.
Os planetas gigantes apresentam ainda sistemas de anéis planetários, uma faixa composta por minúsculas
partículas de gelo e poeira.

O sistema solar, de acordo com a teoria mais aceite hoje em dia teve origem a partir de uma nuvem
molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto
seus remanescentes geraram os demais corpos. Em sua configuração actual, todos os componentes
descrevem orbita praticamente elípticas ao redor do sol.

tem reservas de hidrogénio para continuar emitir calor durante vários milhões de anos.

Actividades

1. Define planeta.
2. O que entendes por sistema solar?
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3. Descreve as principais caracteristicas dos planetas.

A.4. Característica de alguns planetas


Mercúrio: Sua superfície é rochosa, não tem atmosfera, atinge cerca de 430ºC durante o dia e cerca
de -170ºC durante a noite. Sua temperatura demora 88 dias terrestre e a sua rotação ocorre em 59 dias.
Vénus: é o mais parecido com a terra, está próximo do sol, contem gases (dióxido de carbono e acido
sulfúrico) atinge uma temperatura de 300ºC é o mais brilhante de todos.
Terra: Mais de 70% da sua superfície é coberta de água e a sua atmosfera é rica em oxigénio e azoto,
a temperatura média é de 15ºC a sua orbita tem duração de 365 dia e 6horas. A distancia entre a terra e o sol
é de 150 milhões de kms. Tem um satélite natural ( a lua) a distancia entre a terra e a lua é de 384.400kms
Marte: Este planeta é de cor vermelha, a sua superfície é composta por rochas e tem pouca agua, é
mais pequeno que a terra, até agora tudo nos leva a crer que não existe vida (animal e planta) tem dois
planetas que são fobo e Demos.
Jupter: é o maior planeta do sistema solar, é um corpo gasoso e muito frio, a sua temperatura é de
150ºC, é o segundo planeta mais brilhante e tem 16 satélites naturais.
Satélite: são astros que giram em volta dos planetas e que reflectem a luz do sol.
Cometas: são corpos de vários metros de diâmetro. A sua estrutura é constituída por substancia que
se evaporam quando elas se aproximam do sol.
O cometa mais famoso é o HALLEZ.

A.5. O céu diurno –o sol


Durante o dia vemos sobre nos o seu azul, o sol e as nuvens. O céu diurno mostra-se azul porque
esta é a cor da luz que melhor se reflecte ao lado das moléculas do ar quando o sol ilumina.

O sol é um astro com luz própria e cintilante. É a estrela central do sistema solar, todos os outros
corpos do sistema solar como planetas, planetas anões, asteróides, cometas e poeiras, bem como todos os
satélites associados a estes corpos giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do sistema solar, o
sol possui uma massa de 332900 vezes maior que a da terra, e um volume de 1300000 vezes maior que o do
nosso planeta.

O sol possui a seguinte estrutura:

1ºNucleu, 2ºzona de radiação, 3ºzona de convecção, 4ºfotosfera, 5ºCromosfera, 6ºCoroa, 7ºMancha


solar, 8ºGranulos, 9ºproeminencia solar.

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A distância entre o sol e a terra é de aproximadamente 150 milhões de quilómetros, o que dizer que a
luz do sol demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar a terra.

A força de atracção denomina-se gravitatória, e quanto maior for a massa dos corpos maior é a
atracção. A grande quantidade de luz e calor que recebemos do sol assim como a sua cor amarelada
brilhante indicamos que a temperatura da capa exterior solar que vemos é muito alta.

A.6. Movimento aparente do sol no ceu.


A terra descreve dois movimentos que são: movimento de rotação e de translação. O movimento de
rotação da terra ocorre durante 24 horas é o movimento que ela executa revolvendo-se sobre si mesmo. É
responsável pela alternância entre o período de tempo ensolarado e o período de tempo sem incidência solar
directa conhecidos como dia e noite-alternância essa observada em qualquer localidade cuja latitude não seja
muito próximas as dos polos geógrafos.

O movimento de translação da terra é o movimento que a terra realiza ao redor do sol a uma
distância aproximada de uma (1) unidade astronómica uma translação completa ao redor do sol leva 1 ano
sideral ou 365,256 dias solar a uma velocidade orbital média de 29,78km/s durante o periélio a terra fica
a cerca de 147 milhões de quilómetros, e durante o afélio. A trajectória realizada pela terra durante a
translação descreve uma orbita Elíptica.

A.7. Influência do sol sobre a terra.


O sol tem grande importância para o planeta terra. Ele emite luz é a grande fonte de calor para a
terra, continua espalhado no espaço a sua volta. Sem o sol nada poderia crescer no nosso solo.

Actualmente os cientistas descobriram que o calor que se produz no interior do sol é através de um
processo igual a da explosão de uma bomba termonuclear ou de Hidrogénio.

Com o resultado da reacção termonuclear em cada segundo transformam-se cerca de 630 milhões de
toneladas de hidrogénio do sol, mais devido a sua enorme massa o sol

A.8. O Céu nocturno

A.8.1. Movimento diário das Estrelas


Ao observamos o céu nocturno vemos as estrelas, os planetas, a lua (salvo em fase de lua nova) e as estrelas
cadente.

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Estrela cadente: Não são estrelas, mais sim pequenas pedras ou partículas que penetram a grande
velocidade na atmosfera e a fricção as aquece até a combustão.
As estrelas distinguem-se pela sua posição, cor e tamanho, a cor de uma estrela chega a ser dezenas de
milhares de graus.
De modo semelhante ao movimento diário do sol no céu diurno, esta roctação do céu estrelado é de Este a
Oeste e a rotação da terra é de oeste a este.

A.9. A lua e os seus Movimentos


A lua é o astro mais brilhante do céu nocturno. Na lua não é possível vida humana sem tecnologia
pós não tem atmosfera, não há agua nem mar. a superfície da lua é como um deserto de areia fina , rochas
montanha e crateiras. A sua temperatura vai de 100ºC até -150ºC. a lua assim como a terra têm dois
principais movimento (Rotação e translação) que tem mesma duração de 29 dias e meio, motivo pelo qual a
lua tem sempre a mesma face virada para a terra. O diâmetro da lua é cerca de da superfície da terra. A lua

a medida em que gira em torno da terra apresenta-se em diferentes aspectos que chamamos de fases.
A lua apresenta-se em quatro fases que são:
1- Lua nova
2- Quarto crescente
3- Lua cheia
4- Quarto minguante
Lua nova: é a fase em que a lua se coloca entre o sol e a terra e não a vemos, o céu torna-se escuro.

Quarto crescente: Acontece 7 dias depois da fase da lua nova, a lua revela-nos um quarto da sua superfície
quando somente brilha a parte oeste.
Lua cheia: Acontece 14 dias depois, a lua em posição ao sol e observa-se todo o seu corpo em forma de um
disco.
Quarto Minguante: São passados quase 22 dias e tem percorrido três quadrante da sua orbita quando brilha
apenas a parte este.

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Assim, passado 29 dias e meio a lua volta a colocar-se entre o sol e a terra dando assim o fim do mês lunar.
A lua durante o seu movimento ao redor da terra passa duas vezes por mês na linha sol-terra dando assim
origem a um fenómeno denominado Eclipse.

