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ESCOLA SECUNDÁRIA HERÓIS MOÇAMBICANOS DE MOATIZE

DISCIPLINA: BIOLOGIA

TURMA: AB2 – 12ª CLASSE

Tema: Reprodução dos seres vivos

Discente: Rosa Celestino Mulatinho, nº 20

Docente:

Esmeraldo de Jesus Tiago

Moatize

14 de Maio de 2021
Rosa Celestino Mulatinho

Tema: Reprodução dos seres vivos

Trabalho a ser entregue na Escola Secundaria Heróis


Moçambicanos de Moatize na disciplina de Biologia
lecionado pelo Prof. Esmeraldo de Jesus Tiago,
como requisito o grau de conhecimento.

Moatize

14 de Maio de 2021
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 1

2. Reprodução 2

2.1. Reprodução Assexuada 2

2.1.1. Bipartição 2

2.1.2. Brotamento 2

2.1.3. Regeneração 2

2.1.4. Esporulação 2

2.1.5. Processos mais comuns da reprodução assexuada 2

2.2. Casos especiais de reprodução 3

2.2.1. Partenogênese 3

2.2.2. Pedogénese 3

2.3. Reprodução Sexuada 3

2.3.1. Poliembrionia 3

2.3.2. Poliovulação 4

2.3.3. Cuidados com a Prole 4

2.3.4. Algas 4

2.3.5. Tamanho, morfologia do talo e tipo de crescimento 5

2.4. Reprodução sexuada 6

2.4.1. A evolução da diploidia 6

2.4.2. Isogamia 6

2.4.2.1. Características 6

2.4.2.2. Evolução 7

2.4.3. Oogamia 7

2.4.4. Heterogamia 7
2.4.5. Ciclo de vida 7

2.4.6. Espectro de Absorção dos pigmentos 8

2.4.6.1. Cyanophyta 8

2.4.6.2. Chlorophyta 8

2.4.6.3. Euglenophyta 8

2.4.6.4. Filo Bacillariophyta (antigamente dentro de Chrysophyta) 9

2.4.6.5. Phaeophyta 9

2.4.6.6. Rhodophyta 9

2.4.6.7. Pyrrophyta ou Dinophyta 10

2.4.7. Reprodução das Plantas 10

2.4.7.1. Reprodução vegetativa (mecanismos) 10

2.4.7.2. Características fundamentais das células de plantas 10

2.4.8. Controle da reprodução vegetativa pelo meio ambiente e por fatores internos 11

2.5. Reprodução sexual 12

2.5.1. Aspectos genéticos 12

2.5.2. Sincronização da reprodução 13

2.5.3. A reprodução sexual e os fatores ambientais 13

2.5.3.1. Temperatura 14

2.5.3.2. Queimadas 15

2.5.3.3. Fotoperiodismo 15

3. CONCLUSÃO 17

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
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1. INTRODUÇÃO
A reprodução é uma das mais importantes características dos seres vivos. A própria existência
das espécies evidencia a eficiência dos mecanismos de reposição de indivíduos que morrem.

As plantas superiores desenvolveram, pelo menos, dois mecanismos distintos de reprodução:


assexual e sexual. Um tipo de reprodução assexual é a propagação vegetativa. Nesse tipo de
reprodução, uma parte, usualmente multicelular, separa-se da “planta mãe” para dar origem a
uma nova planta. Esta nova planta é geneticamente idêntica à planta mãe. Outro tipo de
reprodução assexual é encontrado em algumas espécies que se reproduzem por apomixia. Nesse
tipo de reprodução a formação do zigoto ocorre sem concomitante meiose e fertilização
(desenvolvimento de células diplóides do óvulo sem ter ocorrido meiose. Ex: Compositae, dente-
de-leão).

A reprodução sexual é encontrada em praticamente todas as plantas superiores. Neste tipo de


reprodução, o novo organismo tem constituição genética que pode ou não diferir da constituição
genética dos pais. A produção de gametas nas plantas envolve a formação de órgão reprodutivo
especializado, a flor. Em geral, o aparecimento da flor é considerado como o início da reprodução
sexual.

