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Curso Online de Astronomia - USP

Prof. João Steiner

Parte 1 - Uma visão geral I


1.1 - Astronomia antes dos telescópios
- “estrelas errantes” = planetas;
- Stonehenge, “Stonehenge brasileiro”, observatório maia, etc.

- Instrumentos pré-ópticos: régua deslizante

- Hiparco (190-120 a.C.) - grego nascido na região da Turquia que:


atribuiu “escala de magnitude” às estrelas
catalogou cerca de 850 estrelas
descobriu regularidade dos equinócios
mediu distância da Terra à Lua com precisão.
Chineses fizeram mapa celeste 1000 a.C.!!!!
- Tycho Brahe (1546-1601) - construiu Uranienborg, observatório na
Dinamarca, quis descrever o movimento dos planetas (sistema
geocêntrico) e mediu distâncias com mais precisão que Hiparco.
Kepler usou medidas de Brahe para formular as três leis do movimento
dos planetas - ​elípticos
Aristarco de Samos (310-230 a.C.) propôs Heliocentrismo, depois
negado por Hiparco.
Copérnico recuperou-o (séc. XV-XVI).
1º Lei de Kepler surgiu no mesmo ano que a luneta de Galileu (1609),
mas foi pensada com base em teorias pré-telescópicas.
● Observações de Brahe sepultaram de vez o Geocentrismo.
1.2 Telescópios: um histórico
Um óptico holandês inventou a luneta em 1608. Galileu soube, construiu
a sua e a apontou para o céu. Descobriu as 4 maiores luas de Júpiter.
Fases de Vênus. Manchas no Sol. “Orelhas” de Saturno. Via Láctea não
é “região gosmenta”, mas formada de estrelas.
- 25/08/1609 >>> demonstração do telescópio de Galileu para os
vereadores de Veneza.
- Estruturas ópticas: refratoras (lente) >>> luneta
refletoras (espelho) >>> telescópio
- Quanto maior o diâmetro (abertura) da lente/espelho, mais luz se capta
e mais nitidez se obtém ​(DIFRAÇÃO)
- Limite para a construção de refratores: peso da lente a deforma com o
tempo.
- Foco Newtoniano: observação lateral com espelho de 45º. Usado para
observar o cometa Halley em 1682.

Abaixo: Funcionamento do Foco Newtoniano

William Herschel (1738-1822): tubo de 12 metros


descobriu Urano
radiação infravermelha
muitas galáxias
mapa detalhado da Via Láctea
compôs 24 sinfonias (!!!)

Foco Newtoniano não é adequado na Astronomia moderna porque não


se observa com o olho, mas com um ​espectrógrafo (​ que pesa uma
tonelada). Usa-se foco Cassegrain.
Foco Cassegrain >>> telescópio de Hubble (1917) - 2m de diâmetro
- Edwin Hubble (1889-1953): Lei de expansão do Universo
Classificação morfológica das galáxias
● Turbulência atmosférica torna imagens menos nítidas. Mesma coisa que
a turbulência do avião.
● Óptica adaptativa: permite controlar a turbulência

● Aberração cromática: efeito causado pelas lentes (espelhos não) porque


o índice de refração do vermelho é diferente do azul, e assim distorce a
imagem. É um dos motivos para se usar telescópios e não lunetas.

1.3 Telescópios modernos


Telescópios “clássicos”: espelhos de até cinco metros de diâmetro,
porque o espelho pesava muito.

Telescópio “moderno” usa:


Óptica ativa: Corrige a deformação causada pelo deslocamento do
espelho pesado. Como o espelho é fino, ele é flexionável. 220 atuadores
opto-mecânicos “moldam” o espelho com precisão de um décimo de
milésimo de um fio de cabelo.
Óptica adaptativa: Corrige a turbulência atmosférica. O polimento da
superfície do espelho tem que ser perfeito. Na ótica adaptativa, um
espelho terciário “corrige” as ondulações 200x/segundo, com analisador
de ondas.
Abaixo: ilustração do funcionamento da óptica adaptativa

- “Qualidade” científica do telescópio: (D/R)​2

D = diâmetro. Quanto maior o diâmetro, mais luz é captada.


R = resolução angular (nitidez) em ” de ângulo.

- Rádio-telescópios: em 1931 descobriu-se que a Via Láctea emite ondas


de rádio.
● Interferometria: obter imagens melhores de radiotelescópios; “Campos”
de rádio-telescópios.
1.3.1 Telescópios no espaço
Duas razões: 1ª) livrar-se da turbulência atmosférica; 2ª) fora da luz
visível perceptível pelo olho humano existem muitas emissões
eletromagnéticas que são neutralizadas pela atmosfera

“Astronomia de Raio-X” só pode ser feita por telescópios espaciais ou


satélites, porque o Raio-X é 100% absorvido na atmosfera [do mesmo
modo que o ultravioleta é “bloqueado” pela camada de ozônio].

