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Este texto analisa como aparece o nordestino neste discurso. O que chama a atenção é o
fato de que o nordestino é pensado apenas como uma figura masculina e à masculinidade está
associada necessariamente a violência.
O texto começa falando que era "tempo de política", 12 de setembro de 1976. E sabe-se
que em “tempos de política”, a coisa fica acirradas nas cidadezinhas do sertão Nordestino, por
conta de os candidatos rivais a todo os momentos ficarem se digladiando. A cidade de Caicó se
vê abalada por um grande crime. Um rapaz que matou a sua namorada e prima após estuprá-la,
enforcando-a com sua camisa, já que esta resistiu ao "atentado à sua honra". O acontecimento,
parece, só teria vindo confirmar as suspeitas dos pais de Ritinha que já a alertaram para não sair
mais com o rapaz. O que mostra o quão violento foi o crime, estupra-la por não aceitar, seus
caprichos.
Em uma região onde o espaço e o sujeito são marcados pelo estereótipo de ''macheza'',
violência e valentia, sendo esses motivos de orgulho para um tradicionalismo, no qual é encosto
de instituições sociais como a família de núcleo patriarcal, o homem no sertão nordestino é uma
construção discursiva regionalista de ordem social. O Nordeste deveria ser visto e lido numa só
direção para que seu efeito de verdade fosse eficiente politicamente.
E para finalizar o texto diz que não se faz a história sem violência, a violência do
simulacro, do imaginário, do diferente, da desordem, do diabólico. Violência, não para afirmar
a dominação, como achamos ser o caso da presente no cordel, que reafirma o poder masculino
e teme a potência do feminino, mesmo que não deixe de falar da potência masculina e da
possibilidade de contestação à ordem, mas a violência para contestá-la, para criar para além
dela.