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Análise Qualitativa e Quantitativa de Riscos – Conceitos e

Diferenças
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18 de junho de 2020

A análise quantitativa de risco é usada para classificar um risco por meio de termos (palavras) que
procurem mensurar a intensidade das conseqüências de um determinado risco com as probabilidades
dos mesmos ocorrerem. Já a análise semi-qualitativa é aquela que procura atribuir valores numéricos
aos termos selecionados na análise qualitativa, sem que haja necessidade de que os valores
correspondam exatamente a intensidade das conseqüências ou suas probabilidades.

A expressão qualitativa pressupõe a ideia de se qualificar um risco em termos (palavras), enquanto que
a expressão quantitativa busca qualificar em expressão matemática (números).

1. Definição de Análise Qualitativa


A análise quantitativa de risco é usada para classificar um risco por meio de termos (palavras) que
procurem mensurar a intensidade das conseqüências de um determinado risco com as probabilidades
dos mesmos ocorrerem.

O objetivo é compreender o fenômeno através da coleta de dados narrativos e características


apresentadas.

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De acordo com a Norma AS/NZS 4360 (2004) a realização de uma análise qualitativa requer a utilização
de termos (palavras) que procurem mensurar a intensidade das conseqüências de um determinado risco
com as probabilidades dos mesmos ocorrerem. Normalmente estes termos são ajustáveis de acordo
com as circunstâncias, podendo um mesmo termo ser adaptável a diferentes tipos de riscos.

Ainda segundo a norma AS/NZS 4360, a análise qualitativa é frequentemente utilizada: Nas fases iniciais
dos processos, de forma a identificar os riscos envolvidos, que possuem um alto nível de criticidade:

Quando o nível do risco identificado não necessitar de análises mais detalhadas; ou


Quando não for possível realizar uma análise quantitativa, devido à carência de dados numéricos
(Norma AS/NZS 4360, 2004, p. 19).

A análise qualitativa de riscos tem como objetivo avaliar a exposição ao risco para priorizar os riscos que
serão objeto de avaliação ou ação adicional.

1.2 Exemple Análise Qualitativa de Riscos

As tabelas a seguir, trazem de maneira simplificada, algumas escalas qualitativas de probabilidades


subjetivas dos riscos e suas conseqüências, utilizando-se de medidas simples, de forma a atender as
necessidades de uma determinada organização:

Imagem 02 – Modelo de planilha de análise qualitativa de consequências/impactos

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Imagem 03 – Modelo de planilha de análise qualitativa de probabilidade

Após a identificação e classificação do nível de risco pela organização, definindo suas probabilidades e
conseqüências, é possível estabelecer uma Matriz de Análise Qualitativa de Riscos, a seguir, composta
por um conjunto de categorias que reflitam as necessidades da organização, e definindo as ações que
serão adotadas para o tratamento, monitoramento ou transferência dos riscos.

Imagem 04 – Matriz de Análise Qualitativa de Riscos

1.3 Critérios Básicos Análise Qualitativa de Riscos

Segundo Duarte (2005) para que a empresa possa adotar a implementação de uma abordagem
qualitativa para o gerenciamento de riscos é necessária uma auto-avaliação focada em três
possibilidades.

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A. Concentrar-se em unidades

A primeira possibilidade é concentrar-se em unidades (como mesa de operações, compliance, back


office, auditoria, comercial, etc.).

Nesse caso, caberia ao responsável por cada uma das unidades da empresa identificar as principais
atividades diárias de sua unidade, bem corno todos os riscos presentes em cada atividade listada, além
de identificar a efetividade dos controles internos existentes para fazer frente a cada risco detectado.

E, caso o controle interno seja julgado insuficiente, propor melhorias a serem implementadas e
aprovadas pelo Gerente e pela Auditoria Interna em curto prazo. Assim teríamos uma visão completa
dos riscos existentes em cada unidade da empresa.

B. Concentrar-se nos produtos e serviços oferecidos


A segunda possibilidade é concentrar-se nos produtos e serviços oferecidos aos clientes. Nesse caso,
cada produto e serviço devem ter seu processo entendido em “detalhes dentro de urna metodologia
desenvolvida e implementada pelo Gerente.