Abaixo: Gráfico de absorção das ondas eletromagnéticas na atmosfera

Próximo passo é a astronomia do infravermelho - difícil, porque o


telescópio precisa funcionar a temperaturas muito baixas (caso contrário
ele próprio emite raios IV…), isolado de influências tanto da Terra
quanto do Sol.
1.4 Espectrógrafos e detectores
“São o ‘cérebro’, telescópios são os olhos”

● Telescópios captam a luz, não a analisam.

● Só o Sol e uma supernova têm informações coletadas de


neutrinos, todas as outras vêm de ​RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Eficiência quântica do olho: 1% de fótons processados/de todos que


incidem (a da fotografia é a mesma, mas você pode fazer longas
exposições...) - permite registrar corpos mais fracos e vários corpos o
mesmo tempo.

Detector padrão atual: CCD com 80% de eficiência quântica (também


usado em câmeras).

Espectro: Contínua, linhas de absorção e linhas de emissão.


O espectro da estrela é usado para classificar as estrelas por letras. A
posição da estrela no espectro está ligada a propriedades físicas.

Espectrógrafo: ​fenda, espelho colimador, rede de difração (dispersa a


luz), câmera e detector (placa fotográfica ou CCD).

Acima: imagem ilustrando o funcionamento de um espectrógrafo

Análise do espectro (gráfico) permite saber distância, composição


química, idade, temperatura, massa e outras informações. É a fonte
mais rica da Astrofísica moderna.

“O espectro de uma estrela, de uma galáxia, de um quasar, é como a


impressão digital do corpo.”
1.5 Ondas eletromagnéticas e Leis da Radiação
● Ondas provocadas por oscilação de carga elétrica. A frequência da
oscilação determina características da onda.

Abaixo: Espectro de ondas eletromagnéticas

- Qual onda será emitida por um corpo depende da sua temperatura.

Frequência​ >>> quantas vezes a onda


oscila por um certo período de tempo.
Hz = oscilações/segundo

Comprimento da onda​ (λ) >>> é a


distância entre duas cristas da onda.

Amplitude​: altura entre o “eixo médio” e a


crista (para baixo ou para cima).

V=λxF
- Fóton: “pacote de energia” - relação onda/matéria

f = L / 4Πd​2​ ​em que:


f = fluxo de energia
L = Luminosidade do corpo celeste (Joule/segundo)
4Πd​2​ ​= área da esfera por onde a luz se propaga (D em metro)

- Quanto menor a temperatura, menor a frequência (mais “vermelho”).


Maior a temperatura, mais “azul” >>> maior frequência

1.6 Linhas espectrais e efeito Doppler


Os fótons emitidos são energia que “sobra” da passagem de um elétron
de um nível mais alto para um nível mais baixo. (linhas de emissão)
As linhas de absorção são o inverso. Átomos de cada elemento, as
moléculas diferentes, possuem estruturas diferentes, e padrões
diferentes de emissão e absorção. Assim se pode identificar a
composição química.

Efeito Doppler: diferença na frequência da onda em função da


velocidade.
● REDSHIFT → “desvio para o vermelho” (Δλ > 0)
● BLUESHIFT → “desvio para o azul” (Δλ < 0)
Efeito Doppler é a única forma de medir massa de estrelas/planetas
Em sistemas binários a diferença de velocidade entre os corpos.

1.7 O Sol: centro do Sistema Solar


- O Sol emite mais radiação porque é maior e sua temperatura é maior.
- Temperatura do Sol → 5.777 Kelvin (média, em termos astrofísicos)
- Luminosidade >>> 3,8 x 10​26 ​W
- Massa >>> 1,99 x 10​30​ kg
- Raio = 1,39 x 10​6 ​km
- Manchas solares: descobertas por Galileu em 1609.
- Rotação do Sol: O Sol gira com períodos de 25 dias no seu Equador e
36 dias a 80° de km.
- Ciclo solar de 11 anos, mas “máximos” não são iguais. Talvez isso
influencie o clima na Terra.
- Na época de MÁXIMAS, há mais explosões (e mais fortes), que podem
causar: auroras boreais mais frequentes; interferências nas
telecomunicações; apagões elétricos.
- gases da “coroa solar” → cerca de 10​6​ Kelvin.
- explosões solares são choques de campos magnéticos irregulares.
Enorme quantidade de gás expelido, parte atinge a Terra, e só não
atinge a biosfera “porque o campo magnético nos protege.

1.7.1 O interior do Sol


Núcleo > Zona de Irradiação > Zona de convecção > Fotosfera

Núcleo é onde a energia é


gerada. A energia leva 1 milhão
de anos para chegar à superfície.

Zona de convecção: como uma


panela borbulhante (cerca de
um terço do raio do Sol).

● No fundo, toda energia que


usamos vem do Sol (alimentos, hidrelétrica, petróleo, etanol). As
exceções são as energias nuclear e geotérmica.