O termo algas não tem, nos dias atuais, nenhum significado taxonômico definido. Linnaeus no
século XVIII foi o primeiro a utilizar este termo para designar uma das ordens de plantas que,
juntamente com Fungos, Briófitas e Pteridófitas, foi agrupada numa mesma categoria
denominada Criptógamas. Posteriormente, descobriu-se que a maioria dessas algas era na
realidade, classificada como sendo uma hepática – grupo de briófitas que será estudado na
próxima unidade. Com o aumento dos conhecimentos, principalmente bioquímicos,
ultraestruturais e fisiológicos, tornou-se evidente que esse grupo chamado algas é extremamente
artificial, compreendendo organismos pertencentes a várias linhas evolutivas.
2

2. Reprodução
A reprodução é uma característica de todos os seres vivos. Ela é fundamental para a manutenção
da espécie.

São vários os tipos de reprodução que os seres vivos apresentam, mas todos eles podem ser
agrupados em duas grandes categorias: a reprodução assexuada e a sexuada.

2.1. Reprodução Assexuada


A reprodução assexuada não envolve trocas de gametas entre os indivíduos e os indivíduos que
surgem por ela são geneticamente idênticos entre si.

São vários os tipos de reprodução assexuada, como a bipartição, brotamento, regeneração e


esporulação e outras.

2.1.1. Bipartição
Este tipo de reprodução é o processo em que uma célula se divide em duas, por mitose, e origina
duas células geneticamente idênticas, encontramos este tipo de reprodução em bactérias e
protozoários.

2.1.2. Brotamento
Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e após um tempo se desprende,
passando a ter uma vida independente. Podemos citar como exemplos de organismos que se
reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até certas plantas.

2.1.3. Regeneração
Alguns organismos possuem uma capacidade de regeneração muito grande. Quando algum
fragmento é retirado, ao encontrar condições ideais de sobrevivência, pode se regenerar e dar
origem a um novo indivíduo. Isto pode acontecer nas planárias, esponjas e algumas plantas.

2.1.4. Esporulação
A esporulação é o processo de reprodução onde os organismos produzem esporos que são
liberados no ambiente e quando encontram condições favoráveis, germinam.

Encontramos este tipo de reprodução em fungos e algas.


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2.1.5. Processos mais comuns da reprodução assexuada


 Biparticao
 Gemulacao
 Divisao multipla
 Multiplicacao vegetativa
 Partenogenese
 Esporulacao e
 Fragmentacao

2.2. Casos especiais de reprodução


2.2.1. Partenogênese
São fêmeas que apresentam a habilidade de procriar sem que haja um parceiro sexual, havendo a
participação apenas da gameta feminina. Ex: abelhas, lagartos e alguns peixes.

2.2.2. Pedogénese
A pedogênese ocorre, geralmente, em indivíduos em estágio larvário. Estes podem dar origem a
novas larvas, por células não-reprodutivas. O caramujo é exemplo.

2.3. Reprodução Sexuada


O que caracteriza a reprodução sexuada é a ocorrência de gametas que ao se unirem formam um
novo ser geneticamente diferente dos progenitores.

Esta diferença ocorre porque no processo de formação dos gametas ocorre a meiose, e nela ocorre
a recombinação gênica.

Algumas espécies apresentam indivíduos do sexo masculino e outros do sexo feminino. Estas
espécies são chamadas de dioicas porque os sexos são separados. A fecundação entre eles pode
ser interna ou externa.

Espécies que apresentam os dois sexos em um mesmo organismo são chamadas de hermafroditas
ou monoicas. Elas produzem tanto gametas masculinos quanto femininos. Podem fazer
autofecundação, ou seja, o espermatozoide fecunda o óvulo da mesma planta.
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2.3.1. Poliembrionia
Durante a mitose, cada célula pode dar origem a um novo indivíduo. O resultado deste caso
especial de reprodução é o nascimento de dois ou mais seres, muito semelhantes e, do mesmo
sexo. Gêmeos univitelinos são formados por este processo.

2.3.2. Poliovulação
Gêmeos bivitelinos são resultantes de poliovulação.

Esta ocorre quando a fêmea libera mais de um óvulo durante a ovulação, estes sendo fecundados
por espermatozoides distintos. Assim, os indivíduos são geneticamente diferentes.

2.3.3. Cuidados com a Prole


Todo comportamento, materno ou paterno, de cuidado com a prole, é chamado de cuidado
parental. O cuidado parental aumenta a probabilidade de sobrevivência dos filhotes e
consequentemente, aumenta o sucesso reprodutivo da espécie.

