Você está na página 1de 22

Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância

CENTRO DE RECURSO DE CHIMOIO


3º ano 2021

1. O estudante:
Nome: Francisco Manuel Zeca
Curso: Direito Código do Estudante: 51190270
Ano de Frequência: 3º /2021

2. O trabalho
Trabalho de: ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL Código da Disciplina:
Nº de Páginas: (22)
Tutores:

Registo Data da Entrega:


Recepção por: 26/05/2020

3. A correcção:
Corrigido por:
Cotação (0 –20):
4. Feedback do Tutor:

1
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
Instituto Superior de Ciências de Educação à Distância

Nome do Estudante: Francisco Manuel Zeca

Curso de Direito IIIº Ano

Chimoio

Cadeira: ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL

2021

2
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
TEMA ........................................................................................................................................... 6
JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 6
OBJETIVOS ................................................................................................................................. 6
METODOLOGIA ......................................................................................................................... 7
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO .................................................................................. 8
PRINCÍPIOS DE GESTÃO AMBIENTAL ............................................................................... 13
SURGIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS ........... 15
MPORTÂNCIA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA AS EMPRESAS.................................... 16
BENEFÍCIOS E VANTAGENS DA GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS ................. 17
DESAFIOS DE GESTAO AMBIENTAL NAS EMPRESAS.................................................... 18
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 20
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 22

3
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema “GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS” e


foi desenvolvido no âmbito do módulo ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL.

A evolução dos processos produtivos, especialmente após a Revolução Industrial,trouxe


consigo imensos ganhos para a sociedade, porém vieram também os impactos sociais e
ambientais, tão evidentes e discutidos no momento.
Nas últimas décadas a relação dos seres humanos e suas atividades com o meio ambiente,
tem ganhado cada vez mais importância na opinião pública. Desde o uso de água em uma
residência até as consequências ambientais das atividades industriais, tudo tem se
tornado pauta nas discussões que tratam do futuro do planeta. A relatos que a questão
ambiental passou a ganhar notoriedade na década de 60 a partir da publicação do livro
The Silent Sping de Rachel Carson. Mas, com a realização da Conferência de Estocolmo
em 1972 e, concomitantemente, a publicação do relatório Limits to Growth pela equipe
do MIT, inaugura-se uma era de estudos e pesquisas científicas sobre os impactos
ambientais e suas consequências. Segundo Tachizawa (2005) a partir da década de 90 o
conceito de desenvolvimento sustentável consolidou-se baseado na verificação de que os
sistemas naturais do planeta são limitados para absorver os impactos da produção e do
consumo. Torna-se evidente a necessidade de um sistema produtivo que respeite a
obrigação de preservar a base ecológica do país.
As empresas não ficam de fora dessa discussão, a gestão ambiental nas empresas se tornou
uma gerência essencial para a sustentabilidade da empresa Essa gestão ambiental também
ajuda a empresa a se manter relevante no mercado, já que o público está
mais ambientalmente consciente e não tem interesse em comprar produtos ou contratar
serviços de empresas que não se preocupam com o meio ambiente.
Governos é órgãos responsáveis têm estabelecido normas ambientais para regular as
ações das empresas, proteger o meio ambiente e a população. Estabelecendo multas e
demais punições em casos em que se há o descumprimento dessas medidas, resultando
em impactos ambientais na região levando como principal objetivo minimizar todos os
tipos de impacto ao meio ambiente que sejam ocasionados pelas atividades da empresa.

4
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
As empresas representam o agente econômico que gera a maior parte dos impactos
ambientais, conforme Daly e Farley (2004) todos os processos de produção geram algum
tipo de poluição, porém, ao proibir toda a poluição a sociedade estará proibindo o próprio
processo produtivo. Por isso o intuito da gestão ambiental é minimizar a poluição,
gerando-a de acordo com a capacidade de carga do planeta.
Entretanto, deve-se determinar que não apenas o processo produtivo gera impactos
ambientais, mas também, os demais procedimentos da empresa como gerencial,
administrativo, distributivo, sem exceções, provocam impactos diretos ou indiretos no
meio ambiente, através da exploração dos recursos naturais, do uso de matérias primas,
do descarte de resíduos, da utilização de energia, dentre outras ações. O principal
problema desta questão refere-se à geração de externalidades negativas, que são impactos
não incorporados pelo sistema administrativo-econômico convencional, conforme
definição de Chen (2007) consiste em processos de consumo ou produção que provocam
efeitos indiretos sobre outros consumidores e/ou produtores, não sendo refletidos no
sistema de preços.
A segunda lei da termodinâmica corrobora a existência dessas externalidades negativas,
quando, segundo Braga et al. (2007, p. 7), afirma que “a qualidade da energia sempre se
degrada de maneiras mais nobres (maior qualidade) para maneiras menos nobres (menor
qualidade)”. Sendo assim não é possível a reutilização completa da energia residual
dissipada pelos processos realizados na empresa, pois sempre haverá perdas irreversíveis
de energia e matéria que não são valoradas pela economia.

