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Questões Passivas de Recurso


Ordem Questões Tipo de Recurso
01 T1– 04 / T2 – 01 / T3 – 03 / T4 – 08 CONTRA ERRO NO GABARITO
02 T1 – 08 / T2 – 04 / T3 – 02 / T4 – 07 CONTRA ERRO NO GABARITO
03 T1 – 10 / T2 – 09 / T3 – 09 / T4 – 10 CONTRA ERRO NO GABARITO
04 T1 – 20 / T2 – 21 / T3 – 20 / T4 – 20 CONTRA ERRO NO GABARITO
05 T1 – 22 / T2 – 25 / T3 – 23 / T4 – 22 CONTRA ERRO NO GABARITO
06 T1 – 26 / T2 – 22 / T3 – 24 / T4 – 23 CONTRA ERRO NO GABARITO
07 T1 – 27 / T2 – 32 / T3 – 28 / T4 – 30 CONTRA ERRO NO GABARITO
08 T1 – 28 / T2 – 30 / T3 – 27 / T4 – 31 CONTRA ERRO NO GABARITO
09 T1 – 30 / T2 – 31 / T3 – 29 / T4 – 27 CONTRA ERRO NO GABARITO
10 T1 – 34 / T2 – 34 / T3 – 33 / T4 – 33 CONTRA ERRO NO GABARITO
11 T1 – 38 / T2 – 37 / T3 – 36 / T4 – 39 CONTRA ERRO NO GABARITO
12 T1 – 46 / T2 – 50 / T3 – 48 / T4 – 49 CONTRA ERRO NO GABARITO
13 T1 – 47 / T2 – 48 / T3 – 49 / T4 – 46 CONTRA ERRO NO GABARITO
14 T1 – 52 / T2 – 54 / T3 – 53 / T4 – 51 CONTRA ERRO NO GABARITO
15 T1 – 53 / T2 – 56 / T3 – 55 / T4 – 54 CONTRA ERRO NO GABARITO
16 T1 – 59 / T2 – 62 / T3 – 60 / T4 – 63 CONTRA ERRO NO GABARITO
17 T1 – 60 / T2 – 60 / T3 – 61 / T4 – 58 CONTRA ERRO NO GABARITO
18 T1 – 62 / T2 – 59 / T3 – 63 / T4 – 62 CONTRA ERRO NO GABARITO
19 T1 – 65 / T2 – 68 / T3 – 69 / T4 – 65 CONTRA ERRO NO GABARITO
20 T1 – 69 / T2 – 64 / T3 – 68 / T4 – 69 CONTRA ERRO NO GABARITO
21 T1 – 71 / T2 – 73 / T3 – 74 / T4 – 70 CONTRA ERRO NO GABARITO
22 T1 – 73 / T2 – 75 / T3 – 70 / T4 – 71 CONTRA ERRO NO GABARITO
23 T1 – 76 / T2 – 79 / T3 – 77 / T4 – 76 CONTRA ERRO NO GABARITO
24 T1 – 77 / T2 – 76) / T3 – 80 / T4 – 79 CONTRA ERRO NO GABARITO
25 T1 – 80 / T2 – 78 / T3 – 76 / T4 – 78 CONTRA ERRO NO GABARITO

Qual a diferença entre os dois tipos de Recurso?

RECURSO CONTRA ERRO MATERIAL: apenas para pessoas que não foram pontuadas da maneira
correta, ou seja, a OAB não te beneficiou das anulações ou não computou seu ponto corretamente.

RECURSO CONTRA ERRO NO GABARITO: recurso contra a elaboração das questões, seus vícios,
erros nas alternativas e/ou enunciados, divergência na lei.
Obs: OS COLEGAS QUE PERCEBERAM QUE A CORREÇÃO DA SUA PROVA FOI FEITA ATRAVÉS
DO GABARITO DO TIPO DE PROVA DIFERENTE DA SUA, PODE ENTRAR COM RECURSO DE ERRO
MATERIAL, PARA DEMONSTRAR ESSA FALHA E AINDA CONTRA AS QUESTÕES COM ERRO NO
GABARITO.

Caracteres: para elaboração dos recursos, o site dispõe de limite de 5000 caracteres – e considera
como caracteres: letras, números, pontuação, símbolos e espaço entre as letras e palavras.
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PASSO A PASSO

Entre no site: https://recursos-fgvprojetos.fgv.br/inscricao/oab211_recurso/index.cfm

Digite seu CPF e Senha

A página, seguinte, terá a seguinte observação:


Prezado Examinando:
Nesta página, você pode interpor dois tipos de recurso. Leia atentamente as orientações a fim de que seu recurso siga o
destino correto e ao mesmo tempo nos ajude a fornecer um serviço mais eficiente. Além disso, recursos destinados ao
canal incorreto serão automaticamente desconsiderados.
1) Você pode interpor recurso por discordar do gabarito de alguma questão. Nesse caso, havendo anulação, TODOS os
examinandos recebem a pontuação correspondente. Não há necessidade, portanto, de que os candidatos copiem os
recursos uns dos outros e os interponham vinculados à sua inscrição. A anulação de alguma questão está vinculada à
existência de problemas em sua elaboração ou na correção do gabarito, e não à quantidade de recursos interpostos
pelo total de candidatos.
2) Você pode, também, interpor recurso contra o total de pontos obtidos no exame, SOMENTE caso seja constatado,
após conferência de seus assinalamentos na folha de respostas. Trata-se de recurso, portanto, somente aplicável a erro
material na leitura de sua folha de respostas. Portanto, basta indicar a divergência e solicitar a recontagem dos pontos,
não sendo necessário discutir os gabaritos (alternativas corretas) das questões da prova
4

Confira se todas as suas informações estão corretas, especialmente o tipo de prova – no


meu caso foi TIPO 4 (azul), tudo em ordem.
Escolha o tipo de recurso que irá interpor

Instruções - Recurso contra gabarito

Prezado Examinando:

Aqui você escolhe a questão que deseja interpor recurso, SEMPRE relativa ao seu tipo e cor de prova, claramente
indicados neste formulário.

É importante lembrar que só é permitido interpor um único recurso para cada questão não podendo inserir mais de um
recurso para a mesma questão. Entretanto, dentro do prazo recursal, você poderá modificar um recurso existente.
5

Clique e escolha a questão que irá interpor recurso, em seguida clique em incluir novo
recurso.

Instruções - Recurso contra gabarito

Prezado Examinando:

Nesta página, você deverá argumentar por que a questão escolhida deve ser anulada, indicando objetivamente a
inconsistência do gabarito. Estarão disponíveis para o seu texto 5000 caracteres. Portanto, busque precisão e
objetividade em seus argumentos
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Redija o recurso, de forma mais clara o objetiva possível, sempre atendo ao numero de
caracteres, que você pode observar no canto inferior esquerdo, a quantidade disponível.
Após concluir, clique em SALVAR ESSE RECURSO.

Não use seu recurso em primeira pessoa, o exemplo assim, foi apenas em caráter
demonstrativo da contagem de caracteres.
Observe que neste texto foram utilizados 618 caracteres.
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Após confirmar o envio, você será direcionado para a página principal dos recursos, com
a questão que você já interpôs recurso disponível para visualização e/ou edição. Não tem
como cancelar o recurso, apenas corrigir. Isto é, de toda forma meu recurso da questão
anulada, será enviado – aqui aprendemos na prática (kkk).

Instruções - Recurso contra erro material

Prezado Examinando:

Nesta página, você deverá indicar a divergência entre os pontos atribuídos e as respostas corretas marcadas em sua
folha de respostas, após conferência de seu desempenho, segundo o gabarito divulgado. Indique, no campo específico,
quais as questões em que você entende ter havido a inconsistência na leitura ótica de sua folha de respostas e solicite a
recontagem de pontos.
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Finalmente chegamos a opção do Erro Material.


Aqui você ira indicar todas as questões que houve erro na correção do SEU GABARITO,
seu gabarito é T2 verde e corrigiram usando o gabarito tipo T3- amarelo, você indica esse
erro e em baixo coloca o numero de acerto que deve constar.
Ou não pontuaram as questões que foram anuladas de oficio, você coloca o numero das
questões anuladas e o numero de acertos que deveria ser.
OU você acertou e não pontou, você indica todas as questões que você pontuou e o
numero de acertos no campo

A seguir, confira as questões passivas de recurso, interponha TODAS AS QUESTÕES e


ajude você e a todos nós.

Sucesso e te vejo na segunda fase.


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Prova OAB XXXII:


T1– 04 / T2 – 01 / T3 – 03 / T4 – 08 PASSIVO DE RECURSO
O advogado Gerson responde a processo disciplinar perante a OAB pela prática de infração prevista na Lei
n º 8.906/94. No curso do feito, dá-se a apreciação, pelo órgão julgador, de matéria processual sobre a qual
se entendeu cabível decisão de ofício. Não é conferida oportunidade de manifestação sobre tal matéria à
defesa de Gerson. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A) Em grau recursal, é vedada decisão com base em fundamento sobre o qual não foi dada oportunidade
de manifestação à defesa de Gerson, ainda que se trate de matéria que se deva decidir de ofício.
Excepcionam-se, dessa regra, as medidas de urgência previstas na Lei n º 8.906/94. Por sua vez, em
primeiro grau, cuidando-se de matéria de ordem pública, passível de decisão de ofício, ou tratando-se de
medidas de urgência previstas na Lei n º 8.906/94, autoriza-se a apreciação sem que seja facultada prévia
manifestação às partes.
B) Em qualquer grau de julgamento, é vedada decisão com base em fundamento sobre o qual não foi
dada oportunidade de manifestação à defesa de Gerson, ainda que se trate de matéria sobre a qual
se deva decidir de ofício. Excepcionam-se dessa regra as medidas de urgência previstas na Lei n º
8.906/94.
C) Em grau recursal, é vedada decisão com base em fundamento sobre o qual não foi dada oportunidade
de manifestação à defesa de Gerson, ainda que se trate de matéria que se deva decidir de ofício. Tal
vedação abrange, inclusive, as medidas de urgência previstas na Lei n º 8.906/94. Por sua vez, em primeiro
grau, tratando-se de matéria de ordem pública, passível de decisão de ofício, ou em caso de medidas de
urgência, autoriza-se a apreciação sem que seja facultada prévia manifestação às partes.
D) Em qualquer grau de julgamento, é vedada decisão com base em fundamento sobre o qual não foi dada
oportunidade de manifestação à defesa de Gerson, ainda que se cuide de matéria sobre a qual se deva
decidir de ofício, ou que se trate de medidas de urgência previstas na Lei n º 8.906/94.
RECURSO
Diante do enunciado apresentado a banca examinadora, em especial os pontos:
“O advogado Gerson responde a processo disciplinar perante a OAB pela prática de
infração prevista na Lei n º 8.906/94(...) de matéria processual sobre a qual se
entendeu cabível decisão de ofício. (...)”
, Fgv, aponta como alternativa correta a letra”b”, que diz:
“B) Em qualquer grau de julgamento, é vedada decisão com base em fundamento
sobre o qual não foi dada oportunidade de manifestação à defesa de Gerson, ainda
que se trate de matéria sobre a qual se deva decidir de ofício. Excepcionam-se dessa
regra as medidas de urgência previstas na Lei n º 8.906/94.”
O problema da questão é que não há na literatura jurídica, abordagem aborda o tema. Sendo que tal
entendimento proposto é de caráter interno dos tribunais competentes para julgar processos disciplinarem.
Fazendo então falar o artigo 3.4.1.2 do Edital de Abertura para o Exame XXXII que diz:
“3.4.1.2. As questões da prova objetiva poderão ser formuladas de modo que,
necessariamente, a resposta reflita a jurisprudência pacificada dos Tribunais Superiores.”
Como podem exigir dos examinandos uma questão de ordem prática, de ação interna, que tem tese apenas
quem faz parte do quadro da ordem dos advogados do brasil tem esse conhecimento, e assim muitos
desconhecem como revela Celso Augusto Coccaro Filho:
“Ao analisar a representação e a defesa prévia, o relator poderá propor o seu arquivamento
(art. 73, § 2.º, do Estatuto e art. 51, § 2.º, do Código de Ética) ou a instauração do
procedimento (art. 52, § 2.º, do Código de Ética). Nesse momento, aponta o dispositivo legal
que permite a subsunção e que deverá gizar a instrução processual, em decisão que o
Código de Ética chama de “despacho saneador”. As representações, porém, são
usualmente formuladas por leigos, sem qualquer apuro técnico; as defesas, diante de
imputação imprecisa, tendem ao laconismo, à oposição genérica ou à desqualificação
ofensiva da parte representante.”
COCCARO FILHO continua:
“Ademais, o contraditório, raramente observado nos processos inquisitivos, é
meticulosamente preservado, em todas as etapas processuais, com a nomeação obrigatória
de defensor(...)”
Por seu entendimento, é dado o direito do contraditório e ampla defesa em todas as etapas processuais,
sendo assim a resposta D, que diz:
“D) Em qualquer grau de julgamento, é vedada decisão com base em fundamento
sobre o qual não foi dada oportunidade de manifestação à defesa de Gerson, ainda
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que se cuide de matéria sobre a qual se deva decidir de ofício, ou que se trate de
medidas de urgência previstas na Lei n º 8.906/94.”
Esta mais correta que a letra B, pois não deixa qualquer procedimento livre de defesa por parte do acusado.
E se assim não for, as demais opções também podem estar corretas.

Desta forma não há como comprar algo que reconhecidamente, até que faz parte do quadro de advogados
são considerados leigos,, assim sendo, que seja reconhecido, o erro e anulem esta questão de plano,
conferindo pontuação integral a todos os examinandos, posto a forma com que a questão foi elaborada, faz
com que os candidatos permaneçam no erro acerca da referida questão.

REFERÊNCIA
APONTAMENTOS SOBRE O PROCESSO DISCIPLINAR NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
(OAB). Disponível em: < https://www.sedep.com.br/artigos/apontamentos-sobre-o-processo-disciplinar-na-
ordem-dos-advogados-do-brasil-oab/>. Acessado em: 25 de junho de 2021.

T1 – 08 / T2 – 04 / T3 – 02 / T4 – 07 PASSIVO DE RECURSO
A sociedade de advogados “A e B Advogados” está sediada no Rio de Janeiro. Entretanto, em razão das
circunstâncias de mercado dos seus clientes, verificou que seria necessário ao bom desempenho das suas
atividades profissionais constituir uma filial em São Paulo. No que se refere ao ato de constituição da filial e
a atuação dos sócios, assinale a afirmativa correta.
A) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no
Conselho Seccional de São Paulo, ficando todos seus sócios obrigados à inscrição suplementar
junto ao Conselho Seccional de São Paulo.
B) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional de São Paulo, ficando obrigados à inscrição suplementar junto ao Conselho Seccional de São
Paulo apenas aqueles sócios que habitualmente exercerem a profissão naquela localidade, considerando-
se habitualidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.
C) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional do Rio de Janeiro, ficando obrigados à inscrição suplementar junto ao Conselho Seccional de São
Paulo apenas aqueles sócios que habitualmente exercerem a profissão naquela localidade, considerando-
se habitualidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.
D) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional do Rio de Janeiro, ficando todos seus sócios obrigados à inscrição suplementar junto ao
Conselho Seccional de São Paulo.
RECURSO
O provimento 187/2018 da OAB, na segunda parte do § 1º do art. 7º reza o seguinte:

"Art. 7º: O registro de constituição das Sociedades de Advogados e o arquivamento de suas


alterações contratuais devem ser feitos perante o Conselho Seccional da OAB em que for
inscrita, mediante prévia deliberação do próprio Conselho ou de órgão a que delegar tais
atribuições, na forma do respectivo Regimento Interno, devendo o Conselho Seccional,
segundo o disposto no artigo 24-A do Regulamento Geral, evitar o registro de sociedades
com razões sociais semelhantes ou idênticas ou provocar a correção dos que tiverem sido
efetuados em duplicidade, observado o critério da precedência. § 1º O Contrato Social que
previr a criação de filial, bem assim o instrumento de alteração contratual para essa
finalidade, deve ser registrado também no Conselho Seccional da OAB em cujo território
deva funcionar, ficando os sócios obrigados a inscrição suplementar, dispensados os sócios
de serviço que não venham a exercer a advocacia na respectiva base territorial.
Assim, as alternativas A e B estão corretas, pois os sócios precisam fazer a inscrição suplementar, mas
ficam dispensados os que não irão prestar serviços em São Paulo. Desta feita, diante de 2 alternativas
corretas, a questão deve ser anulada.
REFERÊNCIA
RECURSO QUESTÃO ÉTICA 8 BRANCA, 04 VERDE, 02 AMARELA E 07 AZUL . Disponível em:
<https://www.instagram.com/p/CQPc-v1FTO2/>. Acessado em: 25 de junho de 2021.
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T1 – 10 / T2 – 09 / T3 – 09 / T4 – 10 PASSIVO DE RECURSO
Norberto Bobbio, em seu livro O Positivismo Jurídico: lições de Filosofia do Direito, afirma que o positivismo
jurídico é uma teoria na medida em que se propõe a descrever o Direito, mas que também pode ser uma
ideologia na medida em que se propõe a ser um certo modo de querer o Direito. Assinale a opção que,
segundo Bobbio, no livro em referência, expressa essa suposta ideologia do positivismo jurídico,
denominada por ele positivismo ético.
A) A ética como fundamento moral para a autoridade competente propor e aprovar a lei.
B) A lei só é válida se for moralmente aceitável por parte da maioria da população.
C) A lei deve ser obedecida apenas na medida em que se revelar socialmente útil.
D) O dever absoluto ou incondicional de obedecer a lei enquanto tal.

RECURSO FILOSOFIA
A questão não é clara quanto ao comando, vejamos: “Assinale a opção que, segundo Bobbio, no livro em
referência, expressa essa suposta ideologia do positivismo jurídico, denominado por ele positivismo ético.”
Ocorre que no livro em referência, p. 229 - 230, consta o seguinte:
Um exame atento da realidade histórica demonstra que, na verdade, existem
duas “versões” fundamentais (nitidamente distintas entre si) do positivismo
ético (aspecto ideológico do juspositivismo): a versão que podemos chamar
de “extremista” ou “forte” e a que podemos chamar de “moderada” ou
“fraca”.
É possível observar que diante da impossibilidade de marcar 2 alternativas corretas, o enunciado da
questão deveria ter mencionado qual versão do positivismo ético os candidatos deveriam considerar para
marcar a alternativa correta, pois como demonstrado há uma nítida diferença, segundo Bobbio, p. 232, entre
a versão moderada e extremista:
Concluindo: a versão moderada do positivismo ético difere da extremista
porque, à diferente desta última, não diz que direito é um bem em si, e antes o
valor supremo, pelo que necessita-se sempre a ele obedecer, mas diz somente
que o direito é um meio (em termos kelsenianos, uma técnica de organização
social) que serve para realizar um determinado bem, a ordem da sociedade,
com a consequência de que, se desejarmos tal bem, devemos obedecer ao
direito. Porém, a versão moderada não diz que ordem seja o valor supremo;
se, num, determinado momento histórico, um certo valor parece superior à
ordem existente e com ela contrastante, pode-se então romper a ordem
(mediante um movimento revolucionário) para realizar tal valor.
Diante dessa exposição é possível supor que o gabarito da questão considerou o positivismo ético
extremista, contudo tal suposição não é passível, a questão deve ser clara no seu comando, portanto, não
há outra solução se não a anulação da referida questão cujo o comando encontra-se deficiente.

T1 – 20 / T2 – 21 / T3 – 20 / T4 – 20 PASSIVO DE RECURSO
Pedro, cidadão de nacionalidade argentina e nesse país residente, ajuizou ação em face de sociedade
empresária de origem canadense, a qual, ao final do processo, foi condenada ao pagamento de
determinada indenização. Pedro, então, ingressou com pedido de homologação dessa sentença estrangeira
no Brasil. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) Para que a sentença estrangeira seja homologada no Brasil, é necessário que ela tenha transitado em
julgado no exterior.
B) A sentença condenatória argentina não poderá ser homologada no Brasil por falta de tratado bilateral
específico para esse tema entre os dois países.
C) A sentença poderá ser regularmente homologada no Brasil, ainda que não tenha imposto qualquer
obrigação a ser cumprida em território nacional, não envolva partes brasileiras ou domiciliadas no país e
não se refira a fatos ocorridos no Brasil.
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D) De acordo com o princípio da efetividade, todo pedido de homologação de sentença alienígena,


por apresentar elementos transfronteiriços, exige que haja algum ponto de conexão entre o exercício
da jurisdição pelo Estado brasileiro e o caso concreto a ele submetido.

