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A diferença ontológica
em Kant, Hee e l , H e ide e1ier
e Tomás d e Aquino•
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J . B. LO'IZ - DJiFlERiENÇIA ONTOLOGa:OA EM HEGEL 29
eu sou, está dado: ceu existo como inteligência que tem con.s-
clêneia simplesmente da sua capacidade d6 ligação,. (iB 158).
No pensar eu sei da cespontaneidade,. daqul1o que «é determi-
nante em mim>, do «meu existir (:0.asein) como de um ser autó-
nomo>; e «esta espontaneidade faz com que eu me chame inte-
ligêncJa,. (B 158). Esta cOD8Ciênci.a precede todo o determinar
de mim mesmo, que acontece at.r&vés do conhecer e portanto não
Jeva para lá do 1fenómen.o. Assim como a consciência, que deter-
mina maia de perto o meu eu, é dbjectiva, do mesmo modo &
consciência-de-fundo, que está antes de tal determinar, pode aer
designada super-objectiva. A1 mostra-se o eu simptesmente em
que ele é o fundamento de possibilidade de toda e quailquer cona-
ciênoia objectiva, e portanto, enquanto eu transcendental. Ora,
a este <1)8rtence a espontaneidade da capacidade de Hgação, porque,
de outro modo, ele não seria eu nem fundamento supremo de
i)Ossibilidade; na facttldade de ligação, além disso, estão mar-
cados os modO$ d6 ligação, quer dizer, as formas a priori. Assim,
faca indicada a conexão dos dois m.odos do pensar: o pensar do eu
compreende easencia:Jmente o projectar pensante dos princlpios a
priori de ligação; este baseia-se naquele e é imposslvel sem ele.
Como resulta de tudo isto, o conhecimento d.os fenómenos
1'.trapassa. profundame.n te a limitação aos fenómenos; porque
ele encontra o aeu possibilitar transcendental no saber-dwund.o
do aer do eu e chega. assim até dentro do em-si. Dito em forma
negativa: quem se circUDllCreve radicalmente ao fenómeno oão
pode compreender a possibilidade desse fenómeno, suprime-a
mesmo ao a,bolir o seu fundamento de possibilldade. Pelo que
toca ao nosso tema, Kant em ceu penso» fornece uma ju,3ti/icação
tran.,cetldental do ser, que anula a categoria «existir> (Dasein)
e &firm.a a posição em ai. Certamente que o eu enquanto lugar
da. revelação do ser é único no mundo, pois se relaciona consigo
mesmo pensando e, por esse meio, estã aberto no seu ser. Todavia,
a formulação do «meu próprio existir (Da.sein) » (B 157) mostra
uma dupla delimitação desta revelação; em primeiro lugar, só
o aer- -pr6prio do eu é atingido e não o ser mesmo enquanto full-
damento de todo o sendo; em segundo 1ugar, o ser fica em
conexão com e.le, delimitado à eriatência ou ao puro existir
(Oasein) como realidade em oposição à possibilidade e nisso, Kant
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