Moçambique deu passos importantes e significativos na construção, aprovação e


desenvolvimento de um quadro jurídico sobre a protecção do ambiente. Para além do
reforço do regime constitucional, da aprovação de políticas e estratégias e da adesão aos
principais instrumentos internacionais no domínio do ambiente, vigora entre nós uma Lei
do Ambiente bastante actual, cujas bases têm vindo a ser gradualmente regulamentadas,
através de um assinalável esforço protagonizado pelo Governo. Porém, este esforço ainda
não está terminado, havendo aspectos por regulamentar que deverão merecer atenção por
parte do legislador nacional, tal como é exemplo a questão da tipificação de crimes
ambientais. Importa ainda referir a inclusão de aspectos ambientais na diversa legislação
que versa sobre as actividades económicas, incluindo a exploração de recursos naturais.
Neste caso, também urge atender à necessidade de acautelar as questões ambientais em
alguns sectores de actividades, como, por exemplo, o da agropecuária.

5
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
TEMA

Pretende-se com este trabalho realizar uma pesquisa tendo como estudo de caso
GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS .

JUSTIFICATIVA

A adopção de gestão ambiental é importante para uma empresa por diversos motivos. Em
primeiro lugar porque ela associa sua imagem ao da preservação ambiental, melhorando
no mercado as imagens das marcas de seus produtos. Empresas que adoptam este sistema
conseguem reduzir seus custos, evitando desperdícios e reutilizando materiais que antes
eram descartados. Empresas com gestão ambiental melhoram suas relações comerciais
com outras empresas que também seguem estes princípios.

OBJETIVOS

 Pretente-se com este trabalho abordar assuntos referente a gestão ambiental nas
empresas; seu surgimento e seus beneficios ;
 Conhecer princípios de gestão ambiental
 Compreender sua politica ;planejamento; e gerenciamento Ambiental na Epresa ;
 Compreender sua importancia nas empresa e
 Conhecer seus desafios.

6
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
METODOLOGIA

Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica baseada num levantamento qualitativos


de dados na literatura referente ao tema do trabalho onde a metodologia qualitativa
dedica-se a reconstruirteorias, conceitos, ideias, ideologias,polêmicas, paraaprimorar
fundamentos teóricos ereconstruir teorias, quadros de referência, condições explicativas
da realidade, polêmicas e discussões pertinentes ao assunto abordado (DEMO, 2000).
A pesquisa, segundo Gil (2008), deve ser realizada com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos, trabalhos já publicados e que
geram conclusões sobre o tema em estudo, cuja elaboração compreende as etapas de
seleção das hipóteses ou questões, definição dos critérios para seleção da amostra,
definição das características da pesquisa original, análise de dados, interpretação dos
resultados e apresentação da referência.
A questão condutora desta pesquisa foi o desafio da gestão ambiental nas empresas, cuja
pesquisa bibliográfica realizou-sepor meio de uma retrospectiva tendo-se como base de
dados os índices de literatura disponíveis além da consulta on linena internet, dando
preferência às fontes bibliográficas primárias cujas informações foram vinculadas
originalmente pelos autores.
Consultas adicionais também foram realizadas em instituições de pesquisas e
bibliografias no sentido de contemplar outros dados e garantir o maior acervo de
informações possíveis. No momento de seleção dos artigos foram lidos e preferidos os
títulos que tinham relação com o objetivo do estudo para, em seguida, selecionados
aqueles que estavam de acordo com a temática em estudo.
A realização dos levantamentos bibliográficos ocorreu no período de fevereiro a maio de
2017, sendo as fontes encontradas enumeradas conforme a ordem de localização,
identificados e apresentados de acordo às normas de referência bibliográfica.