Eclipse: é a passagem de um astro pela sombra de um outro.


Existe dois tipos de eclipse que são:
 Eclipse do Sol
 Eclipse da lua
Eclipse do Sol: acontece quando a lua interpõe-se diante do sol, ou seja, a lua fica entre o sol e a terra.
O eclipse do sol é visível numa pequena faixa da superfície terrestre e acontece na fase da lua cheia.
Eclipse da lua: acontece quando a terra interpõe-se diante do sol colocando-se entre o sol e a lua. A lua
entra no cone da sombra da terra. O eclipse da lua é visível em todo o céu nocturno.

A.10. Processos de orientação


Existem diferentes maneiras de orientação no espaço dos quais podemos destacar as seguintes orientações:

-Orientação pelo sol; orientação pela bússola; orientação pelo cruzeiro do sul; orientação pelas estrelas, etc.

A orientação pelo sol constitui um dos principais processos de orientação e assenta em três movimentos
fundamentais que temos a destacar:

-O nascer do sol

-O meio dia solar

-O por do sol

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A orientação pelas estrelas baseia-se no conhecimento das constelações, é um conjunto de estrelas que por
linhas imaginarias representam uma figura. A constelação mais conhecida é o cruzeiro do sul formando com
as suas quatro estrelas mais brilhantes um losango irregular.

A orientação pela bússola

Este instrumento foi inventado pelos Chineses, introduzido na Europa pelos Árabes a partir dos séculos XV
e XVI em algumas terras pelos navegadores e orientavam-se com a bússola em grandes travessias oceânicas.

A bússola determina as direcções no horizonte da seguinte maneira:

Ao ponto norte corresponde 0° e 360° graus.

Ao ponto este corresponde 90° graus.

Ao ponto sul corresponde 180°graus.

Ao ponto oeste corresponde 270° graus.

Os graus representados na bússola indicam a amplitude do ângulo que forma a agulha com a direcção em
que se encontra qual quer objecto ou lugar.

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Tema: B- Física e as grandezas Físicas.

B.1. Introdução ao estudo da Física.

A água, a terra, os corpos celestes, incluindo o sol e a lua, as pessoas, as plantas e os animais ou
seja tudo que nos rodeia constitui a natureza.

Nota-se que estes corpos que foram anteriormente citados estão em constantes mudanças.

Todas as mudanças e transformações que ocorrem na natureza chama-se Fenómenos.

São varios os fenómenos que ocorrem na natureza, mas a Física, estuda os fenomenos físicos tas
como:

 Fenomenos Mecânicos- EX: quedas dos corpos.


 Fenómenos sonóros- Ex: emissão do som.
 Fenómenos Térmicos-Ex: aquecimento e arrefecimento dos corpos.
 Fenómenos Eléctricos- Ex: eletrização dos corpos, descarga eletrica atmosférica.
 Fenómenos Luminos- Ex: relanpagos, arco ires.
A Física procura a explicação das condições e de que forma se produzem estes fenómenos. Os
primeiros Físicos foram os sábios gregos que tentaram dar uma explicação real dos fenómenos que
ocorrem na natureza. Todas as descobertas feitas e o desenvolvimento da sua aplicação, foi resultado do
trabalho de numeroso cientistas de distintos paises e povos.
Podemos citar o nome de alguns cientistas:
Aristótiles, Galileu Galilei, Isaac Newton, Maria Curie, Albert Einsten, Ernest RutherFord
etc.

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Actividades.
1- O que é a Natureza.
2- O que se designa por fenómenos?
3- Mencione os fenomenos físicos que estudaste e seus respectivos exemplos.

B.2. Objectivo de estudo da Física.

Consiste em discubrir as regularidades e leis a que se encontra submetidos os fenómenos naturais


e utilizá-los em Benefício do próprio homem.

B.3. Objecto de estudo da Fisica.

A Física é uma das ciência que estuda as propriedades e leis que regem os fenómenos naturais.
Esta palavra tem origem grega que significa natureza.

Materia:Aquilo de que os corpos são feitos, que ocupa espaço e pode


impressionar os sentidos; elemento constituinte do universo

Corpo: porção limitada da materia tem peso e oucupa espaço. EX: prego de ferro, gota de água.
Copo de plástico.

Substância: tudo aquilo de que se compõe um corpo, Ex: Alumíneo, água, ferro, Vidro etc

B.4. Observações e experiencias.

Para se obter conhecimento é necessario observar os fenómenos, observando, adquire-se muitos


conhecimentos, Mas é necessario realizar experiêcias para comprovar o que se observou.

Actividades.
1-Qual o objectivo de estudo da Física?
2-Dê três exemplos de corpo e substância.
3-Com que via se comprovam os conhecimentos em Física?

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B.5. Grandezas físicas e suas medições.

As grandezas fisicas permitem avaliar o grau em que se manifesta uma propriedade.

Grandeza Física é toda a propriedade ou caracteristica de um objecto ou fenómeno que se pode


medir. Ex: Coprimento, largura, área, volume, tempo e temperatura.

Medir uma grandeza fisica significa compará-la com outra da mesma especie tomada como
unidade padrão.

As grandezas físicas podem ser divididas em: grandeza vectorial e grandeza escalar.

Para que a obtenção dos resultados experimentais seja mais precisa é necessário a utilização de
diversos instrumentos Físico de medição. Uns são mais simples como: A regua graduada, a proveta
graduada, fitamétrica etc

. Outros são mais complexo como: cronómetro, termómetro, amperímetro e voltímetro.

REGRAS PARA A MEDIÇÃO DE GRANDEZAS FÍSICAS

 Conhecer como se utiliza o instrumento e os cuidados que se deve ter ao manipulá-lo.


 Conhecer a escala.
 A posiçao em que colocamos o instrumento para a medição é muito importante.

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ERROS NAS MEDIÇÕES
Quanto a origem os erros podem ser:
Erros sistemáticos: são originados por factores tas como a deficiencia do instrumento, a
escala, o método de utilização etc.
Erros furtuitos ou acidentais: se cometem em virtude de causa meramente acidental como,
por exemplo: o traçado da escala é muito grossa, observação na direcção obliqua etc.

Unidades de comprimento
Múltiplos principal Submúltiplos
Quilómetro Hectómetro Decâmetro Metro Decímetro Cemtimetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
Unidades de área
Quilómetro Hectómetro Decâmetro Metro ao Decímetro Cemtimetro milímetro
ao quadrado ao quadrado ao quadrado quadrado ao quadrado ao quadrado ao quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

Unidades de volume
Quilómetro Hectómetro Decâmetro Metro ao Decímetro Cemtimetro milímetro
ao cubo ao cubo ao cubo cubo ao cubo ao cubo ao cubo
dm3 dam3 m3 dm3 Cm3 mm3
Unidades de capacidade
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Cemtilitro mililitro
kl hl dal l dl Cl ml
Unidades de tempo
Hora minuto segundo
h min s

As equivalências
dm3=1L
1m3=1000L

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B.6. Conversão de unidades.

Cada unidade de comprimento representa apenas a uma casa decimal. Porém Para
convertermos de uma unidade para outra acrescentamos uma casa decimal para cada unidade
até chegar a unidade pretendida. Caso seja uma dízima deslocamos a vergula até a unidade
pretendida.