Como é gerada a energia do Sol?

1 - Como uma caldeira de carvão? Não!


2 - Meteoritos (energia cinética > energia solar)? Não!
3 - Contração gravitacional (energia gravitacional > energia solar)? Não!
4 - Fusão Nuclear (H > He)? SIM!!!

- Se o Sol “queimar” 10% do seu núcleo, a uma taxa de 600 milhões de


átomos de H por segundo, ele pode “viver” 10 bilhões de anos!!!
- O calor do Sol se dá pelos raios gama resultantes da fusão nuclear.
- Interior do Sol: 15 milhões Kelvin > 73,4% de H e 25% de He.
- Comprovação da emissão de neutrinos - única forma de analisar estrela
que não é por radiação eletromagnética, mas por ​partícula.​
Neutrinos podem “atravessar” qualquer coisa, mas têm massa (ainda
desconhecida)
1.8 Os planetas rochosos
= planetas terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte)

Propriedades semelhantes: densidade e composição (silício e metais),


por exemplo.

1 Unidade Astronômica (UA) = 150 milhões de km (Terra → Sol)

1.8.1 Mercúrio
Crateras (impactos, como na lua) são visíveis porque, sem atmosfera
(sem vento, chuva etc.), as marcas ficam lá.
- Variação da temperatura: - 173°C (noite), 426°C (dia). Amplitude
térmica alta porque a rotação é lenta e pela ausência de atmosfera (não
retém calor).
- Em Mercúrio, 1 “ano” = 88 dias e 1 “dia” = 56,8 dias)

1.8.2 Vênus
Permanentemente coberto por nuvem muito densa. Não se vê a
superfície. T = 457°C devido ao efeito estufa muito agravado.

● Atmosfera de CO​2​, 90% mais densa que a Terra.

Muita atividade vulcânica - forte.


1 translação de Vênus dura menos que uma rotação! (cerca de 240 dias)

1.8.3 Marte
- Talvez já tenha havido líquido na superfície.
- Monte Olimpo: maior montanha do Sistema Solar (cerca de 20.000 m)
- Existe água, possivelmente subterrânea. Nos polos (calotas polares) há
gelo seco (CO​2​ sólido).
- Atmosfera parecida com a de Vênus.
1.9 A Terra como planeta

Núcleo interno (sólido)


Núcleo externo (fundido-líquido)
Mantos inferior e superior
(pastoso-magma)
Placas tectônicas - vulcões,
terremotos
Crosta
-
-
- Aspecto difere dos demais porque apresenta água nos 3 estados físicos;
- Grande cratera no Arizona, visível provavelmente porque lá chove pouco.

Campo magnético → provavelmente criado nas camadas interiores. Ele


nos protege dos ventos solares
● Polo sul magnético “é” polo norte geográfico e vice-versa.

EFEITO ESTUFA → CO​2 é mais perigoso que outros agentes porque é


mais estável como molécula (diferente do CH​4​, CFC e outros). Se não
fosse o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de - 38°C (trinta e
oito graus negativos).
Aquecimento global: + 0,7°C na temperatura média em cerca de 100 anos.
1.10 Planetas gasosos
= planetas gigantes. (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno)

- Muito maiores e menos densos que os rochosos.

Densidade dos rochosos: Cerca de 5 g/cm​3


Densidade dos gasosos: De 0,7 a 1,6 g/cm​3

Translações maiores e rotações mais rápidas.

JÚPITER → ​ atmosfera de metano e amônia. Nuvens dessas


substâncias “giram” mais rápido que o planeta.
Emite 2x mais energia do que recebe do Sol. É a energia acumulada da
contração gravitacional na formação do planeta. Como lá é frio, essa
irradiação é lenta e ainda é residual.
SATURNO → Emissão da energia resulta da contração gravitacional do
Hélio, que se sedimenta por ser mais pesado que o H​2​.
URANO → descoberto em 1781. Tem “faixas”. Único planeta em que o
eixo de rotação gira perpendicular à órbita. Não emite energia.
NETUNO → Descoberto em 1846. Azul com faixas. Previsto por
cálculos de órbita de Urano e só depois observado. Emite pouca energia
de origem ainda desconhecida.
● Todos os planetas giram em torno do Sol no mesmo plano ​(Plano da
eclíptica) - importante porque sugere que planetas tenham se formado a
partir de uma mesma nuvem (nebulosa).
● Todos os planetas gasosos têm campo magnético significativo.
1.10.1 Estrutura interna
Em Júpiter e Saturno:
Hidrogênio molecular
Hidrogênio metálico
Gelo
Rocha

Essas camadas têm proporções


diferentes em cada planeta.

● Em Urano e Netuno, não há hidrogênio metálico, porque a pressão não é


suficiente para isso.