7
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

Há algumas décadas as pessoas perceberam que a preservação do planeta Terra


significava também a preservação da própria vida. Inicialmente era apenas com a extinção
de animais, derrubada das florestas, poluição do ar e logo passou a poluição agrícola
(contaminação dos alimentos), a poluição gerada pelos países em desenvolvimento, falta
de infra-estrutura urbana onde foram identificados as grandes conseqüências da poluição
mundial e seus riscos como o efeito estufa e o rompimento da camada de ozônio.
(WEBER, 1999) No início havia alguns idealistas alertando para os problemas que
pareciam surreais, mas que passou a contar com organizações internacionais e alguns
governos comprometidos com a preservação, e claro, com milhões de pessoas perplexas
diante dos visíveis efeitos e os possíveis cenários previstos para o futuro do planeta. De
acordo com Pereira; Antonio (2006), as diferentes causas foram apontadas, tais como: o
incremento populacional, a moderna indústria e o consumismo supérfluo, os sistemas de
dominação hierárquicos próprios da sociedade industrial capitalista, a distribuição de
riquezas entre países e de populações. Hoje, toda sociedade reconhece a gravidade da
crise ambiental que alcançou uma escala planetária, decorrente não de ações
irresponsáveis de alguns, mas reflexo do modelo de desenvolvimento. O desequilíbrio foi
tão acentuado nos ecossistemas terrestre que se tornou necessário e urgente a construção
de um processo de junção das ciências de gestão com o intuito de enriquecer os
instrumentos daquilo que se denomina gestão ambiental. O surgimento da nova
consciência ambiental ocorreu no bojo das transformações culturais que aconteceu nas
décadas de 60 e 70, ganhando dimensão e situando no meio ambiente como um dos
princípios fundamentais do homem moderno. Nos anos 80, os gastos com proteção
ambiental começaram a serem vistos pelas empresas líderes não como custos, mas sim
como investimentos no futuro e, paradoxalmente, como vantagem competitiva.
(LOZANO; OLIVEIRA, 2006). Para explicar o que é gestão ambiental precisa-se saber
primeiro o que é meio ambiente: Conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege vida em todas as suas
formas, bem como da expressão recursos ambientais, definida como a atmosfera, as águas
interiores, superficiais e subterrâneas, os estatuários, o mar territorial, o solo, o subsolo,
os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (WOLFF apud PEREIRA; ANTONIO, 2006,
p. 34) Então pode-se dizer que gestão ambiental é, antes de tudo, uma questão de
sobrevivência, tanto de sustentabilidade do ser humano no planeta, quanto das

8
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
organizações no mercado, tendo em vista que o meio ambiente é parte do processo
produtivo e não mais uma externalidade. Atuar de maneira ambientalmente responsável
é um diferencial entre as organizações, mas em um futuro muito breve se transformará
em um pré-requisito. Para Meyer (apud KRAEMER, 2006, p. 9)
a gestão ambiental:
 tem, a medida do possível, o objetivo de manter o meio ambiente saudável, a fim
de atender as necessidades humanas atuais, sem comprometer as necessidades das
futuras gerações;
 trata-se de um meio de atuar sobre as modificações causadas no meio ambiente
pelo uso ou descarte dos bens e detritos gerados pelas atividades humanas, a partir
de um plano de ação viável técnica e economicamente, com prioridade
perfeitamente definidas;
 utiliza instrumentos de monitoramento, controles, taxações, imposições,
subsídios, divulgação, obras e ações mitigadoras, além de treinamento e
conscientização;
 é base de atuação de diagnósticos – cenários – ambientais da área de atuação, a
partir de estudos e pesquisas dirigidos em busca de soluções para os problemas
que forem detectados.

A gestão ambiental pode ser entendida então como o conjunto de princípios, estratégias
e diretrizes de ações e procedimentos para proteger a integridade dos meios físicos e
bióticos, bem como a dos grupos sociais que deles dependem. De uma forma geral, as
economias dependem dos serviços dos ecossistemas, mas vale lembrar que o uso
excessivo dos recursos naturais rompe o equilíbrio do sistema ambiental, social e
econômico.
Evolução A percepção da questão ambiental evoluiu principalmente nos últimos 10 anos
e as organizações perceberam que o uso eficiente dos recursos naturais é um bom negócio.
Segundo Donaire (1999, p. 15), ”no princípio as organizações precisavam preocupar-se
apenas com a eficiência dos sistemas produtivos”. Gerar um lucro cada vez maior,
padronizar cada dia mais o desempenho dos funcionários, era uma visão industrial que as
organizações idealizavam e ao longo do tempo, foi tornando cada vez mais enfraquecida.
Ainda conforme o autor, os administradores começaram a ver que suas organizações não
se baseavam somente nas responsabilidades referentes a resolver problemas econômicos

9
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
fundamentais (o que produzir, como produzir e para quem produzir), mas também em
preocupar-se com o ambiente em que operam. (DONAIRE, 1999, p.15). Tais mudanças
nas organizações começaram nos anos 80 e 90, depois que a população começou a cobrar
uma postura mais responsável em relação ao meio ambiente. E antes, houveram alguns
movimentos vertentes, que segundo Grazinoli (2001) foram:
 movimento ambientalista alternativo: vigorou na década de 1960, com o
movimento hippie a frente, o qual revalorizava as filosofias orientais milenares,
enfatizando a vida comunitária e campestre com críticas ao Estado;
 movimento ambientalista neomalthusiano: década de 1970, seguiu a teoria de
Malthus, com a preocupação na necessidade de limitar a população terrestre,
evitando a degradação da qualidade de vida e defendendo a restrição do
crescimento demográfico;
 movimento ambientalista zerista: surgiu nos debates pré-conferência.
Dentro do contexto empresarial sabe-se que o meio ambiente é fonte de recursos
produtivos, tais como matérias-primas, energia, solo, metais etc. Além disso, o processo
produtivo tem como resultado outputs desejados, ou seja, os bens e serviços pretendidos,
e indesejados, tais como resíduos e poluição. Deve-se discutir o desempenho das
organizações sob diferentes
enfoques, abordando-se não somente a competitividade econômica, mas também a
competitividade ambiental. Segundo Farrell, Lukesch e Thirion (2000, p. 5),
acompetitividade ambiental pode ser definida como a capacidade dos agentes de
sublinhar a importância do seu ambiente tornando-o um elemento distintivo do seu
território, assegurando ao mesmo tempo a preservação e a renovação dos recursos naturais
e patrimoniais. Diferentes grupos de interesse (stakeholders), como governo, clientes e
sociedade, começaram a atentar para responsabilidade ambiental e a exigir das empresas
postura apropriada no que concerne ao meio ambiente (WEBER, 1999). O governo, por
atividades empresariais e suas interações com o
meio ambiente. Clientes e sociedade, ao exigirem produtos, processos e serviços mais
“limpos”, ou seja, com menor impacto negativo ao meio ambiente. Assim, a gestão
ambiental tem feito parte do novo cenário competitivo empresarial. O desenvolvimento
de estratégias ambientalmente corretas se deve a razões principais, entre as quais podem-
se destacar:
 menor possibilidade de multas ambientais;