Ex: converte em metro

1km

2,4567km

km hm dam m dm cm mm
1 0 0 0
2 4 5 6, 7
1km=1000m

2,4567km=2456,7m

Outras tecnicas
 Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por 10.
Ex : 1 m = 10 dm

 Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 10.
Ex : 1 m = 0,1 dam

 Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras anteriores.
Ex : 1 m = 100 cm

1 m = 0,001 km

Actividades

1. Converte em metro.
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a) 23km; b) 20hm; c) 324dam; d) 4,5hm; e) 1,3mm; f) 543,267cm; g) 101dm;
h) 1200mm.

B.7. Cálculo da área (rectângulo, Triângulo e Círculo)

A área de um rectângulo calcula-se multiplicando o comprimento pela largura.

A
L

Logo:

Onde:
A- Área
C- comprimento
L- largura

A área de um Triângulo calcula-se multiplicandoa base pela altura e divididir por dois.

h
A

Logo:

Onde: b- base h- altura

A área de um Círculo obtem-se multiplicando o pi e o raio ao quadrado. De realçar que pi é uma


constante cujo seu valor é 3,14

r A
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onde:
π- pi
r- raio

B.7.1. Exercícios

1- Calcule a área de um campo de futebol cujas dimensões são de 120m de comprimento e 60m de
largura.

Para resolver este e qualquer tipo de exercícios similar, devemos seguir os seguintes passos:
 Leitura e interpretação do problema.
 Extração dos dados ( identificar o valor de cada grandeza)
 Converter para unidade principal caso seja necessário.
 Identificar no texto o tipo de figura geométrica da área em que pretendemos calcular.
 Identificar a fórmula que corresponde com a figura geométrica.
 Substituir os valores na fórmula.
 Efectuar os cálculos.
 Dar a resposta.

Substituição

R:

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Actividades

1. Calcula a área de um terreno que posui 20m de largura e 300dm de comprimento.


2. Determina a área de uma figura triangular que possui um base de 2m e a sua altura é de 3m
3. Determina a área do grande circulo de um campo que possui 3m.
4. Quarto do senhor Jorge possui 5m de comprimento e 4m de largura.
a) Qual é área do quarto?
b) Se o senhor Jorge usar mozaicos de 0,5m2, quantos mozaicos será necessário para
ladrilhar o quarto?

B.8. Cálculo do volume (paralelepípedo e cilindro).

O volume de um paralelepípedo obtem-se multiplicando o comprimento, a largura e altura.

Onde:
V- volume.
h- altura.
O volume de um cilindro é calculado através da multiplicação do raio ao quadrado pelo pi e
pela altura.

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B.8.1. Exercícios

1. Calcula o volume de uma gileira cujas dimenões são as seguintes: comprimento 5dm,
largura 40cm e altura 2m.
2. Qual é o volume de um tambor cilindrico cujo raio é de 0.3m, altura de 1.5m e
3. O Tanque de água da casa da senhora Candega posui 2,5m de largura, 4m de
comprimento e 2m de altura.
a) Determina o volume.
b) Quantos litros de água suportava o tanque?

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Tema: C- extrutura e estado de agregação das substância.

C.1. Noções elementares sobre a estrutura das substâncias;

Em física não só se observam e descrevem os fenómenos e propriedades dos corpos como também se
trata de os explicar. Por exemplo: como se explica o facto de a água vertida sobre uma superfície lisa, se
derramar sobre ela e não se fixa num só lugar?

Por que é que ao arrefecer a água pode chegar a converter-se em gelo e ao aquecer converte-se em
vapor?

Por que é que os gases se comprimem com maior facilidade do que os sólidos e líquidos?

Por que é que o vidro aquecido se pode dobrar com maior facilidade do que o vidro frio?

Para responder estas e outras perguntas temos que conhecer a estrutura interna das substâncias. Este
conhecimento não só permite explicar numerosos fenómenos físicos, mais também ajuda a prever como
estes se produzem e o que é necessário fazer para os acelerar ou retardar, ou seja, conhecer a estrutura
interna da substancia ajuda-nos a controlar estes fenómenos.

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Uma vez conhecida a estrutura das substâncias, pode-se explicar as suas propriedades e também criar
novas substâncias com as propriedades que o homem necessita, como, por exemplo ligaduras e resistente,
materiais resistentes ao calor, etc.

Com ajuda da ciência criaram-se novos materiais, tas como o plástico, a borracha sintética e o nylon.
Todos estes materiais tiveram uma grande aplicação na técnica, na medicina e na vida quotidiana.

Actividades:

1- Porque é necessário conhecer a estrutura das substâncias?

C.2. Os três estados de agregação das substâncias

Durante o inverno, nos países frio, a água congela na superfície dos lagos rios, passando de estado
líquido ao sólido. De baixo do gelo a água mantém-se líquido. Aqui podemos ver, simultaneamente dois
tipos distintos de estados da água: sólido (gelo) e o líquido (água).

Existe um terceiro estado da água e invisível, encontra-se no ar que nos rodeia.

Durante o seu ciclo a água, passa pelos três estados físicos (sólido, líquido e gasoso)

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No termómetro podemos ver o mercúrio líquido por cima da superfície do líquido, encontra-se o
vapor de mercúrio (mercúrio no estado gasoso)

A temperatura inferior a 39ºC o mercúrio solidifica, passa para estado sólido.

Nos exemplos da água e do mercúrio vemos que as substancias na natureza podem encontrar-se nos
três estados: sólido, líquido e gasoso

Nas condições em que vivemos, a maioria das substâncias não se podem observar simultaneamente
nos três estados físicos.

Os corpos formados por substâncias sólidas são muito difícil de comprimir e conservar o seu volume.
Se quisermos dobrar, laminar ou romper um corpo sólido, necessitamos de exercer um esforço sobre o
mesmo.

Propriedades dos sólidos:

-Conserva a forma e o volume

-é difícil alterar a sua forma

Propriedades dos líquidos:

-este a dota a forma do recipiente em que é vertido

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-Muda de forma com a facilidade e conserva o volume

Propriedades dos gases:

- Os gases a dotam a forma do recipiente em que se encontram

-Não oferecem resistências a mudança de forma;

-São mais compressíveis do que os líquidos;

-Não possuem o volume próprio e enchem totalmente o volume que se lhe oferece.

Dado que toda substancias podem passar de um estado a outro, não de pode dizer que algumas
substancias sejam exclusivamente sólidas líquidas ou gasosa. Uma mesma substância pode estar no estado
sólido, líquido ou gasosa conforme a temperatura e a pressão a que se encontra. Quando se diz uma
substância é um sólido um líquido ou um gás, referimo-nos ao seu estado físico e à temperatura ambiente.

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C.2. Agregação e movimento corpúsculo

Estas figuras mostram-nos a organização e o movimento das partículas dos gases dos líquidos e dos
sólidos

Gases: partículas livres com movimento de translação amplo.

Por exemplo: no ar atmosférica, em que os espaços inter -moleculares são relativamente grandes,
cada partículas move-se durante certo tempo em linha recta, depois choca com outra e modifica a direcção
do seu movimento, dai choques chegam a ser vários milhares de milhos por segundo.

