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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Docente da disciplina: Ângelo Américo Marcelino & Glória Fernando Samuel


Unidade Temática IV: Função Quadrática 10ª Classe/2023

1. Definição de Função Quadrática

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função 𝑓 de IR em


IR dada por uma lei da forma 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, onde 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais e 𝑎 ≠ 0.

Vejamos alguns exemplos de funções quadráticas:

a) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 + 3𝑥 + 1, onde 𝑎 = 2, 𝑏 = 3 e 𝑐=1


b) 𝑔(𝑥) = 3𝑥 2 − 5, onde 𝑎 = 3, 𝑏 = 0 e 𝑐 = −5
c) ℎ(𝑥) = 𝑥 2 + 4𝑥, onde 𝑎 = 1, 𝑏 = 4 e 𝑐 = 0
d) 𝑖(𝑥) = −3𝑥 2 + 9 , onde 𝑎 = −3, 𝑏 = 0 e 𝑐 = 9
e) 𝑗(𝑥) = 7𝑥 2 , onde 𝑎 = 7, 𝑏 = 0 e 𝑐 = 0
f) Actividade 1

1. Associa “V” às funções de segundo grau e “F” às funções que não são do segundo grau.
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 3𝑥 − 1 (___) d) ℎ(𝑥) = √3 − 𝑥 2 (___)
1
b) ℎ(𝑥) = 𝑥 2 + 7𝑥 + 5 (___) e) 𝑖(𝑥) = √2𝑥 2 + 3𝑥 (___)
c) 𝑔(𝑥) = √𝑥 2 − 6𝑥 + 3 (___) e) 𝑗(𝑥) = 3𝑥 −2 − 𝑥 (___)
2. Indique os valores de a, b e c nas seguintes funções quadráticas
x2
a) f(x) = x 2 + 4x + 3 b) g(x) = 2x 2 + 8x c) h(x) = +7 d) i(x) = 1 + 3x − 6x 2
8

2. Representação gráfica e estudo completo de funções quadráticas

O gráfico de uma função quadrática ou do 2º grau, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, é uma


curva chamada parábola.

No âmbito da realização do estudo completo de uma função quadrática, é importante lembrar


os conceitos fundamentais usados tais como:
 Domínio da função: é o conjunto de partida; o conjunto de todos os valores que 𝒙 o pode
assumir. No caso das funções quadráticas é sempre ℝ . O domínio da função
representamos por Df.

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 Contradomínio: é o conjunto de chegada, conjunto das imagens, conjunto de todos os valores
que 𝒚 assume após a substituição dos valores de 𝒙 na função. O contradomínio da função
quadrática depende de cada função dada. Sua representação simbólica é dada por D’f.
 Concavidade: é a posição em que a parábola está voltada (virada), a concavidade
depende do sinal do coeficiente na função quadrática, sendo:

Se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;

Se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;


 Ordenada na origem: é o valor que o 𝒚 toma no ponto onde o gráfico intersecta o eixo
das ordenadas, ou seja, é o valor eu y assume quando x é zero. Este valor
geralmente é dado pelo coeficiente c.
 Zeros da função: são os pontos por onde o gráfico intersecta o eixo dos xx. Esses pontos
calculados anulam a função. Nas funções quadráticas no máximo encontramos dois zeros.
 Vértice: é o ponto onde o gráfico muda do “comportamento”; se o gráfico vinha
crescendo, a partir desse ponto começa a decrescer. Se é que vinha decrescendo, a partir
desse ponto começa a crescer.
 Eixo de simetria: é o eixo que divide o gráfico (parábola) em duas partes iguais. O eixo
de simetria das funções quadráticas sempre é paralelo ao eixo dos y e passa pelo vértice.
 Variação da função ou monotonia: é verificar o crescimento e decrescimento do
gráfico.
a) Diz-se que uma função é crescente em um certo intervalo quando os valores de x
aumentam e os valores de y também aumentam.

b) Diz-se que uma função é decrescente em um certo intervalo quando os valores de x


aumentam e os valores de y diminuem.

Nota: No estudo da monotonia das funções quadráticas pode-se usar uma tabela e indicar
o crescimento e decrescimento da função na base de setas.

 Variação do sinal: verifica-se os intervalos onde a função é positiva e onde é negativa.

a) Uma função é positiva, no intervalo onde tem ordenadas positivas, isto é, onde
passa por cima do eixo dos xx.

b) Uma função é negativa, no intervalo onde tem ordenadas negativas, isto é, onde
passa por baixo do eixo dos xx.

