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Cosmus tinha capacidade de criação, vinda de seu pai Zao, porém ainda não
sabia usá-la muito bem e deveria ser obediente ao seu criador. Ele ficou
maravilhado com a ideia de Zao e se dispôs a ajudá-lo. Mas Cosmus sentiu
solidão em sua imensidão escura e vazia, e Zao fez Eä, àquela que brilha. Eä
era a própria luz, e ela povoou cada canto do Universo com seu brilho e suas
estrelas. Ela se tornou esposa de Cosmus. Ela não existia sem ele, e ele
era totalmente vazio sem ela. Ela também abraçou a Semente e sua luz a fez
germinar.
A Semente germinou em Sete Ramos, ou Sete Planos, e estes se tornariam a
morada de todas as criaturas. Eram eles:
Além dos Aoniri, Zao também deu vida a diversos seres chamados de
Celestiais, ou Potestades Aocekiri). Esses seres são uma categoria abaixo dos
deuses menores (duas categorias abaixo de Zao) e tinham a missão de ajudá-
los em sua criação, como servos, e também eram um exército para possíveis
guerras que aconteceriam. Entre as Potestades haviam o que hoje se
conhecem como anjos.
Após essa reunião entre os 15, que ficou conhecida como a "Concílio da
Criação", eles desceram em Ardatoril e começaram a construir e dar vida.
Nessa época foram criados os filhos de Zao e a parte principal da ideia inicial,
os Homens. Eles foram moldados em forma e personalidade, mas
permaneceram dormindo por muitos anos, e somente Zao sabia o dia que eles
iriam despertar. Apesar de ter muitos deuses na época, apenas Cosmus e Eä
viram a criação de Zao antes de seu despertar. O casal ficou encantado com
tamanha beleza, ficando ansiosos pelo seu despertar e pensando apenas nisso
noite e dia. Instigado por seu fascínio, Zao falou a eles algo que eles nunca
conseguiram compreender: "A perfeição dos Homens está em sua
imperfeição".
Foi inspirados por essa ideia que Cosmus e Eä conseguiram enfim se unir, de
forma tão singela, a ponto de conceber, de seu amor, seres vivos, seus filhos, a
Após a morte de Eä, Cosmus ficou bastante triste, ficando recluso nos confins
dos seus domínios por muito tempo. Os Seres de Luz mais poderosos da
época, vendo sua mãe morrer e o Multiverso sucumbir em trevas, assumiram
formas grandes e brilhantes no céu, e ficaram conhecidos como estrelas. Eles
fizeram isso em homenagem à sua mãe, e pensando no futuro da criação. Já os
outros, menores, começaram a se unir aos Seres de Trevas, arrependidos das
brigas e do que causaram, e tornando-se pacíficos uns com os outros. Parte
dos Seres de Trevas, também arrependidos, abraçaram seus irmãos.
Era tarde demais para Eä, mas vendo essa mudança no comportamento de
seus filhos, Cosmus chamou-os e conversou com eles. Cosmus amava seus
filhos, e vendo-os arrependidos, solicitou uma mudança. Eles iriam adquirir
forma e morar em Ardatoril, onde seriam imortais mas sofreriam as dificuldades
da vida na Terra e voltariam para o céu estrelado se viessem a morrer. Esses
seres adquiriram tais formas, e assim nasceram os Elfos, as primeiras criaturas,
que tinham consciência mesmo antes de tomarem forma. Os Seres de Luz,
exceto aqueles que brilhavam no céu, se tornaram Elfos Luminosos, e os Seres
de Escuridão se tornaram Elfos Escuros, ou Drows. Na época, todos eram bons
e viviam juntos, arrependidos pela morte de sua mãe amada.
Cosmus sentiu raiva. Ele amava sua criação acima de tudo, e sua criação era
tudo que povoava a Terra até então. Ele questionou tal decisão, e ao ver que
seu pai não voltaria atrás, a raiva se transformou em ódio. Para eles, os Elfos
são os mais perfeitos dentre os filhos de Zao, e eles que deveriam herdar
Ardatoril. Portanto, ele jurou em silêncio lutar contra Zao e seus exércitos, e
com o coração já corrompido, recorreu a outros deuses que tinham conflitos
com Zao: Orcrith e Drakonidas. Orcrith comprou de imediato a luta e se tornou
o mais fiel aliado de Cosmus. Drakonidas também o ajudou, no início, mas
vendo que seus dragões começaram a agir com violência perante as outras
raças, se arrependeu.
(...)