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冦 AZ == 23
sistema eletricamente neutro (a soma 11
23
de todas as cargas é zero). 11
Na
– 305
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1. CONFIGURAÇÃO q Experimental
ELETRÔNICA O elemento de número atômico
112 foi fabricado no início de 1996,
Os modelos da matéria, construí- em Darmstad – Alemanha. Em 1999,
dos até o momento, postulam que ela foi sintetizado na Califórnia o elemen-
é constituída por partículas. to de número atômico 114, pulando o
Consideremos, primeiramente, o elemento de número atômico 113.
modelo atômico de Dalton, no qual se Em 2004, foram sintetizados os ele-
julga como a menor porção de maté- mentos de números atômicos 113 e 115
ria uma partícula indivisível, impene- e em 2008, foi fabricado o elemento de
trável e esférica: o átomo. Sucessivas Z = 116.
investigações experimentais, aliadas O átomo de lítio: 3 prótons, Até o elemento de número atô-
4 nêutrons e 3 elétrons. O núcleo é
a novas concepções teóricas, leva- mico 118 (fabricado em 2005), tere-
positivo, a eletrosfera é negativa, mas o
ram aos modelos de Thomson, Ru- átomo é um sistema eletricamente neutro. mos o seguinte número de elétrons nas
therford, Bohr, modelo orbital. camadas:
Neles, o átomo não é mais a me- K L M N O P Q
A coroa ou eletrosfera está divi-
nor porção da matéria, mas já se 2 8 18 32 32 18 8
dida em 7 camadas designadas K, L,
admitem partículas subatômicas: elé-
M, N, O, P, Q ou pelos números n = 1,
trons, prótons, nêutrons etc. 3. SUBNÍVEIS
2, 3, 4, 5, 6, 7.
DE ENERGIA
O número da camada é cha-
OU SUBCAMADAS
mado número quântico principal (n).
Modelo
Os níveis de energia subdividem-
de Dalton ❑ Número máximo de elétrons se em subníveis de energia que são
o átomo seria uma em cada nível de energia designados pelas letras s, p, d, f. Es-
bolinha indivisível. Abaixo mostramos o cálculo do creve-se o número quântico principal
número máximo de elétrons em cada antes da letra indicativa do subnível.
camada eletrônica.
Modelo de q Número máximo de
Thomson
q Teórico elétrons em cada subnível
uma esfera
Equação de Rydberg: x = 2n2 s p d f
positiva com elé-
2 6 10 14
trons incrustados. K L M N O P Q
Um sistema com baixa energia é
2 8 18 32 50 72 98 estável.
Modelo de Todo sistema tem tendência para
Rutherford ficar mais estável.
modelo pla ne tá rio Os elétrons colocados nos subní-
do átomo. Os elé - veis de menor energia acarretam um
trons giram ao re- estado de maior estabilidade para o
dor de um núcleo átomo. Diz-se que o átomo está no
positivo. estado fundamental.
Nos átomos dos elementos co-
nhecidos, os subníveis 5g, 6f, 6g, 6h,
2. CAMADAS ELETRÔNICAS 7d, 7f, 7g, 7h, 7i estão vazios.
OU NÍVEIS DE ENERGIA
4. DISTRIBUIÇÃO DOS
O volume do átomo é determina-
ELÉTRONS NOS SUBNÍVEIS
do pelos elétrons. Como alguns des-
ses elétrons são mais facilmente re-
movíveis que os outros, isso nos leva a À medida que se aproxima do nú-
concluir que alguns elétrons estão mais Modelo de Bohr –
cleo, a energia potencial do elétron,
próximos do núcleo do que outros. órbitas permitidas e órbitas proibidas. graças à atração pelo núcleo, dimi-
306 –
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1s2 2s2 2p6 3s2 3p63d6 4s2 Para fazer a distribuição eletrôni-
ca de um ânion, fazemos primeiro a Note que assim o oxigênio fica
K L M N distribuição do átomo neutro e em estável, com a camada de valência
seguida repetimos a distribuição, completa.
2 8 14 2
acrescentando os elétrons.
q Óxido de alumínio
1.o passo – Configuração eletrônica
K L M
O Z=8 2 6 ⇒ ametal, tendência para receber 2 elétrons
Al Z = 13 2 8 3 ⇒ metal, tendência para ceder 3 elétrons
– 307
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Nota
Os três isótopos do hidrogênio e os três isótopos do oxigênio podem formar 18 tipos de moléculas de água, que
diferem na massa:
1
1
H (H), 2 H(D), 3 H(T), 16
O, 17
8
O, 188O
1 1 8
2. ISÓBAROS
3. ISÓTONOS
Átomos de número atômico Z diferente, número de massa A diferente e mesmo número de nêutrons.
11 12
Exemplo: 5
B e 6
C
Ambos apresentam 6 nêutrons.
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No cristal de cloreto de sódio, Os compostos iônicos são Um composto iônico é sólido No cristal de cloreto de
cada íon é rodeado por íons com sólidos nas condições am- cristalino. sódio, os íons positivos
carga de sinal contrário. bientais. e negativos alternam-se.
O cloreto de sódio é formado por cristais com a forma de cubo. À direita temos o arranjo dos íons. Observe que
o íon cloreto (com três camadas eletrônicas) é maior que o íon sódio (com duas camadas eletrônicas).
•• –
••
[Na]+ [ Cl ]
••
••
Na • + • Cl
••
•• ••
KLM KLM K L KLM
28 1 2 8 7 2 8 2 8 8
– 309
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••
por dois ou mais núcleos. fórmula fórmula
Na ligação covalente, os átomos eletrônica estrutural
compartilham um ou mais pares de (Lewis) plana
elétrons. A ligação covalente aparece
quando não metal (mais de 4 elétrons a) Na fórmula eletrônica do CO,
na camada de valência) se combina indicamos os elétrons provenientes
com hidrogênio ou com outro não do carbono e do oxigênio por sím-
metal. Os átomos emparelham elé- bolos diferentes, puramente por
trons, formando uma partícula deno- questões didáticas. No entanto, é
minada molécula. A fórmula eletrônica (estrutura de bom lembrar que todos os elétrons
Exemplos Lewis) mostra os elétrons da camada são iguais. A UNICAMP não aceita
1) Gás hidrogênio de valência dos átomos. essa representação dos elétrons por
Na fórmula estrutural plana, o par símbolos diferentes. A melhor
H (Z = 1) 1s1 eletrônico de união é representado representação é a seguinte:
H• •H
H2 por um tracinho.
