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Ponto de vista outro sobre a linguagem: não-convencional, sua natureza, seus modos de
funcionamento, finalidades, relações com a cultura e implicações ideológicas.
Se a linguagem tem relação com o poder, isto exige exame rigoroso das formas como
ela instrumenta esse poder. Se considerarmos a alfabetização comprometida com
ideologias excludentes é preciso avaliar nossas posturas grafocêntricas.
Capítulo 01
As regras que governam a produção apropriada dos atos de linguagem levam em conta
as relações sociais entre o falante e o ouvinte. (p. 06)
Escrever nunca foi e nunca vai ser a mesma coisa: é uma operação que influi
necessariamente nas formas escolhidas e nos conteúdos referenciais.
2. As leis que a regem são essencialmente leis lingüísticas e objetivas e como tais
fechadas;
A língua era um instrumento cujo poder nas relações externas era reconhecido. Os
autores não mencionavam o instrumento de poder interno. A língua será o
instrumento para perpetuar a presença portuguesa, também quando a dominação
acabe.
A língua dos gramáticos é um produto elaborado que tem a função de ser uma
norma imposta sobre a diversidade. (p.15)
[...] As palavras não têm realidade fora da produção linguística; elas existem nas
situações nas quais são usadas. Entender não é reconhecer um sentido invariável, mas
construir sentidos no contexto no qual ela aparece.
O aumento de pesquisa nas últimas duas décadas sobre a escrita se justifica assim: o
aumento dos programas de alfabetização e de educação no mundo todo e a
padronização escrita de muitas línguas até então sem tal tradição.
É difícil achar qualquer avaliação explícita dos aspectos positivos das culturas orais, às
vezes definidas de forma negativa como culturas “sem tradição escrita”.