1.11 Planetas anões

Em 1801 foi descoberto um planeta - ​Ceres - no que seria uma órbita


entre Marte e Júpiter. Depois foram descobertos outros corpos na
mesma órbita, e se descobriu o ​Cinturão de Asteroides​. ​Por volta de
1850, Ceres foi desclassificado como planeta e passou a ser
classificado como ​Asteroide​.

1930 - descoberta de Plutão, mais ou menos do mesmo modo que


Netuno (previsto por cálculos gravitacionais). Mas há controvérsias: foi
por acaso?
2002 - descoberta de outros corpos próximos e de tamanho similar a
Plutão.
2005 - descoberta de Éris, raio e massa maiores que Plutão.
Definição de planetas anões​: similares aos planetas, mas “não têm
órbita desimpedida”. Por exemplo, Ceres compartilha a órbita com 500
mil asteroides. Os outros quatro ficam em uma região transnetuniana,
chamada Cinturão de Kuiper.
- Há seis candidatos a planetas anões.
- Ceres: crosta fina de poeira / gelo / núcleo rochoso → D = 946 km. Há
vapor d’água mas de origem desconhecida.
● Muitas descobertas recentes se devem ao desenvolvimento da
tecnologia, principalmente do Infravermelho - que permite identificação
de corpos mais frios.

1.12 Asteroides
A massa de todos os asteroides somados é cerca de 4% da Lua.
A explicação mais provável para a não formação de um planeta
onde hoje é o ​cinturão​ é a influência de Júpiter.
Há “famílias espectrais” de asteroides, em função da composição,
órbita, inclinação…

“Troianos” e “gregos”:​ Asteroides na


órbita
de Júpiter.

“Hildas”:
⅔ do período de Júpiter.

Depois da órbita de Júpiter: ​Centauros - às vezes se comportam


como ​cometas​.
Depois da órbita de Netuno: asteroides do ​Cinturão de Kuiper.
Cinturão de Kuiper → região transnetuniana proposta em 1950-51
e descoberta em 1992, hoje se conhecem mais 1000 objetos.
● Quanto menores os asteroides, maior sua quantidade.
1.13 Luas & Anéis
Marte: 2 pequenas / Júpiter: 64 / Saturno: muitos - 62 conhecidas
Urano: 28 / Netuno: 14 / Plutão: 5

MARTE​: Fobos e Deimos: não têm gravidade suficiente para serem


esféricas.
SATURNO: Titan → criovulcanismo (vulcanismo frio - gelo). Tem
chuva de metano e lagos de hidrocarboneto.
Encélado → 500 km de diâmetro, alta reflexividade. Há um lago
com água mineralizada no polo Sul dessa lua.

ALBEDO​: ​% da luz recebida que se reflete.


A Lua da Terra tem Albedo = 0,1 (reflete 10% da luz que recebe).
Encélado tem Albedo = 0,99. Por isso pôde ser descoberta uma lua tão
pequena ainda no século XIX.

JÚPITER​: Io (Júpiter-I)1 - coloração laranja devido a vulcões ativos que


exalam enxofre.
Europa (Júpiter-II) coberta por espessa camada de gelo fraturado.
Ganimedes (Júpiter-III); Calisto (Júpiter-IV)

- Número de luas de um planeta depende da massa do planeta e da


distância em relação ao Sol.
- Satélites dos planetas rochosos se formaram por acidente, cerca de 200
milhões de anos após a Terra.
- Os satélites dos planetas gasosos se formaram junto com os planetas,
da mesma nebulosa.

ANÉIS​: G
​ iram em torno de todos os planetas gasosos do mesmo modo
que os satélites.

2 anéis em torno do Asteroide Chariklo


- o maior dos Centauros -
260 km de diâmetro.

1
​ Significa que é a mais próxima do planeta.
1.14 Cometas
- por virem de distâncias enormes, tendem a manter a composição
química da formação do Sistema Solar, então têm potencial forte para
indícios fósseis.
-

- núcleo dificilmente passa de 10-20 km. Cauda é formada pelos ventos


solares que batem “contra” ou “a favor”. Aparência dele aproximando ou
afastando do Sol é a mesma.
-

- Halley:​ 1°cometa de órbita e período calculados. (75,3 anos)


-

- água da Terra deve provir de cometas


-

Nuvem de Oort → lugar hipotético a 1000 vezes a distância de Plutão


de onde provavelmente viriam os cometas. Supõe-se que há 1 a 10
trilhões de núcleos de cometas, cuja massa somada seria praticamente
igual a todos os planetas do Sistema Solar.
● Até 2013, conhecíamos a órbita de cerca de 4900 cometas.