•••
•••
• •
C O
••
••
H (Z = 1) 1s1
H — Cl b) Um composto molecular pode
Na ligação entre dois átomos, há ser sólido, líquido ou gasoso nas
diminuição da energia potencial. 2. A LIGAÇÃO COVALENTE condições ambientais.
DATIVA OU COORDENADA Exemplos
2) Cloreto de hidrogênio (HCl) Iodo (I2) é sólido; água (H2O) é lí-
•• •• Apenas um átomo fornece os quida; oxigênio (O2) é gasoso.
••
••
H•+ • Cl H • • Cl
•• •• dois elétrons do par.
•• •• • ••
••
H• O•
••
N• C• S•
•
• • • •
••
O H
—
••
H N H
—
Amônia NH3 ••
H H
H H
—
••
••
••
H
H
Iodo (I2) Gás oxigênio O2
•• • •
O= O
••
••
••
••
líquido O O
Gás
•••
•••
••
••
N2 N N N N
nitrogênio
Gás •• ••
O= C= O
••
••
CO2
••
••
••
••
O C O
carbônico
S= O
••
••
••
••
Dióxido de S O
SO2 •• ••
••
••
enxofre O
•• O
•• O= O
••
••
••
••
Gás O O
Iodo (I2) O3 ••
••
••
gasoso ozônio O O
••
310 –
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DE ÁCIDOS OXIGENADOS •• • ••
Na x •O • x H 씮 Na+ xO• x H
•• • I •• ••
H• H— •O • O— • C • —C— HmX On
•
• I • I Na+ [O — H]–, Ba2+ [O — H]1–
a) O hidrogênio ionizável está li- 2
gado ao oxigênio. Al3+ [O — H]1–
O átomo de cloro é monovalente, 3
pois estabelece um par de elétrons e b) Os átomos de oxigênio não
adquire o octeto. Ele pode ainda for- formam cadeias. 6. FÓRMULA
necer até três pares de elétrons, for- Exemplos ESTRUTURAL DOS SAIS
mando três ligações dativas. Na fór-
•• •• ••
mula estrutural, a ligação covalente H• •S • •O • •N• A estrutura do ânion é obtida
• •
é representada por um tracinho, e a • • • retirando-se H+ do ácido corres-
ligação dativa, por uma flechinha. pondente.
Exemplos
3. FÓRMULA ESTRUTURAL I) Ácido nitroso (HNO2)
I) Nitrato de sódio (NaNO3)
DE ÓXIDOS (EXOY)
O 䊞
a) Geralmente a molécula de um O O
—
—
—
xx
—
xx – H+ x
óxido é simétrica. H—O—N H • x O x • N씮 • O x • N씮
xx xx
b) Os átomos de oxigênio não O O
formam cadeia, salvo poucas exce- II) Ácido nítrico (HNO3) 䊞
O
ções.
—
—
䊝
Exemplos O [Na] O — N씮
•• •• H—O—N O
• Cl • •O•
• •
•• ••
O
II) Sulfato de potássio (K2SO4)
I) Monóxido de
III) Ácido sulfuroso (H2SO3)
dicloro (Cl2O) 2–
冤 冥
O O
H—O H—O ∖
•• ••
• O • Cl • O — Cl ∖ ∖ [K]1+ S
• •
•• ••
•
|
∖
S → O ou S=O 2
∖
• Cl •
• • Cl ∖ O O
•• H—O H—O
– 311
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••
••
presentes na camada de valência do a) A X
••
••
••
b) A X
•• ••
átomo central. X
3. GEOMETRIA MOLECULAR X
Os pares de elétrons arranjar-
Exemplos
se-ão de modo a ficarem o mais afas- A forma de uma molécula é dada a) H2O
tados um do outro para que a repul- pelo arranjo dos átomos, e não pelo ••
são entre eles seja mínima.
••
••
arranjo dos elétrons. O H
••
H
2. ARRANJOS DOS
❑ Moléculas lineares
PARES DE ELÉTRONS
A molécula será linear quando o
O arranjo geométrico dos pares átomo central (A) for do tipo:
de elétrons em torno de um átomo A a) • • A • • b) •• •• c) • • A ••• •••
•• A ••
é o seguinte:
A repulsão entre os pares de elé-
• Dois pares de trons será mínima quando estes es-
elétrons: linear tiverem localizados em lados opostos
com relação ao núcleo.
Na teoria da RPECV, o mesmo ra-
ciocínio deve ser feito com relação a
dupla e tripla-ligações.