Líquidos: partículas vibram e tem movimento de translação.

Ex. Num líquido, as partículas, entre em choques, percorrem uma distância menor do que o seu tamanho.

Sólidos: partículas vibram mas não tem movimento de translação.

28
Ex. Nos corpos sólidos, dada a grande atracção mútua, as partículas oscilam unicamente em torno de certa
posição média e só ocasionalmente passam de um lugar para outro.

C.3. Introdução à teoria cinético-molecular

Os gases não têm forma nem volume próprios, ocupando sempre o volume do recipiente onde estão
encerrados. São capazes de se expandir indefinidamente e são altamente compressíveis, exercendo forcas nas
paredes dos recipientes que os contém, forcas que são muito maiores do que poderia esperar-se considerando
apenas o seu peso.

Numerosos factos experimentais sugerem que num gás há um número extremamente grande de
partículas muitíssimo pequenas, as moléculas, em contínuo movimento, deslocando-se com grande rapidez
(capazes de efectuar percursos de centenas de metros em cada segundo), chocando constantemente uma com
as outras e com as paredes do recipiente.

Os pequenos trajectos percorridos pelas moléculas, entre choques consecutivos, são efectuados em
todas as direcções possíveis não há, portanto, direcção privilegiada de movimento; é o que se chama caos
molecular ou desordem molecular.

A grande compressibilidade de um gás explica-se pelo pequeno volume das suas moléculas
relativamente ao espaço que preenchem.

29
Ao diminuir o volume, diminui espaço entre as partículas.

C.4. Movimento Browniano

Entre as demonstrações experimentais de que o movimento molecular existe, encontra-se o fenómeno


observado, em 1827 pelo cientista inglês Brown, ao examinar ao examinar ao microscópio pó de licopódio
(fino pó amarelo utilizado nas farmácias para pulverizar as partículas evitando que estas adiram umas às
outras).

Movimento Browniano- é o movimento observado das partículas coloridas. As partículas mais


pequenas mudam de lugar de um modo desordenado, as maiores somente flutuam.

Imagens das partículas

30
As observações mostram que o movimento browniano não cessa jamais. A causa do movimento
browniano, reside no movimento incessante das moléculas do líquido em que se encontram as partículas
coloridas.

As moléculas não podem ver-se através de um microscópio óptico, embora possamos supor a sua
existência e movimento pelos choques que provocam, empurrando as partículas coloridas e obrigando-as a
deslocar-se.

A descoberta do movimento browniano teve uma grande importância no estudo da estrutura das
substâncias. Demonstrou que os corpos são realmente constituídos por partículas específicos que se
encontram em contínuo e incessante movimento.

Actividades:

1-Define movimento browniano.

2-Qual a sua importância na ciência?

C.5. Fenomenos em que se manifestaa extrutura molecular das


substancias.

Dilatação dos corpos sólidos.

Uma experiencia muito simples permite-nos pôr em evidencia a dilatação de um sólido. Suponhamos
um fio metálico APB, tenso nas suas extremidades, e tomamos nota da posição do ponto médio P,por meio
de uma régua graduada, colocada verticalmente. Façamos passar corrente eléctrica no fio, este aquece e, à
medida que a temperatura aumenta, a posição a posição do ponto P desloca-se, acabando por estabilizar na
posição P:6 comprimento APB do fio é maior do que o comprimento inicial APB.

Houve um aumento de comprimento por efeito do aumento de temperatura e o fio dilatou-se.

31
Por acção da electricidade, aumentou a temperatura e, consequentemente, o fio dilatou.

- Entre os Carris dos Comboios ou nas junções das pontes, existem pequenos espaços para permitir a
dilatação.

Dilatação dos líquidos

Enche-se completamente de água, ou de outro líquido, um balão como o da figura 3.16, e tapa-se
com uma rolha, atravessada por um tubo estreito. Se tiver o cuidado de introduzir rapidamente a rolha,
poderás conseguir que o liquido suba no tubo ate um certo nível.

A descida do nível do liquido, quando se introduz o balão em agua quente, foi devido ao ponto de ter
dilatado primeiramente o recipiente de vidro, antes do aquecimento ter chegado ao liquido quando, porem,
este for aquecido, o seu volume aumentou mais do que o do vidro e o seu nível subiu.

Difusao em gases, liquidos e solidos

Numerosas experiências demonstram que as partículas de todos os corpos se movem constantemente.

Difusão: é o fenómeno pelo qual as substancias se misturam entre si, sem acção externa.

32
Nos liquidos

Colocando corante alimentar num Gobelí com água, verificamos que as partículas difundem, ao fim
de algum tempo, toda agua está corada.

Nos gases

A Difusão ocorre mais rapidamente do que nos líquidos.

Ex: Introduza-se uma substancia cheirosa numa habitação, por ex: água-de-colónia ou um
ambientador, e passando algum tempo sentir-se-á a sua presença em todas as partes da habitação. Isto quer
dizer que as partículas de água- de- colónia se mover em todas as direcções: ocorre o fenómeno da difusão.

As partículas de água-de-colónia chocaram com as partículas de ar e, no seu deslocamento


desordenado em todas as direcções, dispersando-se por toda a habitação

33
Nos sólidos

O Fenómeno da difusão também ocorre nos sólidos, embora de modo muito lento.

A difusão tem grande importância para a vida do homem e dos animais. Assim, por exemplo,
graças a difusão, o oxigénio penetra no organismo. As substâncias nutritivas passam do intestino para o
sangue pelo mesmo processo de difusão.

ACTIVIDADE

1-Que importância tem a difusão para a vida do homem?

C.5. Temperatura e movimentos corpusculares.

Velocidade do movimento das moléculas e a temperatura do corpo. Em volta de nós sucedem


diversos fenómenos físicos relacionados com aquecimento e arrefecimento dos corpos, assim como com
mudança dos corpos de um estado físico para outro.

Entre estes tipos de fenómenos estão, por exemplo, o aquecimento e o arrefecimento ar, o derreter do
gelo e a fusão dos metais. Estes fenómenos recebem o nome de Fenómenos térmicos.

A temperatura da agua em ebulição é superior à da agua fria, a temperatura do ar no cacimbo é mais


baixa do que no calor.

A temperatura de um corpo, como se sabe, mede-se com um Termómetro e a unidade da


temperatura recebe o nome de grau Célsius.

EX: Se observarmos a difusão de líquidos em dois recipientes, um dos quais, no começo da


experiencia se encontra num frigorifico e o outro num forno, podemos descobrir que a difusão do
movimento mais rapidamente à temperatura mais alta. Isto significa que a velocidade do movimento das
moléculas e a temperatura do corpo estão relacionadas umas com a outra.

Quanto mais rapidamente se movem as moléculas de um corpo, mais alta será a sua temperatura.

34
A agua quente compõe-se das mesmas moléculas que a agua fria. A diferença entre as duas esta em
as moléculas da agua quente se movem a maiores velocidades do que as moléculas da agua fria.

Actividades

1- Mediante uma gravura, explica o movimento das moléculas relacionadas com a temperatura do corpo.
Porque é que este fenómeno acontece?

