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A verdade alivia mais do que machuca.

E estará sempre acima de qualquer falsidade


como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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ESCOLA SECUNDÁRIA JOAQUIM CHISSANO

11ᵃ CLASSE. TURMAS: B01N-B05T. TRIMESTRE I. CURSOS: NOTURNO-DIURNO.

Disciplina: Matemática.
Unidade Temática: Introdução à lógica matemática.
Tema: Apresentação do professor aos alunos e breves considerações sobre a disciplina.
- Noção de lógica e definição de proposições.
Objectivos:
 Identificar proposições.
 Atribuir valor lógico correcto a uma proposição.
 Aplicar as propriedades de negação, disjunção e conjunção.
 Demonstrar as propriedades através de tabelas de verdade (tabela de Bett).
Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro.
Duração de cada aula: 90 minutos
Metodologia: Elaboração conjunta e método independente.
Professor: João Matangue Arone.
Xai-Xai, 01 de Março de 2018.

Bibliografia: FAGILDE, Safira Magide, M11: Matemática 11ª classe, Textos editoras, Maputo, 2011.
VUMA; José Pedro, CHERINDA; Marcos, Pré - Universitária Matemática 11; Longman
Moçambique; 1ª edição; Maputo, 2009.

NOÇÃO DE LÓGICA

A lógica matemática é um ramo da ciência que se dedica ao estudo do raciocínio matemático.

Ela cuida das regras do bem pensar, ou do pensar corrente, sendo, portanto, instrumento do pensar.

A palavra “ lógica” deriva da palavra grega logiké, que significa “ciência do raciocínio”.

Proposições

Chama-se Proposição a toda a expressão a respeito da qual faz sentido dizer que é verdadeira ou falsa. Ou
seja, é uma expressão à qual é possível atribuir um valor lógico (verdadeiro ou falso). Também pode se usar
a notação 1 (equivalente a verdadeiro) e 0 (equivalente a falso).

Exemplos:

 Xai-Xai é capital da Província de Maputo (F ou 0).


 8−5=3 (V ou 1).
 4 > 4 (F ou 0).

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).
 2 ≠5 (V ou 1).

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 x +3=7 (depende do valor de x ).

Princípio de não contradição: Uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira e falsa.

Princípio do terceiro excluido: uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, isto é, não existe terceira
possibilidade.

Duas proposições são equivalentes se, e só se, tiverem o mesmo valor lógico.

Chama-se condição ou expressão proposicional a toda a expressão com variáveis que se pode transformar
numa proposição, quando são substituidas as variáveis por valores, nos respectivos domínios. Exemplo: A
expressão 2 x=7, para algum valor de x é verdadeira, mas para outros é falsa. Por isso, não é uma
proposição.

Outro exemplo: x é um número par.

TEMA: OPERAÇÕES LÓGICAS.

As operações lógicas estão sujeitas às regras do cálculo proposicional, que são: Negação (~, que lê-se: não);
conjunção (∧, que lê-se: e); disjunção (∨, que lê-se: ou); implicação (⟹, que lê-se: se…então…) e dupla
implicação ou simplesmente equivalência(⟺ , que lê-se: se, e só se).

Negação de proposições.

Se uma proposição P é verdadeira, a sua negação (~P) é falsa e vice-versa.

P ~P
1 0
0 1
Exemplo: Seja a proposição P: 2 é um número primo. A sua negação (~P), seria: 2

Conjunção de proposições.

A conjunção representa-se pelo símbolo ^, que lê-se “e”.

A conjunção de duas proposições P e Q é uma nova proposição (P^Q) que só é verdadeira quando as duas
proposições forem verdadeiras.

P Q P^Q
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 0
Propridades da conjunção

A conjunção goza das propriedades: Comutativa (A^B = B^A), associativa [(A^B)^C=A^(B^C)] e a


idempotência (A^A = A).

Observa:

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A^1 = A: o valor lógico 1(verdadeiro) é o elemento neutro na conjunção.

A^0 = 0: o valor lógico 0( falso) é o elemento absorvente na conjunção.

Disjunção de proposições.

A disjunção representa-se pelo símbolo ∨, que lê-se “ou”.

A disjunção de duas proposições P e Q é uma nova proposição (P ∨Q) que só é falsa quando as duas
proposições forem falsas.

P Q P∨Q
1 1 1
1 0 1
0 1 1
0 0 0

Propridades da disjunção.

A disjunção goza das propriedades: Comutativa (A ∨B = B∨A), associativa [(A∨B)∨C=A∨ (B∨C)] e a


idempotência (A∨A=A).

Observa:

A∨0 = A: o valor lógico 0(falso) é o elemento neutro na disjunção.

A∨1 = 1: o valor lógico 1( verdadeiro) é o elemento absorvente na disjunção.

Implicação de proposições.