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2.1 Função do tipo 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐

Para a representação gráfica da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 , vamos considerar dois casos:

1º Caso: 𝒚 = 𝒂𝒙𝟐 𝒂>0

Caro estudante, recorrendo a uma tabela vamos representar graficamente a função y = x 2 e


fazer o seu respectivo estudo.

𝒙 𝐲 = 𝐱𝟐 Ponto (x;y)
−3 y = (−3)2 = (−3) × (−3) = +9 (−3; +9)
−2 y = (−2)2 = (−2) × (−2) = +4 (−2; +4)
−1 y = (−1)2 = (−1) × (−1) = +1 (−1; +1)
0 y = 02 = 0 × 0 = 0 (0; 0)
1 y = 12 = 1 × 1 = +1 (+1; +1)
2 y = 22 = 2 × 2 = +4 (+2; +4)
3 y = 32 = 3 × 3 = +9 (+3; +9)

Observando o gráfico pode-se concluir que:


i. Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ ou 𝑥 ∈ ]−∞ ; +∞[;
ii. Contradomínio da função: 𝑦 ∈ [0; +∞[ ou 𝑦 ∈ ℝ0+
iii. Zeros da função: 𝑥 = 0.
iv. Coordenadas do vértice: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (0; 0)
v. Equação do eixo de simetria: 𝑥 = 0
vi. Monotonia ou variação da função.
𝑥 ]−∞; 0[ 0 ]0; +∞[
𝑦 0

vii. Variação do sinal: A função é positiva em todo o domínio.


viii. Ordenada na origem: 𝑦 = 0
ix. Concavidade:
𝑎 = 1; 𝑎 > 0 Portanto, a parábola está virada para cima

2º Caso: 𝒚 = 𝒂𝒙𝟐 𝒂<0

Vamos representar graficamente a função y = −x 2 e fazer o seu estudo

𝒙 𝐲 = −𝐱 𝟐 Ponto (x;y)
−3 y = −(−3)2 = −(−3) × (−3) = −9 (−3; −9)
−2 y = −(−2)2 = −(−2) × (−2) = −4 (−2; −4)
−1 y = −(−1)2 = −(−1) × (−1) = −1 (−1; −1)
0 y = −02 = 0 × 0 = 0 (0; 0)
1 y = −12 = −1 × 1 = −1 (+1; −1)
2 y = −22 = −2 × 2 = −4 (+2; −4)
3 y = −32 = −3 × 3 = −9 (+3; −9)

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Observando o gráfico, podemos concluir que:
 Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ
 Contradomínio da função: 𝑦 ∈ ℝ0−
 Zeros da função: (𝑥1 ; 𝑥2 ); 𝑥 = 0
 Vértices da função: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (0; 0)
 Monotonia ou variação da função
x ]−∞; 0[ 0 ]0; +∞[
y 0
 Equação do eixo de simetria: 𝑥 = 0

 Variação do sinal:
X ]−∞; 0[ 0 ]0; +∞[
Y − 0 −

Actividade 2

1. Considere a função: 𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 .

a) Esboce o gráfico da função c) Refira-se a concavidade da parábola da função.

b) Determine o domínio d) Estude a monotonia.

2. Representa no mesmo S.C.O os gráficos das seguintes funções e faça o estudo completo de
cada uma delas:
1
a) 𝑓(𝑥) = − 2 𝑥 2

b) 𝑔(𝑥) = 2𝑥 2
c) 𝑘(𝑥) = −2𝑥 2
1
d) 𝑖(𝑥) = 2 𝑥 2

2.2 Funções do Tipo 𝒚 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒄


Podemos usar o gráfico da equação 𝑦 = 𝑥 2 para construir os gráficos de outras funções
quadráticas. Por exemplo, os gráficos das funções y = x2 + 1 e y = x2 - 1 podem ser obtidos do
gráfico da equação y = x2 por translações verticais desse gráfico.
 Para a função y = x2 + 1, teremos:

x y = x2 y = x2 + 1 (𝑥; 𝑦)
−3 y = (−3)2 = (−3) × (−3) = +9 𝑦 = 9 + 1 = 10 (−3; 10)
−2 y = (−2)2 = (−2) × (−2) = +4 𝑦 = 4+1 = 5 (−2; 5)
−1 y = (−1)2 = (−1) × (−1) = +1 𝑦 = 1+1 = 2 (−1; 2)
0 y = 02 = 0 × 0 = 0 𝑦 = 0+1 = 1 (0; 1)
1 y = 12 = 1 × 1 = +1 𝑦 = 1+1 = 2 (1; 2)
2 y = 22 = 2 × 2 = +4 𝑦 = 4+1 = 5 (2; 5)
3 y = 32 = 3 × 3 = +9 𝑦 = 9 + 1 = 10 (3; 10)
Observando o gráfico (y = x2 + 1), podemos concluir que:
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i. Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ
ii. Contradomínio da função: 𝑦 ∈ [1; +∞[
iii. Zeros da função: A função não tem zeros pois não intersecta o eixo das abcissas.
iv. Coordenadas do vértice: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (0; 1)
v. Equação do eixo de simetria: 𝑥 = 0
vi. Ordenada na origem: 𝑦 = 0
vii. Monotonia ou variação da função.
𝑥 ]−∞; 0[ 0 ]0; +∞[
𝑦 1
viii. Variação do sinal: A função é positiva em todo o domínio.
ix. Concavidade:
𝑎 = 1; 𝑎 > 0 Portanto, a parábola está virada para cima
O gráfico de y = x2 + 1 é obtido deslocando o gráfico de y = x2 unidade para cima.

 Para a função y = x2 - 1, teremos:


x y = x2 y = x2 - 1 (𝑥; 𝑦)
−3 y = (−3)2 = (−3) × (−3) = +9 𝑦 =9−1=8 (−3; 8)
−2 y = (−2)2 = (−2) × (−2) = +4 𝑦 =4−1=3 (−2; 3)
−1 y = (−1)2 = (−1) × (−1) = +1 𝑦 =1−1=0 (−1; 0)
0 y = 02 = 0 × 0 = 0 𝑦 = 0 − 1 = −1 (0; −1)
1 y = 12 = 1 × 1 = +1 𝑦 =1−1=0 (1; 0)
2 y = 22 = 2 × 2 = +4 𝑦 =4−1=3 (2; 3)
3 y = 32 = 3 × 3 = +9 𝑦 =9−1=8 (3; 8)

Observando o gráfico, podemos concluir que:


i. Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ
ii. Contradomínio da função: 𝑦 ∈ [−1; +∞[
iii. Zeros da função: (𝑥1 ; 𝑥2 ) = (−1; 1)
iv. Coordenadas do vértice: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (0; −1)
v. Equação do eixo de simetria: 𝑥 = 0
vi. Ordenada na origem: 𝑦 = 0
vii. Monotonia ou variação da função.
𝑥 ]−∞; 0[ 0 ]0; +∞[
𝑦 1
viii. Variação do sinal: A função é positiva em todo o domínio.
ix. Concavidade:
𝑎 = 1; 𝑎 > 0 Portanto, a parábola está virada para cima

O gráfico de y = x2 -1 é obtido deslocando o gráfico de y = x2, uma (1) unidade para baixo.

Em geral, o gráfico de funções do tipo 𝒚 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒄, obtém-se a partir do gráfico 𝒚 = 𝒂𝒙𝟐


através de translações verticais, sendo:
 Para cima se 𝑐 > 0
 Para baixo se 𝑐 < 0
Actividade 3

1. Dada as funções𝑓(𝑥) = −3𝑥 2 + 4 e 𝑔(𝑥) = 3𝑥 2 − 2

a) Indique os coeficientes “a” e “c”de cada função;

b) Determine as coordenadas de vértice de cada função;

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2. Complete: “O gráfico da função g ( x)  2 x 2  5 ” obtém-se a partir do gráfico da
função.....................através de uma translação em......unidades para.................E o gráfico da
função k ( x)  2 x 2  3 obtém-se a partir do gráfico da função.....................através de uma
translação em......unidades para..................”

3. Esboce no mesmo sistema cartesiano ortogonal os gráficos das funções 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 4


e 𝑔(𝑥) = −𝑥 2 + 4, a partir do gráfico das funções 𝑦 = 𝑥 2 e 𝑦 = −𝑥 2 respectivamente.

2.3 Funções do Tipo 𝒚 = 𝒂(𝒙 − 𝒑)𝟐


Vamos construir os gráficos das funções y = (x - 1)2 e y = (x + 1)2 a partir do gráfico de
𝑦 = 𝑥 2 , fazendo translações horizontais desse gráfico.