2-Classifica as seguintes afirmações como Verdadeiras ou Falsas corrigindo as falsas.

a) A agitação dos corpúsculos diminui quando a temperatura diminui.

b) No estado sólido, os corpúsculos apresentam movimentos de vibração, de rotação e de translação.

c) O estado gasoso é caracterizado pelo facto dos corpúsculos estarem muito organizados.

d) Os materiais no estado sólido apresentam forma e volume constante.

e) No estado gasoso, os corpúsculos estão muito próximos uns dos outros.

35
3-Associa os estados físicos, referidos na coluna I, com as propriedades da matéria, indicadas na coluna II.

Coluna I Coluna II

1-Solidos A. Tem forma definida.

2- Líquidos B. Tem volume variável.

3- Gases C. Adquirem a forma do recipiente que os


contem.

D. Tem forma variável.

E. São facilmente compressíveis.

F. Tem volume constante.

G. São dificilmente compressíveis.

36
37
Tema: D- Força e massa

D.1. Tipos de forças e seus efeitos

O corpo põe-se em movimento, muda de direcção ou para, sob acção que outros corpos exercem
sobre. Normalmente, não se indica qual o corpo e de que modo ele actua sobre outro. Mas que actuou sobre
o corpo, ou lhe foi aplicada uma força.

Força: É toda a acção que se exerce sobre um corpo podendo causar-lhe uma variação de velocidade
no seu movimento.

Sob a acção de uma força pode-se alterar a velocidade de um corpo, não só na sua totalidade, mas
também de algumas das suas partes em relação a outras. Sempre que se queira obter a mesma variação de
velocidade para dois corpos de massas diferentes, são necessárias duas forças diferentes.

Força de gravidade: É a força com que um corpo é atraído para a terra, num determinado lugar.

Por causa da atracção da terra, os corpos caem, correm as águas dos rios, e a pessoa que salta cai;
todos os corpos que se encontram na terra ou próximo dela, são atraídos para ela: os seres humanos, a água
nos mares, as casas, etc.

A atracção não só existe entre a Terra e os corpos que se encontram sobre ela. Todos os corpos
atraem-se uns aos outros.

A Terra e todos os outros planetas que movem-se à volta do Sol, são atraídos por ele e também entre
si – a atracção de todos os corpos do Universo, chama-se gravitação universal

D.2. A força como grandeza vectorial. Sua representação gráfica

A Força é uma grandeza física e que a acção de uma força sobre um corpo depende do valor
numérico, da sua direcção, da sua intensidade e do seu sentido. As grandezas físicas podem:

Grandezas Físicas Vectoriais: São aquelas que além do seu valor numérico, possuem direcção,
sentido, intensidade e ponto de aplicação. Ex.: a velocidade ( ), a aceleração ( ), a gravidade ( ), a
força ( ), o peso ( , a força resultante ( , a força de pressão ), a pressão ( , a força de
gravidade ( , a força elástica ( ), a gravitação universal ( ), etc.

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Grandezas Físicas Escalares: São aquelas que dependem apenas do seu valor numérico. Ex.: As
temperaturas relativas: grau celsius (°C) ou grau fahrenheit (°F) e temperatura absoluta Kelvin (K), o volume
(V), o comprimento (C), a altura (h), o tempo (t), a massa (m), a densidade (D), etc.

D.3. Representação gráfica da força

A força representa-se esquematicamente, por meio de um segmento de recta terminado por uma seta. O
extremo segmento de recta que não termina em seta é o ponto de aplicação da força – aquele ponto do
corpo em que se realiza a acção por parte do outro corpo;

PONTO DE APLICAÇÃO

SENTIDO DE ACTUAÇÃO DA FORÇA

D.4. Unidades da força no S.I

A força é uma grandeza física que pode ser medida ou comparada com uma força adoptada como
unidade. Mediante o acordo internacional, adopta-se como unidade da força o Newton (N) em homenagem
ao grande físico inglês Isaac Newton.

Na técnica e no dia-a-dia, empregam-se outras unidades de força: quilograma-força (Kgf) – igual à


força de gravidade que actua sobre um corpo de massa igual a 1 kg, o grama-força (gf) e o dine. Pode inferir-

39
se que o quilograma-força é 9,8 vezes maior que o Newton (1Kgf = 9,8N). Uma força de gravidade igual a
9,8N actua sobre cada quilograma de massa (na latitude da cidade de Sévres).

1Kgf = 9,8N ou 9,8N/Kg

1Kgf = 100 gf

1N = 100.000 dines

D.5. Composição de forças. Força resultante

Na maior parte dos casos do nosso quotidiano, constata-se que sobre um corpo não actua apenas uma
força, mas várias.

Por exemplo, ao serrar uma tábua, sobre a serra actuam força muscular do homem, a força de
resistência da tábua e a força de gravidade.

- Sobre o navio em movimento actuam a força de atracção da hélice ao girar, as forças de resistência da água
e do ar, a força de gravidade e a força de impulsão provocada pela água.

- Sobre um corpo suspenso de uma mola esticada, actuam a força de gravidade e a força de elasticidade da
mola.

Força Resultante: É a força que provoca sobre um corpo uma acção igual à provocada por várias
forças que actuam simultaneamente sobre ele.

D.5. Soma de duas forças que actuam sobre um corpo dirigidas numa mesma
direcção

Numa mola elástica pendura-se, um por baixo do outro, dois corpos que pesam respectivamente 2N e
1N, marca-se o comprimento alcançado pelo extremo da mola. Substitui-se os corpos por outros que
alongam a mola até ao mesmo comprimento; conclui-se que: a resultante de duas dirigidas segundo a
mesma direcção e no mesmo sentido é igual à soma das forças e está dirigida no mesmo sentido;

Se sobre um corpo actuarem duas forças com a mesma direcção e sentidos opostos, a resultante será igual
á diferença entre elas e está orientada no sentido da força maior.

40
- Se a um corpo aplicar-se duas forças iguais e de sentidos postos, a resultante dessas forças é igual a zero;
neste caso, o corpo encontrar-se-á em repouso, ou mover-se-á uniforme e rectilineamente, de acordo com o
Princípio de inércia.

Exs: Figura 1 Figura 2 Figura 3

F
R F2=2N F1=2N

F1

F1

m
1
F2 m
2

D.5. Composição de força. Força resultante


Na maior parte dos casos que encontramos na vida, podemos constatar que sobre um corpo não actua
apenas uma força e sim várias ao mesmo tempo.

Assim, ao serrarmos uma tábua, sobre a serra actuam a força muscular do homem, a força de
resistência da tábua assim como a força de gravidade.

Sobre um barco em movimento, actuam a força de tracção da hélice ao girar, as forças de resistência
da água e do ar, a força da gravidade e a força de impulsão provocada pela água.

Sobre um corpo suspenso em uma mola, actuam a força da gravidade e a de elasticidade da mola.

Em todos estes casos, as diversas forças aplicadas a estes corpos podem ser substituidas por uma
única força cuja a sua acção seja equivalente a todas elas.

41
Assim, a força que provoca o mesmo efeito que várias forças aplicadas ao corpo simultaneamente
chama-se força resultante ou resultante destas forças

Detrminação da força resultante.