RECURSO
Prezados, A questão em tela foi profundamente argumentada pela Professora Vanessa Brito Arns, pois
existe uma divergência jurisprudencial enorme. A alternativa apresentada como correta pela banca é a letra
D, contudo a súmula 420 do STF diz que:
(...) Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado.
(...)
Além da Súmula do STF, existe um entendimento jurisprudencial não pacificado no STJ, e por conta disso
acaba ferindo o item 3.4.1.2 do edital deste Exame.
A Professora Vanessa Brito Arns em publicação feita no blog do Estratégia diz o seguinte:
(...) Não obstante o que consta no informativo 626 do STJ de 2018, a corte do STJ voltou a
entender que são aplicáveis os artigos 963 do CPC/2015 e 216-C e 216-D do RISTJ, e que,
segundo a corte, constituem-se requisitos necessários para a homologação de título judicial
estrangeiro: i) ter sido proferido por autoridade competente; ii) terem sido as partes
regularmente citadas ou verificada à revelia; iii) ter transitado em julgado. Segundo a Corte
Especial do STJ em, pelo menos: HDE 598/EX, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
CORTE ESPECIAL, julgado em 07/04/2021, DJe 16/04/2021 . HDE 2.835/EX, Rel. Ministro
FRANCISCO FALCÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em 16/12/2020, DJe 18/12/2020 . HDE
144/EX, Rel. Ministro OG FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/09/2019, DJe
13/09/2019 . Temos, além disso, a súmula 420 do STF que afirma que “Não se homologa
sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”. O requisito do trânsito
em julgado, conforme os artigos acima e a jurisprudência não pacificada do STJ, serve para
qualquer tentativa de homologação de sentença estrangeira, inclusive o da questão (mesmo
que a sentença não seja eventualmente homologada por outros motivos). (...)
Diante o exposto, a questão é totalmente passível de recurso, visto que a alternativa A e D, estariam
corretas, e a falta de jurisprudência pacificada acaba por ferir o item 3.4.1.2 do edital.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
APLICAÇÃO DAS SÚMULAS NO STF. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2021. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=4286>. Acessado em: 20 de junho de 2021.
XXXII EXAME DA OAB – RECURSOS NA PROVA DE DIREITO INTERNACIONAL? ESTRATÉGIA. 2021. Disponível em:
<https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/xxxii-exame-da-oab-recursos-na-prova-de-direito-internacional/>. Acessado em 20 de
Junho de 2021.
RECURSOS - 1ª FASE DO XXXII EXAME DA OAB. ESTRATÉGIA OAB. 2021. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=O_H-TGYuYJI&t=1568s>. Acessado em: 20 de Junho de 2021
RECURSOS OAB 1ª FASE - XXXI EXAME. CEJAS. 2021. Disponível em:
<https://www.cursocejas.com.br/cejus/cursos/detalhe/147/RECURSOS%20OAB%201%C2%AA%20FASE%20-%20XXXI%20EXAE>.
Acessado em 20 de junho de 2021.

T1 – 22 / T2 – 25 / T3 – 23 / T4 – 22 PASSIVO DE RECURSO
A sociedade empresária Quitutes da Vó Ltda. teve sua falência decretada, tendo dívidas de obrigação
tributária principal relativas a tributos e multas, dívida de R$ 300.000,00 decorrente de acidente de trabalho,
bem como dívidas civis com garantia real. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
A) O crédito tributário de obrigação principal tem preferência sobreas dívidas civis com garantia real.
B) A dívida decorrente de acidente de trabalho tem preferência sobre o crédito tributário de
obrigação principal.
C) O crédito tributário decorrente de multas tem preferência sobre a dívida de R$ 300.000,00 decorrente de
acidente de trabalho.
D) O crédito relativo às multas tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação principal.
RECURSO
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Prezados, Nos termos do artigo 186, do CT, o credito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua
natureza ou tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalhou do
acidente de trabalho. Contudo, conforme dispõe o art. 188, do CTN e art84, INCISO V, da Lei nº
11.1101/2005, são extraconcursaias os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no
curso do processo de falência. No caso, o enunciado da questão não informou a data da decretação da
falência, como também não indicou a data da ocorrência do fato gerador dos tributos devidos pela massa
falida. Assim, não há informações suficientes para identificar se os tributos cobrados seriam créditos
extraconcursais e, nesta hipótese, a alternativa “a” também seria verdadeira, porquanto apresentam
preferência na relação às dividas civis e com garantia real.
A fundação Getúlio Vargas, sempre atenta a tais peculiaridades, nos II e XIX Exames de Ordem, exigiu
questões com a mesma temática, mas naquelas oportunidades, houve a indicação de todas as informações
necessárias à interpretação da norma, quais sejam, a data da decretação da falência e a data do fato
gerador do tributo devido.
Por tais razões, a questão apresentou duas alternativas corretas ( letras “a “ e “b), motivo pelo qual deve ser
anulada.
REFERÊNCIA
RECURSO QUESTÃO 22 – PROFESSORA JULIANA FREDERICO. Disponivel em:
https://www.instagram.com/p/CQdwg3aBmrC/?utm_medium=share_sheet . Acessado em: 24 de Junho de 2021.

T1 – 26 / T2 – 22 / T3 – 24 / T4 – 23 PASSIVO DE RECURSO
José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. Na Certidão de Dívida Ativa (CDA) que
instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu domicílio; a quantia devida e a maneira de
calcular os juros de mora; a origem e natureza do crédito, com menção do decreto municipal em que está
fundado; e a data em que foi inscrito. José oferece embargos à execução, atacando a CDA, que reputa
incorreta. Diante desse cenário, José
A) tem razão, pois cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre todos os requisitos
obrigatoriamente exigidos por lei.
B) tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito tributário está fundado.
C) não tem razão, pois esta CDA goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de certeza e liquidez.
D) não tem razão, pois esta CDA contém todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei.
RECURSO
Prezados, A questão em tela tem como alternativa correta apontada pela banca a letra B, contudo a
alternativa D não está errada, isso porque ela preenche todos os requisitos exigidos por lei, conforme o
artigo 202 do CTN:
(...) Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis,
bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a
quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e
natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que
se originar o crédito. (...)
Os Professores Guilherme Pedrozo e Luana Porto em publicação feita no blog do Ceisc, explicam de
forma bem profunda e detalhada tal questão, em um trecho da publicação eles dizem:
(...) Em outras palavras, ao se analisarem atentamente os enunciados das alternativas B e
D, o examinando, poderia, de um lado, observando os requisitos legais para a Certidão de
Dívida Ativa (CDA), considerar correta a alternativa D. Por outro lado, tendo-se em vista a
argumentação expressa sobre a alternativa B, está também poderia ser considerada
correta. Dessa forma, haveria duas possibilidades corretas de resposta, cada uma com uma
interpretação lógica adequada ao raciocínio jurídico e fundamentada pela análise textual e
legal. Tal duplicidade interpretativa, comum ao exercício de aplicação da lei a casos
concretos, em exame de avaliação de conhecimentos, deve ser evitada, razão pela qual é
solicitada a revisão da questão e indicada a anulação da questão. (...)
Diante o exposto, a questão é totalmente passível de recurso, visto que a mal formulação do enunciado
gera dupla interpretação.
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Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para
elaboração do seu próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e
dar maior robustez ao texto do seu recurso.

REFERÊNCIA
LEI 5.172/66. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. PLANALTO. 2021. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm>. Acessado em: 20 de junho de 2021.
QUESTÕES PASSÍVEIS DE ANULAÇÃO E RECURSOS PARA 1ª FASE DO XXXII EXAME DA OAB. SAIBA MAIS! CEISC. 2021.
Disponível em: <https://blog.ceisc.com.br/anulacoes-e-recursos-1-fase-oab-xxxii/>. Acessado em 20 de junho de 2021.

T1 – 27 / T2 – 32 / T3 – 28 / T4 – 30 PASSIVO DE RECURSO
Amadeu, assim que concluiu o ensino médio, inscreveu-se e foi aprovado em concurso público para o cargo
de técnico administrativo do quadro permanente de determinado Tribunal Regional Federal, cargo em que
alcançou a estabilidade, após o preenchimento dos respectivos requisitos legais. Enquanto estava no
exercício das funções desse cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de Direito, razão pela qual
decidiu prestar concurso público e foi aprovado para ingressar como advogado de certa sociedade de
economia mista federal, que recebe recursos da União para o seu custeio geral. Diante dessa situação
hipotética, assinale a afirmativa correta.
A) Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal com o emprego na sociedade de economia mista federal,
se houver compatibilidade de horários.
B) A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se à sociedade de economia mista, considerando-se
que aquela se consuma no serviço público, e não no cargo.
C) Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de economia mista, continua submetido ao teto
remuneratório do serviço público federal.
D) Amadeu poderia ser transferido para integrar os quadros da sociedade de economia mista sem a
realização de novo concurso público.
RECURSO
Prezados, A questão em tela tem como alternativa correta apontada pela banca a letra C. Contudo, o Cejas
(Centro de Estudos José Aras) publicou em seu site uma fundamentação para eventual recurso.
A fundamentação para o recurso é que o enunciado contém erro, visto que, Amadeu não poderia ter sido
contratado pela mencionada sociedade de economia mista federal, haja vista que ele já ocupava cargo
público em Tribunal Regional Federal, resultando no acumulo de cargo público conforme o artigo 37, incisos
XVI e XII da Constituição Federal que diz o seguinte:
(...) Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XVI - é
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: XVII - a
proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (...)
Em publicação feito no site Cejas, diz que:
(...) Não obstante, o erro da questão, com as devidas vênias, consiste na omissão do fato
de que Amadeu NÃO PODERIA TER SIDO contratado pela mencionada sociedade de
economia mista federal ante o fato de já ocupar cargo público junto à União (TRF), sendo,
portanto proibida a acumulação do mencionado cargo com o anunciado emprego público,
conforme norma EXPRESSA E INEQUÍVOCA do art. 37, XVI e XVII, da Carta Magna. Ou
seja, a impossibilidade de acumulação, na espécie, prejudica, pelo contexto da questão, o
entendimento do examinando, ora recorrente, de modo que não se pode chegar à
conclusão apontada na alternativa tida por correta, repita-se, porque Amadeu NÃO poderia
ser contratado para o emprego, ao menos que pedisse exoneração do cargo público que
ocupa, o que, frise-se mais uma vez, NÃO FOI MENCIONADO EM QUALQUER MOMENTO
NO ENUNCIADO DA QUESTÃO. (...)
Diante o exposto, a questão é totalmente passível de recurso, visto o erro no enunciado.
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Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. PLANALTO. 2021. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acessado em: 21 de junho de 2021.
RECURSOS OAB 1ª FASE - XXXI EXAME. CEJAS. 2021. Disponível em:
<https://www.cursocejas.com.br/cejus/cursos/detalhe/147/RECURSOS%20OAB%201%C2%AA%20FASE%20-%20XXXI%20EXAE>.
Acessado em: 21 de junho de 2021.