● Cerca de 90% deles são não-periódicos


● menos de 10% deles têm período curto (< 20 anos)

1.15 Exoplanetas
Pode haver 10 bilhões de planetas na ​Via Láctea​!
Métodos de busca: imagens, velocidade radial e trânsito (eclipse). Esses
três métodos já foram usados para descobrir mais de 1700 exoplanetas.
Em 1992, dois planetas foram descobertos ao redor de um pulsar (um
tipo de estrela de nêutrons.
Para obter imagens há a dificuldade de que um planeta brilha em média
1 bilhão de vezes menos que uma estrela.
Imagem​: são detectados no infravermelho. Porque no espectro óptico
(visível) eles ​refletem.​ No infravermelho eles também ​emitem. ​Além
disso, a óptica adaptativa funciona melhor no infravermelho.

Método de velocidade radial: o corpo menor (planeta) gira mais rápido


que o corpo de maior massa (estrela). Como não dá para ver o planeta,
projeta-se sua existência pela oscilação provocada na estrela. Precisa
de um ​espectrógrafo muito acurado. Descobre planetas menores e mais
próximos de suas estrelas.
Método de trânsito: é ​ observada a diminuição no brilho da estrela
quando o planeta passa na frente dela. Quanto mais forte o eclipse,
maior o raio do planeta.
1.15.1 ESI (Índice de semelhança com a Terra)
ESI​Terra =
​ 1

- Raio; temperatura; superfície; interior.


Urano e Netuno = 0,2 / Júpiter e Saturno = 0,3 / Vênus = 0,5 /
Mercúrio = 0,6 / Marte = 0,7
- Zona habitável de um sistema estelar → área onde possa haver água
líquida na superfície
- Exoplanetas semelhantes à Terra → ESI > 0,8
- Exoplanetas ocorrem em que tipos de estrelas? Principalmente G e K,
porém isso não significa que há mais planetas nelas, e sim que é mais
fácil encontrar planetas nelas.

1.16 Formação dos sistemas planetários


O Sistema Solar foi formado há 4,6 bilhões de anos - COMO?
Teoria da Nebulosa Primordial - d ​ atação de rochas e meteoritos; plano
da eclíptica (indício de algo “plano”)
- Maioria dos meteoritos têm idades próximas → cerca de 4,55 bilhões de
anos.

Nebulosa em forma de disco


achatado, nuvem molecular
gigante que se contrai por
autogravidade e se quebra em
fragmentos.

- Organização do sistema por duas leis da Física: conservação do


momento angular e acomodação em um estado mínimo de energia.
- Terra, Marte e Vênus se formaram a partir de planetesimais - corpos
pequenos que foram se agregando a outros corpos.
- Sistema Solar não é um sistema planetário típico.
- Teoria da origem da composição das estrelas é sólida e confiável. A dos
planetas não é, por duas razões:
1° - Interior da estrela se comporta como gás perfeito.
2° - Até há pouco tempo conhecíamos 8 (ou 9?) planetas. Pouca
amostragem.
De onde veio o gás que formou o Sistema Solar?
“Berçários de estrelas” Um deles é aqui perto: A Nebulosa de Órion.
1.17 A Vida no Universo
Copérnico: T ​ erra não é centro do Universo (1543)
Giordano Bruno: A ​ pluralidade dos mundos (1584)
● Vida​: extrair energia do ambiente e (para) se reproduzir.
● Todas as formas de vida que conhecemos são baseadas em carbono e
precisam de água líquida.
● Aminoácidos são encontrados com abundância em meteoritos.
● Cometas e nuvens moleculares densas (que formam estrelas) contêm
moléculas orgânicas.
- Hipótese de Oparin (1924) → moléculas orgânicas complexas são
formadas a partir de moléculas orgânicas simples (evolução química)
-

Vida no Universo:​
Inteligente? Microbiana? Onde? Água? Oxigênio?
Quais os desafios para as descobertas?
● Luas de Júpiter e Saturno contêm H​2​O líquido, porém não se encontram
na “zona habitável”. Desse modo, se encontrarmos exoplanetas da
dimensão de Júpiter e Saturno, com luas e em zonas habitáveis, talvez
lá possa haver vida.
PANSPERMIA: ​hipótese de que a vida na Terra tenha surgido a partir
de formas primitivas trazidas por meteoritos.