A proposição “se P então Q”chama-se implicação. Simbolicamente representa-se por P ⟹Q, onde o P é
antecedente e o Q é consequente.

A implicação de duas proposições, P e Q, é uma nova proposição P ⟹Q, que só é falsa se a antecedente for
verdadeira e a consequente for falsa.
P Q P⟹Q
1 1 1
1 0 0
0 1 1
0 0 1

Observando o quadro a seguir, podemos ver que a implicação pode ser transformada numa disjunção, sendo
que: P⟹Q = ~P∨Q.

P Q ~P P⟹Q ~P∨Q
1 1 0 1 1
1 0 0 0 0
0 1 1 1 1
0 0 1 1 1

E observando agora a tabela seguinte:

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P⟹Q ~ (P⟹Q)

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P Q ~Q P^~Q
1 1 0 1 0 0
1 0 1 0 1 1
0 1 0 1 0 0
0 0 1 1 0 0
Conclui-se que: ~( P⟹Q) = P^~Q, isto é: a negação da implicação equivale à conjunção da antecedente
com a negação da consequente.

Equivalência de proposições.

A operação lógica da dupla implicação é traduzida por p ⟹ q e q ⟹ p ou, simplesmente, p ⟺ q que se lê


“se e só se”.

A equivalência de duas proposições só é verdadeira se ambas as proposições tiverem o mesmo valor lógico.

p q p⟺q
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 1

As primeiras leis de De Morgan.

De Morgan estabeleceu a seguinte lei de negação da conjunção: negar a conjunção equivale a uma disjunção
com proposições negadas.∼ ( p ∧q )=∼ p∨ ∼q.

A negação de uma disjunção equivale a uma conjunção com proposições negadas. ∼ ( p ∨q )=∼ p∧ ∼q.

NB: As tabelas de Bett e as demonstrações das propriedades serão dadas como tarefas de casa.

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ESCOLA SECUNDÁRIA JOAQUIM CHISSANO

11ᵃ CLASSE. TURMAS: B01N-B05T. TRIMESTRE I. NOITE-TARDE.

Disciplina: Matemática.
Unidade Temática: Introdução à lógica matemática.
Tema: QUANTIFICADORES.

- Segundas leis de De Morgan.

Objectivos:
Aplicar quantificadores na tradução de expressões correntes em expressões quantificadas e vice-versa;
 Aplicar as Leis de De Morgan na resolução de problemas.

Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro.


Duração de cada aula: 90 minutos
Metodologia: Elaboração conjunta e método independente.
Professor: João Matangue Arone.
Xai-Xai, 03 de Março de 2018.

Bibliografia: FAGILDE, Safira Magide, M11: Matemática 11ª classe, Textos editoras, Maputo, 2011.
VUMA; José Pedro, CHERINDA; Marcos, Pré - Universitária Matemática 11; Longman
Moçambique; 1ª edição; Maputo, 2009.

Expressões proposicionais (condições).

Uma expressão algébrica ou com variável é uma expressão que tem pelo menos uma variável.

Expressões algébricas podem ser designatórias ou condições.

Chama-se condição ou expressão proposicional a toda a expressão com variáveis que se pode transformar
numa proposição, quando são substituidas as variáveis por valores, nos respectivos domínios. Em geral, as
equações e as inequações são condições.

Expressões designatórias, quando se concretiza a variável ou as variáveis obtém-se uma designação.


Exemplo: x +2; x−1; x 2+ 1.

Classificação de condições.

Condição possível é aquela que pode acontecer (pode ser verdadeira) no domínio dado. Exemplo: x +1=0 é
uma condição possível em Z .

Condição impossível é aquela que nunca ocorre (é sempre falsa) no domínio considerado. Exemplo:
x +1=0 é uma condição impossível em N .

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
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Condição universal é aquela que acontece sempre (é sempre verdadeira) no domínio considerado. Exemplo:
x 2 ≠−1 é uma condição universal em R .

É evidente que toda a condição universal é possível.

Quantificadores.

Além das operações lógicas já estudadas, podemos ainda considerar mais duas, as quais se aplicam apenas
nas expressões com variáveis: quantificador universal e quantificador existencial. Os quantificadores
transformam condições em proposições.

Quantificador universal.

Consideremos, em N , a condição universal: x ≥ 0.

Para dizer em linguagem corrente que esta proposição é universal escreve-se: “ Todo o número natural é
maior ou igual que zero”.

Em linguagem simbólica, e com o mesmo significado, escreve-se: ∀ x ∈ N : x ≥0 .

Ao símbolo ∀ denomina-se quantificador universal, que lê-se: qualquer que seja ou para todo o … ou para
qualquer … ou para cada … .

Exemplo: Sendo C={ 1 ; 3; 5 }, dizer que: 1 é ímpar ∧ 3 é ímpar ∧ 5 é ímpar, é o mesmo que dizer: “ todo o
elemento de C é ímpar” ou, simbolicamente, ∀ x ∈C : x é ímpar.

