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TEORIA DA PERSONALIDADE DE

ABRAHAM MASLOW

PROFESSORA: Ms. Elisangela de Castro


PRINCIPAIS CONCEITOS
• AUTO-ATUALIZAÇÃO

“Não existem seres humanos perfeitos! Pode-se encontrar


pessoas que são boas, realmente muito boas, na verdade
excelentes. Existem, na realidade, criadores, videntes, sábios,
santos, agitadores e instigadores. Este fato, com certeza, pode
nos dar esperança em relação ao futuro da espécie, mesmo
considerando que pessoas deste tipo são raras e não
aparecem as dúzias. E, ainda assim, estas mesmas pessoas as
vezes podem ser aborrecidas, irritantes, petulantes, egoístas,
bravas ou deprimidas. Para evitar a desilusão com a natureza
humana, devemos antes de mais nada abandonar nossas
ilusões a este respeito.” (Maslow, 1970, p. 176).
Oito modos de Auto Atualização
1. “Em primeiro lugar, auto atualização significa
experienciar de modo pleno, intenso e
desinteressado, com plena concentração e total
absorção” (Maslow, 1971, p. 45).

2. Se pensarmos na vida como um processo de


escolhas, então a auto atualização significa fazer
de cada escolha uma opção para o crescimento.
3. Atualizar é tornar verdadeiro, existir de fato e não
somente em potencial. E, para Maslow, o self é o
âmago ou a natureza essencial do individuo,
incluindo o temperamento da pessoa, seus gostos e
valores únicos. Assim, auto atualizar é aprender a
sintonizar-se com sua própria natureza íntima.

4. A honestidade e o assumir a responsabilidade de


seus próprios atos são elementos essenciais na auto
atualização. Ao invés de posar e dar respostas
calculadas para agradar outra pessoa ou dar a
impressão de sermos bons.
5. Os primeiros quatro passos ajudam-nos a desenvolver
a capacidade de “melhores escolhas de vida”.

• Aprendemos a confiar em nosso próprio julgamento e


em nossos próprios instintos e a agir em termos deles.

• Maslow acredita que isto leva a melhores decisões


sobre o que está constitucionalmente certo para cada
pessoa - decisões sobre arte, música e alimentação,
assim como escolhas de vida mais importantes, tais
como um cônjuge e uma profissão.
6. Auto atualização é também um processo continuo de
desenvolvimento das próprias potencialidades. Isto
significa usar suas habilidades e inteligência e “trabalhar
para fazer bem aquilo que queremos fazer” (Maslow,
1971, p. 48).

• Um grande talento ou inteligência não é o mesmo que


auto atualização; muitas pessoas dotadas não
conseguem usar plenamente suas capacidades, e
outras, talvez com talentos apenas médios, realizam
uma extraordinária quantidade de coisas.

• Auto atualização não é uma “coisa” que alguém tem ou


não tem. É um processo jamais findo. Refere-se a um
modo contínuo de viver, trabalhar e relacionar-se com
o mundo, e não a uma simples realização
7. “Experiências culminantes são momentos
transitórios de auto atualização” (Maslow, 1971, p.
48). Durante momentos culminantes estamos mais
inteiros, mais integrados e mais conscientes de nós
mesmos e do mundo. Em tais momentos pensamos,
agimos e sentimos mais clara e acuradamente.
Amamos e aceitamos mais os outros, estamos mais
livres de conflitos interiores e ansiedade e mais
capazes de usar nossas energias de modo construtivo.

• Maslow observa que experiências culminantes são


provocadas por intensos sentimentos de amor,
exposição à arte ou à música, ou vivência da beleza
irresistível da natureza.
8. Um passo além na auto atualização é
reconhecer as próprias defesas e então
trabalhar para abandoná-las. Precisamos nos
tomar mais conscientes das maneiras pelas
quais distorcemos nossa autoimagem e a do
mundo exterior através da repressão, projeção e
outros mecanismos de defesa.
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
• Maslow define a neurose e o desajustamento psicológico
como “doenças de carência; isto é, são causadas pela
privação de certas necessidades básicas, assim como a
falta de certas vitaminas causam doenças.

• Os melhores exemplos de necessidades básicas são


necessidades fisiológicas, tais como a fome, a sede e o
sono. A privação leva de modo claro a uma consequente
doença, e a satisfação dessas necessidades é a única cura
para a doença. Em todos os indivíduos encontram-se
necessidades básicas.

• Algumas necessidades psicológicas também devem ser


satisfeitas para a manutenção da saúde.
HIERARQUIA DE NECESSIDADES BÁSICAS DE MASLOW
• De acordo com Maslow, as primeiras necessidades
em geral são preponderantes, isto é, elas devem
ser satisfeitas antes que apareçam aquelas
relacionadas posteriormente.

• “É inteiramente verdadeiro que o homem vive


apenas de pão – quando não há pão. Mas o que
acontece com os desejos do homem quando há
muito pão e sua barriga está cronicamente cheia?
Imediatamente emerge outras (e superiores)
necessidades e são essas, em vez de apetites
fisiológicos, que dominam seu organismo. E quando
elas, por sua vez, são satisfeitas, novamente novas
(e ainda superiores) necessidades emergem e assim
por diante” (Maslow, 1970, p. 38)
CRESCIMENTO PSICOLÓGICO
• Maslow aborda o crescimento psicológico em termos de satisfação bem
sucedida de necessidades mais “elevadas” e satisfatórias.

• A busca de auto atualização não pode começar até que o individuo


esteja livre da dominação de necessidades inferiores, tais como a
necessidade de segurança e estima.

• Segundo Maslow, a frustração precoce de uma necessidade pode fixar o


individuo naquele nível de funcionamento.

• Por exemplo, alguém que, quando criança, não foi muito popular, pode
continuar a se preocupar profundamente com necessidades de
autoestima por toda a vida.

• Maslow escreve que indivíduos auto atualizadores são atraídos por


problemas mais desafiantes e intrigantes, por questões que exigem os
maiores e mais criativos esforços. Estão dispostos a enfrentar a incerteza
e a ambiguidade e preferem o desafio a soluções fáceis.
OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO

• Maslow salientou que a motivação para o


crescimento é relativamente fraca, comparada
às necessidades fisiológicas e necessidades de
segurança, estima etc.

• Limitações ao processo de Auto atualização:


1) Influências negativas de experiências
passadas e de hábitos resultantes que nos
mantem presos a comportamentos
improdutivos;

2) Influência social e pressão de grupo que


muitas vezes operam contra nossa própria
preferência e opinião;

3) Defesas internas que nos mantêm fora de


contato conosco mesmo.
BIBLIOGRAFIA
• FADIMAN, J.; FRAGER, R. Teorias da
Personalidade. São Paulo: HARBRA, 2002.
Capítulo 9.

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