Pode-se procurar O​2 (subproduto


​ da fotossíntese) por espectrografia,
depois procurar H​2​O.
1.18 Magnitude, cor e distância das estrelas
Propriedades intrínsecas: temperatura; massa; luminosidade; cor?
● Brilho​: Brilho e luminosidade não são a mesma coisa. Porque o brilho
depende da distância, é extrínseco.
Magnitude aparente​: tamanho aparente da estrela no céu. Hiparco e
Tycho Brahe estabeleceram escalas de magnitude. Pogson (séc. XIX)
estabeleceu uma equação para calcular a magnitude (as seis categorias
de Hiparco). Quanto mais brilhante o corpo, menor a sua magnitude.
Magnitude absoluta: qual seria a luminosidade se ela estivesse a 10
parsec (paralaxe relativa a 1” de arco.
Sirius → - 1,46 / Sol → - 27
Cor:​ s​ istema de filtros U (ultravioleta), B (blue), V (visão) para medir a
cor das estrelas. Fórmula da magnitude usando brilho da estrela nesses
filtros.
Distância:​ como se mede?
Paralaxe: diferença na posição
relativa da estrela em relação
à translação da Terra e em
relação às “estrelas fixas” (de
fundo).
A estrela mais próxima de nós
(Alfa Centauri) só varia menos
de 1” de arco. Por isso foi tão
difícil perceber a dinâmica no
céu (achou-se por muito
tempo que as estrelas fossem
estáticas).
Um parsec é igual a variação de um segundo de arco da paralaxe, ou
seja, um corpo cuja paralaxe seja de um segundo de arco está a um
parsec de distância. 1 parsec = 3.3 anos-luz.
Quanto maior a distância, menor o ângulo de paralaxe.
1.19 Classificação espectral: Temperatura das estrelas
- propriedade intrínseca: há “classes espectrais” em função da
temperatura.
- olhar o espectro de uma estrela permite saber quais elementos químicos
a compõem e em que porcentagem.
- Lei de Wien relaciona comprimento máximo de onda com a temperatura.
- Ordem decrescente de temperaturas:
estrelas tipo O → B → A → F → G → K → M
​[Oh, be a fine girl (guy) kiss me]
● Relação entre o índice de cor (B - V) e temperatura (10 mil K, 20 mil K,
30 mil K)
● Três formas de classificar uma estrela: magnitude, escala de cor e
temperatura​.
● Estrelas muito grandes têm pouca densidade, já estrelas pequenas têm
muita densidade.
“Anãs-marrons” são objetos que não podem ser estrelas nem planetas.
As estrelas queimam H para gerar energia, porém se tiver apenas cerca
de 20x a massa de Júpiter, queimam deutério. Só emitem luz no
infravermelho, pelo fato de serem frias.
- Anãs-marrons são dos tipos L e T. Assim a escala de temperatura fica:
O - B - A - F - G - K - M - L - T ​[... Kiss my lips tenderly]

1.19.1 O diagrama HR
“Pedra de Roseta da Astrofísica”
Tem a função de colocar as propriedades intrínsecas (magnitude, cor e
temperatura) uma em função da outra.
“Ramo das gigantes”​: estrelas de raios maiores sem variar a temperatura
(maior estrela teria 200x o raio do Sol.)
● 90% das estrelas se encontram na sequência principal do diagrama HR.
Toda estrela que queima hidrogênio em seu núcleo está na sequência
principal. Assim, concluímos que uma estrela passa 90% de sua vida
queimando hidrogênio em seu núcleo.
Quanto tempo uma estrela pode durar na sequência principal​ = E/L
Anãs brancas:​ muito quentes, mas pouco luminosas devido ao pequeno
raio. Estrelas “mortas” que não geram mais energia. Brilham por causa
da energia acumulada.

Porque o Sol vai virar uma


gigante vermelha daqui a
5 bilhões de anos?

1.20 De onde vem a energia das estrelas?


Existem três ciclos de produção de energia:

(I) ​o ciclo próton-próton (p-p):​ dominante em estrelas de baixa massa.


Depende fortemente da temperatura - na potência de 4.
(II) ​o ciclo CNO: d ​ ominante em estrelas massivas. Depende da
temperatura na potência de 17. Queima hidrogênio e nesse caminho
gera ​MUITA​ energia.
12​
​ ​N → ​13​C + H → ​14​N + H → 15
C + H → 13 ​ ​O → ​15​N + H → ​12​C + ​4​He
(III) ​Ciclo do triplo alfa:
24​ ​He → 8​ ​Be + ​4He

+ ​γ​ → ​12​C + γ​
Raio gama (γ) é energia pura.
Em temperaturas baixas (até 18
mi K), gera-se mais energia em
p-p. A partir daí gera-se muito
mais energia pelo CNO.

Quando acaba o H, transformado em He (no núcleo da estrela), o


núcleo se contrai (pesado), esquenta e se transforma em energia
gravitacional. Então ele se expande (e esfria) - torna-se uma gigante,
saindo da sequência principal do diagrama HR. A 100 milhões K, o Hélio
começa a queimar e a produzir Carbono (“triplo alfa”).
● A estrela não explode, a explosão ocorre no interior dela. A
luminosidade fica menor.
Estrelas de até 5 ou 8x a massa do Sol ficam com o núcleo de Carbono.
Núcleo de Carbono vira anã-branca. “Expulsão do envelope” (fora do
núcleo) na forma de Nebulosa planetária (que nada tem a ver com
planetas!).

