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A INFLUÊNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO E

APRENDIZAGEM

Fátima Vanessa de Jesus de Freitas JOB[1]

RESUMO: O presente artigo justifica-se e tem como finalidade demonstrar a


educação como um processo integral onde não se dissociam as relações
afetivas e a construção do conhecimento. As relações afetivas envolvendo os
componentes da comunidade escolar (escola, família e sociedade), o diálogo, o
desejo e o estar motivado, são molas propulsoras que aliadas aos princípios
psicopedagógicos tornarão a aprendizagem realmente significativa. A
metodologia caracteriza-se por uma pesquisa bibliográfica descrita.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Afetividade; Motivação.

1 INTRODUÇÃO

A família é a primeira instituição da qual a criança faz parte. É no


convívio em família que a criança irá formar seus primeiros conceitos como a
moral, valores, opiniões, formas de se relacionar com as pessoas com quem
convive, se socializa e estabelece limites e regras para esta convivência em
sociedade. Na família terá início a formação das condutas que nortearão a vida
desta criança no particular e no coletivo. Também é no convívio em família que
se desenvolvem os primeiros laços afetivos, de segurança e apoio que farão
com que esta criança tenha condições de solucionar conflitos e buscar
soluções no futuro.
Ao ingressar na creche ou na escola a criança amplia sua gama de
relacionamentos, se depara com pessoas que, até então, não faziam parte do
seu convívio social como os novos colegas e professores. Será necessário que
desenvolva estratégias de relacionamento, exercite sua autonomia e
estabeleça mecanismos de crescimento nos aspectos afetivo, social, físico,
psicológico e cognitivo.
Deve haver uma sincronia entre família e escola em todos os aspectos e
em ambas a criança precisa sentir estar amparada, inserida no contexto,
desenvolvendo assim um sentimento de pertinência e tendo a ciência de que
seu comportamento e atitude definirá a conduta e o destino do grupo, bem
como a forma como este grupo se relacionará com ela.
Todo indivíduo é um ser social e como tal a partir das práticas
educativas na família e na escola definirão sua trajetória e da sociedade da
qual faz parte.
Embora alguns pesquisadores ainda resistam em atribuir valor à
afetividade, autores clássicos como Vygotsky, Piaget, Wallon e autores
contemporâneos registraram estudos significativos que demonstram que a
afetividade faz parte do ser humano e constitui - se um recurso facilitador no
ensino aprendizagem, sendo não uma temática contemporânea, mas histórica.

2 DESENVOLVIMENTO
Após o nascimento a criança passará constantemente por práticas,
vivências e adaptações que o conduzirão a novas experiências educativas
onde será influenciado diretamente pelo meio no qual está inserida. Sobre isto
Wallon (1975, p. 164-167) afirma:

O meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá corresponder a suas


necessidades e as suas aptidões sensório-motoras e, depois, psicomotoras. Não é menos
verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas
necessidades e novos recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação
individual. A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino
posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias de sua
existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal. Os meios em que vive a
criança e aqueles com que ela sonha constituem a "forma" que amolda sua pessoa. Não se
trata de uma marca aceita passivamente. A importância das relações humanas para o
crescimento do homem está escrita na própria história da humanidade. O meio é uma
circunstância necessária para a modelagem do indivíduo. Sem ele a civilização não existiria,
pois foi graças à agregação dos grupos que a humanidade pôde construir os seus valores, os
seus papéis, a própria sociedade.

Segundo Piaget (1971) o conhecimento não pode ser concebido como


algo predeterminado desde o nascimento (inatismo) nem como resultado de
simples registro de percepções e interações do sujeito com o ambiente em que
vive.
Bessa (2011, p.66) afirma que:

Para Piaget, a construção do conhecimento é um processo afetivo do homem que tem seu fim
somente quando finda a vida do ser humano, curioso por natureza, cede aos constantes
desafios apresentados a ele e busca ,incessantemente, conhecer mais. Afirma ainda que para
Vygotski a aprendizagem pode ser definida como um processo interior do sujeito que não
ocorreria sem seu contato com o ambiente sócio-cultural-histórico e que é este contato que
desencadeia processos internos de desenvolvimento nos indivíduos. Para Wallon a criança tem
corpo e emoções (e não apenas cabeça) pois sua teoria pedagógica diz que o
desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro.
.
Segundo Silva (2005) a educação não consiste em mera transmissão de
conhecimento ou de formas de comportamento, mas sim numa tarefa de
transformação. Estamos a todo momento interagindo e, portanto, aprendendo
constantemente.