• Três pares de Exemplos
elétrons: triangular x xx
xx
x
b) SO2
a) x Cl x • Be • x Cl x ••
xx xx S
••
••
x xx x x xx x
• •• •
O
••
O
••
••
b) xO x C xO x
••
••
••
•x x
c) H x• C •• xx N x
• Quatro pares de
elétrons: tetraédrico
❑ Moléculas
planas triangulares
X X
•• ••
a) A b) A
❑ Moléculas
••
••
• •• •
••
••
Exemplos X A X
•• •• ••
X
••
••
••
••
Cl O
•• ••
a) B b) S Exemplo: NH3
• •• •
••
••
••
••
••
••
O
••
Cl Cl O ••
••
••
••
••
••
••
••
H N H
••
••
BCl3 SO3 ••
H
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H X X
•• X
••••
••
••
H N H
••
•• A
••
••
••
H X X X
••
•• ••
F
••
••
••
••
••
••
A F ••
❑ Moléculas tetraédricas F
••
••
S ••
••
••
••
X X X X
•• ••
••
••
•• F F
••
Exemplo
••
••
••
••
X A X
••
••
••
••
•• PCl5 (pentacloreto de fósforo) F
X ••
••
••
••
••
Exemplos Cl Cl
••
••
a) CH4 (metano)
••
••
H P
••
••
••
••
••
•• Cl • Cl
••
••
H C H
••
••
••
Cl
••
•
••
•• ••
H
µ O µ
❑ Moléculas planas
H H
µtotal
F H H
• Se µtotal = 0 ⇒ molécula não
polar F B C C
µ µ F Cl
δ– ←⎯ δ+ δ+ ⎯→ δ– Cl
µtotal = 0 µtotal ⬆ 0
O = C = O (não polar) (polar) ❑ Moléculas
µtotal = 0 cis-1,2-dicloroeteno bipiramidais trigonais
Verifica-se que as moléculas po- H Cl
• Cinco ligantes
lares se orientam quando colocadas
C C iguais: não polar
em um campo elétrico.
Cl H
µtotal = 0
(não polar)
trans-1,2-dicloroeteno
❑ Moléculas piramidais
H H
H
µtotal 0 ❑ Moléculas octaédricas
(polar) • Seis ligantes
iguais: não polar
❑ Moléculas tetraédricas
• Quatro ligantes
iguais: não polar
Cl H
Ocorre um desvio no filete de
água quando esta é escoada C Si
através de um tubo capilar. O Cl Cl H H
fenômeno é devido à propriedade Cl H
da água de possuir moléculas polares.
314 –
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O
Essas forças podem ser dividi- – Colisões moleculares H ponte de
das em dois tipos: forças de van der hidrogênio
O intramolecular
Waals e ponte de hidrogênio. 3. PONTE DE HIDROGÊNIO
N
ortonitrofenol
2. FORÇAS DE A ponte ou ligação de hidrogênio O
VAN DER WAALS é uma força entre dipolos perma-
nentes anormalmente elevada. Na molécula do DNA, uma base
Existem vários tipos de forças in- púrica liga-se a uma base pirimídica
cluídos neste grupo. Condições: por ponte de hidrogênio.
Vamos estudar os dois tipos prin- • átomo pequeno e bastante
cipais:
• Força entre dipolos
permanentes (FDP)
eletronegativo (F, O, N);
••
H—O H —O
P.H.
—
—
– 315
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Observações
• Forma: configuração espacial de um material. • Vapores não possuem forma constante e ocupam
• Volume: espaço ocupado por um material. o volume do recipiente porque a força de atração entre
• Exemplos de sólidos: alumínio, cobre, ouro, sal, suas partículas é desprezível. Assim, as partículas
aço, enxofre. movimentam-se em todas as direções, ocupando todo o
• Exemplos de líquidos: álcool, mercúrio, petróleo, espaço disponível.
vinagre.
• Exemplos de gases: ar, hélio, cloro, oxigênio,
metano.
• Sólidos apresentam forma constante e volume
constante porque a força de atração entre suas partícu-
las é intensa e elas permanecem em posições
praticamente “fixas”, tendo pequeno movimento de
vibração em relação à posição que ocupam.
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Observações: A vaporização
pode receber outros nomes, depen-
dendo das condições em que o
líquido se transforma em vapor.
• Evaporação: passagem len-
ta do estado líquido para o estado de
vapor, que ocorre predominante-
mente na superfície do líquido, sem
causar agitação ou surgimento de
bolhas no seu interior.
• Ebulição: passagem rápida
do estado líquido para o estado de
vapor, geralmente obtida pelo aque- • Ponto de Ebulição (PE) ou Substância no estado sólido:
cimento do líquido e percebida Temperatura de Ebulição (TE):
devido à ocorrência de bolhas. temperatura na qual determinada
• Calefação: passagem muito substância sofre ebulição (durante o
rápida do estado líquido para o es- aquecimento) ou condensação (du-
tado de vapor quando o líquido entra rante o resfriamento).
Água tem PE = 100°C a 1 atm Substância no estado líquido:
em contato com uma superfície muito
quente. (durante o aquecimento entra em
• Ponto de Fusão (PF) ou ebulição a 100°C ou durante o
Temperatura de Fusão (TF): resfriamento condensa a 100°C).
temperatura na qual determinada
substância sofre fusão (durante o 3. PREVISÃO DO ESTADO
aquecimento) ou solidificação (du- FÍSICO A PARTIR DOS Substância no estado gasoso:
rante o resfriamento). VALORES DE PF E PE
Água tem PF = 0°C (durante o
aquecimento a água sofre fusão a A letra T representa a tempera-
0°C ou durante o resfriamento a água tura em que se encontra uma deter-
solidifica a 0°C). minada substância.
1. DIFERENCIANDO SUBSTÂNCIAS
DE MISTURAS COM AUXÍLIO
DAS CURVAS DE AQUECIMENTO
❑ Classificação
2. CURVA DE AQUECIMENTO
DE UMA SUBSTÂNCIA
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4. CURVA DE AQUECIMENTO
DE UMA MISTURA EUTÉTICA
5. CURVA DE AQUECIMENTO
DE UMA MISTURA AZEOTRÓPICA
318 –
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| |
3 Na Mg Al Si P S Cl
Li Na K 7 + 39 tássio são três metais muito se-
4 K Ca – Ti V Cr Mn Fe, Ni, Co
23 = –––––– melhantes.
7 23 39 2 5 Cu Zn – – As Se Br
6 Rb Sr Y Zr Nb Mo – Ru, Pd, Rh
7 Ag Cd In Sn Sb Te I Deste modo, aparece a Lei Pe-
q Chancourtois (1863)
Dispôs os elementos numa es-
8 Cs Ba – – – – riódica, a grande generalização da
9
piral traçada nas paredes de um ci- Química: "As propriedades físicas e
10 Ta
lindro, em ordem crescente de massa 11 Au Hg Tl Pb Bi
químicas dos elementos são funções
atômica. Tal classificação recebeu o 12 Th periódicas dos seus números atô-
nome de parafuso telúrico. Os micos".