 Para a função y = (x - 1)2 , teremos:


x 𝐲 = (𝐱 − 𝟏)𝟐 (𝒙; 𝒚)
−3 y = (−3 − 1) = (−4)2 = (−4) × (−4) = +16
2 (−3; 16)
−2 y = (−2 − 1)2 = (−3)2 = (−3) × (−3) = +9 (−2; 9)
−1 y = (−1 − 1)2 = (−2)2 = (−2) × (−2) = +4 (−1; 4)
0 y = (0 − 1)2 = (−1)2 = (−1) × (−1) = +1 (0; 1)
1 y = (1 − 1)2 = 02 = 0 × 0 = 0 (1; 0)
2 y = (2 − 1)2 = 12 = 1 × 1 = +1 (2; 1)
3 y = (3 − 1)2 = 22 = 2 × 2 = +4 (3; 4)
Observando o gráfico y = (x - 1)2 podemos concluir que:
i. Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ
ii. Contradomínio da função: 𝑦 ∈ [0; +∞[
iii. Zeros da função: 𝑥 = 1
iv. Coordenadas do vértice: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (1; 0)
v. Equação do eixo de simetria: 𝑥 = 1
vi. Ordenada na origem: 𝑦 = 1
vii. Monotonia ou variação da função.
𝑥 ]−∞; 1[ 1 ]1; +∞[
𝑦 0

viii. Variação do sinal:


𝑥 ]−∞; 1[ 1 ]1; +∞[
𝑦 + 0 +
ix. Concavidade:
𝑎 = 1; 𝑎 > 0 Portanto, a parábola está virada para cima
“O gráfico de y = (x - 1)2 é obtido deslocando o gráfico de y = x2 uma unidade para
direita”
 Para a função y = (𝑥 + 1)2 , teremos:

x y = (x + 1)2 (𝑥; 𝑦)
−3 y = (−3 + 1)2 = (−2)2 = (−2) × (−2) = +4 (−3; 4)
−2 y = (−2 + 1)2 = (−1)2 = (−1) × (−1) = +1 (−2; 1)
−1 y = (−1 + 1)2 = (−2)2 = (−2) × (−2) = +4 (−1; 4)
0 y = (0 + 1)2 = (+1)2 = (+1) × (+1) = +1 (0; 1)
1 y = (1 + 1)2 = 22 = 2 × 2 = 4 (1; 4)
2 y = (2 + 1)2 = 32 = 3 × 3 = +9 (2; 9)
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3 y = (3 + 1)2 = 42 = 4 × 4 = +16 (3; 16)
Observando o gráfico y = (𝑥 + 1)2 podemos concluir que:
i. Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ
ii. Contradomínio da função: 𝑦 ∈ [0; +∞[
iii. Zeros da função: 𝑥 = −1
iv. Coordenadas do vértice: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (−1; 0)
v. Equação do eixo de simetria: 𝑥 = −1
vi. Ordenada na origem: 𝑦 = 1
vii. Monotonia ou variação da função.
𝑥 ]−∞; −1[ −1 ]−1; +∞[
𝑦 0
viii. Variação do sinal:
𝑥 ]−∞; −1[ −1 ]−1; +∞[
𝑦 + 0 +
ix. Concavidade:
𝑎 = 1; 𝑎 > 0 Portanto, a parábola está virada para cima
O gráfico de y = (x + 1)2 é obtido deslocando o gráfico de y = x2 uma unidade para
a esquerda.

Em geral, o gráfico da função do Tipo 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 obtém-se a partir do gráfico da


função y = x2 através de translações horizontais, sendo:
 Para direita de 𝑝 > 0
 Para esquerda se 𝑝 < 0
Para funções do tipo 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 , tem-se:
i. Domínio de função: 𝑥 ∈ ℝ
ii. Contradomínio da função: 𝑦 ∈ [0; +∞[ ou 𝑦 ∈ ℝ+
iii. Zeros da função: 𝑥 = 𝑝
iv. Coordenadas do vértice: (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) = (𝑝; 0)
v. Equação do eixo de simetria: 𝑥 = 𝑝

vi. Monotonia ou variação da função.


𝑥 ]−∞; 𝑝[ 𝑝 ]𝑝; +∞[
𝑎>0 𝑦 0
𝑎<0 𝑦 0
𝑦 ∈ ℝ+ 𝑠𝑒 𝑎 >0
vii. Variação do sinal: { 0

𝑦 ∈ ℝ0 𝑠𝑒 𝑎 < 0
𝑠𝑒 𝑎 > 0 a parábola está virada para cima
Concavidade: {
𝑠𝑒 𝑎 < 0 a parábola está virada para baixo

Actividade 4

1. Sejam dadas as funções do tipo f ( x)  a( x  p) 2 . Determine os valores de “a” e “p” se:


1 1 5
a) f ( x)  2( x  8) 2 ; b) f ( x)  ( x  5) 2 ; c) f ( x)  ( x  4) 2 ; d) f ( x )  2 ( x  ) 2
3 2 3
2. Dadas as funções f ( x)  2( x  1) 2 ; g ( x)  2( x  2) 2 sem construir o gráfico indique:
a) O domínio de função c) Coordenadas de vértice de cada função

b) Zeros de cada função d) Equação de eixo de simetria de cada função

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e) Complete:

“O gráfico da função f ( x)  2( x  1) 2 ” obtém-se a partir do gráfico da


função.....................através de uma translação em......unidades para.................E o gráfico da
função g ( x)  2( x  2) 2 obtém-se a partir do gráfico da função.....................através de uma
translação em......unidades para..................