T1 – 28 / T2 – 30 / T3 – 27 / T4 – 31
O Ministério Público Federal denunciou Marcos, fiscal da Receita Federal, pelo crime de peculato doloso, em decorrência da existência
de provas contundentes de que tal servidor apropriou-se de dinheiro público de que tinha guarda. Ao tomar conhecimento de tais fatos,
durante o trâmite do processo penal, a autoridade administrativa competente determinou a instauração de processo administrativo
disciplinar, que, após o devido processo legal, levou à demissão de Marcos antes do julgamento da ação penal. Sobre a questão
apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) A Administração fica vinculada à capitulação estabelecida no processo penal, vedada a incidência de qualquer falta residual no
âmbito administrativo, considerando que o peculato constitui crime contra a Administração Pública.
B) A demissão de Marcos na esfera administrativa é válida, mas a superveniência de eventual sentença penal absolutória, por
ausência de provas, exige a reintegração do servidor no mesmo cargo que ocupava.
C) O processo administrativo disciplinar deveria ter sido instaurado para apurar a conduta de Marcos, mas impunha-se sua suspensão
diante da existência de processo criminal pelos mesmos fatos.
D) Deve ser aplicado ao processo administrativo disciplinar o prazo prescricional previsto na lei penal para o crime de
peculato cometido por Marcos.

RECURSO
Prezados Examinadores:
A questão não é pacificada nos tribunais, ocorrer falta grave e esta em desconformidade com o item 3.4.1.2
do edital do Exame da Ordem XXXII.
Isso por que a primeira assertiva encontra-se errada, devido que as sanções civis, penais e administrativas
poderão cumular-se, sendo independentes entre si conforme do Art. 125 Lei 8.112/90, e a responsabilidade
administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou
sua autoria. Art. 126 da Lei 8.112/90.
Assim com a alternativa B está incorreta, devido o Art. 126 da Lei 8.112/90 “a responsabilidade
administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou
sua autoria”
Já a opção C, não esta correta por conta do Art. 125 da Lei 8.112/90 “que as sanções civis, penais e
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”
Restando a assertiva D, que para os examinadores é a correta, mas o STJ traz o seguinte entendimento:
“O autor do voto vencedor no julgamento, ministro Og Fernandes, lembrou que a Primeira Seção, ao julgar
recentemente o EREsp 1.656.383, de relatoria do ministro Gurgel de Faria, definiu que, diante da rigorosa
independência entre as esferas administrativa e criminal, não se pode considerar a apuração criminal um
pré-requisito para a adoção do prazo prescricional da lei penal no processo administrativo. O entendimento
anterior do STJ era o de que a aplicação do prazo previsto na lei penal exigia demonstração da existência
de apuração criminal da conduta do servidor.”
Tal entendimento foi disponibilizado na data de 09/09/2019 no site:
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Prescricao-da-lei-penal-se-aplica-a-
infracoes-administrativas-mesmo-sem-apuracao-criminal-contra-servidor.aspx

E tonar todas as assertivas incorretas, COM ISSO A ANULAÇÃO DA QUESTÃO É IMEDIATA.


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T1 – 30 / T2 – 31 / T3 – 29 / T4 – 27 PASSIVO DE RECURSO
Ao tomar conhecimento de fraude em licitação ocorrida em novembro de 2013, decorrente de conluio entre
a sociedade empresária Espertinha e Garibaldo, servidor ocupante, exclusivamente, de cargo
comissionado, o Ministério Público, em janeiro de 2019, ajuizou ação civil pública por improbidade, em
razão de ato que causou prejuízo ao erário, em desfavor de ambos os envolvidos. Comunicada de tais
fatos, a Administração Pública demitiu Garibaldo em abril de 2019, após garantir-lhe ampla defesa e
contraditório em processo administrativo. Sobre a questão apresentada, na qualidade de advogado
consultado pela sociedade empresária Espertinha, especificamente sobre a possibilidade de aplicação da
sanção de proibição de contratar com a Administração Pública e receber benefícios fiscais, assinale a
afirmativa correta.
A) A prescrição da pretensão ministerial de aplicação da sanção questionada para qualquer dos
demandados não se consumou, pois estes se submetem ao mesmo prazo extintivo, que apenas se
iniciou com a demissão de Garibaldo do cargo comissionado.
B) A pretensão do Ministério Público, de aplicação da sanção questionada, está prescrita em relação a
Garibaldo e à sociedade empresária Espertinha, dado que o prazo relativo a ambos iniciou-se com a
realização da conduta.
C) A prescrição da pretensão ministerial para aplicação da sanção apenas em relação à sociedade
empresária Espertinha operou-se, na medida em que o prazo a ela aplicável iniciou-se com a realização da
conduta.
D) A sociedade empresária Espertinha, por não se enquadrar no conceito de agente público, não pode
responder por improbidade administrativa, não sendo a ela aplicável a sanção questionada.
RECURSO
O enunciado da questão menciona um “servidor ocupante, exclusivamente, de cargo comissionado” (CC),
sem cargo efetivo, afirmando que a “Administração Pública demitiu” esse servidor após processo
administrativo. Ocorre que servidor público ocupante exclusivamente de cargo em comissão não é
“demitido” e sim “destituído” do cago em comissão. O art. 127 da Lei n. 8.112/1990 prevê a pena de
“destituição de cargo em comissão” (inciso V), sendo expresso no art. 135 que “A destituição de cargo em
comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às
penalidades de suspensão e de demissão.” Ou seja, servidor ocupante exclusivamente de cargo em
comissão que comete infração administrativa não é demitido e sim destituído. Tanto o enunciado quanto a
alternativa considerada correta (Alternativa A) mencionam “demissão” do servidor, o que leva o candidato a
erro por ser o termo incorreto, mormente porque a distinção entre demissão e destituição é justamente o
fato de um ser a penalidade aplicada ao servidor efetivo, e o outro, a quem ocupa exclusivamente cargo em
comissão, como é o caso da questão.

Portanto, a questão deve ser ANULADA.


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T1 – 34 / T2 – 34 / T3 – 33 / T4 – 33 PASSIVO DE RECURSO
O Estado Z promulga lei autorizando a supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente para
pequenas construções. A área máxima para supressão, segundo a lei, é de 100 metros quadrados quando
utilizados para lazer e de 500 metros quadrados quando utilizados para fins comerciais. Sobre a referida lei,
assinale a afirmativa correta.
A) A lei é válida, uma vez que é competência privativa dos Estados legislar sobre as Áreas de Preservação
Permanente inseridas em seu território.
B) A lei é válida apenas com relação à utilização com finalidade de lazer, uma vez que é vedada a
exploração comercial em Área de Preservação Permanente.
C) A lei é inconstitucional, uma vez que compete aos Municípios legislar sobre impactos ambientais de
âmbito local.
D) A lei é inconstitucional, uma vez que é competência da União dispor sobre normas gerais sobre proteção
do meio ambiente.
RECURSO
A questão trata de Direito Ambiental Constitucional, acerca de competência legislativa concorrente.
Segundo estabelece a Constituição Federal de 1988, em seu art. 24, inciso VI "compete à União, aos
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Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI - florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;". O §1º do mesmo diploma legal ainda esclarece que "no âmbito da legislação concorrente, a
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.", sendo certo que a competência da União
para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
Neste diapasão, a alternativa correta seria a que afirma que a lei promulgada pelo Estado Z é
inconstitucional, uma vez que é competência da União dispor sobre normas gerais sobre proteção do meio
ambiente.
Contudo, não podemos perder de vista a Lei Florestal, (Lei Federal 12.651/2012) que é o Diploma Legal
especialista no assunto de Áreas de Preservação Permanente - APP, e que estabelece que a intervenção
ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses
de utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto ambiental, conforme artigo 8° da Lei. Dentre as
possibilidades de intervenção por interesse social (art. 3°, inciso IX), utilidade pública (art. 3°, inciso VIII), e
baixo impacto (art. 3°, inciso X) não se vislumbra lazer e fins comerciais, conforme o enunciado da questão.
Logo, em que pese do ponto de vista da Constituição Federal de 1988 seja inconstitucional que o Estado Z
edite lei para dispor sobre normas gerais de proteção ao meio ambiente, o enunciado da questão traz uma
gritante ilegalidade por propor a aprovação de Lei que permite a supressão de Área de Preservação
Permanente. Assim, a lei estadual é inconstitucional pois viola o estabelecido pela norma federal acerca do
tema e esta deveria ser a alternativa correta, porém ela não existe.
REFERÊNCIA
RECURSO QUESTÃO DE AMBIENTAL. Disponível em:
<https://www.instagram.com/p/CQNBmsUlKOu/?utm_medium=share_sheet>. Acessado em: 25 de junho de
2021.

T1 – 38 / T2 – 37 / T3 – 36 / T4 – 39 PASSIVO DE RECURSO
Ao falecer em 2019, Januário deixa duas filhas vivas: Rosana, mãe de Luna, e Helena, mãe de Gabriel. O
filho mais velho de Januário, Humberto, falecera em 2016, deixando-lhe dois netos: Lucas e João. Sobre a
sucessão de Januário, assinale a afirmativa correta.
A) Lucas, João, Luna, Gabriel e Vinícius são seus herdeiros.
B) Helena, Rosana, Lucas e João são seus herdeiros, cada um herdando uma quota igual da herança
deixada por Januário.
C) Apenas Helena e Rosana são suas herdeiras.
D) São seus herdeiros Helena, Rosana e os sobrinhos Lucas e João, que receberão, cada um,
metade equivalente ao quinhão de uma das tias.
RECURSO
Prezados,
A questão em tela tem como alternativa correta a letra D, todavia na alternativa A, existe um “Vinicius” que
não consta no enunciado, mostrando um erro no gabarito na questão.
Além do erro no gabarito, as Professoras Maitê Damé e Luana Porto, em publicação no blog do Ceisc,
apontam um outro erro que consta na assertiva D, e dizem o seguinte:
(...) Por fim, a assertiva “D” menciona corretamente quem são os herdeiros de Januário:
Helena, Rosana, Lucas e João. No entanto, a redação, da forma como está elaborada,
indica que “São seus herdeiros Helena, Rosana e os sobrinhos Lucas e João, que
receberão, cada um, metade equivalente ao quinhão de uma das tias.” O pronome
possessivo “seus” indica como referente Januário, estabelecendo coesão com o enunciado
da questão. Da mesma forma, o termo “sobrinhos” remete a Januário, apontando que Lucas
e João são os sobrinhos de Januário, quando, na verdade, são sobrinhos de Helena e
Rosana. Tendo-se, portanto, os dois termos – “seus” e “sobrinhos” – relacionados a
Januário, que é o referente do enunciado da alternativa D, vê-se que a redação induz o
candidato a erro, pois não se poderia conceber que Lucas e João são sobrinhos de Januário
e, sim, netos, o que lhes garantiria o direito sucessório em razão do pai já ter falecido.
Semanticamente, a redação induz o candidato a também eliminar a alternativa D, restando,
por isso, a impossibilidade de se concebê-la como correta. (...)
Diante o exposto, a questão é totalmente passível de recurso, visto que consta de erro no gabarito e de
redação.
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Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
QUESTÕES PASSÍVEIS DE ANULAÇÃO E RECURSOS PARA 1ª FASE DO XXXII EXAME DA OAB. SAIBA MAIS! CEISC. 2021.
Disponível em: <https://blog.ceisc.com.br/anulacoes-e-recursos-1-fase-oab-xxxii/>. Acessado em: 21 de junho de 2021.
RECURSOS PROVA OAB (XXXII EXAME): PRAZO ATÉ 05/07. CONFIRA! GRAN CURSOS. 2021. Disponível em:
<https://blog.grancursosonline.com.br/recursos-prova-oab-xxxii-exame/>. Acessado em: 21 de junho de 2021.