Quantificador existencial.

Ao símbolo ∃ dá-se o nome de quantificador existencial. ∃ lê-se “ existe pelo menos um”.

O quantificador existencial transforma uma condição possível numa proposição verdadeira.

O quantificador existencial transforma uma condição impossível numa proposição falsa.

Exemplo: A partir da condição possível em R : x+ 1=0 pode afirmar-se: “ Existe pelo menos um número
real que verifica a condição x +1=0 ”.

Em linguagem simbólica, escrever-se-ia com o mesmo significado: ∃ x ∈ R : x+1=0.

2 x−1=0 , condição possível em R .

∃ x ∈ R :2 x −1=0, proposição verdadeira.

x 2+ 1=0, condição impossível em R .

∃ x ∈ R : x 2+1=0, proposição falsa.

Quantificação múltipla.

Consideremos, em R , a condição: y=x .

Para obtermos uma proposição a partir desta condição, temos de utilizar dois quantificadores (quantificação
múltipla).

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como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).
Utilizando duas vezes o quantificador universal: ∀ x ∈ R , ∀ y ∈ R : y=x ou

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∀ x , y ∈ R : y=x . Em linguagem corrente: quaisquer dois números reais são iguais (proposição falsa).

 Utilizando duas vezes o quantificador existencial: ∃ x ∈ R , ∃ y ∈ R : y=x ou

∃ x , y ∈ R : y =x. Em linguagem corrente: existem pelo menos dois números reais que são iguais
(proposição verdadeira).

 Utilizando quantificadores diferentes:


1. ∀ x ∈ R , ∃ y ∈ R : y =x

Em linguagem corrente: Para todo número real existe pelo menos um número real igual a ele. (proposição
verdadeira).

2. ∃ x ∈ R , ∀ y ∈ R : x= y .

Em linguagem corrente: existe pelo menos um número real que é igual a todos os outros números reais
(proposição falsa).

Quando se utilizam quantificadores diferentes e se troca a sua ordem, obtêm-se proposições diferentes que
podem ter ou não o mesmo valor lógico.

TAREFAS.

1. Traduza em linguagem simbólica, utilizando quantificadores, as seguintes proposições:


a) “Dado um número inteiro qualquer, existe pelo menos outro número inteiro menor do que ele”.
b) “ Há pelo menos um número inteiro que é menor que todos os outros inteiros”.
2. Indique o valor lógico das proposições:

a) ∀ x ∈ N , ∃ y ∈ N : y < x b) ∃ y ∈ N , ∀ x ∈ N : y ≤ x .

Tema: Negação de um quantificador (segundas leis de De Morgan).

Negação de um quantificador (segundas leis de De Morgan).

Negar que uma condição é universal equivale a afirmar que nem todos os elementos a verificam, isto é, que
há pelo menos um que não a verifica.

Exemplo:

Proposição: Todo losango é um quadrado.

Negação da proposição: Existe pelo menos um losango que não é quadrado.

Em geral:

1. A negação transforma o quantificador universal em quantificador existencial seguido de negação.


( ∀ x ) =∃ x .
2. A negação transforma o quantificador existencial em quantificador universal seguido de negação.
( ∃ x )=∀ x .
Estes dois enunciados são conhecidos por segundas leis de De Morgan.

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Exemplos:

Consideremos, no conjunto T dos alunos da turma B05, as proposições:

1. ∀ x ∈T , x estuda Matemática
2. ∃ x ∈T , x é inteligente.

Em linguagem corrente traduzem-se, respectivamente, por:

1. Todos os alunos estudam Matemática.


2. Há pelo menos um aluno que é inteligente.

A negação destas proposições em linguagem corrente é:

1. Nem todos os alunos da turma B05 estudam Matemática.


2. Nenhum aluno da turma B05 é inteligente.

Traduzindo em linguagem simbólica:

1. ∃ x ∈T , x não estuda Matemática


2. ∀ x ∈T , x não é inteligente.

Isto é, ( ∀ x ∈T , x estuda Matemática) = ∃ x ∈T , x não estuda Matemática

(∃ x ∈T , x é inteligente) = ∀ x ∈T , x não é inteligente.

Operação Negação
∨ ∧
∀ ∃
⟹ ⟺
¿ ≤
¿ ≥
¿ ≠
∈ ∉
⊃ ⊈
⊂ ⊉

Exercícios:

3. Negue as seguintes proposições e diga o seu valor lógico:


a) ∀ x ∈ N ,|x|≥ 2∧ x <1
b) ∃x ∈R: x≠0
c) ∀ x ∈ Z : x ∈Q
d) ∀ x ∈ R :2 ≤ x <3
e) ∃ x ∈ R : x> 4 ∨ x =6

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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ESCOLA SECUNDÁRIA JOAQUIM CHISSANO

11ᵃ CLASSE. TURMAS: B01N-B05T. TRIMESTRE I. CURSOS: NOTURNO-DIURNO.