Os elementos foram distribuídos
elementos semelhantes apareciam em oito faixas verticais (grupos homó-
3. CONSTRUÇÃO DA TABELA
numa mesma geratriz do cilindro. logos) e em 12 faixas horizontais (sé-
ries heterólogas), em ordem crescente Os elementos são colocados em
de suas massas atômicas. Os grupos faixas horizontais (períodos) e fai-
foram numerados de I a VIII e cada xas verticais (grupos ou famí-
grupo dividido em dois subgrupos. lias), em ordem crescente de
Na época de Mendeleev, eram número atômico.
conhecidos, aproximadamente, 60 ele-
mentos. Os gases nobres e as terras Em um grupo, os elementos têm
raras (com exceção do cério) eram propriedades semelhantes e, em um
desconhecidos. Mendeleev deixou período, as propriedades são dife-
lacunas na sua tabela, reservadas para rentes.
os elementos que viriam a ser des-
cobertos. Na tabela há sete períodos.
A classificação, no entanto, fun- Entre o cálcio e o titânio deixou Há ainda nove grupos numera-
cionou apenas até o cálcio. uma lacuna para o elemento eka-bo- dos de 0 a 8. Com exceção dos gru-
ro (abaixo do boro). Mendeleev dei- pos 0 e 8, cada grupo está sub-
q Newlands (1864) xou essa lacuna, porque o titânio não dividido em dois subgrupos, A e B. O
Dispôs os elementos em colunas apresenta propriedades semelhantes grupo 8 é chamado de 8B e é
verticais de sete elementos em or- às do boro. Mais tarde, o eka-boro foi constituído por três faixas verticais.
dem crescente de massas atômicas. descoberto e é o atual escândio.
Observou que, de sete em sete ele- Mendeleev previu também a Em 1985, a IUPAC determinou
mentos, havia repetição de proprie- existência do eka-alumínio (abaixo chamar cada coluna da tabela perió-
dades, fato que recebeu o nome de do alumínio; é o gálio) e do eka-silício dica de grupo. Os grupos são nume-
Lei das Oitavas. (abaixo do silício; é o germânio). O rados de 1 a 18 conforme o esquema:
H F Cl caso do eka-silício ficou famoso, pois
Li Na K todas as propriedades previstas por
Be Mg Ca Mendeleev foram mais tarde verifi-
B Al cadas pelo seu descobridor, Winkler.
C Si Na mesma época, Lothar Meyer,
N P trabalhando independentemente, ela-
O S borou uma tabela semelhante à de
Mendeleev, mas o trabalho deste úl-
A classificação funcionou até o timo foi mais completo.
cálcio.
– 319
320 –
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Classificação Periódica dos Elementos com alteração dos símbolos e nomes dos elementos de 104 a 111, recomendados pela IUPAC.
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• Propriedades periódicas são aquelas cujos valores crescem e decrescem sucessivamente, à medida que
aumenta o número atômico.
Exemplos: valência, eletronegatividade, eletropositividade, energia de ionização etc.
Periodicidade dos números de combinação (valência) com os números atômicos.
Número de combinação ou valência do elemento é o número de átomos de hidrogênio que se combina com um
átomo do elemento. A figura a seguir dá os números de combinação em função do número atômico.
– 321
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2. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E
SUAS VARIAÇÕES NA TABELA PERIÓDICA
17p 17p
17e– 18e–
322 –
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3. ELETRONEGATIVIDADE E
ELETROPOSITIVIDADE
4. DENSIDADE (d)
2. AFINIDADE ELETRÔNICA
(OU ELETROAFINIDADE)
– 323
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Exemplo
56g/mol
V.A.Fe = –––––––– = 7cm3/mol Descendo pelo grupo, a massa atômica cresce
8g/cm3 muito e o volume atômico aumenta. No centro, a
densidade é grande e o volume atômico é pequeno.
324 –
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c) Terciário d) Quaternário
Carbono ligado diretamente a três outros átomos de Carbono ligado diretamente a quatro outros átomos
carbono. de carbono.
H CH3
H3C — C — CH3 H3C — C — CH3
CH3
CH3
– 325
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H2C = C — C = CH2
| |
H H benzeno naftaleno
1,3-butadieno (buta-1,3-dieno) ❑ Nomenclatura
de hidrocarbonetos
• Alcenos (alquenos) • Ciclanos (cicloalcanos) com cadeias normais.
Hidrocarbonetos de cadeia aber- Nomenclatura oficial (IUPAC)
Hidrocarbonetos de cadeia fe-
ta, insaturada (dupla-ligação), que
chada, saturada, que obedecem à
obedecem à fórmula geral CnH2n . N .o de Carbonos + Ligação + O
fórmula geral C H .
n 2n
Exemplos • Número de átomos de
H2C = CH2 (eteno) Exemplos carbono
H2C = C — C — CH3 etc. 1C MET 5C PENT
H2 2C ET 6C HEX
| H2 C
H 1-buteno (but-1-eno) 3C PROP 7C HEPT
4C BUT 8C OCT
326 –
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1. GRUPOS 5 4 3 2
SUBSTITUINTES H H H3C — CH — CH2 — CH2 — CH — CH3
OU ORGÂNICOS | I | |
H3C — C — C — CH3 6 CH2 H3C 1
| I |
H3C — METIL H3C CH3 7 CH3
H2
H3C — C — ETIL 2,3-dimetilbutano Nome: 2,5-dimetil-heptano (certo),
pois a soma 2 + 5 é menor que 3 + 6,
H3C — C — C — PROPIL
H2 H2 da numeração anterior.