Em linhas gerais, a metodologia deverá seguir os princípios daquela apresentada às unidades,


identificando inicialmente as atividades de cada uma das cinco etapas relacionadas a um produto ou
serviço (ou seja, análise de viabilidade, criação, desenvolvimento, implementação e manutenção), para
determinar os riscos presentes nessas atividades e utilizar os controles internos para mitigar os riscos
identificados e, no final, uma análise da efetividade dos controles, seguida das melhorias necessárias no
caso em que deficiências tenham sido encontradas.

Nesta segunda possibilidade teríamos uma visão completa dos riscos presentes em produtos e serviços
na empresa.

C. Concentrar-se nos processos internos


A terceira possibilidade é concentrar-se nos processos internos, ou seja, queles que não resultam em
contato direto com os clientes.

Ao contrário das duas possibilidades anteriores, nas quais é factível (e recomendado) desenvolver e
implementar uma metodologia geral, sobre os processos internos, cada caso requer uma análise
específica, com seu fluxo o mais detalhado possível, de forma a facilitar a , identificação dos riscos
presentes, os controles praticados e as respectivas deficiências.

Nesta terceira possibilidade teríamos uma visão completa dos riscos presentes em processos internos.

2. Análise Semi-Qualitativa
Segundo a com a Norma AS/NZS 4360 (2004), a análise semi-qualitativa é aquela que procura atribuir
valores numéricos aos termos selecionados na análise qualitativa, sem que haja necessidade de que os
valores correspondam exatamente a intensidade das conseqüências ou suas probabilidades.

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O objetivo desta análise é realizar um levantamento mais flexível e detalhado dos riscos envolvidos, sem
a utilização de valores absolutos, como o que acontece na análise quantitativa.

No entanto para a realização desta análise deve-se prestar muita atenção na legitimidade dos números,
pois estes podem não refletir com a realidade, levando a análise a obter resultados incompatíveis com a
verdade, e trazer sérias conseqüências à organização.

Para evitar essa inconsistência de resultados é recomendado que esta análise seja realizada sempre em
conjunto com outras análises.

3. Análise Quantitativa
De acordo com a Norma AZ/NZS 4360 (2004) a análise quantitativa é aquela que procura utilizar-se
apenas de valores numéricos para representar as conseqüências e as probabilidades.

Pode-se utilizar dados de várias fontes, tais como: registros anteriores; experiências pertinentes; prática
e experiência do setor da empresa; publicações pertinentes; teste de Marketing e pesquisa de mercado;
experimentos e protótipos; modelos econômicos; modelos de engenharia; opinião de especialistas, entre
outros.

A qualidade da análise depende da precisão e da abrangência dos valores numéricos utilizados.

Segundo Duarte (2005) para que a empresa possa implantar uma abordagem quantitativa, ela deve
estar focada em quatro estágios:

Implantação preliminar da abordagem qualitativa descrita anteriormente;


Criação de um banco de dados com cobertura geral em relação às perdas por unidades, produtos,
serviços e processos internos;
Adoção de um conjunto de indicadores de perdas operacionais para facilitar o acompanhamento da
evolução dessas perdas;
Desenvolvimento e implementação de uma metodologia para o cálculo do nível de provisão
econômica e do capital econômico para perdas operacionais, incluindo medidas de retorno
ajustado ao risco operacional.

O objetivo das avaliações de risco quantitativas é tentar calcular valores numéricos objetivos para cada
um dos componentes coletados durante as fases de análise de custo/benefício e de avaliação de risco.

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13. Dados para Citação em Trabalhos


MARCONDES, José Sérgio ( 18 de junho de 2020). Análise Qualitativa e Quantitativa de Riscos –
Conceitos e Diferenças. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada:
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/tipos-de-analise-qualitativa-e-quantitativa – Acessado em
(inserir data do acesso).

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14. Referencias Bibliográficas
BERNSTEIN, Peter L.; “Desafio aos Deuses: A Fascinante História dos Riscos”; 6ª edição; São Paulo;
Campus; 1997.

COCURULLO, Antonio; “Gestão de Riscos Corporativos: Riscos Alinhados com Algumas Ferramentas
de Gestão”; 29 Edição; São Paulo; Tecci; 2003.

De CICCO, Francesco e FANTAZZINI, Mario Luiz; “Tecnologias Consagradas de Gestão de Riscos”;


Série Risk Management; São Paulo; 2003.

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