Disciplina: Matemática
Unidade Temática: ÁLGEBRA
Tema: Expressões algébricas racionais.
Objectivos:
 Determinar o domínio de expressões algébricas racionais.
 Operar com fracções racionais.
Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro.
Duração de cada aula: 90 minutos.
Metodologia: Elaboração conjunta e método independente.
Xai-Xai, 22 de Março de 2018.
Professor: João Matangue Arone.

Bibliografia: FAGILDE, Safira Magide, M11: Matemática 11ª classe, Textos editoras, Maputo, 2011.
VUMA; José Pedro, CHERINDA; Marcos, Pré - Universitária Matemática 11; Longman
Moçambique; 1ª edição; Maputo, 2009.

Expressão algébrica é aquela em que a variável x está sujeita apenas a operações de adição, subtracção,
multiplicação, divisão ou extracção da raiz.
3x
Exemplos: x 2−4 x−1; −4 ; 3−√2 x .
x−2

Classificação de expressões algébricas.

Uma expressão algébrica pode ser Racional inteira; Racional fraccionária ou Irracional.

Uma expressão diz-se expressão algébrica racional inteira quando não se indica uma divisão, em que a
variável fica no divisor e não aparece sob sinal de radical.
2
Exemplos: x 2−4 x−1; x + x 2+ √2 x−5.
3

Uma expressão diz-se expressão algébrica racional fraccionária quando no divisor figura a variável.
3x x+1
Exemplos: −4 ; 2 .
x−2 x −3

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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Uma expressão diz-se expressão algébrica irracional quando, sob sinal de radical, figura a variável.
x 2−1 .
Exemplos: 3−√ 2 x ; √
x +2

Transformações idênticas.

Duas transformações ou expressões são idênticas se e só se os coeficientes dos termos do mesmo grau da
incógnita são iguais.

Exemplo: A ( x )=3 x 2−x+ 2e B ( x )=( a+ 1 ) x 2 + ( a−b ) x+ ( 2 c +b ).

Quais são os valores a , b , c para que as expressões A ( x ) e B ( x ) sejam iguais?

a=2

{
3=a+1 a=2 ¿¿
{
−1=a−b ⟹ −1=2−b ⟹ b=3 ⟹
2=2 c+ b ¿¿ 2=2 c+3
b=3
c=
−1
2
{ {
Frações Racionais.

Frações Racionais são expressões algébricas racionais fraccionárias, já definidas anteriormente.

Domínio de existência.

No domínio de existência de uma fração, olhamos para o denominador, o qual não pode ser nulo.

3x
Exemplos: A ( x )= −4 ; D A = { x ∈ R : x−2≠ 0 }={ x ∈ R: x ≠ 2 } .
x−2

x+ 1
B (x )= 2
; D B= { x ∈ R : x 2−3 ≠ 0 }={ x ∈ R : x 2 ≠3 }= { x ∈ R : x ≠ ± √3 } .
x −3

Simplificações de frações racionais.

Exemplos: Simplifique as seguintes expressões.

x2 −4 x +4 ( x−2 )( x−2 )
a) = =x −2.
x−2 x −2
x2 + 4 x+ 4 ( x +2 ) ( x +2 )
b) = =x +2.
x+2 x+ 2
2
x3 −5 x 2 +6 x x ( x −5 x +6 ) x ( x−3 )( x−2 ) x ( x−2 )
c) = = = .
2 x 2−4 x−6 2 ( x 2−2 x−3 ) 2 ( x−3 )( x +1 ) 2 ( x +1 )

TO

Resolver exercícios da ficha.

ESCOLA SECUNDÁRIA JOAQUIM CHISSANO

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 10
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
11ᵃ CLASSE. TURMAS: B01N-B05T. TRIMESTRE I. CURSOS: NOTURNO-DIURNO.

UNIDADE TEMÁTICA: ÁLGEBRA

TEMA: OPERAÇõES COM POLINÓMIOS.

Objectivos:

 Operar com expressões racionais.

Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro.


Duração da aula: 90 minutos.
Metodologia: Elaboração conjunta e método independente.

ADIÇÃO e SUBTRAÇÃO.

Dados dois polinómios A ( x ) e B ( x ), calcula-se A ( x )+ B ( x ):

1o. Ordena-se o polinómio se está desordenado.

2o. Associa-se os coeficientes dos termos do mesmo grau.

Exemplo: A ( x )=2 x3 +3 x 2−x +4 e B ( x )=x 3 + x 2−5 .

A ( x )+ B ( x )=( 2 x 3+ 3 x 2−x + 4 ) + ( x 3 + x 2−5 ) .