O cuidado parental pode ter início antes mesmo do nascimento da prole. É o caso do preparo de
ninhos, tocas e outros abrigos para receber os filhotes ou ovos.

Muitos pássaros incubam seus ovos sentando sobre eles ou mantendo-os entre os pés, para
protegê-los do frio e garantir que os embriões permaneçam aquecidos.

Existem vários tipos de cuidados com a prole, entre eles:

Monogamia: geralmente, tanto o pai como a mãe cuidam da prole, muito comum nas aves.

Poliginia: o cuidado parental costuma ser realizado pela fêmea; este é o caso da maioria das
espécies de mamíferos.

Poliandria: comum que apenas os machos apresentem comportamentos de cuidados com os


descendentes; este é o caso dos cavalos-marinhos.

Poligamia: qualquer um dos sexos pode realizar o cuidado parental, sendo também comum a
ausência desse tipo de comportamento. Exemplo: peixes
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2.3.4. Algas
As algas são cosmopolitas e têm uma ampla distribuição em todos os oceanos e continentes. São
organismos predominantemente aquáticos, embora possam ser encontradas em ambientes tão
diversificados como: areias do deserto, neve (Chlamydomonas nivalis), troncos de árvores
(Trentepohlia sp), pele de animais terrestres (Cyanoderma, uma alga azul que só é encontrada nos
pelos do bicho-preguiça), paredes e solos úmidos.

Diversas algas são endófitas, isto é, crescem dentro de outras plantas: a cianofícea Anabaena
azollae cresce dentro das folhas de Azolla (pteridófita aquática) e espécies de Anabaena e Nostoc
vivem nos talos de Anthoceros (briófita), raízes de Cycadaceae (gimnosperma) e rizomas de
Gunnera (angiosperma).

As algas aquáticas podem ocorrer em água doce, estuarina, marinha ou hipersalina.

Algumas podem tolerar uma grande variação de salinidade e temperatura. As microalgas


aquáticas podem viver suspensas na massa d'água formando o fitoplâncton. As algas bentônicas
vivem fixas aos mais diversos substratos tais como rochas, areia, lodo, outras algas ou plantas e
sobre pele, carapaça e concha de animais.

As algas macroscópicas (macroalgas) marinhas são sempre bentônicas e vivem no mediolitoral -


faixa do litoral que fica exposta durante as marés baixas e no infralitoral – faixa abaixo da linha
das marés mais baixas até profundidades de 250 metros em locais onde a água é extremamente
transparente. As únicas exceções são as algas pardas do gênero Sargassum (S. natans e S.
fluitans) cujos talos vivem totalmente desprendidos dos substratos formando enormes balsas
flutuantes no Mar dos Sargassos, no Atlântico Norte.

2.3.5. Tamanho, morfologia do talo e tipo de crescimento


A forma e o tamanho das algas variam desde a relativa simplicidade de um pequeno talo
unicelular até talos de grande complexidade exibidos pelas feofíceas. Enquanto a cianofícea
Micromonas pusilla mede apenas 1 a 1,5 μm de diâmetro, algas pardas gigantes como
Macrocystis podem atingir 60 m de comprimento. No Brasil, as maiores algas são duas espécies
de Laminaria que crescem nas águas frias ao largo da costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo
e que chegam a atingir 4 m de comprimento.
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Podemos reconhecer nas algas, entre os vários tipos morfológicos, os seguintes tipos básicos de
talos:

Talo unicelular: indivíduo formado por uma célula. Pode ser imóvel – talo cocóide ou espiralado,
ou móvel através de flagelos – talo monadal.

Talo colonial: agregado de vários indivíduos imóveis ou flagelados. Quando o número e a


disposição de indivíduos da colônia são fixados geneticamente a colônia é conhecida como
cenóbio. Os cenóbios podem ser móveis ou não e são comuns em clorófitas (Figura 35).

Talo cenocítico: a partir de uma célula inicial e uninucleada o talo cresce através de sucessivas
divisões do núcleo e das demais organelas sem haver divisão celular. O talo cenocítico pode
atingir tamanhos consideráveis sem formação de septos dividindo-o em células, e seus filamentos
podem ter impregnação de carbonato de cálcio. Este tipo de talo é comum nas algas verdes,
principalmente nas regiões tropicais. (Figuras 28, 37 e 38)

Talo multicelular: formado por várias células e neste caso os talos podem ser:

O termo alga (usado desde 1753) é aplicado a uma variedade de organismos.

