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APRENDIZAGEM
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Após o nascimento a criança passará constantemente por práticas,
vivências e adaptações que o conduzirão a novas experiências educativas
onde será influenciado diretamente pelo meio no qual está inserida. Sobre isto
Wallon (1975, p. 164-167) afirma:
Para Piaget, a construção do conhecimento é um processo afetivo do homem que tem seu fim
somente quando finda a vida do ser humano, curioso por natureza, cede aos constantes
desafios apresentados a ele e busca ,incessantemente, conhecer mais. Afirma ainda que para
Vygotski a aprendizagem pode ser definida como um processo interior do sujeito que não
ocorreria sem seu contato com o ambiente sócio-cultural-histórico e que é este contato que
desencadeia processos internos de desenvolvimento nos indivíduos. Para Wallon a criança tem
corpo e emoções (e não apenas cabeça) pois sua teoria pedagógica diz que o
desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro.
.
Segundo Silva (2005) a educação não consiste em mera transmissão de
conhecimento ou de formas de comportamento, mas sim numa tarefa de
transformação. Estamos a todo momento interagindo e, portanto, aprendendo
constantemente.
Para Serra (2012, p.12) aprender algo requer interesse pelo objeto;
numa linguagem psicopedagógica, requer desejo. É preciso que a escola faça
sentido na vida do aluno e que ele não pense que alguns nasceram para
estudar e outros não.
Ao atingir a idade de ingresso na escola, a criança é inserida em um
coletivo diferente da célula familiar onde tinha a atenção voltada quase que
exclusivamente para si, e é nesta troca com colegas e professores, nas
conciliações e conflitos que ela irá amadurecer cognitiva e emocionalmente.
Galvão (2008) diz que é bom lembrar que a escola, ao possibilitar uma
vivência social diferente da família, desempenha um importante papel na
formação da personalidade da criança.
Segundo Saltini (2008), quando a criança vai para a escola, não vai
apenas para aprender, mas também para vivenciar o aprendizado como um
todo e quem ensina poderá então, orientá-lo para o amanhã.
A escola foi criada em há cerca de 4.500 anos, no momento histórico da invenção da escrita e
da matemática, do desenvolvimento da geometria e da expansão de c ertas práticas artísticas e
cumpre um objetivo antropológico muito importante: garantir a continuidade da espécie,
socializando para as novas gerações as aquisições e invenções resultantes do
desenvolvimento cultural da humanidade. O conhecimento é um bem comum, devendo,
portanto, ser socializado a todos os seres humanos. A vinda da criança para a instituição tem,
entre outros, um objetivo claro e preciso: aprender determinados conhecimentos e dominar
instrumentos específicos que lhe possibilitem a aprendiz agem. E aprender sobretudo, a utilizar
estas aquisições não só para o seu desenvolvimento pessoal, como para o do coletivo. Ou
seja, o conhecimento colocado a serviço do bem comum. (LIMA,2008, p.17)
Na concepção de Wallon, a afetividade constitui também uma conduta com profundas raízes
na vida orgânica: os componentes vegetativos dos estados emocionais são bem conhecidos, a
caracterização que apresenta a atividade emocional é complexa e paradoxal; ela é
simultaneamente social e biológica em sua natureza: realiza a transição entre o estado
orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da
mediação cultural, isto é, social. A consciência afetiva é a forma pela qual o psiquismo emerge
da vida orgânica: corresponde a sua primeira manifestação. Pelo vínculo imediato que instaura
com o ambiente social, ela garante o acesso ao universo simbólico da cultura, elaborado e
acumulado pelos homens ao longo de sua história. Dessa forma é ela que permitirá a tomada
de posse dos instrumentos com os quais, trabalha a atividade cognitiva. Neste sentido ela se dá
origem. (LA TAILLE, OLIVEIRA; DANTAS, 1992, p.85)
A aprendizagem escolar depende, basicamente, dos motivos intrínsecos: uma criança aprende
melhor e mais depressa quando sente-se querida, está segura de si e é tratada como um ser
singular (...). Se a tarefa escolar atender aos seus impulsos para a exploração e a descoberta,
se o tédio e a monotonia forem banidos da escola, se o professor, além de falar, souber ouvir e
se propiciar experiências diversas, a aprendizagem infantil será melhor, mais rápida e mais
persistente. Os motivos da criança para aprender são os mesmos motivos que ela tem para
viver. Eles não se dissociam de suas características físicas, motoras, afetivas e psicológicas do
desenvolvimento (RODRIGUES, 1976, p.174).
[...] a afetividade deve estar presente na práxis do educador. Os educadores, apesar das suas
dificuldades são insubstituíveis porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os
sentimentos altruístas, enfim, todas as áreas de sensibilidade não podem ser ensinado por
máquinas e sim por seres humanos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Rosley Sulek Buche. Educar com afetividade sabendo dizer não.
2003. Disponível em
http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=133. Acesso: 25
mar. 2016.