A aprendizagem é um conceito amplo que aborda a dinâmica de apropriação do mundo pelo


ser humano e envolve aspectos psicológicos, biológicos e sociais. Por isso, mais que a
apropriação por meio de uma exposição organizada e a proposição de um conjunto de
atividades, envolve a interação entre os homens e o seu meio, os quais vivenciam uma relação
de interdependência. Assim, a aprendizagem não se resume em aprender algo ‟, como um
processo acumulativo, semelhante a juntar coisas em um monte (ASSMANN,1998 p.40).

Para Serra (2012, p.12) aprender algo requer interesse pelo objeto;
numa linguagem psicopedagógica, requer desejo. É preciso que a escola faça
sentido na vida do aluno e que ele não pense que alguns nasceram para
estudar e outros não.
Ao atingir a idade de ingresso na escola, a criança é inserida em um
coletivo diferente da célula familiar onde tinha a atenção voltada quase que
exclusivamente para si, e é nesta troca com colegas e professores, nas
conciliações e conflitos que ela irá amadurecer cognitiva e emocionalmente.
Galvão (2008) diz que é bom lembrar que a escola, ao possibilitar uma
vivência social diferente da família, desempenha um importante papel na
formação da personalidade da criança.
Segundo Saltini (2008), quando a criança vai para a escola, não vai
apenas para aprender, mas também para vivenciar o aprendizado como um
todo e quem ensina poderá então, orientá-lo para o amanhã.

A escola foi criada em há cerca de 4.500 anos, no momento histórico da invenção da escrita e
da matemática, do desenvolvimento da geometria e da expansão de c ertas práticas artísticas e
cumpre um objetivo antropológico muito importante: garantir a continuidade da espécie,
socializando para as novas gerações as aquisições e invenções resultantes do
desenvolvimento cultural da humanidade. O conhecimento é um bem comum, devendo,
portanto, ser socializado a todos os seres humanos. A vinda da criança para a instituição tem,
entre outros, um objetivo claro e preciso: aprender determinados conhecimentos e dominar
instrumentos específicos que lhe possibilitem a aprendiz agem. E aprender sobretudo, a utilizar
estas aquisições não só para o seu desenvolvimento pessoal, como para o do coletivo. Ou
seja, o conhecimento colocado a serviço do bem comum. (LIMA,2008, p.17)

Trata-se de um processo de construção de conhecimentos, por meio do


estabelecimento de conexões e interações, que tornam significativas
experiências vividas e informações apreendidas.
A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a Lei nº9.394de 1966 oferecem
os dois mais importantes princípios da afetividade e amor no âmbito escolar, o respeito à
liberdade, o apreço à tolerância que são inspirados nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana. Ambos tem por fim último o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania ativa e sua qualificação para as novas ocupações no
mundo do trabalho.

A meta da educação básica que é promover o desenvolvimento pessoal


do aluno, tornando-o capaz de tomar decisões ao longo de sua vida e de
intervir socialmente está registrada nos PCN (Parâmetros Curriculares
Nacionais) que diz que cada aluno é único, com histórias e “repertório”
diversificados (saberes e competências acumulados pela escolaridade e pelo
que a vida lhe ensinou). A necessidade dos alunos serem capazes de
compreender a cidadania como uma participação social e política, adotando
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o
outro e exigindo para si o mesmo respeito. Posicionar-se de maneira crítica,
responsável e construtiva, tendo o diálogo como mediador. Necessidade de
conhecer e valorizar a pluralidade sociocultural, posicionando-se contra
qualquer discriminação. Desenvolver o sentimento de confiança sobre as
capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e
de inserção social para o exercício da cidadania. E questionar a realidade
através da formulação e resolução de problemas (BRASIL, 1997). Eleger a
cidadania como eixo vertebrador da educação escolar implica em colocar-se
explicitamente contra valores e práticas sociais que desrespeitem aqueles
princípios, comprometendo-se com as perspectivas e decisões que as
favoreçam. Isso se refere a valores, mas também a conhecimentos que
permitem desenvolver as capacidades necessárias para a participação social
efetiva.
Isso mostra que os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997)
retratam a importância de o ensino fundamental trabalhar para assegurar a
formação do indivíduo, contemplando os temas morais, o respeito mútuo, a
justiça, o diálogo e a solidariedade, fazendo com que o aluno seja capaz de
respeitar as diferentes formas de expressão e participação, expondo seus
pensamentos e opiniões de forma a ser entendido. Ainda nos parâmetros
curriculares lemos que atitudes são bastante complexas, pois envolvem tanto a
cognição (conhecimentos e crenças) quanto os afetos (sentimentos e
preferências), derivando em condutas (ações e declarações de intenção).
(BRASIL, 1997). Tanto os conceitos e procedimentos quanto as ações
pedagógicas mobilizam afetos dos educadores e dos alunos que se
manifestam por meio de preferências e rejeições pelos diferentes
conteúdos escolares. Daí a necessidade de se levar em conta os
conhecimentos (e sentimentos) prévios dos alunos em relação aos conteúdos
eleitos para o ensino.
Silva (2005) relata que a afetividade sempre nos pareceu relacionada
com a educação. Hoje, já no século XXI, a ciência tem mostrado através de
pesquisas, que não podemos mais compreender o ser humano de uma forma
fragmentada e os dividir em dois componentes básicos do comportamento
humano: a razão e a emoção.
Cunha (2008, p.51) compartilha desta opinião ao afirmar que:

Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o


afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares que, em muitas vezes
estão fechados as possibilidades acadêmicas. Considerando o nível de dispersão, conflitos
familiares e pessoais e até comportamentos agressivos na escola hoje em dia seria difícil
encontrar algum outro mecanismo de auxílio ao professor mais eficaz.

Já segundo Rossini (2001) a afetividade domina a atividade pessoal na


esfera instintiva, nas percepções, na memória, no pensamento, na vontade,
nas ações, na sensibilidade corporal, e no complemento do equilíbrio e da
harmonia da personalidade.
Lorenzoni (2004, p.17) diz que “desejamos na medida em que
acreditamos que o objeto do nosso desejo possa nos dar o que nos completará
como “ooutro” (que é o eu refletido.) E só consideramos o outro na medida em
que estabelecemos vínculo afetivo com ele.

Na concepção de Wallon, a afetividade constitui também uma conduta com profundas raízes
na vida orgânica: os componentes vegetativos dos estados emocionais são bem conhecidos, a
caracterização que apresenta a atividade emocional é complexa e paradoxal; ela é
simultaneamente social e biológica em sua natureza: realiza a transição entre o estado
orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da
mediação cultural, isto é, social. A consciência afetiva é a forma pela qual o psiquismo emerge
da vida orgânica: corresponde a sua primeira manifestação. Pelo vínculo imediato que instaura
com o ambiente social, ela garante o acesso ao universo simbólico da cultura, elaborado e
acumulado pelos homens ao longo de sua história. Dessa forma é ela que permitirá a tomada
de posse dos instrumentos com os quais, trabalha a atividade cognitiva. Neste sentido ela se dá
origem. (LA TAILLE, OLIVEIRA; DANTAS, 1992, p.85)

Atribui-se as condições motivadoras, o sucesso ou o fracasso dos


professores ao tentar ensinar algo a seus alunos. E, apesar de dificilmente
detectarmos o motivo que subjaz a algum tipo de comportamento, sabemos
que sempre há algum (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 1997).
Segundo os autores citados, o estudo da motivação considera três tipos
de variáveis: o ambiente; as forças internas ao indivíduo como: necessidade,
desejo, vontade, interesse, impulso e instintos; e o objeto que atrai o indivíduo
por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza. A motivação é,
portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma
relação estabelecida entre oambiente, a necessidade e o objeto de satisfação.
Para Piaget (1971) o desenvolvimento cognitivo resulta da interação
entre criança e as pessoas com quem ela mantém contatos regulares, no caso
da escola, o aluno e os professores. Ele enfatiza as construções realizadas
pelo sujeito, ou seja, essas construções passam a ser possíveis através da
interação do aluno com o seu meio, havendo assim a modificação do papel do
professor, o qual passa a ser um facilitador, enquanto o aluno assume a posse
das ideias.
Outros teóricos, como Fernández (1991, p.47), dizem que toda
aprendizagem é repleta de afetividade, já que ocorre a partir de interações
sociais.
Ao destacar a escola como ambiente relevante para o desenvolvimento
cognitivo e afetivo,Capelatto (2012) diz que a afetividade é a dinâmica mais
profunda na qual o ser humano pode participar, e que se inicia no momento em
que um sujeito se liga a outro por amor.
A escola deve proporcionar um espaço de reflexão sobre a vida do aluno
como um todo, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica
e transformadora. Esse processo não deveria dissociar-se da afetividade, a
qual é retratada pelos conteúdos atitudinais, em que os Parâmetros
Curriculares Nacionais (1997, p. 22-23) defendem alguns princípios que
deveriam orientar a educação escolar, como a dignidade da pessoa humana, o
que implica respeito aos direitos humanos, a igualdade de direitos, a
participação como princípio democrático e a com responsabilidade pela vida
social. Desse modo:

A afetividade, é um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de


emoções que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da
pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano nasce
extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e essa necessidade
se traduz em amor (ANTUNES, 2006, p.5).