2.4 Funções do tipo: 𝒇(𝒙) = 𝒂(𝒙 − 𝒑)𝟐 + 𝒒


O gráfico de 𝒇(𝒙) = 𝒂(𝒙 − 𝒑)𝟐 + 𝒒 obtém-se a partir de 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 por meio de uma
translação horizontal de p unidades e vertical de q unidades.
Exemplos:
Para construir o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 + 1, Procede-se da seguinte maneira:

 Primeiro: Construir o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2𝑥 2

 Segundo: Como 𝑝 = 2, translada-se o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 , 2unidades para a direita


e obtemos 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 .

 Em seguida, translada-se o gráfico 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 , 1 Unidade para cima,


resultando o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 + 1

𝑓(𝑥) = 2𝑥 2

𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2

𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 + 1

A partir do gráfico 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 + 1 observamos o seguinte:

 𝑥 = 2 é a equação do eixo de simetria;

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 (2; 1)é a coordenada do vértice da parábola 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 2)2 + 1
 [1; +∞[ é o contradomínio

Em geral, na função 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞:

 𝑥 = 𝑝 representa a equação do eixo de simetria da parábola

𝑉(𝑝; 𝑞) é o vértice da parábola

 O contradomínio desta função é:


 [𝑞; +∞[ se 𝑎 > 0
 ]−∞; 𝑞] se 𝑎 < 0

Importante:
A ordem das translações não é importante na construção do gráfico, isto é, podemos
começar pela translação vertical ou pela horizontal.

Actividade 5

1. Determine o valor de p e q nas seguintes funções


a) 𝑓(𝑥) = −3(𝑥 + 4)2 − 3
3
b) 𝑔(𝑥) = − 5 (𝑥 − 9)2 + 9
2
c) 𝑘(𝑥) = 0,5(𝑥 − √2) + 5
(𝑥+7)2
d) 𝑚(𝑥) = − + 57
2

2. Dadas as funções 𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 e 𝑔(𝑥) = 2(𝑥 − 3)2 + 2


a) Determine os valores de p e q em cada uma das funções
b) Complete:
“ O gráfico de 𝑔(𝑥) = 2(𝑥 − 3)2 + 2 obtém-se a partir do gráfico de 𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 ,
através de uma translação de …………unidades para …………..e de………unidades
para……...................
c) Determine o contradomínio de g(x).
d) Estude a monotonia de g (x)

2.5 Construção do gráfico de funções do tipo: 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄

É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem construir a tabela de pares
ordenados (x, y), mas seguindo apenas os passos:

1º Passo: O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;

2º Passo: Os zeros da função definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo dos x;

3º Passo: O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0). A
recta paralela ao eixo dos y, que passa por V (xv e yv) é o eixo de simetria da parábola;
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4º Passo: Para x = 0 (ordenada na origem), temos y = a · 02+ b · 0 + c = c; então (0, c) é o
ponto em que a parábola corta o eixo dos y.

Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = −𝑥 2 + 6𝑥 − 5

1º Passo: Sentido de concavidade: 𝑎 = −1; como 𝑎 < 0, a concavidade está virada para
baixo.
2º Passo: Zeros da função
𝑦 = 0 ⟺ −𝑥 2 + 6𝑥 − 5 = 0
𝑎 = −1 Cálculo auxiliar
−𝑥 2 + 6𝑥 − 5 = 0 { 𝑏 = 6 ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑐 = −5 ∆= 62 − 4 × (−1) × (−5)
−𝑏 ± √∆
𝑥= ∆= 36 − 20
2𝑎 ∆= 16

−6−4 −10
−6 ± √16 −6 ± 4 𝑥1 = −2 = −2 = 5
𝑥= = ⟨ −6+4 −2
2 × (−1) −2 𝑥2 = = =1−2 −2

3º Passo: Ordenada na origem


Para 𝑥 = 0; 𝑦 = −02 + 6.0 − 5 ⟺ 𝑦 = −5

4º Passo: Coordenadas do vértice


𝑏 6 −6
𝑥𝑣 = − ⟺ 𝑥𝑣 = − ⟺ 𝑥𝑣 = ⟺ 𝑥𝑣 = 3
2𝑎 2 × (−1) −2
∆ 16 −16
𝑦𝑣 = − ⟺ 𝑦𝑣 = − ⟺ 𝑦𝑣 = ⟺ 𝑦𝑣 = 4
4𝑎 4 × (−1) −4
Portanto: V (3; 4).
Teremos então o seguinte esboço de gráfico:

Portanto, observando o gráfico podemos concluir que:


 Domínio: 𝑥 ∈ ℝ;
 Contradomínio: 𝑦 ∈ ]−∞; 4]
 Zeros da função: 𝑥1 = 1e 𝑥2 = 5
 Variação do Sinal da função: f (x) é positivo para 𝑥 ∈ 1,5;
 Negativo: ,15,;

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 Monotonia: f (x) é Crescente no intervalo ,3;
 f (x) é decrescente no intervalo 3,;
 Eixo de simetria: O eixo de simetria é 𝑥 = 3
 Vértice da parábola: (3,4);
 Parábola: Voltada para baixo.

Actividade 6

1. Com base nos conhecimentos adquiridos esboce o gráfico e faça o estudo completo das
seguintes funções.
a) f(x) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 b) g(x) = −𝑥 2 + 6𝑥 − 8

2. Seja f, o gráfico representado pela figura. Determine:

a) O domínio de f
b) O contradomínio de f.
c) As coordenadas do vértice.
d) Os zeros da função
e) A equação do eixo de simetria do gráfico de 𝑓.

3. Determinação da expressão analítica de uma função quadrática a partir do gráfico

A partir do gráfico de uma função quadrática é possível determinar a expressão analítica da


função que originou a parábola, basta fazer a leitura do gráfico baseando-se nos elementos
fornecidos. Para o efeito, é necessário ver se no gráfico tem os elementos: zeros da função,
coordenadas do vértice da parábola e ordenada na origem.

Deste modo, tendo em consideração os elementos fornecidos no gráfico, vamos considerar os


seguintes casos:
3.1 Primeiro caso: Determinação da expressão analítica de uma função quadrática
dados os zeros da função e um ponto pertencente ao gráfico.

Se o gráfico nos fornecer os zeros da função e a ordenada na origem (𝑦 = 𝑐) ou um ponto qualquer


pertencente ao gráfico, recorremos a fórmula 𝒚 = 𝒂(𝒙 − 𝒙𝟏 ). (𝒙 − 𝒙𝟐 ) para determinar a expressão
analítica da função.

Exemplos: Vamos determinar as expressões analíticas dos gráficos abaixo:

a) b)

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a) Dados

O gráfico de 𝑓apresenta zeros de função 𝑥1 = 1e𝑥2 = 3e a ordenada na origem 𝑐 = 3, isto é, quando


𝑥 = 0 o valor de 𝑦 = 3.

Resolução

Caro aluno, para obtermos a expressão 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 teremos que recorrer a fórmula


factorizada 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 ) ou 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 ).

 Primeiro passo: Determinação do valor de coeficiente 𝒂.

Para tal, teremos que substituir na fórmula factorizada os valores de 𝑥1 e 𝑥2 e os valores de 𝑥 e 𝑦.


𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 )
⇔ 3 = 𝑎(0 − 1). (0 − 3)
⇔ 3 = 𝑎(−1)(−3)
⇔ 3 = 𝑎. (+3)
3
⇔𝑎= ⇔𝑎=1
3

 Segundo passo: Determinação da expressão analítica (𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄).

Para o efeito, teremos que substituir na fórmula factorizada apenas o valor de 𝒂 e os valores
de 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 e daí efectuar as operações.

𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 ) Cálculo auxiliar

⇔ 𝑓(𝑥) = 1. (𝑥 − 1). (𝑥 − 3) (𝑥 − 1). (𝑥 − 3) = 𝑥. 𝑥 − 𝑥. 3 − 1. 𝑥 + 1.3

⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 − 𝑥 + 3 (𝑥 − 1). (𝑥 − 3) = 𝑥 2 − 3𝑥 − 𝑥 + 3
⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 3
(𝑥 − 1). (𝑥 − 3) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 3

Logo, a expressão analítica do gráfico é 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟑.


b) Dados

O gráfico de apresenta zeros de função 𝑥1 = −2 e 𝑥2 = 3 e a ordenada na origem 𝑐 = 6, isto é,


quando 𝑥 = 0 o valor de 𝑦 = 6.

Resolução

Caro estudante, para obtermos a expressão 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 teremos que recorrer a fórmula


factorizada 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 ) ou 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 ).

 Primeiro passo: Determinação do valor de coeficiente 𝒂.