10
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
 redução de custos;
 a possibilidade de entrada em novos mercados;
 incremento de receitas; e
 maior valor para a marca.
Conforme destacado em relatório do United Nations Environment Programme – UNEP
(2011),
a indústria deve assumir um papel proativo para a Economia Verde, buscando ações e
inovações para o uso eficiente de recursos e o incremento da produtividade, o que requer
esforços do lado do suprimento e da demanda, ou seja, ao longo de toda a cadeia.
Independentemente do setor em que a empresa atua ou da valoração que seu grupo de
consumidores confere às organizações, produtos ou serviços ambientalmente mais
adequados, a decisão de ser ambientalmente correta representa para a empresa uma
estratégia que deve ser considerada. Entretanto, alguns setores são tidos como altamente
poluentes, merecendo atenção especial do governo por meio de legislação,
regulamentação e fiscalização mais rígidas, bem como de outros grupos de interesse.
Exemplos são a indústria petrolífera, a de metalurgia básica, a de papel e celulose e a
indústria química. No caso do setor químico, o alcance da química sustentável, conforme
Soto (2012), envolve desafios associados à periculosidade de produtos químicos, à
redução do consumo energético e hídrico, à emissão de gases de efeito estufa, ao uso de
matérias-primas renováveis, às atividades de pós-consumo, incluindo destinação correta
dos resíduos, e ao fortalecimento dos relacionamentos ao longo da cadeia nas dimensões
social e ambiental. Dentro da indústria química encontra-se o setor de produtos de higiene
pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC), cujo faturamento no Brasil foi em 2012 de R$
34 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC (2013). Isso representa um crescimento de 250%
em dez anos, devido principalmente a alguns fatores, como:
 ascensão das classes C, D e E, favorecendo o incremento da demanda;
 maior participação da mulher no mercado de trabalho;
 aumento da competitividade em decorrência de avanços tecnológicos;
 lançamento constante de novos produtos; e
 aumento da expectativa de vida, o que induz ao consumo de cosméticos anti-
idade. Destacam-se também o crescimento das exportações de setor e o acesso a
novos mercados: entre 2003 e 2012,

11
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
O objetivo pricipal de se empregar a gestão ambiental nas empresas é minimizar todos
os tipos de impacto ao meio ambiente que sejam ocasionados pelas atividades da empresa.

Para este fim, a equipe deve atuar de forma preventiva e corretiva para tornar as
organizações mais ambientalmente sustentáveis, isto é, para que consiga repor os recursos
naturais que são utilizados nos processos da empresa.

Define-se então como parte um das partes da gestão das estruturas organizacionais,
contemplando responsabilidades práticas, procedimentos, processos e recursos para a
aplicação, elaboração, revisão e manutenção de toda a política ambiental da empresa. Se
firmando um máximo desempenho das atividades econômicas com o mínimo
de impactos ao meio ambiente.
São partes integrantes da gestão ambiental:

Política ambiental

Se trata de um conjunto de princípios que tem como função confrontar as aspirações


sociais e/ou governamentais no que se refere à regulação, ou modificação de fatores como
o uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente.

Planejamento Ambiental
Um estudo com o objetivo de dar foco a adequação do uso, controle e proteção do
ambiente às aspirações sociais e governamentais expressas de formalmente, ou não, em
políticas ambientais através da coordenação, compatibilização, articulação e implantaçã
palno dos projetos de intervenção estrutural e não estrutural.
Gerenciamento Ambiental
Se dá pelo conjunto de ações destinadas a regular o uso, controle, proteção e conservação
do meio ambiente, além de avaliar se a situação atual está em conformidade com os
princípios estabelecidos na política ambiental. Assim, ao se falar de gestão ambiental em
um contexto organizacional não é apenas um método utilizado pelas empresas de
evitarem problemas legais e restrições ou riscos ambientais, mas também como um modo
de se adicionar valor a ela.