T1 – 46 / T2 – 50 / T3 – 48 / T4 – 49 PASSIVO DE RECURSO
Alexandre Larocque pretende constituir sociedade do tipo limitada sem se reunir a nenhuma outra pessoa e consulta sua advogada
para saber a possibilidade de efetivar sua pretensão. Assinale a opção que apresenta a resposta dada pela advogada ao seu cliente.

A) É possível. A sociedade limitada pode ser constituída por uma pessoa, hipótese em que se
aplicarão ao ato de instituição, no que couberem, as disposições sobre o contrato social.
B) Não é possível. A sociedade limitada só pode ser unipessoal acidentalmente e pelo prazo máximo de
180 dias, nos casos em que remanescer apenas um sócio pessoa natural.
C) Não é possível. Apenas a empresa pública e a subsidiária integral podem ser sociedades unipessoais e
constituídas com apenas sócio pessoa jurídica.
D) É possível, desde que o capital mínimo da sociedade limitada seja igual ou superior a 100 (cem) salários
mínimos e esteja totalmente integralizado.
RECURSO
No presente caso, para que a sociedade seja LIMITADA, se tem possibilidades de:
1-SLU- Sociedade Limitada Unipessoal.
2-EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

Vamos as fundamentações:
SLU- Sociedade Limitada Unipessoal A Sociedade Limitada Unipessoal está estabelecida no art. 7° da Lei
13.874/19, Lei da Liberdade Econômica, ora incluida nos parágrafos 1º e 2º do art. 1052 do CC/02.
Sobre a SLU- Sociedade Limitada Unipessoal, é estabelecida com apenas um sócio proprietário e por isto
Unipessoal), este sócio é responsável pela empresa e não tem seus bens pessoais atrelados as dívidas da
empresa, não havendo confusão patrimonial, sendo um novo tipo societário em que se deve observar o
documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. Resposta
conforme GABARITO da letra (A).
Com relação à EIRELI é necessário observar as exigências especificas relativas ao seu capital social,
sendo esta uma empresa INDIVIDUAL e LIMITADA, ou seja, com apenas um único sócio, e que deve ter o
seu capital totalmente integralizado no momento de sua constituição, e este capital deve ser igual ou
superior ao limite de 100 salários-mínimos (artigo 980-A e $3° do CC/02, art. 1.033, § único, art. 1.113 a
1.115 do CC/02 e Lei 12.441/11). Resposta conforme a letra (D).
A diferença entre a SLU e a EIRELI é apenas o capital social minimo, pois da EIRELI - EMPRESA
INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA se exige 100 salários-mínimos e sua integralização total,
quando na SLU - SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL pode ser aberta com capital social de qualquer
valor.

T1 – 47 / T2 – 48 / T3 – 49 / T4 – 46 PASSIVO DE RECURSO
Bonfim emitiu nota promissória à ordem em favor de Normandia, com vencimento em 15 de março de 2020 e pagamento na cidade de
Alto Alegre/RR. O título de crédito passou por três endossos antes de seu vencimento. O primeiro endosso foi em favor de Iracema,
com proibição de novo endosso; o segundo endosso, sem garantia, se deu em favor de Moura; no terceiro e último endosso, o
endossante indicou Cantá como endossatário. Vencido o título sem pagamento, o portador poderá promover a ação de cobrança em
face de
A) Bonfim, o emitente e coobrigado, e dos obrigados principais Iracema e Moura, observado o aponte tempestivo do título a protesto
por falta de pagamento para o exercício do direito de ação somente em face do coobrigado.
B) Bonfim, o emitente e obrigado principal, e do endossante e coobrigado Moura, observado o aponte tempestivo do título a
protesto por falta de pagamento para o exercício do direito de ação em face do coobrigado.
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C) Normandia, primeira endossante e obrigado principal, e do endossante Moura, observado o aponte tempestivo do título a protesto
por falta de pagamento para o exercício do direito de ação em face de ambos.
D) Iracema, Normandia e Cantá, endossantes e coobrigados da nota promissória, dispensado o aponte do título a protesto por falta de
pagamento para o exercício do direito de ação em face deles.

RECURSO
Na questão que trata sobre a nota promissória e sua cadeia de endossos, foi deda como alternativa correta
a questão “B” com possuem a seguinte afirmativa:
B) Bonfim, o emitente e obrigado principal, e do endossante e coobrigado Moura, observado o aponte
tempestivo do título a protesto por falta de pagamento para o exercício do direito de ação em face do
coobrigado.
Ocorre que tal assertiva encontra-se incorreta, uma vez que o enunciado faz toda uma trajetória do que
seria uma execução de titulo, e erroneamente usou o seguinte termo: “Vencido o título sem pagamento, o
portador poderá promovera ação de cobrança em face de”.
Sobre o erro no enunciado e a falta de assertivas correta, Mateus Terra, exclama:
“A ação de cobrança tem o objetivo de cobrar uma dívida de alguém. Assim, existindo uma dívida vencida, a
ação de cobrança pode ser utilizada para forçar o devedor a realizar o pagamento. É importante destacar
que, mesmo diante de possibilidade de outra ação, ou quando houver prescrição daquela ação (como, por
exemplo, prescrição da possibilidade de executar um cheque), é possível ajuizar a ação de cobrança, por
previsão expressa do art. 785 do CPC.”
Sendo assim, todas podem responder extrajudicialmente ou o judicialmente para sanar a dívida.
Assim sendo, não há resposta correta e a questão é ANULADA.
Para enriquecer o assunto, veja o que expõe o artigo 785 do CPC/15: “Art. 785. A existência de título
executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título
executivo judicial.” Concluindo o raciocínio do que o enunciado apresenta, pelos dispositivos legais, todos
podem ser cobrados e não há nenhuma assertiva correta nesta questão, por tal razão, esta questão tem
que ser ANULADA

T1 – 52 / T2 – 54 / T3 – 53 / T4 – 51 PASSIVO DE RECURSO
Guilherme, em 13/03/2019, ajuizou ação indenizatória contra Rodrigo, a qual tramita no Juízo da 5ª Vara
Cível da Comarca de Belo Horizonte, em autos físicos. Em contestação, Rodrigo defendeu,
preliminarmente, a incompetência do Poder Judiciário, pois as partes teriam pactuado convenção de
arbitragem no contrato que fundamentava a demanda movida por Guilherme. Rodrigo, no mérito de sua
defesa, requereu a improcedência do pedido indenizatório, uma vez que teria cumprido o contrato celebrado
entre as partes. Após a apresentação de réplica, o Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte
proferiu decisão na qual rejeitou a preliminar arguida por Rodrigo e intimou as partes para informar as
provas que pretendiam produzir. Inconformado, Rodrigo interpôs agravo de instrumento contra a parcela da
decisão que rejeitou a preliminar de convenção de arbitragem. No entanto, Rodrigo não cumpriu a
obrigação de comunicação ao juízo de primeiro grau da interposição do agravo no prazo de 3 dias,
deixando de apresentar a cópia da petição do agravo de instrumento e o comprovante de sua interposição
para o Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte. Para que o recurso de Rodrigo não seja
conhecido com base nesse vício formal, assinale a opção que apresenta a medida a ser adotada por
Guilherme.
A) Ele não pode fazer nada, pois o vício formal é sanável, de ofício, pelo desembargador responsável por
relatar o agravo de instrumento, o qual deve intimar Rodrigo para apresentar cópia da petição do agravo de
instrumento e o comprovante de sua interposição.
B) Ele poderá, em qualquer momento da tramitação do agravo de instrumento, apontar que Rodrigo
descumpriu a exigência de comunicação ao primeiro grau.
C) Ele deverá, em suas contrarrazões ao agravo de instrumento, apontar que Rodrigo descumpriu a
exigência de comunicação em questão.
20

D) Ele não precisará fazer nada, pois esse vício formal é insanável e poderá ser conhecido, de ofício, pelo
desembargador responsável por relatar o agravo de instrumento.
RECURSO
Alternativa C: “Ele deverá, em suas contrarrazões ao agravo de instrumento, apontar que Rodrigo
descumpriu a exigência de comunicação em questão.”
Porém, o §3° do art. 1.018 CPC não prevê expressamente a resposta considerada como correta.
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo
de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de
instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3
(três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado,
importai admissibilidade do agravo de instrumento.
O texto legal apenas prevê que caberá ao agravado alegar e provar que o agravante não cumpriu o
disposto no §2° doart. 1.018 CPC.
Veja-se que não há menção alguma sobre a obrigatoriedade do agravado alegar em contrarrazões a falta
da informação, pelo agravante, ao juízo de primeiro grau. Reitere-se, a lei não menciona expressamente o
momento da alegação da falta de informação, nem se pode ser reconhecida de ofício.
Assim sendo, também seria considerada correta a alternativa B:
Alternativa B: “Ele poderá, em qualquer momento da tramitação do agravo de instrumento, apontar que
Rodrigo descumpriu a exigência de comunicação ao primeiro grau.”
Entendimento da doutrina e jurisprudência sobre o tema é bem dividido:
1- Cabe ao agravado alegar a falta de informação até as contrarrazões: Barbosa Moreira comentários n
276, p.519, Nelson Nery CPC, p. 889;
2- Cabe ao agravado alegar a falta de informação na primeira oportunidade: Informativo 335 STJ: REsp
594.930/SP
3- Cabe ao agravado alegar até o julgamento do recurso: Teresa Arruda Alvim. Primeiros comentários ao
CPC p.1462
O candidato foi induzido em erro em razão da possibilidade das 2 alternativas que teoricamente poderiam
ter sido
assinaladas. Mas ambas possuem erros, e isso invalida, assim, a alternativa, já que tecnicamente estão
erradas, NÃO
EXISTINDO ALTERNATIVA INTEGRALMENTE CORRETA.
Em razão disso, entendem que a questão deva ser anulada.
REFERÊNCIA
Questão fundamentado pelo Damásio
https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1TUvOiCyj7AQwFUkXX3o15daFdfD_puqU