A determinação da reultante de várias forças chama-se composição destas forças. A determinação da força
resultante depende do sentido e da direcção em que actuam as forças componentes.

Se em um corpo actuarem duas forças F1 e F2 no mesmo sentido e direcção, a resultante destas forças será
igual ao somatório destas forças. Assim vem:

FR = F1 + F2 , onde :

FR representa a força resultante

F1 representa a força componente um

F2 representa a força componente dois

Exemplo 1- Numa mola elástica penduram-se dois corpos um por baixo do outro de 3N e 2N
respectivamente, determina a resultante destas forças.

Solução

Dados Formúla Resolução

F1 = 3N FR = F1 + F2 FR = 3N + 2N

F2 = 2N FR = 5N

R: A força resultante destas forças é iugual a 5N.

Se em um corpo actuarem duas forças F1 e F2 na mesma direcção e sentido diferente, a resultante destas
forças será igual a diferença da força componentes, isto é da moior pela menor. Assim vem:

FR = F1 - F2 , no caso em que a F1 é maior que a F2

FR = F2 – F1 , no caso em que a F2 é maior que a F1

Exemplo 2- Num jogo de puchar a corda participam dois alunos que aplicam sobre a corda 10N e 15N
respectivamente. Calcula a resultante destas forças.

Solução

42
Dados Formúla Resolução

F1 = 10N FR = F2 – F1 FR = 15N - 10N

F2 = 15N FR = 5N

R: A força resultante destas forças é iugual a 5N.

Se a um corpo aplicarmos duas forças iguais e de sentidos opostos, a resultante dessas forças é igual a zero.
Um corpo nestas condições encontrar-se-a em repouso.

D.6. Força elástica


Todos os corpos que se encontram na superficie da terra estão sujeitos a acção da força de gravidade. É
devido a força de gravidade que caiem as gatas de água, as folhas das árvores a neve, etc.

Vejamos porque é que os corpos se encontram em repouso quando apoiados.

A tabua colocada horizontalmente em dois apoios. Se no meio desta tabua for colocado um peso, a
força da gravidade fará com que o peso se desloque para baixo encurvando a tábua. Depois de algum tempo
o peso imobiliza-se. O mesmo acontece se por cima de uma mola colocarmos um corpo, sob a acção da força
de gravidade, durante um curto intervalo de tempo, o corpo e a mola mover-se-ao para baixo até parar. Isto
porque, para alem da força de gravidade dirigida verticalmente para baixo existe outra força dirigida
verticalmente para cima.

A esta força dirigida verticalmente para cima, em sentido oposto ao da força de gravidade, chama-se
força elástica ou força de elasticidade
43
Quanto mais se deforma o apoio ou a mola, maior será a força de elasticidade.

Quando a força de elasticidade for igual à de gravidade que actua sobre o corpo, o apoio e o corpo detêm-se,
ou seja, deixam de mover.

Dinamometro

Na prática, há muitas vezes a necessidade de conhecer a intensidade da força com que um corpo actua sobre
o ourto. Como por exemplo, a força de tracção de um trator, do choque de um martelo contra um prego, etc.

Assim, oinstrumento usado para medir forças chama-se dinamometro.

D.7. Peso de um corpo. Factores de que depende


Peso é a força que um corpo exerce sobre uma superficie de apoio, ou sobre um corpo no qual se
suspende.

Pelo facto do peso ser um tipo de força, tambem mede-se com um dinamómetro ou uma balança de
dinamómetro.

Quantomaior for o peso do corpo, maior será o aumento do comprimento da mola de que está suspenso.

Se suspendermos um corponum dinamómetro, o alongamento da mola dar-nos-á a força com que o


corpo é atraido pela terra, espresso em unidades de força, o Newton. O peso de um corpo é uma propriedade
muito importante, varia em função do lugar onde nos encontramos.

Por exemplo, nos polos o corpo pesa 0,5% mais do que no equador.

Cálculo do peso de um corpo

O peso de um corpo pode ser calculado apartir de:

P = m.g

D.8. Forca de atrito


Forca de atrito: e a forca de contacto que aparece quando um corpo se move ao longo da
superfície de outro e que se dirige em sentido oposto ao do movimento.

Por exemplo:

44
Quando montamos uma bicicleta, ela pára se não voltarmos a pedalar; ao chutar-mos uma bola de
futebol, ela move-se durante um instante pela relva e pára logo em seguida; um automóvel pára uns instantes
depois de se deixar de acelerar, mesmo que não se apliquem os travões; uma criança que desliza sobre o gelo
num trenó acabará por parar porque o gelo não é totalmente liso.

Nos exemplos apresentados, sobre cada corpo, actua força atrito.

D.8.1. Tipos de atrito


Podemos destingir dois tipos de atrito, como : o cinético e o estático.

Atrito cinético,ocorre quando um corpo se move ao longo de uma superfície.

O atrito cinético pode ser de rolamento e de escorregamento.

Atrito de escorregamento e aquele em que um corpo desliza sobre o outro, por exemplo: Ao deslizar uma
caixa ao chão.

Atrito de rolamento e aquele em que um corpo rola por cima de outro,por exemplo: o rolar de um tronco no
chão,etc.

De que depende a forca de atrito

A forca de atrito vai depender da natureza das superfície em contacto( rugosidade das superfície)

Ex: as superfície geladas tem menos rugosidade e as superfície de madeira tem mais rugosidade
Também vai depender do peso do corpo que se move

Ex: quando o peso e menor, a forca de atrito também e menor porque menor e a oposição ao movimento.

A forca de atrito pode medir se usando um dinamómetro.

D.8.2. O atrito na natureza e na técnica


O atrito na Natureza e na Técnica o atrito tem grande importância na Natureza e na Técnica . O atrito
pode ser útil ou prejudicial. Quando for útil deve-se aumentar e quando for prejudicial tem que se diminuir. -
Vejamos alguns exemplos.

Sem atrito, nem as pessoas nem os animais poderiam mover-se. Efectivamente, ao andar, nós
levantamos os pés do chão. Quando o atrito entre as solas dos sapatos e o chão é pequeno, é muito difícil

45
caminhar sem escorre-gar. Nos lugares onde cai neve, para se poder caminhar sem escorregar, põe-se areia
nos passeios, aumen-tando assim a força de atrito entre as solas dos sapa-tos e o gelo.

Se não houvesse atrito os objectos cair-nos-iam das mãos.

A força de atrito faz parar um automóvel quando se trava e sem atrito nem sequer poderia começar a
andar. As rodas girariam, deslizariam e, entretanto, o automóvel permaneceria no seu lugar. Para aumentar o
atrito, as rodas dos automóveis apresentam uma superfície estriada. Quando o pavimento está molhado, o
atrito diminui, por isso devemos manejar o automóvel com extremo cuidado.

Dissemos que em muitos casos o atrito é prejudi-cial e que devemos lutar contra ele. Por exemplo,
em todas as máquinas as partes móveis aquecem e deterioram-se por causa do atrito. Para diminuir o atrito
entre as superfícies de contacto, elas têm que ser li-sas e entre elas introduzir-se um lubrificante.