Esse fenômeno faz com que as empresas estejam buscando cada vez mais aprimorar seu
desempenho ambiental ao longo dos anos. Essas reformulações trazem benefícios não só
para o meio ambiente, mas dá uma imagem melhor da empresa para o público.
12
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
No entanto, no Brasil não se tem a obrigatoriedade da instalação e manutenção de um
setor de gestão ambiental nas empresas. Mesmo havendo toda uma legislação específica
sobre crimes ambientais.

Portanto, é possível que a gestão ambiental possa tanto ser praticada de forma direta
quanto indireta, a depender da decisão dos gestores. Independente do modo em que se
haverá a contratação dos profissionais que irão atuar no gerenciamento, é necessário
seguir as normas em vigor, o que demanda a atuação de colaboradores e consultores
especializados.

PRINCÍPIOS DE GESTÃO AMBIENTAL

No relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU),


denominado “Nosso Futuro Comum”, Elkington & Burke (2010) lembram que ficou
muito clara a importância da preservação ambiental para que consigamos o
Desenvolvimento Sustentado Assim, Elkington & Burke (2010) relembram a história
mostrando-nos que “para ajudar as empresas ao redor do mundo a melhorar seu
desempenho ambiental”, a Câmara de Comércio Internacional estabeleceu o denominado
Business Charter For Sustainable Development, que inclui uma série de princípios que
deverão ser buscados pelas organizações. Eles compreendem 16 princípios para
GestãoAmbiental que, sob a ótica das organizações, são essenciais para atingirmos o
Desenvolvimento Sustentado, como destacados por Elkington & Burke (2010), a seguir:

prioridade organizacional: reconhecer que a gestão ambiental está entre as principais


prioridades da empresa e que ela é uma questão-chave para o Desenvolvimento
Sustentado. Daí a necessidade de se estabelecer políticas e práticas no desenvolvimento
das operações que sejam adequadas ao meio ambiente.

gestão integrada: integrar as políticas, programas e práticas ambientais intensamente


em todos os negócios como elementos indispensáveis de administração em todas as suas
funções.

processo de melhoria: continuar melhorando as políticas corporativas, os programas e


o desempenho ambiental tanto no mercado interno quanto externo, levando em conta o
desenvolvimento tecnológico, o conhecimento científico, as necessidades dos

13
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
consumidores e os anseios da comunidade, tendo como ponto de partida as
regulamentações ambientais.

educação do pessoal: educar, treinar e motivas o pessoal, no sentido de que possam


desempenhar suas tarefas de forma responsável em relação ao ambiente.
prioridade de enfoque: considerar as repercussões ambientais antes de iniciar nova
atividade ou projeto e antes de construir novos equipamentos e instalações adicionais ou
de abandonar alguma unidade produtiva.
produtos e serviços: desenvolver e fabricar produtos e serviços que não sejam
agressivos ao meio ambiente e que seja seguros em sua utilização e consumo, que sejam
eficientes no consumo de energia e recursos naturais e que possam ser reciclados,
reutilizados ou armazenados de forma segura.
orientação ao consumidor: orienta e, se necessário for, educar consumidores,
distribuidores e o público em geral sobre o correto e seguro uso, transporte, armazenagem
e descarte dos produtos produzidos.
equipamentos e operacionalização: desenvolver, desenhar e operar máquinas e
equipamentos levando em conta o eficiente uso de água, energia e matérias-primas, o uso
sustentável dos recursos renováveis,aminimização dos impactos negativos ao ambiente e
a geração de poluição e o uso responsável e seguro dos resíduos existentes.
pesquisa: Conduzir ou apoiar projetos de pesquisas que estudem os impactos ambientais
das matérias-primas, produtos, processos emissões e resíduos associados ao processo
produtivo da empresa, visando à minimização de seus efeitos.
enfoque preventivo: modificar a manufatura e o uso de produtos ou serviços e mesmo
os processos produtivos, de forma consciente com os mais modernos conhecimentos
técnicos e científicos, no sentido de prevenir as sérias e irreversíveis degradações do meio
ambiente.
fornecedores e subcontratados: promover a adoção dos princípios ambientais da
empresa junto dos subcontratados e fornecedores encorajando e assegurando, sempre que
possível, melhoramentos em suas atividades, de modo que elas seja uma extensão das
normas utilizadas pela empresa.
planos de emergência: desenvolver e manter, nas áreas de risco ambiental, planos de
emergência idealizados em conjunto entre os setores da
empresa envolvidos, os órgãos governamentais e a comunidade local, reconhecendo a
repercussão de eventuais acidentes.

14
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
transferência de tecnologia: contribuir na disseminação e transferência das tecnologias
e métodos de gestão que sejam amigáveis ao meio ambiente junto aos setores privados e
público
contribuição ao esforço comum: contribuir no desenvolvimento de políticas públicas
e privadas, de programas governamentais e iniciativas educacionais que visem à
preservação do meio ambiente.
transparência de atitude: propiciar transparência e diálogo com a comunidade interna
e externa, antecipando e respondendo a suas preocupações em relação aos riscos
potenciais e impacto das operações, produtos e resíduos.
atendimento e divulgação: medir o desempenho ambiental conduzindo auditorias
ambientais regulares e averiguando se os padrões da empresa cumprem os valores
estabelecidos na legislação. Prover periodicamente informações apropriadas para a Alta
Administração, acionistas, empregados, autoridades e o público geral.

SURGIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL NAS


EMPRESAS

A uma busca de respeito à Natureza e seus recursos, renováveis ou não, com cada vez
mais actividades econômicas. Apresentando suas preocupações de diversas formas,
como, o grande e crescente número de pressão referente à diminuição de recursos, e
marcos reguladores ambientais (nacionais e internacionais).
Essa grande preocupação teve seu surgimento entre os anos 70 e 80, como duas forte
forças condutoras. A primeira na década de 70, nos países desenvolvidos o governo impôs
aos administradores melhoras em relação ao meio ambiente e empresa. Quanto à década
de 80, ouve um crescimento muito grande de ambientalistas, que passaram a assumir
papeis muito importantes na escolha de estratégias ambientais corporativas.
Nesses dois períodos ouve respostais significativas de empresas, tanto a sanções legais,
quanto a sociais. Durante esses períodos se via manifestações inermes das empresas com
relação à responsabilidade social, porém a partir destes períodos empresas começaram a
criar departamentos voltados as questões ambientais.
A partir de 1990 muitas empresas começaram a colocar o meio ambiente como uma forma
de estratégia, cujo qual Varadarajan (1992) chamou de “enviropreneurial marketing”, que
se defini em actividades de marketing benéficas empresariais e ambientais, que visão os
objectivos da empresa e os anseios sociais.

15
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
Assim, novas series de situações ambientais começaram a surgir nas empresas, como:
invertidos e acionistas, que se interessou com as positivas performances ambientais e
econômicas. Começando então, não só as pressões vindas do governo e do desejo social,
mas também por acionistas, compradores, bancos e conshumidores e/ou por concorrência.
Onde a empresa passa a ser orientada para o meio ambiente. O relacionamento entre
negócios e a Natureza é recíproco: negócios causam efeitos no meio ambiente e este nos
negócios, que podem ser afetados de modo significativo na sua rentabilidade, reputação,
no moral de seus colaboradores, no relacionamento com clientes e na apreensão dos
investidores. (SOLITANDER, ET AL, 2002).
E a partir do ano 2000, vemos a cultura de negócios e desenvolvimento da
sustentabilidade e responsabilidade socioambiental ser uma grande influencia, utilizando
como ferramentas o Ecodesing (colocando o desing na produção combinando com a
saúde e segurança durante todo o ciclo de vida dos processos da empresa) e Ecoeficiência
(ação que agrega as ações ambientais em todas as áreas da empresa).
Logo com todas essas especulações surgi a Gestão Ambiental Empresarial, que foca o
estudo de estratégias e economia através de uma boa convivência entre natureza e
empresa. Deste modo afetando não somente o ambiente em que atua (interno), mas
também o ambiente externo

MPORTÂNCIA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA AS EMPRESAS

A adopção de gestão ambiental é importante para uma empresa por diversos motivos. Em
primeiro lugar porque ela associa sua imagem ao da preservação ambiental, melhorando
no mercado as imagens das marcas de seus produtos. Empresas que adoptam este sistema
conseguem reduzir seus custos, evitando desperdícios e reutilizando materiais que antes
eram descartados. Empresas com gestão ambiental melhoram suas relações comerciais
com outras empresas que também seguem estes princípios.
ISO 14000
O ISO 14000 é um conjunto de normas técnicas e administrativas que estabelece
parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as empresas dos sectores privado e
público. Estas normas foram criadas pela International Organization for Standardization
- ISO (Organização Internacional para Padronização).

16
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
BENEFÍCIOS E VANTAGENS DA GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

Gerenciar uma organização de modo ambientalmente correcto pode resultar em


benefícios consideráveis para as empresas que o fazem como, por exemplo: redução de
custos, dados o menor índice de refugos de produção, incentivos para a inovação,
oportunidades de novos negócios, melhorias na qualidade do produto, diminuições de
pressões regulamentadoras, entre outros. (Leandro Jose, 2007)
As empresas que não utilização de gestão ambiental estão sujeitas a perder oportunidades
no mercado conshumidor e obtendo riscos de se responsável por danos ambientais,
significando grandes somas de dinheiro e colocando então em perigo o seu futuro.
Vejamos dois tipos de benefícios desta gestão, os benefícios econômicos e estratégicos.
Os econômicos estão relacionados à Economia de custo: reduz consumo de água, energia
e outros insumos, devido também a reciclagem e redução de multas; Incremento de
receitas: aumento na contribuição de produtos “verdes” que podem ser vendidos por
preços mais altos, inovação de produtos e menos concorrência e novas linhas de produto;
Os benefícios estratégicos são: melhorias na imagem, maior produtividade,
comprometimento do pessoal, melhoria nas relações com os órgãos governamentais e
melhor adequação aos padrões ambientais.
Dessa forma os benefícios tragos pela gestão ambiental fazem crescer muito a utilização
deste em empresas. Colocando também a motivação que a ISO 14001, proporciona.