Para tal, teremos que substituir na fórmula factorizada os valores de𝑥1 e o 𝑥2 e os valores de 𝑥 e 𝑦.
𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 )
⇔ 6 = 𝑎(0 + 2). (0 − 3)
⇔ 6 = 𝑎(+2)(−3)
6
⇔ 6 = 𝑎. (−6) ⇔ 𝑎 = −6 ⇔ 𝑎 = −1

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 Segundo passo: Determinação da expressão analítica (𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄).
Para o efeito, teremos que substituir na fórmula factorizada apenas o valor de 𝒂 e os valores
de 𝒙𝟏 e o 𝒙𝟐 e dai efectuar as operações.
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 ). (𝑥 − 𝑥2 )
Cálculo auxiliar
⇔ 𝑓(𝑥) = −1. (𝑥 + 2). (𝑥 − 3)
⇔ 𝑓(𝑥) = −1(𝑥 2 − 3𝑥 + 2𝑥 − 6) (𝑥 + 2). (𝑥 − 3) = 𝑥. 𝑥 − 𝑥. 3 + 2. 𝑥 − 2.3

⇔ 𝑓(𝑥) = −1(𝑥 2 − 𝑥 − 6) (𝑥 + 2). (𝑥 − 3) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 2𝑥 − 6

(𝒙 + 𝟐). (𝒙 − 𝟑) = 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟔
⇔ 𝑓(𝑥) = −𝑥 2 + 𝑥 + 6

Logo, a expressão analítica do gráfico é 𝑓(𝑥) = −𝑥 2 + 𝑥 + 6

3.2 Segundo caso: Determinação da expressão analítica de uma função quadrática dadas
as coordenadas do vértice e um ponto pertencente ao gráfico.

Quando o gráfico nos fornece as coordenadas do vértice 𝑉(𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ) e o um ponto 𝑃(𝑥; 𝑦) qualquer que
pertence ao gráfico, devemos recorrer a fórmula 𝒚 = 𝒂(𝒙 − 𝒑)𝟐 + 𝒒 para determinar a expressão
analítica da função.

Exemplos :Vamos determinar as expressões analíticas dos gráficos abaixo:

a) b)

a) Dados

Na figura representada não são conhecidos os zeros da função mas temos dados suficientes
para calcular a expressão analítica, a saber:

Coordenadas do vértice: 𝑉(2; 1) e um ponto da parábola bem visível P (0; 5)

Resolução

Para termos a expressão 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 teremos que usar a fórmula 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞

 Primeiro passo: Determinação do valor de coeficiente 𝒂.

Sabendo que a expressão analítica para qualquer parábola é (𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ). Que


pode-se transformar em 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞 onde 𝑝 = 𝑥𝑣 e 𝑞 = 𝑦𝑣 neste caso 𝑝 = 2 e
𝑞 = 1, teremos: 𝒚 = 𝒂(𝒙 − 𝟐)𝟐 + 𝟏

Considerando p( 0; 5) e substituindo na expressão acima ,obtemos:

5 = 𝑎(0 − 2)2 + 1
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⇔ 5 = 𝑎. (−2)2 + 1

⇔ 5 = 4𝑎 + 1

⇔ 4𝑎 = 5 − 1

⇔ 4𝑎 = 4
4
⇔𝑎=4

⇔𝑎=1

 Segundo passo: Determinação da expressão analítica.

Para isso, teremos que substituir na fórmula 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞 apenas o valor de 𝒂 e os
valores de 𝒑 e o 𝒒 e dai efectuar as operações.
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞
⇔ 𝑓(𝑥) = 1. (𝑥 − 2)2 + 1
⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 4 + 1
⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 5
Logo, a expressão analítica do gráfico é 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟓
b) Dados

Na figura representada não são conhecidos os zeros da função mas temos dados suficientes
para calcular a expressão analítica, a saber:

Coordenadas do vértice: 𝑉(−1; −2) e um ponto da parábola bem visível P(0; −3)

Resolução

Para termos a expressão 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 teremos que usar a fórmula 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞

 Primeiro passo: Determinação do valor de coeficiente 𝒂.

Sabendo que a expressão analítica para qualquer parábola é (𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ). Que


pode-se transformar em 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞 onde 𝑝 = 𝑥𝑣 e 𝑞 = 𝑦𝑣 neste caso 𝑝 = −1 e
𝑞 = −2, teremos: 𝒚 = 𝒂(𝒙 + 𝟏)𝟐 − 𝟐

Considerando p (0; −3) e substituindo na expressão acima, obtemos:

−3 = 𝑎(0 + 1)2 − 2

⇔ −3 = 𝑎. 12 − 2

⇔ −3 = 𝑎 − 2

⇔ 𝑎 = −3 + 2

⇔ 𝑎 = −1

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 Segundo passo: Determinação da expressão analítica.