Para esse mesmo autor, a aprendizagem é uma mudança


comportamental que resulta da experiência, é, portanto, uma forma de
adaptação ao ambiente.

2.1 Desenvolvimento da aprendizagem e afetividade.

A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes


de falar, antes de entender, já se instrui.
Ainda sobre a mesma abordagem, segundo Rodrigues (1976, p.173), os
motivos humanos para aprender qualquer coisa são profundamente interiores.
A criança deseja aprender quando há em si motivos profundamente humanos
que desencadeiem tais aprendizagens. Sendo que:

A aprendizagem escolar depende, basicamente, dos motivos intrínsecos: uma criança aprende
melhor e mais depressa quando sente-se querida, está segura de si e é tratada como um ser
singular (...). Se a tarefa escolar atender aos seus impulsos para a exploração e a descoberta,
se o tédio e a monotonia forem banidos da escola, se o professor, além de falar, souber ouvir e
se propiciar experiências diversas, a aprendizagem infantil será melhor, mais rápida e mais
persistente. Os motivos da criança para aprender são os mesmos motivos que ela tem para
viver. Eles não se dissociam de suas características físicas, motoras, afetivas e psicológicas do
desenvolvimento (RODRIGUES, 1976, p.174).

De acordo com Chalita (2001), a habilidade emocional é o grande pilar


da educação, não sendo possível desenvolver habilidades cognitivas e sociais
sem trabalhar emoção, o que exige muita paciência, pois se trata de um
processo continuado cujas mudanças não ocorrem de uma hora para outra.
Quanto a isso, Souza (1970) entende que a escola é a continuação do
lar, portanto, a escola não pode limitar-se apenas a fornecer conhecimentos
conceituais, mas deve contribuir para o desenvolvimento da personalidade de
seus alunos. A influência mais importante no processo escolar é exercida pelo
professor; então é preciso que ele compreenda a origem do desenvolvimento
emocional e o comportamento da criança em todas as suas manifestações. De
modo que; para que haja um desenvolvimento harmonioso é importante
satisfazer a necessidade fundamental da criança que é o amor. (...) O
professor, na sua responsabilidade e no seu conhecimento da importância de
sua atuação, pode produzir modificações no comportamento infantil,
transformando as condições negativas através das experiências positivas que
pode proporcionar. Estabelecerá, assim, de forma correta, o seu
relacionamento com a criança, levando-a a vencer suas dificuldades.
As emoções fazem parte do cotidiano das nossas escolas. A todo
instante vivenciamos uma experiência emocional que se manifesta de diversas
maneiras, com suas características próprias. Um exemplo é bem claro: alguns
choram de dor ou tristeza, outros de alegria.
Gabriel Chalita (2001, p. 248) afirma que “[…] O professor quando
apenas transmite informação não consegue perceber a dimensão do afeto na
aprendizagem do aluno. O aluno precisa de afeto, de atenção […]”.
Nóvoa (2003, p.63), um renomado educador português, em abordagem
sobre a formação integral, apresenta o seguinte pensamento: “Ninguém duvida
da importância de formar a pessoa na sua incerteza. As recentes descobertas
das neurociências reconfortam-nos na impossibilidade de separar a
consciência, as emoções e o sentimento. Pensamos com o corpo e sentimos
com a inteligência”.