 Evitar punições, como multas, infrações, processos e paralisação de atividades: as


leis do país determinam as multas e punições às empresas que cometerem os crimes
ambientais, onde muitas dessas punições podem colocar em risco
a sustentabilidade da empresa;
 Aumento do valor da marca, pois os consumidores prezam por aquelas empresas que
se preocupam com a sustentabilidade do ambiente: a evidência e importância que
as pautas sociais e ambientais têm ganhado na mídia mostra a sociedade os
impactos que as indústrias e empresas podem causar tanto ao ambiente quanto a
população, por este motivo o consumidor tem se tornado cada vez mais consciente,
comprando produtos e contratando serviços de negócios verdes;
 Aparecimento de vantagens competitivas, já que a empresa é bem vista pelos clientes
e potenciais clientes: como já falamos, as ações de proteção ao meio ambiente e

17
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
redução da emissão de poluentes trazem uma ótima estigma para a empresa, o que
faz com que ela ganhe uma maior evidência no mercado, sendo então vista por mais
pessoas e se tornando uma opção mais interessante;
 Reduzir custos devido à redução no desperdício e eliminação de riscos ambientais
que geram despesas: como uma das pautas da gestão ambiental é a redução de
desperdícios para que não se tenha o desperdício de recursos naturais, essa redução
nos desperdícios afeta diretamente o lucro da empresa, já que se reduzirá os custos
com matéria-prima, sem que se sobre material sem uma função ou forma úti

DESAFIOS DE GESTAO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

O meio ambiente de uma empresa é constituído por diversas formas de relacionamento,


considerando as áreas gerenciais, operacionais, técnicas e de projetos. Aliado a esses
atores internos, a empresa também possui uma estreita relação com seus clientes,
fornecedores, comunidade e consumidores.

O Sistema de Gestão Ambiental promove revisões do processo produtivo e sua relação


com o meio ambiental, social e econômico, dessa forma, identifica as atividades
poluidoras, desperdício de energia e matérias-primas e organiza uma sistemática de
monitoramento do sistema de gerenciamento ambiental. Alcança, assim, seu principal
objetivo que é promover o equilíbrio entre a proteção ambiental e as necessidades
socioeconômicas.

Como qualquer outro sistema de organização gerencial, a implementação de um Sistema


de Gestão Ambiental requer mudanças e as maiores dificuldades encontradas podem ser
diversas. Entre elas podem-se listar os processos produtivos, fatores econômicos,
atendimento à legislação e ao pessoal envolvido.

Dificuldades relacionadas com fatores econômicos são identificadas principalmente nas


pequenas e micro empresas e, normalmente estão relacionadas à carência de recursos
financeiros para possibilitar a aquisição de tecnologias mais avançadas visando
adequação e melhoria dos processos produtivos, que comumente apresentam a
necessidade de modificações consideráveis quanto a prazos, padronização e métodos.
Estas alterações são imprescindíveis uma vez que são elas que promovem a minimização
dos impactos ambientais negativos de algumas atividades.
18
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
Outro ponto é o atendimento à legislação ambiental requerido pelas normas e dispositivos
legais que envolvem aspectos burocráticos que podem retardar a certificação.

Mas não são os motivos relacionados acima o principal desafio enfrentado pelas empresas
no cenário atual.

O maior desafio que as empresas apresentam são problemas com o pessoal devido à
resistência às mudanças, à falta de comprometimento, distorções nas estruturas de poder
e desconfiança e grande dificuldade em quebrar paradigmas. Verifica-se, portanto que tão
importante quanto fornecer recursos é neutralizar as forças negativas que geram
desmotivação para o projeto.

Dessa forma, se por um lado os problemas financeiros e adequações de processo podem


ser resolvidos por meio da elaboração de um bom Plano de Ação, é necessário que se
lance mão de meios para mitigar os problemas com o pessoal. É necessário que a empresa
proponha ações como campanhas de motivação e treinamento específicos dos
colaboradores para que eles assumam uma postura proativa em todo o processo, respeito
ao meio ambiente, assegurando práticas adequadas na execução de suas atividades.