T1 – 53 / T2 – 56 / T3 – 55 / T4 – 54 PASSIVO DE RECURSO
O Juízo da 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em ação
ajuizada por Jorge, servidor público, condenou o Município do Rio de Janeiro ao pagamento de verbas
remuneratórias atrasadas que não haviam sido pagas pelo ente municipal. Após o trânsito em julgado,
Jorge deu início ao cumprimento de sentença do valor de R$ 600.000 (seiscentos mil reais), tendo o
Município apresentado impugnação no prazo de 25 dias úteis após sua intimação, alegando haver excesso
de execução de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), na medida em que Jorge teria computado juros e
correção monetária de forma equivocada ao calcular o valor exequendo. Diante dessa situação hipotética,
assinale a afirmativa correta.
A) A impugnação do Município do Rio de Janeiro se afigura intempestiva, na medida em que o prazo
previsto no Código de Processo Civil para a impugnação ao cumprimento de sentença é de 15 (quinze) dias
úteis.
21

B) O juiz, considerando que o Município do Rio de Janeiro não efetuou o pagamento voluntário do crédito
exequendo no prazo de 15 dias úteis após sua intimação, deverá aplicar multa de 10% (dez por cento)
sobre o valor da dívida.
C) Jorge, tendo em vista que o Município do Rio de Janeiro impugnou apenas parcialmente o crédito
ao alegar excesso, poderá prosseguir com a execução da parte que não foi questionada, requerendo
a expedição do respectivo precatório judicial da parcela incontroversa da dívida.
D) O Município do Rio de Janeiro, ao alegar o excesso de execução, não precisava declarar, de imediato,
em sua impugnação, o valor que entende correto da dívida, podendo deixar para fazê-lo em momento
posterior.
RECURSO
A questão em tela possui erro em seu enunciado já que vai contra o artigo 535, §2º, do Código de
Processo Civil que diz o seguinte:
“Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa
ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a
execução, podendo arguir:
§ 2º Quando se alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante
do título, cumprirá à executada declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de não
conhecimento da arguição.”
No enunciado da questão o município informa apenas o valor do excesso, porém o correto seria
informar o valor que entende correto, de acordo com o artigo supracitado, tendo como consequência o
não conhecimento da impugnação do município, já que o pedido precisa ser certo conforme o artigo 322
do CPC.
Sendo notório que em uma peça processual de 2ª fase da FGV, o candidato que deixar de colocar o valor
que entende correto, receberia 0. Além disso, faz muito tempo que o entendimento do STJ é de que: “se
não alegar o valor correto da dívida, essa impugnação não pode ser recebida, tendo inúmeras decisões,
conforme a seguir, REsp. 1538235:
“A relatora do recurso no STJ, ministra Nancy Andrighi, explicou que, com base nos dispositivos
que tratam da liquidação de sentença no Código de Processo Civil de 1973, depreende-se que o envio
dos autos ao contador judicial para apurar a quantia a ser paga "não é ato judicial hábil a definir,
necessariamente, o valor da execução, representando, em verdade, ato para definir o montante da
penhora, o que afastaria a necessidade de qualquer alegação de excesso de execução neste momento
particular".
Segundo ela, nos termos do artigo 475-B do CPC/1973, quando a determinação do valor da
condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença,
instruindo o pedido com a memória discriminada do cálculo.
A ministra ressaltou que, nos casos de aparente excesso do valor calculado, o contador do juízo
poderá refazer os cálculos. Caso o credor concorde com o valor, prosseguirá o cumprimento da
sentença, com a intimação do devedor em 15 dias; contudo, se discordar, a execução prosseguirá pelo
valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.
"Ora, o fato de, em não havendo concordância do credor em relação aos cálculos apresentados
pelo contador, a penhora ter por base o valor por este encontrado, reforça, exatamente, o argumento de
que o envio dos autos ao mesmo justifica-se para fixar o quantum debeatur da penhora, momento
inadequado para o devedor alegar excesso de execução", disse a ministra.”
Por fim, diante do erro em seu enunciado, a questão deve ser anulada.

T1 – 59 / T2 – 62 / T3 – 60 / T4 – 63 PASSIVO DE RECURSO
Francisco foi vítima de uma contravenção penal de vias de fato, pois, enquanto estava de costas para o
autor, recebeu um tapa em sua cabeça. Acreditando que a infração teria sido praticada por Roberto, seu
desafeto que estava no local, compareceu em sede policial e narrou o ocorrido, apontando, de maneira
precipitada, o rival como autor. Diante disso, foi instaurado procedimento investigatório em desfavor de
Roberto, sendo, posteriormente, verificado em câmeras de segurança que, na verdade, um desconhecido
teria praticado o ato. Ao tomar conhecimento dos fatos, antes mesmo de ouvir Roberto ou Francisco, o
Ministério Público ofereceu denúncia em face deste, por denunciação caluniosa. Considerando apenas as
informações expostas, você, como advogado(a) de Francisco, deverá, sob o ponto de vista técnico, pleitear
22

A) a absolvição, pois Francisco deu causa à instauração de investigação policial imputando a Roberto a
prática de contravenção, e não crime.
B) extinção da punibilidade diante da ausência de representação, já que o crime é de ação penal pública
condicionada à representação.
C) reconhecimento de causa de diminuição de pena em razão da tentativa, pois não foi proposta ação penal
em face de Roberto.
D) a absolvição, pois o tipo penal exige dolo direto por parte do agente.
RECURSO
Prezados, A questão em tela tem a alternativa D, apontada como correta pela banca, entretanto o
Professor Francisco Menezes, em publicação no blog do Supremo TV, comenta que está alternativa não
estaria correto, pois existe uma parte da doutrina que admite dolo eventual no caso narrado no enunciado.
Na publicação o Professor Francisco Menezes diz o seguinte:
(...) Assim, a alternativa “D” também erra ao afirmar que a absolvição do agente, no
caso narrado, se fundamenta na exigência de dolo direto para o crime da
denunciação caluniosa, pois, conforme a opinião de respeitável doutrina, o delito em
questão também aceita o dolo eventual. A absolvição, no contexto da questão, se deve
ao erro de tipo, uma vez que, insiste-se, a norma incriminadora aceita modalidades de
tipicidade subjetiva diferentes do dolo direto. (...)
Diante o exposto, a questão é passível de recurso, visto que a alternativa D está errada. Recomendamos
que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu próprio recurso,
realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu recurso.
REFERÊNCIA
OAB: RECURSOS CONTRA A 1ª FASE DO XXXII EXAME. SUPREMO TV. 2021. Disponível em: <https://blog.supremotv.com.br/oab-
recursos-contra-a-1a-fase-do-xxxii-exame/>. Acessado em: 21 de junho de 2021.

T1 – 60 / T2 – 60 / T3 – 61 / T4 – 58 PASSIVO DE RECURSO
Paulo é dono de uma loja de compra e venda de veículos usados. Procurado por um cliente interessado na
aquisição de um veículo Audi Q7 e não tendo nenhum similar para vender, Paulo promete ao cliente que
conseguirá aquele modelo no prazo de sete dias. No dia seguinte, Paulo verifica que um carro, do mesmo
modelo pretendido, se achava estacionado no pátio de um supermercado e, assim, aciona Júlio e Felipe,
conhecidos furtadores de carros da localidade, prometendo a eles adquirir o veículo após sua subtração
pela dupla, logo pensando na venda vantajosa que faria para o cliente interessado. Júlio e Felipe, tranquilos
com a venda que seria realizada, subtraíram o carro referido e Paulo efetuou a compra e o pagamento
respectivo. Dias após, Paulo vende o carro para o cliente. Todavia, a polícia identificou a autoria do furto,
em razão de a ação ter sido monitorada pelo sistema de câmeras do supermercado, sendo o veículo
apreendido e recuperado com o cliente de Paulo. Paulo foi denunciado pela prática dos crimes de
receptação qualificada e furto qualificado em concurso material. Confirmados integralmente os fatos durante
a instrução, inclusive com a confissão de Paulo, sob o ponto de vista técnico, cabe ao advogado de Paulo
buscar o reconhecimento do
A) crime de receptação simples e furto qualificado, em concurso
material.
B) crime de receptação qualificada, apenas.
C) crime de furto qualificado, apenas.
D) crime de receptação simples, apenas.
RECURSO
Prezados,
A questão em tela foi debatida pelo Professor Cristiano Rodrigues em vídeo no canal do Estratégia.
O Professor Cristiano Rodrigues aponta um erro no enunciado da questão, visto que o enunciado não é
claro. Em um trecho do vídeo ele diz:
(...) Por isso essa é uma questão que na minha opinião deve ser anulada. Ela é controvertida, ela
tem um enunciado dúbio, ela não deixa claro se realmente vai considerar o cara participe, está
muito claro que ele não é coautor. (...)
23

O Gran Cursos em seu blog também questionou esta questão dizendo:


(...) Ademais, o furto ordenado por Paulo foi crime meio para o crime fim de receptação, havendo
necessária aplicação do princípio da consunção para resultar apenas na responsabilização de Paulo
pelo crime-fim, qual seja a receptação qualificada. Diferentemente do apresentado pela FGV, a
intenção de Paulo era vender, no exercício de atividade comercial, um veículo produto de crime. O
furto pode ser interpretado como crime-meio para essa finalidade. Assim sendo, a interpretação no
sentido de receptação qualificada é mais adequada, a nosso ver, do que a interpretação da conduta
como mero furto. Tratar a venda do veículo, na situação hipotética narrada, como se fosse post
factum impunível, é desconsiderar o desígnio principal do autor, na figura da venda do veículo
produto de ilícito. (...)
Diante o exposto, a questão é passível de recurso, visto a mal formulação do enunciado, poder gerar dúvida
ao examinando.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
RECURSOS - 1ª FASE DO XXXII EXAME DA OAB. ESTRATÉGIA. 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=O_H-
TGYuYJI&list=WL&index=9&t=1580s>. Acessado em: 21 de junho de 2021.
COMENTÁRIOS SOBRE AS QUESTÕES DE PENAL DO XXXII EXAME DA OAB. CRISTIANO RODRIGUES. 2021. Disponível em:
<https://www.instagram.com/tv/CQHoKejjuC3/?utm_source=ig_web_copy_link>. Acessado em: 21 de junho de 2021.
RECURSOS PROVA OAB (XXXII EXAME): PRAZO ATÉ 05/07. CONFIRA! GRAN CURSOS. 2021. Disponível em:
<https://blog.grancursosonline.com.br/recursos-prova-oab-xxxii-exame/>. Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 62 / T2 – 59 / T3 – 63 / T4 – 62 PASSIVO DE RECURSO
Paulo e Júlia viajaram para Portugal, em novembro de 2019, em comemoração ao aniversário de um ano de
casamento. Na cidade de Lisboa, dentro do quarto do hotel, por ciúmes da esposa que teria olhado para
terceira pessoa durante o jantar, Paulo veio a agredi-la, causando-lhe lesões leves reconhecidas no laudo
próprio. Com a intervenção de funcionários do hotel que ouviram os gritos da vítima, Paulo acabou
encaminhado para Delegacia, sendo liberado mediante o pagamento de fiança e autorizado seu retorno ao
Brasil. Paulo, na semana seguinte, retornou para o Brasil, sem que houvesse qualquer ação penal em seu
desfavor em Portugal, enquanto Júlia permaneceu em Lisboa. Ciente de que o fato já era do conhecimento
das autoridades brasileiras e preocupado com sua situação jurídica no país, Paulo procura você, na
condição de advogado(a), para obter sua orientação. Considerando apenas as informações narradas, você,
como advogado(a), deve esclarecer que a lei brasileira
A) não poderá ser aplicada, tendo em vista que houve prisão em flagrante em Portugal e em razão da
vedação do bis in idem.
B) poderá ser aplicada diante do retorno de Paulo ao Brasil, independentemente do retorno de Júlia
e de sua manifestação de vontade sobre o interesse de ver o autor responsabilizado criminalmente.
C) poderá ser aplicada, desde que Júlia retorne ao país e ofereça representação no prazo decadencial de
seis meses.
D) poderá ser aplicada, ainda que Paulo venha a ser denunciado e absolvido pela justiça de Portugal.
RECURSO
Prezados,
A questão em tela é bem fundamentada pelo Cejas (Centro de Estudos José Aras), em publicação feita em
seu site.
A fundamentação dada é baseada no artigo 7º, §2º, do Código Penal, pois Paulo não poderia responder
pela lei brasileira, já que o crime praticado não admite extradição.
Em um trecho da publicação no site Cejas diz o seguinte:
(...) Assim, como não há assertiva correta, já que uma das alternativas deveria afirmar que: “Não é
possível a aplicação da lei brasileira, pois o crime não admite extradição”, ou ainda: “Não é possível
a aplicação da lei brasileira pois a pena mínima do crime não é superior a dois anos”. Trata-se de
questão que deve ser anulada, para manter a lisura do Exame de Ordem da OAB. (...)
Diante o exposto, a questão é totalmente passível de recurso, visto que não tem alternativa correta.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
24

próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
RECURSOS OAB 1ª FASE - XXXI EXAME. CEJAS. 2021. Disponível em:
<https://www.cursocejas.com.br/cejus/cursos/detalhe/147/RECURSOS%20OAB%201%C2%AA%20FASE%20-%20XXXI%20EXAE>.
Acessado em 21 de junho de 2021.

T1 – 65 / T2 – 68 / T3 – 69 / T4 – 65 PASSIVO DE RECURSO
Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de Jonas, o
Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s)
autor(es) do delito, o que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o
arquivamento do inquérito policial, uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada,
compareceu à delegacia de polícia alegando possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas. A
família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) da família, para
esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas a identificar o autor do crime, você
deverá esclarecer aos familiares da vítima que o órgão ministerial
A) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não faz coisa julgada
material independentemente de seu fundamento.
B) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento é imutável na
presente hipótese.
C) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, inexistindo
efetivamente qualquer prova nova quanto à autoria do delito.
D) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez apenas
coisa julgada formal no caso concreto.
RECURSO
Prezados,
A questão em tela é questionada pelo Professor Alexandre Salim, em publicação feita no material do Cers,
onde o professor alerta que devido a suspensão do dispositivo do Pacote Anticrime, o promotor deve pedir
ao juiz o desarquivamento do inquérito.
Em publicação o Professor Alexandre Salim disse:
(...) Inicialmente, destaca-se que alternativa considerada certa foi a letra “D”, conforme a prova
branca, contudo, é importante entender que, o inquérito citado na questão pode ser desarquivado,
conforme as jurisprudências dos tribunais superiores, uma vez que, o inquérito policial quando é
arquivado apenas faz coisa julgada material no caso de atipicidade, extinção da punibilidade
(prescrição), excludente de ilicitude, mas não no caso de falta de provas. Dessa forma, poderá
ocorrer o desarquivamento, fundamento no art. 14 do Código de Processo Penal e súmula 524 do
STF. Todavia, é necessário salientar que, a nova disposição do pacote Anticrime está suspensa,
deforma que o promotor não poderia promover o desarquivamento, e sim, pedir ao juiz. (...)
Dessa maneira, a questão é passível de recurso, visto que a alternativa D está incorreta.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
QUESTÕES PASSÍVEIS DE RECURSO | 1ª FASE OAB XXXII. CERS. Disponível em: <https://www.cers.com.br/materiais-gratuitos>.
Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 69 / T2 – 64 / T3 – 68 / T4 – 69 PASSIVO DE RECURSO
Em 14/01/2021, Valentim, reincidente, foi denunciado como incurso nas sanções penais do Art. 14 da Lei n º
10.826/03, cuja pena prevista é de reclusão, de 2 a 4 anos, narrando a denúncia que, em 10/01/2017, o
denunciado portava, em via pública, arma de fogo de uso permitido. Após recebimento da denúncia e
apresentação de resposta à acusação, o magistrado, verificando que a única outra anotação que constava
da Folha de Antecedentes Criminais era referente a delito da mesma natureza, decretou, apesar da
ausência de requerimento, a prisão preventiva do denunciado, destacando o risco de reiteração
delitiva. Ao tomar conhecimento dos fatos, sob o ponto de vista técnico, a defesa de Valentim deverá
argumentar que a prisão é inadequada porque
A) não poderia ter sido decretada de ofício e pela ausência de contemporaneidade, apesar de a pena
máxima, por si só, não impedir o decreto prisional na situação diante da reincidência.
25

B) não poderia ter sido decretada de ofício, não havia contemporaneidade e porque, considerando a pena
máxima, os pressupostos legais não estariam preenchidos.
C) não haveria contemporaneidade, apesar da possibilidade de decretação de ofício pelo momento
processual e com base na reincidência.
D) não haveria contemporaneidade e considerando a pena máxima prevista para o delito, apesar de, pelo
momento processual, ser possível a decretação de ofício.
RECURSO
Prezados, A questão em tela, foi profundamente debatida pelo renomado Jurista e Professor Aury Lopes
Júnior em seu canal no Youtube. O Professor fez fortes críticas a questão, apontando erros graves,
discussão doutrinária profunda, divergência jurisprudencial e principalmente destacando a mal elaboração
da questão.
Ainda, um dos fundamentos apontados pelo professor Aury Lopes Júnior é que a alternativa A apontada
como correta pela banca, estaria errada, visto que:
A pena máxima impede o decreto prisional, pois a pena imposta a Valentim no enunciado é
de 2 a 4 anos, não preenchendo portanto o requisito do artigo 313, inciso I, do Código de
Processo Penal; E a situação da reincidência, que por si só não justifica a prisão
preventiva, se não estiverem previstos os requisitos do artigo 312 e 313, I, ambos do Código
de Processo Penal.
Além do Professor Aury Lopes Júnior ter se posicionado sobre a questão, o Professor Alexandre Salim
em publicação feita no material do Cers, diz que:
(...) A princípio, é necessário ressaltar que a alternativa considerada certa foi a letra “A”,
conforme a prova branca. O juiz, de acordo com o caso concreto, não poderia decretar a
preventiva de ofício. As hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva estão expostas
no art. 313 do CPP, e de acordo com seu inciso I, poderá ser decretada nos crimes dolosos
punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos, situação que
não é vista no enunciado da questão, visto que o crime cometido por Valentim tem pena de
reclusão de 1 (um) a 4 (quatro), logo, não caberia a preventiva em face da pena disposta.
(...)
Portanto, conforme o breve resumo da fundamentação do Professor Aury Lopes Júnior, e a colocação do
Professor Alexandre Salim, essa questão é passível de recurso.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
PROVA OAB: PRISÃO PREVENTIVA COM BASE NA REINCIDÊNCIA? AURY LOPES JÚNIOR. 2021. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=o8MGQ_dSPJQ&t=1146s>. Acessado em: 20 de junho de 2021.
QUESTÕES PASSÍVEIS DE RECURSO | 1ª FASE OAB XXXII. CERS. Disponível em: <https://www.cers.com.br/materiais-gratuitos>.
Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 71 / T2 – 73 / T3 – 74 / T4 – 70 PASSIVO DE RECURSO
Luiz e Selma são casados e trabalham para o mesmo empregador. Ambos são teletrabalhadores, tendo o
empregador montado um
home office no apartamento do casal, de onde eles trabalham na recepção e no tratamento de dados
informatizados. Para a impressão dos dados que serão objeto de análise, o casal necessitará de algumas
resmas de papel, assim como de toner para a impressora que utilizarão. Assinale a opção que indica quem
deverá arcar com esses gastos, de acordo com a CLT.
A) Cada parte deverá arcar com 50% desse gasto.
B) A empresa deverá arcar com o gasto porque é seu o risco do negócio.
C) A responsabilidade por esse gasto deverá ser prevista em contrato escrito.
D) O casal deverá arcar com o gasto, pois não há como o empregador fiscalizar se o material será utilizado
apenas no trabalho.
RECURSO
Prezados,
26