2.2 Como ocorre a aprendizagem?

Silveira (2004) em seu artigo “O funcionamento do cérebro no processo


de aprendizagem” cita experiências da Dra. Marian Diamond, neuroanatomista
americana, realizadas com ratos mostrando que os animais criados com
estímulos (brinquedos), desenvolveram um córtex cerebral com o maior
número de células nervosas, acredita-se que o mesmo aconteça com os seres
humanos.
Em estudos feitos em relação ao cérebro tem-se conhecimento que ele
se divide em dois hemisférios e de acordo com o lado usado, desenvolve esta
ou àquela habilidade, mas para que haja de fato um funcionamento adequado
é necessário a integração entre os dois. Portanto, é necessário ativar a atenção
e isto pode ser feito utilizando-se recursos como a música, que diminui o ritmo
cerebral e o equilíbrio entre os dois hemisférios acontece. Quanto mais baixo o
ritmo, mais atenção, pois o cérebro esvazia-se e abre espaço para a
aprendizagem. O desenvolvimento humano, então, se processa de forma
gradual e constante e as respostas vão aparecendo de acordo com o
oportunizado, e isto começa não só com o nascimento, e sim muito antes.
Segundo Barros (2003, p.1), “a afetividade acompanha o ser humano desde a
sua vida intrauterina até a morte se manifestando como uma fonte geradora de
potência e energia”. A afetividade pode ser comparada ao “alicerce sobre o
qual se constrói o conhecimento racional” e por isso deve ser “prazerosa e
ligada à ação afetiva”.
Portanto, a afetividade se entrelaça com o saber, com o seu
desenvolvimento e o indivíduo feliz reage positivamente a novas informações,
pois sua autoestima está organizada e equilibrada, pronta para novos
estímulos, sejam eles desafiadores, dramáticos, cômicos e físicos. A
capacidade dos indivíduos de se emocionarem os faz diferente, podendo
reconstruir o mundo e o conhecimento, também, a partir das emoções e do
afeto que impulsionam a vida, e, não apenas do ensino mecanizado Desta
forma, entendemos que não há separação entre emoção, afetividade,
aprendizagem e cérebro, são todos elementos constitutivos das sinapses
neuronais efetivadas pelos neurotransmissores que numa corrida desabalada
enveredam pelos hemisférios cerebrais criando plasticidade e ativação dos
lóbulos responsáveis pelas interações elencadas acima da vida.

2.3 Estágios de desenvolvimento segundo Wallon

O estudo do processo da aprendizagem na teoria de Wallon (1995), é


dividido em conjuntos ou domínios funcionais para explicar didaticamente o que
é inseparável, a pessoa. Foi o primeiro teórico a abordar especificamente as
emoções dentro da sala de aula, e ver os conflitos com uma visão positiva,
assim como pontuar questões referentes à importância dos movimentos
corporais da criança neste contexto.
Este autor marcou a diferença entre emoção e afetividade, conceituando
emoção como elemento mediador entre o orgânico e o psíquico São divididos
em etapas do desenvolvimento do psiquismo humano. Esses domínios são: os
da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa. Wallon (1995)
desenvolveu seus estudos sobre afetividade em uma teoria baseada numa
perspectiva histórico-cultural, afirmando em sua teoria da Psicogênese da
Pessoa Completa, que a dimensão afetiva, ao longo de todo o desenvolvimento
do indivíduo, tem um papel fundamental para a construção da pessoa e do
conhecimento.
Afetividade e inteligência apesar de terem funções definidas e
diferentes, são inseparáveis.
Piaget (1971) aponta quatro estágios com diferentes níveis sensório-
motor, pré-operatório, operações concretas e operações formais. Cada período
constitui um momento do desenvolvimento, onde são construídas estruturas
cognitivas singulareS.
Sobre estes estágios de desenvolvimento apontados por Piaget, Cunha
(2008, p,57) afirma que:

É importante que o professor conheça os estágios de desenvolvimento cognitivo do seu aluno


para utilizar os mecanismos educativos apropriados que promovam práticas pedagógicas
estimulativas, não restritivas, adequadas ao período de amadurecimento de cada idade.

Lorenzoni (2004, p.17) relata que:

É necessário salientar que o professor é peça chave em se tratando de ambientação favorável


à concepção e fundamentação dos vínculos afetivos. Também é importante dizer que a
aprendizagem não acontece apenas em função de conteúdos pré-determinados ou de
habilidades atingidas. Aprender implica transformação prazerosa e competente,
significativamente em relação ao sujeito aprendente.

Para Cunha (2008, p.63):


O modelo de educação que funciona verdadeiramente é aquele que começa pela necessidade
de quem aprende e não pelos conceitos de quem ensina. Ademais, a prática pedagógica para
afetar o aprendente deve ser acompanhada por uma atitude vicária do professor.

Cunha (2008) relata que há professores – mesmo com pouquíssimos


recursos que afetam tanto, que são capazes de transformar suas aulas em
dínamos de inteligência, mesmo recitando o catálogo telefônico.
Cunha (2008) também afirma que a sala de aula, ao revestir-se da sua
humanidade, com laços de compreensão e entendimento, com atividades
dinâmicas e desejantes, com participação ativa do aluno e nutrida por seu
interesse poderá tornar o aprendizado surpreendente.
Saltini (2008, p. 58) ressalta que é necessário que seja estabelecido um
vínculo afetivo com o aluno. Afirma que:
O professor (educador) obviamente precisa conhecer e ouvir a criança. Deve conhecê-la não
apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial mas também na sua interioridade afetiva,
na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca constantemente o mundo
que a cerca, bem como o que faz ali na escola.