A ( x )+ B ( x )=( 2+1 ) x3 + ( 3+1 ) x 2+ (−1+ 0 ) x + 4−5=3 x 3 +4 x 2−x−1.

MULTIPLICAÇÃO.

O produto de dois polinómios é o polinómio que se obtém multiplicando cada termo do 1 o por cada termo do
2o polinómio e adicionando-se os monómios obtidos.

Exemplo: A ( x )=3 x 2+2 x−4 e B ( x )=x−2

A ( x ) ∙ B ( x )=( 3 x 2 +2 x −4 ) ∙ ( x−2 ) =3 x 2 ∙ x +3 x 2 (−2 ) +2 x ∙ x+2 x ∙ (−2 )−4 ∙ x−4 ∙ (−2 )

A ( x ) ∙ B ( x )=3 x 3−6 x 2 +2 x 2−4 x−4 x+ 8=3 x 3−4 x 2−8 x+ 8

DIVISÃO INTEIRA DE POLINÓMIOS.

A divisão de polinómios procede-se da mesma forma como se efectua a divisão de dois números naturais.
D=d ∙ q+ r. Se o resto for zero, diz-se que a divisão é exata.

Exemplo: Calcular o quociente e o resto da divisão. A ( x )=3 x 2−x+ 4 e B ( x )=x−1.

D ( x) 3 x 2−x+ 4 x−1 d (x)


−( 3 x 2−3 x ) 3 x+ 2 q(x)
2 x+ 4
−( 2 x−2 )

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).
6

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R(x)
Regra de Briot-Ruffini.

A regra de Ruffini consiste na divisão de um polinómio por um binómio do tipo x−a .

Exemplo: Calcular o quociente e o resto da divisão inteira de 3 x 2−x+ 4 por x−1.

3 −1 4
1 3 2
3 2 6 R(x)

Resposta: q ( x )=3 x +2 e R ( x )=6.

Teorema do resto.

O teorema do resto diz que o resto da divisão de um polinómio P ( x ) por um binómio do tipo x−a é igual a
P ( a ). Consequentemente, se P ( a )=0 então P ( x ) é divisivel por x−a .

Exemplo: Calcular o resto da divisão de P ( x ) =4 x 3−2 x−4 por x−3.

4 0 −2 −4
3 12 36 102
4 12 34 98
Resposta: q ( x )=4 x 2+ 12 x +38 e R ( x )=98, agora vamos usar o teorema
do resto para depois comparar os resultados. P ( a )=P ( 3 ) =4 ∙ 33−2 ∙ 3−4=98, e sem dúvida são iguais.

Exercícios: Resolver exercícios da ficha.

Beira, 16 de Março de 2016.


ESCOLA JOÃO XXIII

11ᵃ CLASSE. TURMA: 113. TRIMESTRE I. CURSO-DIURNO-MANHÃ

OITAVA SEMANA DE AULAS (28.03.2016 - 01.04.2016)

Disciplina: Matemática
Unidade Temática: ÁLGEBRA
Tema: EQUAÇõES DO 3O GRAU E EQUAÇõES QUE SE REDUZEM A EQUAÇõES QUADRÁTICAS.
Objectivos:
 Identificar e encontrar a solução de uma equação do 3 o grau.
 Identificar e resolver as equações que se reduzem a equações quadráticas.
Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro.
Duração da aula: 90 minutos

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 12
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
Metodologia: Elaboração conjunta e método independente.
Bibliografia: FAGILDE, Safira Magide, M11: Matemática 11ª classe, Textos editoras, Maputo, 2011.
VUMA; José Pedro, CHERINDA; Marcos, Pré - Universitária Matemática 11; Longman
Moçambique; 1ª edição; Maputo, 2009.

Professor: João Matangue Arone.

Beira, 29 de Março de 2016.


Uma equação do 3o grau (equação cúbica) é do tipo a x 3 +b x 2+ cx+ d=0 .

Uma equação do terceiro grau se tem raizes reais, então pelo menos uma das raizes é divisor
(divide) o termo independente (d).

Exemplos: Resolver as seguintes equações:

1) x 3−x=0 ⟺ x ( x2 −1 )=0 ⟺ x=0 ∨ x 2−1=0 ⟺ x =0 ∨ x=± 1


S= {−1; 0 ; 1 }
2) 3 x 3+ 2 x 2 + x−6=0; é visivel aqui que 1 é uma solução desta equação. Vamos aplicar
a regra de Ruffini e depois o teorema do resto.

3 2 1 −6
1 3 5 6
3 5 6 0 R(x)

q ( x )=3 x 2 +5 x+6 ; esta é uma equação do segundo grau, a qual sabemos bem como
resolver. 3 x 3+ 2 x 2 + x−6=( 3 x2 +5 x +6 ) ( x−1 )=0
⟹ 3 x 2 +5 x+ 6=0∨ x−1=0 .