A questão em tela tem a alternativa C como correta, contudo conforme o entendimento do Professor Thiago
Raso, em publicação feita no blog do Supremo TV, existem duas alternativas corretas, sendo elas a
alternativa B e C. O Professor fala que essa questão reproduziu o artigo 75-D da CLT, que diz o seguinte:
(...) Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou
fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo
empregado, serão previstas em contrato escrito. (...)
O Professor Thiago Raso ainda explica que:
(...) O fato do art. 75-D dizer que a responsabilidade pela aquisição dos equipamentos
necessários à prestação do trabalho remoto estará prevista em contrato escrito, não é o
mesmo que dizer que o empregado é quem irá arcar com os custos desses materiais. O que
será previsto em contrato escrito é quem será o responsável pelos gastos com a aquisição,
manutenção, fornecimento de equipamentos tecnológicos infraestrutura. Mas, caso se
defina que este gasto será do empregado, o mesmo deverá ser reembolsado das despesas,
conforme previsto no próprio art. 75-D da CLT. Não há nenhum embasamento jurídico para
se considerar a letra “b” como incorreta, pois é completamente inviável pensar que o
empregador pode transferir o custo da atividade econômica para o empregado. (...)
Ainda, o artigo 2º da CLT, diz que o empregador é quem assume o risco da atividade econômica, ficando
demonstrando que a assertiva B também está correta.
Desse modo, a questão é passível de recurso, visto que, existem duas alternativas corretas, B e C.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. PLANALTO. 2021. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm>. Acessado em: 20 de junho de 2021;
OAB: RECURSOS CONTRA A 1ª FASE DO XXXII EXAME. SUPREMO TV. 2021. Disponível em: <https://blog.supremotv.com.br/oab-
recursos-contra-a-1a-fase-do-xxxii-exame/>. Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 73 / T2 – 75 / T3 – 70 / T4 – 71 PASSIVO DE RECURSO
Regina foi admitida pela sociedade empresária Calçados Macios Ltda., em abril de 2020, para exercer a
função de estoquista. No processo de admissão, foi ofertado a Regina um plano de previdência privada,
parcialmente patrocinado pelo empregador. Uma vez que as condições pareceram vantajosas, Regina
aderiu formalmente ao plano em questão. No primeiro contracheque, Regina, verificou que, na parte de
descontos, havia subtrações a título de INSS e de
previdência privada. Assinale a opção que indica, de acordo com a CLT, a natureza jurídica desses
descontos.
A) Ambos são descontos legais.
B) INSS é desconto legal e previdência privada, contratual.
C) Ambos são descontos contratuais.
D) INSS é desconto contratual e previdência privada, legal.
RECURSO
Prezados,
A questão em tela, em seu enunciado pede para indicar a alternativa de acordo com a CLT, entretanto os
descontos de INSS e Previdência Privada, não estão na CLT, pois o INSS é um desconto legal previsto na
Lei 8.213/91 e o desconto de Previdência Privada é um desconto contratual.
Os Professores Renato Saraiva e Rogério Renzetti, em material publicado pelo Cers, dizem o seguinte:
(...) A priori, vale ressaltar que o INSS é um desconto legal, previsto pela lei previdenciária e
não pela CLT. Já o desconto da Previdência Privada, é contratual, e também não está
exposto na CLT. Ademais, na leitura do art. 462 da CLT, ao tratar da possibilidade de
desconto do salário do empregado, não se comenta sobre o desconto previdenciário. (...)
Dessa maneiro, visto o erro no enunciado, a questão é passível de recurso.
27

Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
OAB: RECURSOS CONTRA A 1ª FASE DO XXXII EXAME. SUPREMO TV. 2021. Disponível em: <https://blog.supremotv.com.br/oab-
recursos-contra-a-1a-fase-do-xxxii-exame/>. Acessado em: 20 de junho de 2021;
QUESTÕES PASSÍVEIS DE RECURSO | 1ª FASE OAB XXXII. CERS. 2021. Disponível em: <https://www.cers.com.br/materiais-
gratuitos>. Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 76 / T2 – 79 / T3 – 77 / T4 – 76 PASSIVO DE RECURSO
A sociedade empresária de transportes Mundo Pequeno Ltda. Foi condenada ao pagamento de horas
extras e diferença salarial na ação movida por Mauro Duarte, seu ex-empregado. Após o trânsito em julgado
e apuração do valor devido, a executada foi citada para efetuar o pagamento de R$ 120.000,00. Ocorre que
a sociedade empresária pretende apresentar embargos à execução, pois entende que o valor homologado
é superior ao devido, mas não tem o dinheiro disponível para depositar nos autos. Sobre o caso relatado, de
acordo com o que está previsto na CLT, assinale a afirmativa correta.
A) Na Justiça do Trabalho não é necessário garantir o juízo para ajuizar embargos à execução.
B) A sociedade empresária poderá apresentar seguro-garantia judicial para então apresentar
embargos à execução.
C) A sociedade empresária poderá assinar uma nota promissória judicial e, com isso, ter direito a ajuizar
embargos de devedor.
D) Se for comprovada a situação de necessidade, a sociedade empresária, depositando 50% do valor da
dívida, poderá embargar.
RECURSO
Prezados, A questão em tela possuí vício insanável, visto que não observa o dispositivo legal do artigo 879,
§2, da CLT, que diz o seguinte:
(...) Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua
liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 2º Elaborada
a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para
impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob
pena de preclusão. (...)
O Professor e Juiz da Vara do Trabalho Gustavo Cisneiros, em publicação no Instagram, disse que:
(...) Ora, se a executada, na questão aqui rechaçada, não discutiu cálculos na fase devida,
ocorreu preclusão temporal para a discussão em embargos à execução. Caso tenha
discutido no momento oportuno, não mais poderá impugnar os cálculos em embargos à
execução, ante a incidência da preclusão consumativa. Logo, a redação do segundo
parágrafo da questão recorrida está eivada de NULIDADE TOTAL, pois violou a CLT,
traduzindo típico ERRO NO GABARITO em sua confecção... (...)
Diante o exposto, a questão é passível de recurso, visto que, nenhumas das alternativos está correto.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. PLANALTO. 2021. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm>. Acessado em: 20 de junho de 2021;
FUNDAMENTOS PARA IMPUGNAÇÃO DA QUESTÃO 76 (PROVA TIPO 01). 2021. Disponível em:
<https://www.instagram.com/p/CQGdrxWgDVN/?utm_source=ig_web_copy_link>. Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 77 / T2 – 76 / T3 – 80 / T4 – 79 PASSIVO DE RECURSO
Helena ajuizou reclamação trabalhista, na qual requereu o pagamento do 13º salário integral do último ano
trabalhado, no valor de R$ 1.300,00, indicando o referido valor à causa. A sociedade empresária alegou, em
defesa, a quitação regular de tal verba, mas não fez prova documental ou testemunhal desse fato. Em razão
disso, o pedido foi julgado procedente, tendo o juiz proferido sentença líquida cujo valor, já incluídos juros e
correção monetária, passou a ser de R$ 1.345,00. Sobre esse caso, de acordo com as leis de regência,
assinale a afirmativa correta.
A) A sociedade empresária poderá interpor recurso de apelação no prazo de 15 dias.
B) O recurso não será admitido, haja vista o valor da condenação e a matéria tratada.
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C) O juiz deverá submeter a decisão ao duplo grau de jurisdição obrigatório, uma vez que a condenação é
inferior a 5 salários mínimos.
D) A sociedade empresária poderá interpor recurso ordinário contra a sentença, mas deverá comprovar o
recolhimento de custas e o depósito recursal.
RECURSO
Prezados, A questão em tela possui um equívoco na alternativa apontada como correta pela banca, pois
trata-se de rito sumário, salvo se versarem sobre matéria constitucional, conforme disposto no Art. 2º, §4, da
Lei 5.584/70:
(...) Art. 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o
Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor
para a determinação da alçada, se este for indeterminado no pedido. § 4º - Salvo se
versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas
nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o
valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação. (...)
A Professora Cleize Kohls, em publicação no blog do Ceisc, diz o seguinte:
(...) Para exemplificar, uma ação que foi ajuizada no valor de R$ 60.000,00, ou seja, pelo
rito ordinário, não passará a ser do rito sumário ou sumaríssimo, se na sentença o valor da
condenação for inferior a 40 salários mínimos. O que define o rito processual é o seu valor
da causa e não o valor que sobreveio da sentença. Por fim, também não consta a data do
ajuizamento da ação, para fins de verificação do valor do salário-mínimo. (...)
Desta maneira, pela alternativa induzir o examinando ao erro, a questão deve ser passíve de recurso.
Recomendamos que use as razões deste documento apenas como referência para elaboração do seu
próprio recurso, realizando pesquisas adicionais para complementar e dar maior robustez ao texto do seu
recurso.
REFERÊNCIA
LEI 5.584/70. PLANALTO. 2021. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5584.htm>. Acessado em 20 de junho de
2021;
QUESTÕES PASSÍVEIS DE ANULAÇÃO E RECURSOS PARA 1ª FASE DO XXXII EXAME DA OAB. CEISC. 2021. Disponível em:
<https://blog.ceisc.com.br/anulacoes-e-recursos-1-fase-oab-xxxii/>. Acessado em 20 de junho de 2021;
RECURSOS PROVA OAB (XXXII EXAME): PRAZO ATÉ 05/07. GRAN CURSOS. 2021. Disponível em:
<https://blog.grancursosonline.com.br/recursos-prova-oab-xxxii-exame/>. Acessado em: 20 de junho de 2021.

T1 – 80 / T2 – 78 / T3 – 76 / T4 – 78
Melissa era uma empregada terceirizada do setor de limpeza que atuou durante todo o seu contrato em uma sociedade de economia
mista federal, que era a tomadora dos serviços (contratante). Após ter sido dispensada e não ter recebido nem mesmo as verbas
resilitórias, Melissa ajuizou reclamação trabalhista contra o exempregador e contra a sociedade de economia mista federal, requerendo
desta a responsabilidade subsidiária por ser tomadora dos serviços. O volume dos pedidos de Melissa alcança o valor de R$
17.000,00. Considerando os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) A ação tramitará pelo procedimento sumaríssimo, de modo que Melissa poderá conduzir, no máximo, duas testemunhas.
B) Diante do valor dos pedidos formulados, a reclamação deverá se submeter ao rito sumário e, da decisão que vier a ser proferida,
não caberá recurso.
C) A reclamação adotará o rito especial misto e será possível a citação por edital caso o ex-empregador não seja localizado na fase de
conhecimento.
D) A demanda observará rito ordinário, independentemente do valor do pedido de Melissa, pois um dos réus é ente público.

RECURSO
Senhores:

Sabemos que o rito sumaríssimo não é cabível quando se trata de ente federal. Segundo reza o
art. 852-A da CLT no RITO SUMARÍSSIMÚBLICO NÃO É APLICÁVEL ÀS DEMANDAS EM QUE É PARTE A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL. Sabemos que Sociedade de Economia
Mista faz parte da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA, mas o que estamos questionando é o fato de
envolver SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL.
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Segundo definição do Ilustre Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello: "Sociedade de Economista Federal é
a pessoa cuja criação é autorizada por LEI....".

Sobre escrita jurídica a advogada OAB/GO e escritora Raquel Karine Matos, expõe a seguinte
necessidade: "Sabe-se que a redação jurídica segue uma linguagem própria e técnica, é um tipo de escrita
que tem como OBJETIVO INFORMAR e NÃO DISTRAIR, por isto, a utilização da SIMPLICIDADE e a concisão
cabe na construção de um TEXTO CLARO, EMBASADO e FOCADO, EVITANDO-SE as ARMADILHAS das
ARGUMENTAÇÕES DESNECESSÁRIAS que procrastinam nosso judiciário. É importante para o advogado
pesquisar, planejar e organizar as ideias para expor as argumentações com clareza, brevidade e
simplicidade."

Portanto nobres julgadores, entendemos que fomos induzidos no mínimo ao erro entre as alternativas "A"
e "D", fato este que tal questão deve ser anulada de pleno direito.

(síntese para elaboração de recurso para a questão, em tela. Procure trazer outros entendimentos
que embasa e fortaleça a elaboração do seu texto recursal).

REFERÊNCIA
https://www.ibijus.com/blog/724-obrigacoes-tributarias-principal-e-acessoria

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