CH3 H Outros exemplos
H | |
—
H3C — C — C — C — C — CH3
H3C — C — CH3 ISOPROPIL | | H2 H2 H CH3
—
H3C CH3 | |
H2C = C — C — C — C — CH3
2,2,3-trimetil-hexano | | | H2
H CH2 H
2. NOMENCLATURA
DE HIDROCARBONETOS
COM CADEIAS RAMIFICADAS CH3 CH3 3,4-dimetil-1-hexeno
| | (3,4-dimetil-hex-1-eno)
HC — C — C — CH
• Reconhecer a cadeia principal | H 2 H2 |
(maior número de átomos de carbo- H
CH3 CH3 |
no). H3C — C — C — C ⬅ C — CH3
2,5-dimetil-hexano
| H2
• Numerar a cadeia principal CH3
(dar os menores números). ❑ Escolha da cadeia principal
– a de maior número de áto- 5-metil-2-hexino
• Dar a localização das ramifi- mos de carbono: HEPTANO. (5-metil-hex-2-ino)
cações (substituintes).
Exemplos
C—C—C—C—C—C CH3 CH3
| |
—
—
H
| C H3C — C — CH2 — CH2
C |
—
– 327
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 328
ou CH3 CH3
H2
C CH3 CH3
ou
H2C CH
metilciclopropano
1,2-dimetilbenzeno
ortodimetilbenzeno
H2
C
H2C C CH3
H CH3
C CH3
CH3 1
1,1-dimetilciclopropano ou H2C 5 2 CH
ou
CH3 4 3
H2C C CH3 CH3
CH3 H
3-metilciclopenteno
1,3-dimetilbenzeno
metadimetilbenzeno
H
H2
C C CH3
CH3
H2C C CH3
naftaleno
C H
H2 CH3
1,2-dimetilciclopentano
CH3
α α
CH3
ou
1,4-dimetilbenzeno
CH3 paradimetilbenzeno
α α
α-metilnaftaleno
328 –
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 329
Teoria Atômico-Molecular:
MÓDULO 1
Massa Atômica e Massa Molecular
1. u: UNIDADE CRIADA PARA uma balança hipotética, suscetível à 3. A MASSA MOLECULAR (MM)
MEDIR A MASSA DE massa de átomos. Com ela, “pesare-
ÁTOMOS E MOLÉCULAS mos” os átomos. É a massa de uma molécula
O átomo mais leve que existe é o expressa em u.
Para se medir a massa de áto- hidrogênio comum, constituído por É obtida somando-se as massas
mos e moléculas, foi criada uma uni- um próton e um elétron. Sua massa atômicas dos átomos que constituem
dade compatível com essa massa atômica vale 1,008u e é usada nos a molécula.
extremamente reduzida. É a unidade cálculos como aproximadamente 1u. Exemplo
unificada de massa atômica, u. Entre os mais pesados, está o urâ- H2O – água. A molécula da água
Ficou estabelecido que a u é nio. Sua massa atômica é de é formada por dois átomos de
1 238,03u, cerca de 238u. hidrogênio e um de oxigênio. A
–– da massa do isótopo 12 do car-
12 massa atômica do hidrogênio é 1u e
bono (átomo do carbono com 6 a do oxigênio, 16u. Assim, a massa
prótons, 6 nêutrons; portanto, número molecular da água é dada por:
de massa 12). MMH O= 2 . 1u + 1 . 16u = 18u.
2
A massa, em grama, da u é
1,66 x 10–24g.
– 329
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2. MASSA MOLAR
DE UM ELEMENTO (M)
3. MASSA MOLAR
DE UMA SUBSTÂNCIA (M)
3 mols 3 mol
330 –
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 331
1 MOL DE ÁTOMOS = 6,02 .1023 ÁTOMOS Assim, dada a fórmula molecular, 1.o Passo
1 MOL DE NÊUTRONS = 6,02 . 1023 NÊUTRONS temos a quantidade, em mols, de Pela fórmula, C3H8O, sabemos
1 MOL DE ELÉTRONS = 6,02 . 1023 ELÉTRONS
cada elemento no mol da substância. que 1 mol do composto tem 3 mols
de átomos de carbono. Podemos
Uma 3 átomos de carbono
molécula 8 átomos de hidrogênio escrever:
3. MOLS DE ÁTOMOS tem 1 átomo de oxigênio
C3H8O C
NA MASSA MOLAR ––––––– ––––––––––––––––
C3H8O 3 mols de átomos
DA SUBSTÂNCIA Um mol de carbono 1 mol –––––––– 3 mols de átomos
de moléculas 8 mols de átomos
Vamos imaginar uma molécula tem de hidrogênio 2.o Passo
formada por 3 átomos de carbono, 8 1 mol de átomos
O problema pede o número de
de oxigênio
átomos de hidrogênio e 1 átomo de átomos de carbono em 6 gramas do
oxigênio. Sua fórmula molecular é O que se conclui é que em qual- composto. Vamos substituir o mol de
C3H8O1. quer massa de uma substância a re- moléculas pela massa molar e o mol
lação entre as quantidades, em mols, de átomos por 6,02 . 1023 átomos.
dos elementos é igual à relação entre MMC H O = 3 . 12u + 8 . 1u + 16u = 60u
3 8
os respectivos números de átomos
Massa molar = 60g/mol
na molécula.
Nos exercícios usaremos o se- C3H8O C
guinte esquema: ––––––– –––––––––––––––––
1 mol 3 mols de átomos
↓ ↓
60g ––––––– 3 . 6,02 . 1023
átomos de carbono
– 331
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O mesmo será feito para o 1 mol de ———— 2 mols Avogadro, baseado nas leis pon-
oxigênio e o hidrogênio. MgSO42H2O de H2O derais e volumétricas, sugeriu que,
C3H8O O ↓ ↓ nesses recipientes, o número de mo-
⎯⎯⎯⎯ ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ léculas fosse o mesmo. Esta afirma-
1 mol 1 mol de átomos 156g ———— 2 . 18g
↓ ↓ ção tornou-se conhecida como
100g ———— x
60g ⎯⎯⎯⎯ 1 . 16g HIPÓTESE DE AVOGADRO, hoje acei-
100g ⎯⎯⎯⎯ x x = 23,0g de H2O ⇒ 23,0% de ta como PRINCÍPIO DE AVOGADRO.