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 13
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
∆=25−4 ∙ 3 ∙6=25−72=−47<0; logo a equação quadrática não tem raizes reais.
Portanto a equação cúbica tem apenas uma solução. S= { 1 }.
3)
2 x3 −8 x2 +2 x+ 12=0 ⟹ 2 ( x 3−4 x 2 + x+ 6 )=0⟹ 2 ( x+1 ) ( x−2 ) ( x−3 )=0⟹ x 1=−1 ∨ x 2=2 ∨ x 3=3
. S= {−1; 2 ; 3 }.

Equações biquadráticas

As equações biquadráticas são as equações do tipo a x 4 +b x 2 +c=0. Fazendo x 2=t , a equação


transforma-se em a t 2+ bt+ c=0.

Exemplo1: x 4 −5 x 2 +6=0; Seja: x 2=t , então: t 2−5 t+6=0 ⟺ ( t−2 ) ( t−3 )=0

t−2=0∨ t−3=0 ⟺t=2 ∨t=3 e para encontrar o valor de x, substitui-se t na equação x 2=t
. Assim: x 2=2 ou x 2=3 ⟹ x=± √ 2 ou x =± √ 3.

S= {−√ 3;−√ 2 ; √2 ; √ 3 }.

Exemplo2: x 4 −5 x 2 +4=0; Seja: x 2=t , então: t 2−5 t+ 4=0 ⟺ ( t−1 )( t−4 ) =0

t−1=0∨ t−4=0 ⟺ t =1 ∨t =4 e para encontrar o valor de x, substitui-se t na equação x 2=t


. Assim: x 2=1 ou x2 =4 ⟹ x=± √ 1 ou x=± √ 4 ⟹ x=± 1 ou x =±2. S= {−2;−1 ; 1; 2 } .

Equações com radicais.

Uma equação diz-se irracional quando a incógnita está sujeita a um sinal de raiz ou a um
expoente fraccionário.

Resolução de uma equação irracional.

1) Se √ A=B então A=B 2com A , B ≥ 0.


1
Exemplo: √ 3 x+1=4 com 3 x+ 1≥ 0 ⟺ x ≥−
3
3 x+ 1=4 2 ⟹ 3 x=15 ⟹ x =5. S= { 5 }
2) Se √ A + √ B=0 então A=0 e B=0.
Exemplo: √ 3 x−6+ √ x−2=0 com 3 x−6 ≥ 0 ⟺ x −2≥ 0
D= { x ∈ R : x ≥ 2 ∧ x ≥ 2 } ⟺ D={ x ∈ R : x ≥2 }
3 x−6=0 ∧ x−2=0 ⟺ x =2∧ x =2.
S= { 2 }

3) Se √ A= √ B então A=B.
3
√ 4 x −3=√ x com x ≥ 0 ∧ 4 x−3 ≥ 0 ⟹ x ≥0 ∧ x ≥ 4
x=4 x−3 ⟹3 x=3 ⟹ x=1; S= { 1 }.

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 14
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
EXERCÍCIOS ESTÃO NA FICHA.

Tema: Sistemas de equações lineares

Sistemas de equações lineares a 2 incógnitas (revisão).

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 15
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
SEGUNDO TRIMESTRE
EQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Chamamos de equação exponencial toda equação na qual a incógnita


aparece no expoente.

Exemplos de equações exponenciais:


1) 3x =81 (a solução é x=4)
2) 2x-5=16 (a solução é x=9)
3) 16x-42x-1-10=22x-1 (a solução é x=1)
4) 32x-1-3x-3x-1+1=0 (as soluções são x’=0 e x’’=1)

Para resolver equações exponenciais, devemos realizar dois passos


importantes:
1º) redução dos dois membros da equação a potências de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

am =an ⇒ m=n ( a≠1 e a>0)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1) 3x=81
Resolução: Como 81=34, podemos escrever 3x = 34
E daí, x=4.

2) 9x = 1
Resolução: 9x = 1 Þ 9x = 90 ; logo x=0.

3 x 81
3) ()
4
=
256
x x 4 x 4
3 81 3 3 3 3
Resolução: () 4
=
256
⇒ ()
4
= 4 ⇒
4 4
=
4 ( ) ( ) ; então x=4 .
4
4 )3 x= √ 27
3
x 4 x 4 3 x 4 3
Resolução: 3 =√ 27 ⇒ 3 =√ 3 ⇒ 3 =3 ; logo x=
4
5) 23x-1 = 322x

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
Resolução: 23x-1 = 322x Þ 23x-1 = (25)2x Þ 23x-1 = 210x ; daí
1
3 x−1=10 x ⟹ 3 x−10 x=1 ⟹−7 x=1 ⟹ x=
−7
de onde x=-1/7.

6) Resolva a equação 32x–6.3x–27=0.


