EDUCAÇÃO

EM TEMPOS
DE PANDEMIA
Introdução
A pesquisa em virologia e doenças infecciosas, no Brasil e
no mundo, tem se pautado pela omissão frente a resultados
terapêuticos valiosos, orientando seus interesses para o
âmbito da comercialização e do lucro, não ruins em si, mas
extremamente nocivos quando se sobrepõem aos resultados
efetivos com técnicas simples, acessíveis e baratas.
Assim, a pesquisa com terapêutica farmacológica para vi-
roses, que apresentou e apresenta ainda constantemente
excelentes resultados, tem sido negligenciada em favor de
técnicas de controle social e regras de conduta que não tem
o menor embasamento em ciência, passando a determinar
impactos de ordem econômica e social, por vezes mais noci-
vos e mortais que as próprias viroses que pretendem com-
bater.
A compreensão do sistema imunológico humano, junta-
mente com as medidas racionais e saudáveis de profilaxia e
higiene, podem fornecer subsídios para que os educadores
tenham uma abordagem clara e construtiva sobre como
lidar com grupos de crianças de forma a manter, e mesmo
aumentar, a saúde geral do grupo e a sua própria.
É neste sentido que oferecemos aqui informações e dis-
cussões que ultrapassam o âmbito de clichês e receitas, que
nunca funcionaram quando se trata de saúde humana, ser-
vindo mais como obstáculos à verdadeira saúde, que inclui
Educação em tempos de Pandemia
também a liberdade de escolha de vivermos da forma
que desejamos, sem interferências brutais e sem sentido
de pretensas “autoridades”, que costumam preservar
mais seus interesses financeiros e políticos do que a
saúde e bem estar da população.
Devemos valorizar e proteger nossas crianças, sendo
que as considerar como fontes de infecção ou vetores de
doenças, além de ser uma atitude covarde e antinatural,
cria um ambiente emocional que vai influenciar direta-
mente na saúde dessas mesmas crianças e, consequen-
temente, dos adultos cuidadores. Mais do que nunca, de-
vemos resgatar nossos instintos e emoções de proteção
e cuidado para com nossos pequenos. Acima de tudo, é
um ambiente saudável e feliz o que determina a resistên-
cia do ser humano às doenças. Sem desejo de viver, o
corpo não se defende.
As viroses pandêmicas não são uma novidade, tendo
ocorrido no passado recente e remoto, com impactos di-
versos e com procedimentos adequados a cada situação.
É importante, nesse sentido, saber filtrar tudo aquilo que
é informação superficial e alarmismo com finalidades de
exploração política e econômica, buscando o sentido ra-
cional e subjacente às aparências.
Pandemia e Escola
No Brasil e no mundo, as escolas têm sido fechadas como
expressão de uma política pública direcionada para o controle
de uma virose pandêmica que se iniciou no ano de 2019. Esta
medida drástica, ocorreu em mais de 190 países, afetando 1,57
bilhão de crianças e jovens, o que constitui cerca de 90% da po-
pulação escolar do planeta. As consequências nutricionais e
emocionais para milhões de crianças que dependem da meren-
da escolar para uma boa nutrição ou que vivem situações fami-
liares de abuso, foi simplesmente desconsiderada na imple-
mentação desse tipo de medida pelos poderes públicos dos di-
versos países, sendo que as sequelas funestas desses fatores
pode até mesmo ultrapassar o potencial de letalidade da virose
em si.
Conforme a pandemia arrefece e as pesquisas esclarecem
melhor seu modo de ação, muitos países estão elaborando es-
tratégias para a retomada de aulas, ainda que a maior parte
esteja na fase de discussão e elaboração de procedimentos.
A maneira de reiniciar as atividades escolares presenciais
tem sido discutida como parte da agenda de políticas públicas
governamentais. Assim, os planos de proteção e redução de
riscos em relação ao contágio viral, com ênfase na biossegu-
rança e vigilância em saúde, já começam a ser implementados.
No entanto, as medidas preventivas e de redução de risco de
contágio por doenças infecciosas nas escolas, precisam levar
em conta a viabilidade e praticidade dos procedimentos, adap-
Educação em tempos de Pandemia
tando-as às especificidades de cada escola e de cada comunida-
de.
Os conhecimentos sobre biossegurança podem auxiliar na
implementação dessas medidas, sendo que a biossegurança se
refere ao campo de saberes e práticas relativos à prevenção,
controle, mitigação ou eliminação de riscos próprios de ativida-
des com potencial de interferir ou comprometer a qualidade de
vida, a saúde humana e o meio ambiente.
Nas doenças infecciosas, a diminuição e a eliminação do
contágio são as melhores medidas para atenuar as consequên-
cias para a saúde. Muitas vezes, o contágio de outros indivíduos
pode ocorrer mesmo antes da pessoa infectada apresentar
algum sinal ou sintoma. Assim, para que seja interrompida a
cadeia de transmissão dessa doença, é necessário detectar e
isolar as pessoas infectadas, identificando também as pessoas
com as quais o portador da doença teve contato antes de mani-
festar sintomas.
Ao se identificar um portador da doença e seus contatos, de-
ve-se acompanhar a situação de saúde e efetuar tratamento
adequado, assim como avaliar as necessidades que possam se
apresentar para que a prática do isolamento seja eficaz, porém
humana e sem sofrimentos para o paciente isolado. O período
de isolamento depende da extensão do período infeccioso da
doença.