Para diminuir o atrito nos eixos giratórios das máquinas e tornos, devemos apoiá-los em chumaceiras.
A parte da chumaceira que está em contacto directo com o eixo chama-se casquilho. Os casquilhos devem
ser de bronze, ferro fundido ou aço.

Para diminuir o atrito entre o casquilho e o eixo giratório, cobre-se a superfície interior do casquilho
com um material especial, quase sempre uma liga de chumbo, estanho e outros metais e além disso lubrifica-
se.

As chumaceiras de esferas ou rolos utilizam-se em máquinas diferentes: automó-veis, motores eléctricos,


bicicletas, eixos de vagões, etc. Sem elas, a indústria moderna e o transporte seriam impossíveis.

Actividades

1- Quais são os tipos de atrito que conheces?


2- De que depende a forca de atrito?
3- Escreva sobre a importância do atrito na Natureza e na técnica.

D.9. Pressão e força de pressão


Os objectos que nos rodeiam, a mesa, as cadeiras, o aparador, as carteiras, estão assentes no chão e
exercem sobre ele uma força igual ao seu próprio peso .

O peso de um corpo está dirigido verticalmente sobre a superfície horizontal do chão. Portanto, a
força com que os corpos mencionados pressionam um chão horizontal está dirigida perpendicularmente à
superfície do chão.

uma força que actua perpendicularmente à superfície de um corpo chama-se forca de pressão.
46
Por exemplo, Uma pessoa caminha na neve com,muita dificuldade porque os sapatos se afundam
nela, mas se usar esquis poderá mover-se pela neve, quase sem afundar-se.

Com esquis ou sem eles a pessoa actua sobre a neve com a mesma força: o seu peso. Mas a acção é
diferente em ambos os casos porque a superfície sobre a qual o homem exerce a pressão é diferente.

A superfície dos esquis é vinte vezes maior do que a superfície dos sapatos. Então, parado sobre os
esquis, o homem exerce uma pressão por cada unidade de área, com uma força vinte vezes menor .

Uma força que actua perpendicularmente sobre uma unidade de superfície chama-se pressão.

A pressão que produz uma unidade de força sobre uma unidade de superfície, por exemplo um newton sobre
um metro quadrado denomina-se unidade de pressão.

,Abreviadamente, estas unidades escreve-se da seguinte forma: 1N/m2.

Como a pressão é igual à força que actua perpendicularmente sobre uma unidade de superfície, então para
determinar a pressão tem que se dividir a intensidade da força pela área da superfície:

Pressão = Força / Area.

Substituindo a pressão pela letra P, a força por F e a superfície por S, fica:

A unidade de pressão no Sistema Internacional- SI é o Pascal- Pa 1 Pa=

Procuremos mostrar, com um exemplo, como se calcula a pressão exercida sobre o chão, por um menino,
cuja massa é de 45 kg e a área das solas dos seus sapatos é de 300 cm2

O peso do menino é: P = 9,8 N/kg x 45 kg = 450 N

Área de superfície = 300 cm2 = 0,03 m2

A pressão que exerce sobre o solo é igual a:

P = 15 000 N/m2 = 15 000 Pa

Conhecendo a pressão, pode determinar-se a força que actua perpendicularmente sobre toda a superfície de
um corpo: força de pressão.

47
A pressão indica que a força actua sobre a unidade de área de superfície, porque toda a força de pressão é
igual ao produto da pressão pela área de apoio.

Força de pressão = Pressão x Área de apoio

F=PxS

D.9.1. A pressão na Natureza e na Técnica


Um tractor de esteiras, cujo peso alcança centenas de milhares de newton, origina no solo uma
pressão várias vezes maior do que a de um menino que pese 450 newton. Esta pressão é aproximadamente
igual a 450 000 N/m2, porque o peso do tractor se distribui sobre uma área maior do que a das suas esteiras.

Quanto maior for a superfície de apoio, menor será a pressão exercida por uma força sobre esse
apoio. Assim, se quisermos obter maior ou menor pressão, aumentamos ou dininuírnos a superfície de apoio.

Seguem-se vários exemplos de como se empregam na Técnica grandes áreas de apoio para diminuir a
pressão de objectos extraordinariamente pesados.

Para que um terreno esteja em condições de suportar a pressão exercida por um edifício, aumenta-se
a área da parte inferior de cimentação.

Pela mesma razão, os pneumáticos dos camiões são mais largos do que os dos automóveis,
especialmente os dos veículos destinados a deslocarem-se na areia das zonas desérticas.

Actividades

1. Define pressão e forca de pressão.


2. Porque quanto mais afiada esta uma faca, mais facilmente ela corta?
3. Aplica se uma forca de 80N perpendicularmente a uma superfície de área de 0,8 m2. Calcule a
pressão exercida.

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D.10. Massa e inércia
No nosso dia-a-dia deparamo-nos com fenómenos nos quais se põe em evidência a inércia dos
corpos. Uma pessoa que corre não pode parar de repente, porque a inércia conserva a velocidade do seu
movimento.

É conhecido por todos que quando um cavalo galopa, ao parar de repente, o cavaleiro continua a
mover-se e é lançado para diante por cima da cabeça do cavalo.

Exemplo: Por causa da inércia, um cavaleiro é projectado para a frente.

Por causa da inércia, é impossível variar instantaneamente a velocidade de um corpo. Deve-se ter em
conta a inércia dos corpos, também na produção, quando se tra-balha com partes móveis, as quais, pela sua
inércia, não podem ser postas em movimento nem pararem instantaneamente.

A propriedade de um corpo conservar a velocidade, na ausência da acção de outros corpos sobre ele,
chama-se inércia.

Os primeiros estudos sobre a inércia foram realizados por Galileu Galilei, físico italiano.

podemos concluir que a resistência à variação da velocidade que possuem os corpos é uma
propriedade intrínseca dos mesmos, a que chamaremos massa inercial.

Quanto maior for a massa inercial maior será a oposição do corpo às variações de velocidade produzidas por
interacções com outros corpos.

Actividades

1- o que é a inércia?

2-Qual é a sua importância?

4- Define massa inercial.

49
D.10.1. Unidade de massa
podemos comparar a massa dos corpos, ou seja, determinar quantas vezes é maior ou menor a massa de um
corpo em relação à de outro.

Isto pode verificar-se calculando as variações da velocidade que é originada nos corpos pela interacção,
tomando um como padrão.

Se cada um escolhesse livremente um corpo de massa-padrão, não se resolveria o problema.

Por isso, adoptou-se um corpo-padrão, cuja massa é a grandeza-padrão desta.

Como unidade de massa do Sistema Internacional adoptou-se o quilograma [1 kg, que é a massa do corpo
padrão.

Para se compreender melhor o que foi exposto, voltemos à experiência com os carros.

Suponhamos que a massa do carro B é de 1 kg e que desconhecíamos a relação entre as duas massas.

Como resultado da interacção, o carro A adquiriu uma velocidade duas vezes

maior do que a de B; isto significa que a massa de A é duas vezes menor do que a massa de B. Por
conseguinte, a massa do carro A é igual a

1 kg : 2 = 0,5 kg.

Assim, para medir a massa de um corpo, deve pôr-se em interacção com outro cuja massa é conhecida.