Resolução: vamos resolver esta equação através de uma transformação:
32x–6.3x–27=0 Þ (3x)2-6.3x–27=0
Fazendo 3x=y, obtemos:
y2-6y–27=0 ; aplicando Bhaskara encontramos Þ y’=-3 e y’’=9
Para achar o x, devemos voltar os valores para a equação auxiliar 3x=y:

y’=-3 Þ 3x’ = -3 Þ não existe x’, pois potência de base positiva é positiva
y’’=9 Þ 3x’’ = 9 Þ 3x’’ = 32 Þ x’’=2

Portanto a solução é x=2

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável


aparecendo em expoente.
A função f:IRàIR+ definida por f(x)=ax, com a Î IR+ e a¹1, é chamada
função exponencial de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais)
e o contradomínio é IR+ (reais positivos, maiores que zero).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL

Temos 2 casos a considerar:


è quando a>1;
è quando 0<a<1.

Acompanhe os exemplos seguintes:

1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a>1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y,
obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

X -2 -1 0 1 2
y ¼ 1/2 1 2 4

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y,
obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

X -2 -1 0 1 2
Y 4 2 1 1/2 1/4

Nos dois exemplos, podemos observar que


a) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a função não tem raízes;
b) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1);
c) os valores de y são sempre positivos (potência de base positiva é
positiva), portanto o conjunto imagem é Im=IR+.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR+ f(x) é decrescente e Im=IR+


Para quaisquer x1 e x2 do domínio: Para quaisquer x1 e x2 do domínio:

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 18
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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x2>x1 Þ y2>y1 (as desigualdades têm x2>x1 Þ y2<y1 (as desigualdades têm
mesmo sentido) sentidos diferentes)

INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Chamamos de inequações exponenciais toda inequação na qual a


incógnita aparece no expoente.

Exemplos de inequações exponenciais:

1) 3 x >81 (a solução é x >4 )


2
2) 22x-2≤2x −1 (que é satisfeita para todo x real)
4 x 4 −3
3) ()()
5
¿
5
(que é satisfeita para x≤-3)

4 ) 25 x -150. 5 x +3125<0 ( que é satisfeita para 2<x <3 )

Para resolver inequações exponenciais, devemos realizar dois passos


importantes:
1º) redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

a>1 0<a<1
am > an Þ m>n am > an Þ m<n
(as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos
diferentes)

EXERCÍCIO RESOLVIDO:

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 19
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
−11
1) 4 x−1 +4 x−4 x+1 >
4
Resolução:
4 x x x −11
A inequação pode ser escrita +4 −4 . 4> .
4 4
Multiplicando ambos os lados por 4 temos:
4 x +4 . 4 x −16 . 4 x >−11 , ou seja:
(1+4−16 ). 4 x >−11 ⇒ −11. 4 x >−11 e daí, 4 x <1
Porém, 4 x <1 ⇒ 4 x <4 0 .
Como a base (4) é maior que 1, obtemos:
4 x <40 ⇒ x<0

Portanto S=IR (reais negativos)

ESCOLA JOÃO XXIII

SEXTA SEMANA DE AULAS (22.06.2015-26.06.2015)

UNIDADE TEMÁTICA: EQUAÇÕES E ENEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

TEMA: NOÇÃO DE LOGARITMO

-COLOGARITMO E ANTILOGARITMO

Noção de logaritmo

Para a> 0 e a ≠ 1, a função logarítmica com base a representa-se por: f ( x )=log a x , sendo
log a x= y ⟺ a y =x.

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 20
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).
Existem logaritmos de bases especiais, que são logaritmos de base dez (log 10 x=log x ) e

10
logaritmos de base natural ( log e x=ln x ), com e=2,718 …

Propriedades de logaritmos

1) log a a=1
2) Logaritmo de uma potência (o logaritmo de uma potência, é igual ao produto dessa
potência pelo logaritmo). log c an =n log c a
3) Logaritmo de um produto ( o produto de um logaritmo é igual a soma de seus
logaritmos); log c a . b=log c a+log c b
4) Logaritmo de um quociente ( o logaritmo de um quociente é igual a diferença dos

logaritmos). log c ( ab )=log a−log b


c c

1
5) log c b= log c b
a
a
log b
6) a =ba

COLOGARITMO

O estudo do cologaritmo tem sua principal “raiz” o estudo dos logaritmos e suas propriedades
operacionais.

Define-se cologaritmo de um número real pelo oposto de seu logaritmo. A sua definição

algébrica, é: co log b a=−log b a=log b ( 1a ), desde que: a> 0 ; b>0 e b≠ 1.