Normas e Recomendações para a
Escola em Tempos de Pandemia
A seguir, enumeramos as recomendações mais genéricas do MANUAL
SOBRE BIOSSEGURANÇA PARA REABERTURA DE ESCOLAS NO CONTEX-
TO DA COVID-19, publicado em 2020 pela Fiocruz e pelo Ministério da
Saúde:
“De forma prévia ao retorno de atividades escolares presenciais, recomen-
da-se que estejam contemplados os seguintes itens”:
• atualização das autoridades governamentais (governo federal, esta-
dos e municípios) sobre planos de retorno e de boas práticas de biossegu-
rança;
• divulgação do plano de retorno e de boas práticas de biossegurança
para todos os trabalhadores e estudantes;
• adequação de procedimentos para higienização e desinfecção de
todas as áreas do espaço escolar;
• Reafirmar a cultura institucional de que todos os espaços de uma
escola são locais de acolhimento e escuta.
• Reafirmar e desenvolver novas estratégias de ampliação dos víncu-
los entre a comunidade escolar e o território.
• Constituir equipes de referência para apoio pedagógico, apoio psi-
cossocial e de saúde.
• Fortalecer a articulação entre secretaria escolar e coordenações de
todos os cursos para atualização dos contatos de emergência de todos os
estudantes.
• Apoiar as coordenações dos diferentes cursos para registro e acom-
Educação em tempos de Pandemia
panhamento das demandas de saúde pelos estudantes.
• Apoiar o planejamento da rotina diária dos estudantes e as estraté-
gias de superação de dificuldades para realização das atividades escolares.
• Fomentar o desenvolvimento de pesquisas e estratégias de inter-
venção com estudantes e famílias sobre os novos desafios a enfrentar:
saúde, saúde mental, luto, emprego e renda, violência, futuro e projetos de
vida.
• Prevenir a evasão e o abandono escolar, sobretudo, mediante busca
ativa dos estudantes que não voltarem às aulas ou que se mantiverem au-
sentes.
• Trabalhar em conjunto com as equipes de vigilância epidemiológica
ou vigilância em saúde do município, com a equipe de saúde da atenção pri-
mária, para contribuir nas ações relacionadas ao rastreamento de casos e
contatos.
• Fortalecer o Programa Saúde na Escola (PSE) como política interse-
torial de promoção, prevenção e educação em saúde.
• Discutir com a gestão das diversas secretarias públicas estratégias
para a garantia da permanência em isolamento e em quarentena dos casos
e contatos, respectivamente.
• Discutir com a gestão das diversas secretarias públicas a cons-
trução de projetos para a proteção social de crianças e jovens no novo con-
texto.
Ensino EaD em Tempos de Pandemia
Com as escolas fechadas e as limitações na
quantidade de alunos durante a retomada das
aulas presenciais, o ensino EaD se destaca como
ferramenta fundamental de ensino. No caso da
Educação Infantil, as dificuldades são poten-
cializadas pois, além da inexperiência dos docen-
tes com o uso das ferramentas digitais, temos
também o fato de que as crianças não podem se
responsabilizar diretamente pelo próprio apren-
dizado, necessitando do auxílio da família ou de
tutores. No sentido de promover um aprendizado
prazeroso e eficaz dos alunos com o uso de fe-
rramentas digitais, fazemos abaixo algumas re-
comendações importantes:
1. As aulas EaD para Educação Infantil, devem
ocorrer preferencialmente em plataformas online
disponibilizadas pelas instituições de ensino.
2. A operação das plataformas digitais costuma
ser simples e auto-instrutiva, não dispensando,
porém, a mediação do docente como facilitador.
3. É importante uma linha de contato dos docen-
tes com os pais e tutores, fora da plataforma de
ensino em si.
4. O contato entre o docente, os alunos e suas fa-
Educação em tempos de Pandemia
mílias, pode ser feito através de e-mail, mas é
mais eficiente e direto se for realizado por meio de
grupos de whatsapp.
5. Nos grupos extra-plataforma, o docente poderá
dirimir as dúvidas que se referem à operação da
plataforma, bem como apoiar as crianças na reali-
zação de suas atividades online.
6. O docente deve procurar propor atividades es-
truturadas que não sejam ao vivo, visto que um
grande número de crianças se expressando por
meio de um chat simultâneo, podem tornar a ativi-
dade improdutiva e desorganizada.
7. O docente pode propor atividades estruturadas
online ao vivo, desde que divida os alunos em pe-
quenos grupos de no máximo quatro crianças,
apoiando-as diretamente na operação da platafor-
ma.
8. Encontros virtuais podem e devem ser promovi-
dos, tornando-se espaços onde as crianças e os
docentes podem conversar entre si, sem a preo-
cupação com a realização de uma atividade estru-
turada.
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A Exatto Educacional oferece o curso de pós-graduação lato sensu de
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educadores informações atuais e aprofundadas sobre o tema, que
possibilitarão uma atuação realista e eficaz no retorno às aulas presenciais
e na elaboração de aulas de Ensino a Distância para os alunos. Nós
acreditamos que a informação científica imparcial é a melhor forma de
prover os docentes e gestores com as ferramentas educacionais adequadas
para lidar com as situações geradas pela globalização. Atualize-se e crie um
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Educação em tempos de Pandemia

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