19
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
CONCLUSÃO

A necessidade de se adequar à nova dinâmica competitiva tem levado empresas dos mais
diferentes setores a repensarem suas estratégias. Assim, aspectos ambientais têm sido
relevantes e até mesmo destacados nas atividades empresarias. Levando-se em conta os
resultados do presente trabalho, percebe-se que as ações de caráter ambiental são
condizentes com a estratégia empresarial à medida que: estão alinhadas à política
ambiental da empresa; contam com o envolvimento da alta gerência; a missão, a visão e
os valores da empresa remetem a aspectos ambientais; são definidas diretrizes e metas
ambientais no planejamento estratégico. Além disso, nota-se que melhorias ambientais
têm feito parte das atitudes empresariais ao longo dos anos, com a intensificação dos
procedimentos na última década. Entende-se que a empresa posiciona-se
estrategicamente em estágio avançado, dado que mostra-se proativa frente a problemas
ambientais futuros e busca a excelência ambiental por meio de inovações de produto e
processos e da amarração de questões ambientais à estratégia da organização. No que
concerne à competitividade e melhorias ambientais, ao se considerar o triple bottom line,
entende-se que os procedimentos de cunho ambiental estão relacionados à busca de
melhor desempenho pela empresa. O aspecto inovativo da gestão ambiental, conforme
preconizado na teoria, é claramente observado na pesquisa de campo. Asmedidas
ambientais destacadas incluem inovações de produto e processos, bem como a
participação ativa da área de inovação de produtos. Vale destacar ainda o papel do
governo para incentivo e condução de melhorias ambientais. Observa-se, pelo estudo, que
o poder público, por meio de regulamentações e políticas ambientais, vai além do
exercício de pressões sobre as empresas.
Mesmo para empresas que já assumem postura proativa frente a questões ambientais, o
governo toma papel relevante, à medida que pode viabilizar a coordenação e a
sistematização de ações ambientais dentre políticas ou programas específicos. Assim,
mais do que criar leis e fiscalizar, o governo pode-se mostrar um importante agente de
coordenação. Por fim, enfatiza-se que o avanço da gestão ambiental estratégica na
empresa depende da superação de dificuldades apontadas, tais como falhas de
coordenação e dificuldades sociais e legais. Nesse sentido, também, políticas públicas,
por meio de ecoinovações institucionais, poderiam ser direcionadas a gerar incentivos
para maior comprometimento e coordenação entre os agentes.

20
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
Atualmente percebe-se que esta nova necessidade de qualidade de vida está tão enraizada
em algumas regiões que acaba se sobrepondo a outras mais tradicionais. A busca por essa
qualidade de vida também é refletida no crescimento das preocupações ambientais e
transformou-se num aspecto importante a ser levado em consideração na construção da
própria imagem das organizações. Logo é preciso que gestores se atentem ao fato de que
adotando um planejamento e um sistema de estratégias voltadas a gestão ambiental em
suas organizações estabelecerãouma relação de parceria e harmonia com a comunidade
que os cerca. Soma-se a isso o fator competitividade que também acaba afetado, uma vez
uma política interna ambiental que defenda a diminuição de desperdícios, o
reaproveitamento de insumos e o alcance social de parte da produção da empresa, tornará
os produtos mais competitivos e “limpos” diante do mercado consumidor. Porém a
construção do produto com apelo ecológico só terá condições de se refletir em valor
agregado se todo o ciclo de vida do produto e o seu processo de fabricação estiverem
adequados às exigências ambientais, o que nos levaa necessidade de uma gestão
ambiental bem organizada e com suas estratégias competitivas bem definidas. Caso
contrário, em um período de tempo curto, a imagem da marca da empresa sofrerá um
desgaste inevitável, perdendo prestígio e respeitabilidade, num mercado onde recuperar
a reputação é bem difícil que construí-la. Podemos entender essa metodologia como sendo
uma abordagem não somente técnica, mastambém econômica e ambiental, por se aplicara
processos e produtos comobjetivo detorná-los reconhecidos como frutos de uma produção
e desenvolvimento sustentáveis.

21
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

TRIGUEIRO, F. M. C. Marketing ambiental e o marketing verde: o porquê de aplicá-los.


Administradores, São Paulo, 30mar.2007. Disponível em: <
http://www.administradores.com.br/artigos/gestao_ambiental_e_o_marketing_verde_o_
porque_de_aplicalos/13554/ > Acesso em 25 fev.

TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa.3. ed. São


Paulo: Atlas, 2005.

EDUCAÇÃO ambiental. Wikipédia – a enciclopédia livre, [s.l.], 21jan.2008. Disponível


em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental > Acesso em:
15 fev. 2008.

BOGO, J. M. O sistema de gerenciamento ambiental segundo a ISO 14001 como


inovação tecnológica na organização. 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção e Sistemas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Disponível em: < http://www.eps.ufsc.br/disserta98/bogo/ > Acesso em: 12 set. 2007.

REFERÊNCIAS ALGUNS CONCEITOS de educação ambiental. Programa de Gestão


Ambiental.Brasília, DF, [s.d.]. Disponível em:
<http://pga.pgr.mpf.gov.br/pga/educacao/alguns-conceitos/alguns-conceitos-de-
educacao-ambiental > Acesso em: 30 ago. 2008. ANDRADE, R. O. B; TACHIZAWA,
T.; CARVALHO, A. B. Gestão Ambiental:enfoque estratégico aplicado ao
desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2000.MANUAL DE

MANUAL de ecologia e gestão ambiental ISCED (Código: ISCED1-GI07)

22
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL, MAIO 2021

Você também pode gostar