Comparando as velocidades adquiridas por ambos, verifica-se que, se inicialmente os corpos se encontrarem
em repouso, ao interagirem, se adquirem velocidades iguais, as suas massas são iguais.

Se as velocidades adquiridas forem diferentes, a massa desconhecida será tanto maior [ou menor] quantas
vezes for menor [ou maior] a velocidade do corpo de massa conhecida.

Na prática, utilizam-se outra unidades de massa e também múltiplos e submúltiplos do quilograma:

Tonelada quintal decakilograma kilograma hetograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
T q dakg kg hg dag g dg cg mg

1 tonelada (t) = 1000 kg

1 grama (g) = 0,001 kg


50
1 miligrama (mg) = 0,000 001 kg

Actividades

1. Quais as unidades de massa estudadas?

2.Considera um corpo A, de massa 2 kg, que vai interagir com um corpo B, de massa desconhecida. A
velocidade adquirida por A é 3 vezes inferior à adquirida por B. Qual a massa de B?

D.10.2. Medição de massa


Existe outro método mais simples para determinar a massa de um corpo: a balança de pratos
suspensos.

A parte principal da balança de pratos suspensos é uma barra AB, chamada travessão, onde estão
fixos três cutelos. Os cutelos C1 e C3 têm a forma de pequenos prismas trianqulares''que se situam nas
extremidades da barra e têm uma aresta voltada para baixo.

O cutelo central C2 apoia-se sobre a superfície rígida, a almofada. À volta da aresta deste cutelo-
fulcro oscila o travessão da balança. Solidário com o travessão está o ponteiro P, o fiel, que se desloca em
frente a uma escala, E. Nos cutelos laterais suspendem-se os estribos e nes-tes os pratos da balança.

As balanças de precisão dispõem de um travão que manobra um dispositivo para fixar o travessão.

Estas balanças são usadas em laboratórios, farmácias, oficinas de ourivesaria, etc.

D.10.2. Determinação da massa de um corpo

Para determinar a massa de um corpo coloca-se o corpo num dos pratos da balança e equilibra-se
com corpos de massas conhecidas, que têm o nome de massas marcadas.

Quando a balança está em equilíbrio, o peso de um corpo colocado num prato e a totalidade das
massas marcadas colocadas no outro prato são iguais. Se estes pesos são iguais, as massas também o são. A
balança de dois pratos, ao comparar pesos, compara também massas. As balanças de dois pratos servem para
determinar a massa dos corpos comparando-a com massas conhecidas.

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D.10.3 Densidade de uma substância

Os corpos de substâncias diferentes, mas com a mesma massa, ocupam volumes distintos.

Por exemplo, um bloco de ferro com a massa de uma tonelada ocupa um volume de 0,13 m 3, ao passo que
uma tonelada de gelo ocupa um volume de 1,1 m3, quase nove vezes maior.

A densidade de uma substância é a grandeza numericamente igual à massa da unidade de volume de uma
substância.

Por exemplo, a massa de 1 m3 de ferro é igual a 7800 kg. Por conseguinte, a densidade do ferro é de 7800 kg
por m3 que se representa da seguinte maneira: 7800kg/m3

A unidade S.I. de densidade da substância é de 1kg/m3

A diferença de densidades é utilizada, por exemplo, para separar líquidos. Se tivermos uma mistura de água
e azeite, o azeite fica por cima da água, pois tem menor densidade.

D.10.4. Cálculo da densidade de uma substância


Pode calcular-se a densidade se conhecermos a massa e o volume de um corpo.

Para calcular a densidade de uma substância divide-se a massa do corpo pelo seu volume.

Densidade = Massa: Volume do corpo

Onde:

representamos pela letra D, a densidade

representamos pela letra m, a massa

representamos pela letra V, o volume

Para determinarmos a densidade de uma substância utiliza-se a seguinte fórmula:

A densidade pode exprimir-se em: gramas por centímetro cúbico - g/cm3

quilogramas por metro cúbico - kg/m3

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Exemplo:

A densidade do ferro é de 7800 kg/m3

Se pretendemos expressar a densidade em g/cm3 então a massa deve ser expressa em g e o volume em cm3

7800 kg = 7 800 000 g

. 1m3= 1 000 000 cm3

Dividindo a massa pelo volume, determina-se a densidade do ferro:

D = 7 800 000 : 1 000 000 = 7,8 g/cm3

A densidade da substância, varia com o seu estado de agregação.

Por exemplo, a água pode-se encontrar em três estados de agregação, sólido,líquido e gasoso, dependendo da
temperatura e pressão a que se encontra:.

A densidade do gelo é de 900 kg/m3

A densidade da água líquida é de 1000 kg/m3

A densidade do vapor de água é de 0,598 kg/m3

Actividades

1.define densidade.

2. Indica qual e a densidade da agua nos diferentes estados de agregação.

3.Calcular a densidade do mercúrio, sabendo que 1360 g ocupam o volume de 100cm3

D.10.1. Cálculo da massa e do volume de um corpo conhecida a sua densidade


Para fins práticos, é muito importante conhecer a densidade das substâncias. Ao montar uma
máquina, um engenheiro pode calcular antecipadamente, conhecida a densidade e o volume dos materiais
que entram na sua construção, a massa do futuro aparelho.

Antes da construção de um edifício, pode calcular-se a sua massa e, por conseguinte, determinar a
quantidade de materiais de construção de que se necessita.

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Suponhamos que temos que determinar a massa de 50 m3 de gasolina contidos numa cisterna
ferroviária. A densidade da gasolina é igual a 710 kg/m3. Assim, 1 m3 de gasolina tem uma massa de 710 kg.

Uma massa de 50m3 gasolina é 50 vezes maior do que a massa de 1m3 da mesma substância:

710 kg x 50 = 35500 kg = 35,5 t

Deste modo, conhecendo o volume e a densidade da substância, pode calcular-se a sua massa, sem a
utilização da balança.

Então, para calcular a massa de um corpo, conhecidos a sua densidade e volume, multiplicam-se os seus
valores numéricos.

Massa = Densidade X Volume ou m=DxV

Se a massa do corpo for conhecida, pode determinar-se o seu volume a partir da massa e da densidade da
substância de que é constituído.

Em alguns casos, este método para determinar o volume é mais cómodo, como, por exemplo, quando o
corpo possui uma forma irregular. É impossível determinar-se o volume com o auxílio de um régua.

Consideremos um exemplo em que a massa do bloco de granito é de 6,5 toneladas e a sua densidade 2600
kg/m3. Como se calcula o volume do bloco? Pelo valor da sua densidade, vê-se que a massa do bloco é de
2600 kg. Dividindo a massa do bloco de granito pelo valor da massa de 1 m3 do mesmo bloco

6500 : 2600 = 2,5 m3 obteremos o valor do volume do bloco de granito que é igual a 2,5 m3

Assim, para calcular o volume de um corpo, conhecidas a sua densidade e a sua massa, deve dividir-se o
valor da sua massa pelo valor da densidade da substância do corpo.

Volume = Massa: Densidade ou V

Actividades

1. Sabendo que a densidade do ferro e de 7,8g/cm3 , determine a massa de uma chapa de ferro de
volume igual a 650cm3
2. Qual e o volume de 75 g de prata, sabendo que sua densidade e de 10,5g/cm3

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