H2O
x = 26,66g ⇒ 26,66% de oxigênio “Volumes iguais de gases
MODELO 3 quaisquer, quando medidos
C3H8O H nas mesmas condições de
⎯⎯⎯⎯ ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ temperatura e pressão, encer-
1 mol 8 mols de átomos A vitamina A tem 5,6% de
oxigênio, além de carbono e ram o mesmo número de mo-
↓ ↓ léculas.”
60g ⎯⎯⎯ 8 . 1g hidrogênio, e possui um áto-
mo de oxigênio na molécu-
100g ⎯⎯⎯ x
la. Qual a massa molar da vi- 4. VOLUME MOLAR
tamina A, aproximadamen-
x = 13,33g ⇒ 13,33% de hidro- te? (O = 16u)
gênio É o volume ocupado pelo mol.
Nas condições normais de tempera-
C = 60,00%
{
Dizer que a porcentagem de oxi- tura e pressão, 1 mol de qualquer gás
Fórmula gênio na vitamina A é de 5,6% signi- perfeito ocupa o volume de 22,4 li-
H = 13,33%
Percentual fica que cada 100g de vitamina A tros.
O = 26,66% contêm 5,6g de oxigênio.
CNTP
P = 1 atm = 760mmHg = 101325Pa
2. PORCENTAGEM 1 mol de ———— 1 mol de O
vitamina A { T = 273K = 0°C
Muitos outros exercícios em Quí- ↓ ↓
mica envolvem o conceito de porcen- xg ———— 16g Assim:
tagem estudado em Matemática. 100g ———— 5,6g
CN
1 MOL –––––––––– 22,4L
MODELO 2 x = 285,7g
CN
M = 285,7g/mol M –––––––––– 22,4L
Qual a porcentagem de
água no sal de Epson CN
(MgSO4 . 2H2O) ? 3. HIPÓTESE DE AVOGADRO 6,02 . 1023 moléculas –––––– 22,4L
332 –
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MÓDULO 5 Fórmulas
1. AS FÓRMULAS elemento. Na fórmula mínima essa q Determinação
proporção é expressa pelos menores da fórmula mínima
As substâncias puras têm com- números inteiros possíveis. A fór- O princípio para se determinar a
posição constante. Isso significa que mula mínima também é conhecida fórmula mínima de um composto é a
uma amostra de água pura, qualquer como fórmula empírica ou este- proporção em mols de cada elemento
que seja sua origem, tem sempre a quiométrica. A fórmula mínima é a existente em dada quantidade de
mesma composição. Isso permite fórmula molecular simplificada. substância. Como já sabemos que,
representar as substâncias Note que, a partir da fórmula mí- com a fórmula molecular, temos dire-
por fórmulas. nima, conhecendo-se a massa mole- tamente a quantidade em mols de ca-
Basicamente, vamos utilizar nos cular do composto, sabemos a fór- da elemento, vamos usar o raciocínio
nossos estudos os seguintes tipos de mula molecular. inverso. Conhecendo-se a quantidade
fórmulas: F. Mínima MM(u) F. Molecular em mols de cada elemento, sabemos
imediatamente a fór mula do com-
q Fórmula molecular CH2O 30 CH2O posto. Os problemas geralmente
É a fórmula que indica o número CH2O 60 C2H4O2 trazem os dados dos elementos que
de átomos de cada elemento na formam o composto em gramas,
molécula. CH2O 90 C3H6O3 porcentagem em massa, número de
A fórmula molecular da glicose é CH2O 180 C6H12O6 átomos ou mols de átomos. Para isso,
C6H12O6. Isso significa que na molé- você vai utilizar o esquema abaixo.
cula de glicose existem 6 átomos de q Fórmula percentual
carbono, 12 átomos de hidro- (em massa)
gênio e 6 átomos de oxigênio. É a fórmula que indica as por-
centagens em massa de cada ele-
q Fórmula mínima mento constituinte da substância.
ou empírica No caso da glicose, a fórmula
É a fórmula que indica a propor- percentual é:
ção mínima de átomos de cada C : 40%; H : 6,7%; O : 53,3%
Na tabela acima, você encontra substâncias com suas fórmulas. Note que substâncias diferentes com a mesma fórmula mínima têm também
a mesma fórmula percentual.
– 333
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{volume
1 mol de gás
nas CNTP
典
: 22,4dm3
334 –
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– 335
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3. ENTALPIA (H)
ΔH = Hfinal – Hinicial
336 –
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Em uma reação química o estado inicial é dado O sistema ganha energia, pois calor é absorvido.
pelos reagentes e o estado final, pelos produtos. Veja o Hprodutos > Hreagentes
esquema: Hp > Hr
REAÇÃO QUÍMICA Hp – Hr > 0
ΔH > 0
– 337
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Nota
Quando a reação é realizada a 25°C e 100 kPa, o
ΔH é chamado de padrão e é simbolizado por ΔH0.
338 –
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– 339
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340 –
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– 341
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1. FASE Exemplo
água + álcool: 1 fase, 2 componentes.
Fase é cada porção homogênea de um
material. • Uma fase não precisa ser contínua.
Exemplos
342 –
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material homogêneo (1 fase) / material homogêneo (1 fase) / material homogêneo (1 fase) / material homogêneo (1 fase) / mis-
substância pura mistura homogênea ou solução mistura homogênea ou solução tura homogênea ou solução
Nota
As propriedades físicas dos materiais homogêneos são iguais em toda a sua extensão.