Se a estrela for maior, queima o Carbono (a


500 milhões de graus!!!) formando Oxigênio,
Neônio, Silício e Ferro em camadas
concêntricas

Supergigantes vermelhas

Elementos químicos até o Ferro são formados assim (reações de fusão


exoenergéticas liberam energia). Já os que são mais pesados que o
Ferro não, estes precisam de reações endoenergéticas que ocorrem na
fase explosiva de ​Supernovas. I​ sso significa que não poderíamos viver
se o Sol fosse uma estrela de 1º geração - só haveria elementos leves.
1.21 Estrelas: da adolescência à velhice

- Uma estrela com massa de 40x a do Sol passa 1 milhão de anos na


sequência principal, já uma estrela com 0,4x a massa do Sol passa 200
bilhões de anos na sequência principal.
-

- “Famílias de estrelas” → aglomerados de estrelas. Neles, a composição


química original é igual.
-

- Estrelas se formam a partir de nebulosas. No início da vida delas ainda


se vê a nebulosa.
-

- A interpretação do Diagrama HR e a teoria da estrutura e evolução


estelar são a base da astrofísica moderna.

1.22 Estrelas mortas


“Destino” de cada estrela depende de muitos parâmetros além da
massa original como: composição química; velocidade de rotação
(momento angular); se é sistema binário ou não; etc. Enfim, muitos
fatores. Por isso os limites entre anãs-brancas, estrelas de nêutrons e
buracos negros não são claros.
1.22.1 Anãs brancas
- Baixa luminosidade e alta temperatura. Existem algumas de Hélio, mas
a maioria é de carbono.
- Para queimar Hélio são necessários 100 milhões de graus, para
queimar Carbono são 500 milhões.
- Energia fóssil acumulada é irradiada. Não geram energia.
- As anãs-brancas quando esfriam se tornam anãs-pretas2. Porém esse
processo dura mais do que a idade do Universo, então não conhecemos
nenhuma anã-preta.
- Chandrasekhar: r​ esposta para estrutura da anã-branca está na
mecânica quântica.
- No Sol as energia térmica (para fora) e gravitacional (para dentro) se
equilibram;
- Nas anãs-brancas equilíbrio vêm de forças quânticas - elétrons
degenerados, como nos metais - condutividade elétrica e térmica.
- Anãs-brancas não podem ter mais que 1,4x a massa do Sol (limite de
Chandrasekhar) se não explode e se torna uma supernova 1A (energia
escura).

1.22.2 Estrelas de nêutrons


Fritzwick (anos 1930): estrelas de nêutrons são resultado do colapso de
supernovas e anãs-brancas.
Pulsares: ​em 1967 Jocelyn Bell descobriu objetos pulsantes de massa
cerca 1,4x a do Sol, raio de 10km e densidade de 10 ton/cm​3​. Os pulsos
são resultado da rotação muito rápida.
● Podem existir pelo fato dos nêutrons poderem ser degenerados, assim
como os elétrons.
● Todas possuem a mesma massa (1,37x a massa do Sol) que é o Limite
de Chandrasekhar, porque resultaram de colapsos ocorridos quando o
núcleo atingiu esse limite.
● Sistemas binários que emitem em Raio X têm massa um pouco maior,
porque absorvem gás.

2
De acordo com a aula, anãs brancas se tornam anãs vermelhas e depois anãs-pretas, contudo,
após uma pesquisa internet se chegou à conclusão de que anãs-vermelhas são estrelas de classe K
e M que queimam hidrogênio pela cadeia p-p e não estrelas mortas.
1.22.3 Buracos negros
- Limite das estrelas de nêutrons é de 3x a massa solar, acima disso se
torna um buraco negro.
- Buracos negros estelares: f​ ormados a partir do colapso de uma estrela.
Deve haver cerca de 10 milhões na Via Láctea.
- Buracos negros supermassivos: ​Um no centro de cada galáxia.
Possuem massa de 1 milhão a 10 bilhões de vezes a do Sol. Quanto
menor a massa da galáxia, maior será o buraco negro.
- A única forma de se detectar um buraco negro é quando ele se encontra
em sistemas binários, pois ele emite Raio-X.
- Só é possível medir dois parâmetros de um buraco negro: massa
(quando se encontra em um sistema binário) e momento angular.

1.23 Estrelas binárias


- Os sistemas binários são a única forma de determinar a massa de uma
estrela e a melhor maneira de determinar o raio3.

1.23.1 Binárias eclipsantes


- A cada período de ambas, ocorrem dois eclipses. Uma estrela passa na
frente da outra.
- Às vezes as duas estrelas são tão próximas que uma deforma a outra,
estas são chamadas de elipsoides.

1.23.2 Binárias espectroscópicas


- M1​ ​ . V1​ ​ = M2​ .​ V​2
- As duas estrelas giram em torno de um centro de massa delas (o qual
está sempre mais próximo daquela de maior massa).

1.24 Estrelas variáveis

3
A outra forma é quando ocorre um eclipse da Lua (mas vale para poucas).
Intensidade e brilho variam de acordo com o tempo.
- Intrinsecamente variáveis → varia temperatura ou raio
- Extrinsecamente variáveis → sistema eclipsante, por exemplo.