Para isso, teremos que substituir na fórmula 𝑦 = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞 apenas o valor de 𝒂 e os
valores de 𝒑 e o 𝒒 e dai efectuar as operações.
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ⇔ 𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑝)2 + 𝑞
⇔ 𝑓(𝑥) = −1. (𝑥 + 1)2 − 2
⇔ 𝑓(𝑥) = −1. (𝑥 2 + 2𝑥 + 1) − 2
⇔ 𝑓(𝑥) = −𝑥 2 − 2𝑥 − 1 − 2
Logo, a expressão analítica do gráfico é 𝒇(𝒙) = −𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 − 𝟑

Actividade 7
1. Determine as expressões analíticas das seguintes funções quadráticas

a) b) c) d)

1. Encontre a expressão analítica da parábola que passa pelo ponto P(1; −1) e tem como
zeros de função 0 e 2.

4. Resolução de Problemas práticos que envolvem Funções Quadráticas


Todo o conhecimento que aprendemos acerca de equações, funções quadráticas, podem ser
aplicados para resolver questões que nos deparamos com elas no dia-a-dia.

Exercícios Resolvidos

1. Uma máquina de lavar roupa, ao fim de um determinado tempo (em horas), atinge
as produções (p), dada por 𝒑 = −𝟏𝟎𝒕𝟐 + 𝟖𝟎𝒕.

a) Calcule o número de peças lavadas em 2 horas

b) Determine o número máximo de peças que a máquina pode lavar.

c) Em que instante lava o numero máximo de roupa?

Resolução

a) Para sabermos qual é o número de peças lavadas no instante de 2 horas, basta substituir por
2 onde tem a letra 𝑡 (tempo) na função e fica:
𝑝(2) = −10. 22 + 80.2
𝑝(2) = −10.4 + 160
𝑝(2) = −40 + 160
𝑝(2) = 120
Resposta: o número de peças lavadas em 2 horas é de 120.

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Para responder as alíneas b) e c), basta achar os vértices da parábola (𝑥𝑣 ; 𝑦𝑣 ).
𝑏 80 ∆ 𝑏 2 −4.𝑎.𝑐 (80)2 −4.(−10).0 −6400
𝑥𝑣 = − 2.𝑎 = − 2.(−10) = 4e𝑦𝑣 = − 4.𝑎 = − =− = = 160
4.(−10) 4.(−10) −40

Onde podemos afirmar que:


b) O número máximo de peças que a máquina pode lavar é de 160.
c) Lava o número máximo de roupa no instante 4 horas.
2. O número de ocorrências registadas das 12 às 18 horas em um dia do mês de Abril, na
1ª Esquadra, Cidade de Nampula, é dado por 𝑓(𝑡) = −𝑡 2 + 30𝑡 − 216, em que 12 ≤ 𝑡 ≤
18 é a hora desse dia.Qual foi o número máximo de ocorrências nesse período do dia?
Resolução

Note que a função quadrática 𝑓(𝑡) = −𝑡 2 + 30𝑡 − 216 representa uma parábola com
concavidade virada para baixo (𝑎 < 0). Assim sendo, o t que faz a função ser máxima é
justamente o t do vértice e pode ser calculado através da fórmula.
𝑏 30 −30
𝑡𝑣 = − 2𝑎 = − 2×(−1) = = 15 o que significa que 𝑡 = 15 horas foi o momento em que se
−2
registou o maior número de ocorrências.

2. Actividade 8

1. Uma bola atirada de baixo para cima, na vertical, atinge a altura h, em metros, dada por
ℎ(𝑡) = 15𝑡 − 5𝑡 2 ao fim de t segundos.

a) Qual é a altura máxima atingida pela bola e o tempo gasto nesse percurso?

b) Qual é a altura da bola ao fim de 2 segundos?

c) Em que instante a bola atinge o solo?

2. Uma indústria de refrigerantes tem sua produção diária P, em garrafas, variando com o
número de operadores em serviço n, de acordo com a função P(n) = n2 + 50n +20.000.
Calcule:

a) A produção se o número de operadores for 40.

b) O número de operadores necessários para produzir 25.400 garrafas de refrigerantes

3. Um foguete é atirado para cima de modo que sua altura h, em relação ao solo, é dada, em
função do tempo, pela função h (t) = 10 + 120t – 5t2 , em que o tempo é dado em segundos e a
altura é dada em metros. Calcule:

a) A altura do foguete 2 segundos depois de lançado.

b) O tempo necessário para o foguete atingir a altura de 485 metros

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