Observações
É qualquer material polifásico (2 ou mais fases) a olho nu ou ao ultramicroscópio. Pode ser uma substância
pura em mudança de estado físico ou mistura heterogênea.
material heterogêneo (2 fa- material heterogêneo (2 fa- material heterogêneo (2 fa- material heterogêneo (2 fases) /
ses) / substância pura ses) / substância pura ses) / mistura heterogênea mistura heterogênea
• escuro: mica
• esbranquiçado: quartzo
• marrom: feldspato
Observações
– 343
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 344
• As misturas formadas por n sólidos apresentam n fases, desde que estes sólidos não formem uma solução
sólida.
Exemplos
Sal + açúcar = mistura heterogênea bifásica.
Sal + açúcar + areia = mistura heterogênea trifásica.
4 Resumo importante
344 –
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Processos físicos usados para separar os componentes de uma mistura heterogênea ou uma mistura homogênea
(solução).
substância A
análise
A+B
imediata
substância B
Separação magnética
Sólidos com um componente magnético Separar a limalha de ferro do
Aproximando um ímã, o compo-
(Fe, Co, Ni). pó de enxofre.
nente magnético é atraído.
Sublimação
Sólidos com um componente que se iodo + areia
Aquecendo a mistura, um dos
sublima com facilidade. naftaleno + areia
componentes sublima-se.
água + areia
coar café (adicionamos
Filtração
Sólido + líquido água quente para fazermos
Usa-se um filtro que retém o
(2 fases) a extração de substâncias
componente sólido.
solúveis presentes no pó de
café).
Dissolução fracionada
A mistura é colocada num líquido
que dissolve um só componente; o Separar o sal da areia, utili-
Sólidos (solubilidades diferentes num certo
componente insolúvel é separado zando água.
líquido).
da solução por filtração; por aque-
cimento, separa-se o líquido do
componente dissolvido.
– 345
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 346
• Filtração simples
• Às vezes a filtração simples é
muito lenta, como no caso da
mistura água e farinha. Para
acelerar esse tipo de filtração,
utiliza-se a filtração a vá-
cuo ou a pressão redu-
zida.
Exemplo
aspirador de pó.
• Dissolução fracionada
346 –
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❑ Decantação ❑ Centrifugação
Processo usado para separar A decantação pode ser acele-
uma mistura heterogênea entre um rada usando aparelhos denominados
sólido e líquido. A mistura é deixada de centrífugas (a mistura gira a
em repouso para que o sólido de- uma grande velocidade, a fase mais
posite no fundo do recipiente. densa deposita no fundo do
Levigação. Exemplo: Água barrenta recipiente).
❑ Cristalização fracionada
A mistura dos sólidos é dissolvida completamente em um solvente. Por evaporação do solvente, o sólido menos
solúvel se cristaliza deixando o outro sólido dissolvido no solvente.
Exemplo: NaNO3 + KIO3
❑ Fusão fracionada
A mistura dos sólidos é aquecida até a fusão do sólido de menor ponto de fusão.
Exemplo: areia (maior PF) + enxofre (menor PF)
– 347
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 348
Estados
Método e procedimento Exemplos
físicos dos componentes
Destilação simples
Sólido dissolvido em um Por aquecimento da mistura em aparelhagem Separar a água do sal dissol-
líquido (1 fase). adequada, o líquido vaporiza-se e, a seguir, vido.
condensa-se.
Destilação fracionada
Líquidos miscíveis Separar água da acetona. Fra-
Os líquidos destilam à medida que seus pontos
(1 fase). ções do petróleo.
de ebulição vão sendo atingidos.
Liquefação fracionada
Gás e gás Resfriando-se a mistura, os gases vão-se lique-
O2 + Cl2
(1 fase). fazendo à medida que seus pontos de li-
quefação vão sendo atingidos.
Observações:
348 –
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• Nas salinas (tanques onde temos a água do mar), o componente que o processo visa obter está no estado
sólido (NaCl).
• Destilação simples
– 349
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 350
• Destilação fracionada
• Mistura azeotrópica
Os vapores são destilados com a mesma composição da mistura. A mistura azeotrópica álcool + água, por
exemplo, é destilada a 78,1°C com a mesma composição original 96% de álcool e 4% de água.
• Mistura de líquidos com pontos de ebulição próximos.
2. FENÔMENO FÍSICO
É toda alteração (mudança) que ocorre em
um sistema (objeto de estudo).
É todo fenômeno em que não ocorre
formação de novas substâncias.
fenômeno material
material ⎯⎯⎯⎯→
X físico X
350 –
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 351
2 H2 + O2 → 2 H2O
gasoso (escrito
(g)
Dissolução de após a substância)
Aparência
açúcar em água. H2, O2 = reagentes
substância
H2O = produto dissolvida em água
(aq)
2, 1, 2 = coeficientes (escrito após a
Congelamento
substância)
da água,
Estado
formação de Exemplo
Os átomos dos elementos
neblina. Δ
permanecem inalterados CaCO3(s) ⎯→ CaO(s) + CO2(g)
nas reações químicas; nes-
tas há apenas um rearranjo 6. NOMES PARTICULARES
3. FENÔMENO QUÍMICO dos átomos. DE ALGUMAS REAÇÕES
OU REAÇÃO QUÍMICA QUÍMICAS
❑ Reação de síntese
É todo fenômeno em que
Formação de um único produto.
ocorre a formação de uma
N2 + 3H2 → 2NH3 síntese de
ou mais substâncias.
amônia
❑ Reação de análise
fenômeno material
material ⎯⎯⎯⎯→ Um único reagente produzindo
X Y dois ou mais produtos.
químico
2KClO3 → 2KCl + 3O2
– 351
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 352
• Sabor azedo.
• Os ácidos avermelham o papel de tornassol azul.
Efervescência observada
após se adicionar uma solução
aquosa de HCl a outra de Na2CO3.