VARIEDADES INTRÍNSECAS: ​estrelas pulsantes ou eruptivas.

Estrelas pulsantes: ​Variam de tamanho e temperatura.


Cefeidas​ → estrelas grandes que pulsam com períodos longos.
- Gigantes e supergigantes são pulsantes (todas?)
- Alta oscilação devido à ionização do Hidrogênio → instabilidade.
- Há estrelas variáveis em todo o Diagrama HR.
Foi estudando as cefeidas em 23 galáxias que ​Hubble p ​ rovou que
Andrômeda é uma galáxia e, depois, que as galáxias estão se afastando
(​expansão do Universo).
● A estrela não nasce pulsante. É uma “fase” de instabilidade. Não
acontece com qualquer estrela, é preciso ter uma certa relação entre
densidade e temperatura.

1.25 Novas e supernovas


Novas são as estrelas variáveis eruptivas ou cataclísmicas.
Duas categorias de ​novas:​
I - Mais frequentes e menos luminosas → ​Novas e Novas-Anãs
Novas recorrentes: a explosão não destrói o sistema. Pode explodir de
novo em 10 anos.
→ sempre sistema duplo - anã-branca captura gás de uma estrela
vermelha : variável cataclísmica.
Anã-branca de Carbono - captura Hidrogênio → combustões que afetam
somente a superfície.
Novas anãs: ​estrela vermelha joga matéria que forma um anel em torno
da anã-branca. Não são explosões termonucleares.

II - Mais raras e mais luminosas → ​Supernovas


Cataclísmicas e catastróficas (destroem a estrela), brilho pode chegar a
100 bilhões de vezes o do Sol (como uma galáxia toda).
Processo URCA → 1p + 1e → 1n + neutrino
- Fusões nucleares formam elementos até o Fe (reações exoenergéticas).
- Quando o núcleo de Fe atinge o Limite de Chandrasekhar entra em
colapso e forma uma estrela de nêutrons.
Na Via Láctea explode em média uma supernova por século.
Supernovas Tipo 1A → detecção de “energia escura”. Todas têm os
mesmos brilho e comportamento temporal, porque surgem de estrelas
de mesma composição química quando atingem certa massa-limite →
Universo está em expansão acelerada, e não desacelerada (origem da
energia escura).

1.26 Aglomerados e populações de estrelas


Dois tipos:
Aglomerados abertos → poucas estrelas e metalicidade alta4.
Aglomerados fechados (globulares) → muitas estrelas, baixa
metalicidade, muita energia gravitacional entre elas, então tendem a ser
mais estáveis.
Populações estelares:​ ​(na ordem descoberta, inversa da idade delas)
1 - as mais jovens, com alta
metalicidade
2 - geração intermediária
3 - zero metalicidade → nunca
observadas, hipotéticas. Provavelmente
porque, sendo “quimicamente
anômalas”, só se formaram estrelas de
alta massa, portanto de vida muito curta.
Parece que não existe na Via Láctea.

1.27 Moléculas e poeira cósmica


No espaço interestelar, a densidade é de 1 átomo/cm​3​, sendo 10.000x
menor do que o melhor vácuo obtível na Terra (10​4​ átomos/cm​3​).
Mas as distâncias interestelares são tão grandes que essa quantidade
se torna relevante (aproximadamente igual a soma da massa das
estrelas na galáxia).
- é dessa matéria que surgem as estrelas - ​como?, por quê?, onde?
- nuvens de gases → região de extinção de estrelas.
- nuvens de grão de poeira podem ter Fe, Silicatos e grafite.
- Nuvens moleculares gigantes -​ 10​3​ a 107​ ​x a massa do Sol
- - Temperatura de cerca de 20K
- De 15 a 600 anos-luz
- C, H, O, S, N, NH3​ ​, CH​4​, e outros
compostos orgânicos - conhecem-se mais de
4
Rica em elementos mais pesados que Carbono.
120 moléculas diferentes presentes no meio interestelar
- Emite radiação em infravermelho e Rádio, não no espectro visível.
- Berçário de estrelas

1.28 Nebulosas: como estrelas nascem e morrem


HII → hidrogênio ionizado; região HII (nebulosas difusas)→ berçários de
estrelas.
Nebulosas difusas são diferentes de nebulosas planetárias.
- Um disco de acreção se forma em torno da estrela nascente e a estrela
joga matéria pelos polos (capta matéria da nuvem e ejeta pelos polos).
​ 00.000 anos-luz
Via Láctea: 1

Nebulosa planetária: ​colapso da Gigante Vermelha antes de se tornar


uma anã-branca. William Herschel achava que havia uma nebulosa em
torno de uma estrela jovem e formaria um sistema planetário. Hoje se
sabe que é o contrário: a estrela está morrendo e ejetando o “envelope”
de hidrogênio.
- Conhece-se mais de 1500 nebulosas planetárias na Via Láctea.
Parte 2 - Uma visão geral II

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