Exemplos: calcule a) co log 4 64; b) co log 3 27 ; c) co log 0,001

Resolução:

a) co log 4 64=log 4 ( 641 )=x ⟺ 4 = 641 ⟺ 4 =4


x x −3
⟺ x=−3

b) co log 3 27=−log 3 27 . C.a: log 3 27=x ⟺ 3 x =27 ⟺ 3x =33 ⟺ x=3 ⟹ co log3 27=−3
c) co log0,001=−log 0,001. C.a:
log 0,001=x ⟺ 10x =0,001⟺ 10 x =10−3 ⟺ x=−3 ⟹ co log 0,001=3 ou então:
co log0,001=−log 0,001=−log 10−3=−(−3 ) log 10 10=3

Antilogaritmo

A função antilogarítmica é a função inversa da função logarítmica. Por exemplo, o logaritmo


de 100000 na base 10 é 5 e o antilogaritmo de 5 na base 10 é 100000. A sua definição
algébrica, é: anti log b x=b x , com b> 0 , b≠ 1 , x ∈ R. Ou seja: anti log b a=x ⟺b a=x.

 anti log b log b x=x


 log b anti log b x=x

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).
Exemplo1: Calcule o valor de anti log5 2

10
Resolução: anti log5 2=5 2=25

Prova: log 5 25= x ⟺ 5 x =25 ⟺5 x =52 ⟺ x=2.

25 é logaritmando de um logaritmo de base 5 e deve ser igual a 2, que é o logaritmando do


antilogaritmo.

Exemplo2: Calcule o valor de anti log6 log2 16

Resolução: C.a: log 2 16= x ⟺ 2x =16 ⟺2 x =24 ⟺ x=4; dai:

anti log6 log2 16=anti log 6 4=6 4=6∗6∗6∗6=1296

Exemplo3: Defina o conjunto solução da expressão: anti log3 log 1 512=2 x+5 .
8

1 t
C.a: log 1 512=t ⟺
8
()
8
=512 ⟺8−t =83 ⟺t=−3; portanto:

1 1
anti log3 log 1 512=anti log 3−3=3−3 = ⟹ =2 x +5 ⟹ x ≅−2,5.
8
27 27

EXERCÍCIOS

1. Resolve as seguintes equações:


a) co log 3 9=x
b) co log 3 x=2
c) co log 2 x−1=3
d) anti log6 4= x−296

ESCOLA JOÃO XXIII

11ᵃ Classe. Turma: 115. Trimestre II. Curso-diurno-manhã

Disciplina: Matemática
Unidade Temática: Geometria analítica no plano
Tema: Conceitos gerais sobre vectores
Objectivos:
 Determinar a norma de um vector no plano.

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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 Escrever as coordenadas e as componentes de um vector no plano.
Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro e papel quadriculado.
Duração da aula: 90 minutos

Professor: João Matangue Arone

Beira, 14 de Julho de 2015


Geometria analítica

A geometria analítica tem por objectivo a tradução da linguagem geométrica para a linguagem
analítica ou algébrica e vice-versa, isto é, estuda as propriedades das figuras geométricas com a ajuda
de cálculos ou de métodos analíticos.

Conceitos gerais sobre vectores

O conceito de vector é muitas vezes usado nas ciências físicas e matemáticas.

Na física, os vectores podem representar grandezas, tais como força, velocidade, aceleração, etc. Estas
grandezas dizem-se grandezas vectoriais. Na matemática, os vectores são caracterizados por:

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A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

10
Uma origem
Uma extremidade
Uma direcção
Um sentido
Um comprimento

Em geral, os vectores são representados por letras minúsculas com uma seta por cima.

Exemplo:

( a⃗ , b⃗ , ⃗
c ,⃗
d , …)
O vector a⃗ definido pelo segmento de recta orientado [A, B] representa-se por ⃗
AB e pode escrever-se:
a⃗ = AB.⃗

O ponto A é geralmente denominado por ponto de aplicação ou origem e o ponto B por


extremidade ou ponto final.

O vector nulo, é um vector que tem direcção e sentidos indeterminados e comprimento zero. Este
vector representa-se por 0⃗ .

A medida do comprimento de um vector é designada por comprimento ou norma ou tamanho ou


módulo do vector. A norma de um vector a⃗ representa-se por ‖⃗a‖ e lê-se norma do vector a⃗ .

Exemplo:

Indique o sentido e a direcção e determine o comprimento de cada um dos vectores representados na


figura:

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 24
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade
como o óleo sobre a água. (Miguel de Cervantes).

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Resolução:

‖⃗a‖=3 Pela observação da figura.

‖b⃗‖=√22 +22= √ 4+ 4=√ 8=2 √ 2 Pela aplicação do teorema de pitagoras.

‖⃗c‖=√ 32 +22=√ 9+ 4=√13 Pela aplicação do teorema de pitagoras.

TPC

Determine o comprimento de cada um dos vectores representados na figura, e indicar as coordenadas


dos pontos da origem e da extremidade de cada vector.

Elaborado por: dr. ARONE, João Matangue; Matemática 11a Classe; Trimestre I; Ano de 2018; Página 25

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