Segundo Cury (2008, p.48):

[...] a afetividade deve estar presente na práxis do educador. Os educadores, apesar das suas
dificuldades são insubstituíveis porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os
sentimentos altruístas, enfim, todas as áreas de sensibilidade não podem ser ensinado por
máquinas e sim por seres humanos.

Wallon (1995) considera que deve ser constante no convívio entre


professor e aluno a observação do gestual, do olhar, da expressão facial, e que
a comunicação afetiva deve ser o elo mais importante a ser desenvolvido entre
eles.
É na relação professor/aluno que se realiza, de fato, o processo ensino-
aprendizagem e o sucesso ou insucesso do trabalho pedagógico se deve, em
grande parte, na qualidade dessa relação.
Segundo Freire (1983, p.29), não existe educação sem amor. “Ama-se
na medida em que se busca comunicação, integração a partir da comunicação
com os demais”. Afirma ainda nos diz que o professor precisa estar aberto ao
gosto de querer bem. Isso não quer dizer que o professor tenha de querer bem
a todos os alunos da mesma forma, mas que ele não deve permitir que sua
afetividade interfira no cumprimento do seu dever como educador. Abertura ao
querer bem significa disponibilidade para a alegria, para o afeto, para o amor.
Para Maldonado (1994, p.42), o professor pode reconhecer quando um
processo de construção do conhecimento está sendo efetivo, quando o mesmo
se permite sentir o processo. Assim como sente quando está havendo
aprendizagem, se o clima em sala de aula é desagradável ou rico e construtivo.
O autor destaca:

As situações de ensino agradáveis suscitam no aluno um desejo de repetir e renovar a


aprendizagem. Quando, por infelicidade, o contrário acontece, o aluno tende a rejeitar não só a
disciplina que não consegue aprender, mas também tudo quanto a ela se refira, inclusive o
mestre e até a própria escola.

Se a situação de aprendizagem é gratificante e agradável, o


aprendizado tende a se dinamizar, a extrapolar-se para situações novas e
similares e, por fim, a inspirar novas aprendizagens (RODRIGUES, 1976).
Fernández (1991) entende que toda aprendizagem está impregnada de
afetividade, já que ocorre a partir das interações sociais, num processo
vinculador.
Na aprendizagem escolar, a relação entre alunos, professores, conteúdo
escolar, livros e escrita, não se dá puramente no campo cognitivo, existe uma
base afetiva permeando essas relações, visto que, para aprender é necessário
um vínculo de confiança entre quem ensina e quem aprende.
Dantas (1994) enfatiza que é preciso haver empatia entre professor e
aluno, pois isso favorece o aparecimento de uma simpatia mútua entre ambos.
O professor deve ter claro que o processo de ensino e aprendizagem é uma via
de mão dupla, um vai-e-vem dele para o aluno e do aluno para ele. Ele ensina,
porém, seu aluno também possui saberes que o professor nem sempre possui.
Fica assim caracterizado o movimento da troca. Buscar, portanto, uma maior
aproximação afetiva com o aluno, também através do diálogo e até mesmo,
citando seu nome algumas vezes e fazendo perguntas, entre outras
manifestações de interesse, mostra uma atitude afetiva para com ele, o que, de
certa forma, faz o aluno se sentir motivado para realizar as atividades
escolares.
Dantas (1994) também ressalta que a afetividade influencia na
construção do conhecimento, pois o tempo, no qual a aprendizagem de
conteúdos se processa, depende do clima afetivo na sala de aula. O professor
deve se relacionar afetivamente com seus alunos para que não se sintam
desmotivados, dificultando assim a aprendizagem dos mesmos.
Fernández (1991), diz que é no decorrer do desenvolvimento que os
vínculos afetivos vão se ampliando na figura do professor e na importante
relação de ensino e aprendizagem na época escolar. Diz também, que para
haver aprendizagem é necessário que haja no mínimo dois personagens, o
ensinante e o aprendente. Nessa relação é necessário confiança, pois não
aprendemos de qualquer um, mas aprendemos daquele a quem outorgamos o
direito de ensinar.
O papel do professor é de mediador do conhecimento. Queira ou não,
ele é um modelo na sua forma de expressar valores, resolver conflitos,
comunicar-se; na forma de ouvir, falar e de relacionar-se com os outros
professores e com os alunos. E a forma como o professor se relaciona com o
aluno se reflete nas relações do aluno com o conhecimento e na relação aluno-
aluno. Nessa relação há um antagonismo entre emoção e atividade intelectual
que Wallon chama de antagonismo de bloqueio, ele também diz que quando
não são satisfeitas as necessidades afetivas, estas resultam em barreiras para
o processo ensino-aprendizagem e, portanto, para o desenvolvimento, tanto do
aluno como do professor e que esses conflitos são essenciais ao
desenvolvimento da personalidade (WALLON, 1995).
Serra (2012, p. 17) ressalta que:

Quando um aluno apresenta dificuldades em aprender, segundo a psicopedagogia, uma das


primeiras tarefas do educador, é o resgate da autoestima do educando, pois ninguém
consegue aprender senão investir no ato de aprender, e ninguém consegue investir na própria
aprendizagem senão tiver o desejo de aprender e acreditar nas suas possibilidades. Então,
cabe ao professor, oferecer aos alunos oportunidades de acerto experiências positivas que o
conduzam ao desejo de continuar aprendendo para continuar acertando. São raríssimos os
casos de alunos que recebem o fracasso escolar como um desafio a ser superado, afinal, isso
exige uma maturidade que a criança não possui. Será necessário que o professor presenteie o
aluno com um recurso valioso e que nada custa: o elogio. Elogiar é altamente reforçador do
sucesso.

Almeida (1999), refere que essa natureza antagônica da relação aluno-


professor oferece riquíssimas possibilidades de crescimento e que o conflito faz
parte da natureza, da vida das espécies, porque somente ele é capaz de
romper estruturas prefixadas, limites predefinidos e atingir os planos sociais,
morais, intelectuais e orgânicos.
Para Mahoney (2000), um trabalho bem elaborado em tais
circunstâncias auxilia o processo de constituição do sujeito, pois este, ao se
colocar em confronto com o outro, aprende também a se organizar
psiquicamente.
O medo, a angústia, a ansiedade e a frustração, são sentimentos que
desgastam o aluno, e a serenidade e a tranquilidade dos professores auxiliam
na redução, ou até eliminação, desses sentimentos desagregadores, que o
autor chama de “destravamento” da atividade cognitiva (DANTAS, 1994).
Freire (2000) nos ensina que o conflito, em seu verdadeiro sentido, se
refere a um processo natural e necessário a aprendizagem, que se usado de
forma positiva, poderá alavancar o desenvolvimento pessoal, social e
educativo. Quando falamos de conflito entendemos um processo de
incompatibilidade entre pessoas, grupos ou estruturas sociais, por meio dos
quais se estabelecem interesses, valores ou aspirações contrárias.
Sobre a mesma preocupação, segundo Ribeiro e Jutras (2006), a
dimensão afetiva contribui para a aquisição de atitudes positivas em relação a
professores, às disciplinas por eles ministradas e para a aprendizagem
cognitiva dos alunos em sala de aula. A afetividade é, na verdade, importante
porque contribui para o processo de ensino e aprendizagem, na criação de um
clima de compreensão, confiança, respeito mútuo e motivação. Sendo que: Os
resultados positivos de uma relação educativa movida pela afetividade opõem–
se àqueles apresentados em situações em que existe carência desse
componente. Assim, num ambiente afetivo, seguro, os alunos mostram–se
calmos e tranquilos, constroem uma autoimagem positiva, participam
efetivamente das atividades propostas e contribuem para o atendimento dos
objetivos educativos. No caso contrário, o aluno rejeita o professor e a
disciplina por ele ministrada, perde o interesse em frequentar a escola,
contribuindo para seu fracasso escolar. O professor que possui a competência
afetiva é humano, percebe seu aluno em suas múltiplas dimensões,
complexidade e totalidade.
Que o aluno seja olhado de outra forma, que as relações sejam menos
traumáticas […] nascidas no respeito ao espaço e ao papel de cada um. Os
alunos serão diferentes a cada ano, a cada dia, e o professor também será. Um
mestre tem diante de si a responsabilidade e a missão de formar pessoas
equilibradas e felizes, além de competentes (CHALITA, 2001, p. 64).
Segundo Freire (1983, p.29), não existe educação sem amor.
Ama-se na medida em que se busca comunicação, integração a partir da comunicação com os
demais” O professor precisa estar aberto ao gosto de querer bem. Isso não quer dizer que o
professor tenha de querer bem a todos os alunos da mesma forma, mas que ele não deve
permitir que sua afetividade interfira no cumprimento do seu dever como educador. Abertura ao
querer bem significa disponibilidade para a alegria, para o afeto, para o amor.