2. CONCEITO DE ÁCIDO
• São compostos hidrogenados, pois todos os áci- SEGUNDO A TEORIA DE ARRHENIUS
dos reagem com o metal zinco, liberando gás
hidrogênio. Fundamentado em experiências de condutividade
elétrica de soluções aquosas de ácidos, o químico
• Os ácidos conduzem a corrente elétrica em solu- Arrhenius propôs, em 1887, a seguinte definição:
ção aquosa, e no polo negativo há liberação de gás
hidrogênio.
Ácido é todo composto hidrogenado que,
dissolvido em água, libera H+ como único
tipo de cátion.
H2O
ácido ⎯⎯⎯→ +
←⎯⎯⎯ H + ânion
Exemplos de ácidos
HCl, HNO3, H2SO4, H3PO4
A ionização do HCl.
Os íons livres fecham o circuito e a lâmpada acende.
352 –
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4. IONIZAÇÃO EM ETAPAS
•• H2O •• –
H • • Cl •• ⎯→ + • • Quando um ácido libera mais de 1 H+, na verdade,
←⎯ H + • Cl •
•• •• ele o faz em etapas, liberando 1 por vez. Assim, pode-
quebra mos escrever uma equação química para cada etapa
da ionização.
Exemplos
H2O Por exemplo:
⎯→ H+ + Cl– ; HCl: monoácido (libera 1H+)
HCl ←⎯ ⎯→
H2SO4 ←⎯ H+ + HSO4– Primeira etapa
H2O
⎯→ H+ + NO– ; HNO : monoácido (libera 1H+)
HNO3 ←⎯ HSO4– ←⎯⎯→ H+ + SO 2–
Segunda etapa
3 3 4
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
H2O H2SO4 ←⎯ ⎯→ 2H+ + SO2– Soma das etapas
4
⎯→ 2H+ + SO2– ; H SO : diácido (libera 2H+)
H2SO4 ←⎯ 4 2 4
••
••
••
••
••
••
••
••
são ionizáveis. H O + H Cl H O H + Cl
Exemplos •• •• •• ••
H H
•• H2O •• – H3O+ Cl–
••
••
H+ +
••
H • • Br Br cátion ânion
•• ••
•• H2O • • 2–
2H+ +
••
••
••
S S
•• •• ••
H H
– 353
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 354
1. INTRODUÇÃO
“acima” per (elemento) ico
Para facilitar a nomenclatura, os ácidos podem ser +O
divididos em dois grupos: os que não contêm oxigênio (elemento) ico
padrão
e os que contêm. –O
(elemento)
oso
–O
2. ÁCIDOS NÃO OXIGENADOS “abaixo” hipo (elemento) oso
OU HIDRÁCIDOS
Nota
Perceba que todos os nomes terminam em ico. A A utilização do prefixo orto é facultativa:
partir deles, acrescentando ou retirando oxigênio,
conseguimos a fórmula de outros ácidos oxigenados. H3PO4 – ácido ortofosfórico ou ácido fosfórico
354 –
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PRINCIPAIS ÁCIDOS
Ácidos Características
componente do suco gástrico; usado na limpeza de pisos e metais; ácido muriático (co-
HCl
mercial).
HF gravação de vidros.
– 355
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 356
+
→ NH OH(aq) → NH (aq) + OH–(aq)
NH3(g) + H2O(l) ← 4 ← 4
hidróxido
de amônio
• Essa solução aquosa recebe o nome comercial de amoníaco.
• NH4OH só existe em solução aquosa.
356 –
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 357
O íon NH4+ é denominado amô- Tabela dos principais cátions M com Nox fixo: hidróxido
nio. Você não deve confundir amônia de nome de M.
Alcalinos, prata
(NH3), que é uma molécula, com Nox = + 1
e amônio
amônio (NH4+), que é um cátion. M com Nox variável: hidró-
Alcalinoterrosos, xido de nome de M. Nox em
Nox = + 2
zinco e cádmio algarismo romano e entre
Alumínio e parênteses.
4. NOMENCLATURA Nox = + 3
bismuto
DAS BASES OU HIDRÓXIDOS Cobre e Exemplos
Nox = + 1 ou + 2
mercúrio NaOH – Hidróxido de sódio
Para escrever ou dar o nome de Nox = + 1 ou + 3 Ouro Mg(OH)2 – Hidróxido de magnésio
uma base, é necessário que o leitor
Ferro, cobalto e Al(OH)3 – Hidróxido de alumínio
familiarize-se com a tabela dos Nox = + 2 ou + 3
níquel
principais cátions. Chumbo e Fe(OH)2 – Hidróxido de ferro (II)
Nox = + 2 ou + 4
estanho Fe(OH)3 – Hidróxido de ferro (III)
Bases Aplicações
– 357
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 358
Esquematicamente, temos:
358 –
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 359
A proporção em mols da base e do ácido é de tal forma que nem todos os H+ serão neutralizados. O sal formado
é classificado como hidrogenossal.
Exemplo.
Reação entre hidróxido de sódio e ácido sulfúrico na propoção 1 : 1.
NaOH + H2SO4 ⎯
⎯→ NaHSO4 + HOH
hidrogenossal
A proporção em mols da base e do ácido é de tal foma que nem todos os OH– serão neutralizados. O sal formado
é classificado como hidroxissal.
Exemplo
Reação entre hidróxido de cálcio e ácido clorídrico na propoção 1 : 1.
– 359
CO_C13A_QUI_TEO_ALICE.qpx 08/11/10 16:01 Página 360
CrO2–
4 : ânion cromato
Ni(NO3)2: nitrato de níquel (II) (verde)
BO3–
3
: ânion borato
Cr2O2–
7
: ânion dicromato CuSO4 . 5H2O: sulfato de cobre (II) penta-hidratado (azul)
Sais Aplicações
calcário, mármore; obtenção da cal (CaO); adição aos solos para diminuir acidez;
CaCO3
fabricação de vidro e cimento; formação de cavernas.
bicarbonato de sódio, antiácido estomacal (Sonrisal, Eno etc.); extintor de incêndio tipo
NaHCO3
espuma; fermento de bolos, pães etc.; componente dos talcos desodorantes.
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