O professor afetivo é aquele que desenvolve estratégias pedagógicas,


educativas, dinâmicas e criativas, demonstra prazer em ensinar, estimulando
os alunos e envolvendo-os nas decisões e nos trabalhos do grupo. O professor
deve estar centrado na pessoa do aluno, compreendendo suas principais
necessidades e incluindo-as no planejamento do ensino.
A afetividade é importante para que “se estabeleça uma melhor relação
educativa entre professores e alunos, favorável, consequentemente, a
aprendizagem dos conteúdos escolares”

O medo, a angústia, a ansiedade e a frustração, são sentimentos que desgastam o aluno, e a


serenidade e a tranquilidade dos professores auxiliam na redução, ou até eliminação, desses
sentimentos desagregadores, que o autor chama de “destravamento” da atividade cognitiva
(DANTAS, 1994).

Os vínculos estabelecidos entre professor e aluno determinam até


mesmo a questão da disciplina e observância das regras em sala de aula.
Sobre isso Serra (2012, p. 19) salienta que:
Temos notícias de que muitos professores, competentes em sua área, tem probl emas em
desenvolver seu trabalho em função do comportamento de seus alunos. A Psicopedagogia
entende que este comportamento pode ser um problema relativo a aprendizagem, com bases
na afetividade do sujeito e na sua relação com o ato de aprender, e que , portanto, esta relação
pode ser construída ( reconstruída) pelo vínculo afetivo entre professor e aluno No entanto, a
construção da ética na escola não pode ser uma atitude isolada do professor, e sim projeto de
toda escola .É bom que o professor também reveja seu procedimento , pois , se analisarmos o
cotidiano de nossa escola algunsalunos com problemas de indisciplina não agem de forma
inadequada com todos os professores, mas com alguns. Isto nos faz pensar que o problema
não precisa estar no aluno e nem no professor, mas na relação que os une, que é o
conhecimento.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apartir das referências bibliográficas analisadas para desenvolver este


artigo, pode-se afirmar que não há como dissociar aprendizagem e afeto e que
o professor é peça fundamental no processo de formação cognitiva, social e
afetiva do aluno.
Desde que nasce a criança desenvolve a aprendizagem a partir de
motivos intrínsecos e das circunstâncias que vão se apresentando no seu dia a
dia. A cada nova situação, uma nova forma de reagir e uma nova
aprendizagem que se desenvolve. Como desenvolver-se-á esta aprendizagem
está intimamente ligada a sua autoestima, autoconfiança, ao apoio que
receberá na família e na escola, levando-se em consideração o nível de
desenvolvimento em que ela se encontra.
Apesar da LDB e dos Parâmetros Curriculares Nacionais fazerem
referência a importância da solidariedade, da cooperação, do respeito mútuo e
apontar as relações sociais e afetivas como determinantes na formação da
personalidade e cidadania do aluno, a afetividade relacionada a aprendizagem
é um tema pouco discutido e contemplado nos currículos escolares. Constata-
se que é dada mais importância ao conhecimento científico do que ao
desenvolvimento do aluno como um ser afetivo e social.
O ambiente escolar deve ser permeado por relações afetivas. O
momento da aprendizagem é um momento de troca. Professor e aluno trocam
experiências, vivências e informações e é através deste diálogo e partilha de
saberesque o aluno sentir-se-á seguro, amado e amparado e será constituído o
vínculo afetivo entre quem ensina e quem aprende que intermeará o processo
da aprendizagem e o tornará efetivo, significativo e prazeroso.
O aluno, estando em processo de formação de sua personalidade e
aprendendo a relacionar-se com seu meio social, busca no professor exemplo
de valores e condutas e este deve ser um mediador e facilitador das relações
deste aluno com outros alunos e também com o conhecimento.
Fica evidente que a escola tem como uma de suas funções principais
desenvolver no aluno os requisitos necessários para a vida em sociedade,
tornando-o um cidadão atuante e crítico. Frente a esta constatação, se faz
necessária uma renovação na escola como instituição educacional, seus
princípios, regras, filosofia, currículo, normas disciplinares, regras de
convivência e proposta pedagógica. É necessário que a escola seja um
ambiente social e afetivo pois não ocorre aprendizagem em um ambiente em
que não existe emoção, motivação e interação entre as partes envolvidas.
O professor deve estar em constante formação, buscar práticas
pedagógicas e estabelecer no ambiente escolar uma atmosfera afetiva sem
preconceitos e estereótipos em que o aluno seja desafiado e motivado a
constituir aprendizagem a partir do novo
Conclui-se que as práticas pedagógicas devem estar voltadas para a
formação do aluno como um todo e que o ambiente afetivo, constituído sob
relações dialógicas professor/aluno serão determinantes no sucesso do
processo ensino/ aprendizagem.

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[1] Graduação em Estudos Sociais, Especialização em Psicopedagogia Institucional pelo Centro


Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail do
autor: fatiprofe@gmail.com.Orientador:Prof. Me. Mario Marcos Lopes

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