Caráter comum: ausência de órgãos reprodutores multicelulares (há exceção).

Habitat: água doce ou salgada, no solo ou em associação com fungos (formando os líquens) ou
certos animais.

Importância

 Produtores primários
 Oxigenam o ambiente
 Podem fixar nitrogênio atmosférico
 Servem de alimento
 Uso em produtos industrializados
 Podem excretar produtos tóxicos: "maré vermelha"
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2.4. Reprodução sexuada


2.4.1. A evolução da diploidia
Os primeiros eucariontes eram provavelmente haplóides e assexuados. Estabelecida a reprodução
sexuada, foi possível a diploidia.

2.4.2. Isogamia
Isogamia é um tipo de fecundação em que os gametas masculino e feminino são
morfologicamente (tamanho) e fisiologicamente (motilidade) idênticos.

2.4.2.1.Características
Esse é o tipo mais primitivo de fecundação, sendo encontrado em algas clofíceas (algas verdes) e
fungos. Em algas clorofíceas, há isogamia de fato, mas apenas um dos gametas formados por um
dos núcleos haplóides da alga, movimenta-se em direção ao outro, embora esse tenha capacidade
de movimentar-se e deslocar-se em direção ao outro. Nesse caso, embora ocorra isogamia, é mais
prudente e correto chamarmos de anisogamia funcional (como ocorre com a alga clorofícea do
gênero Spirogyra.

2.4.2.2.Evolução
Parece que é o primeiro estágio da reprodução sexual. Em diferentes linhagens (plantas, animais),
essa forma de reprodução evoluiu independentemente para espécies de anisogâmicas com
gametas tipos de mal e fêmea para oogâmica em qual o gameta feminino é muito maior que o mal
e não tem capacidade de se mover. Como um bom argumento, isso foi impulsionado pelas
restrições físicas nos mecanismos pelos quais dois gametas foram obtidos conforme necessário
para reprodução sexual.

2.4.3. Oogamia
A oogamia é o tipo de reprodução encontrado nos animais vertebrados, plantas terrestres e
algumas algas.

2.4.4. Heterogamia
Heterogamia é o tipo de reprodução sexuada em que os gametas são diferentes. Pode ser do tipo
anisogamia, onde os gametas são diferentes no aspecto morfológico (tamanho), sendo o feminino
maior que o masculino, porém ambos são móveis; também pode ser do tipo oogamia, onde
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existem duas diferenças: uma morfológica (tamanho) e outra fisiológica (motilidade ou


mobilidade), em que o gameta feminino é maior e imóvel, e o masculino, menor e móvel.

2.4.5. Ciclo de vida


Em algumas algas pardas pode haver reprodução vegetativa através da formação de pequenas
estruturas melticelulares especialmente formadas nos talos. Essas gemas são chamadas
propágulos e, ao se destacarem, dão origem a novos indivíduos geneticamente idênticos ao talo
que as originou (Sphacelaria). Talos de Sargassum do Mar dos Sargassos se reproduzem através
da fragmentação.

A reprodução assexuada ocorre através de zoósporos haplóides biflagelados formados em


meiosporângios unicelulares.

A reprodução sexuada pode ser: isogâmica ou anisogâmica com gametas masculinos e femininos
biflagelados formados em gametângios pluricelulares (Ectocarpus), ou oogâmica com gameta
masculino uniflagelado ou biflagelado produzido em anterídio unicelular (Laminaria,
Desmarestia) ou pluricelular (Dictyota, Padina) e a oosfera imóvel produzida em oogônio
unicelular (1 - 8/oogônio). A fecundação é sempre externa.

2.4.6. Espectro de Absorção dos pigmentos


2.4.6.1.Cyanophyta
 Procarióticas unicelulares, filamentosas ou coloniais.
 Pigmentos: clorofila a, xantofilas, β-caroteno e ficobilinas (ficocianina e ficoeritrina).
 Habitat: água doce, marinho, terrestres, em fontes termais, simbiontes.
 Núcleo indiferenciado sem organelas citoplasmáticas, pigmentos em lamelas
citoplasmáticas.
 Reprodução: divisão celular e fragmentação;
 Especializações celulares: acinetos e heterocistos.
 Parede celular: celulósica (pode ter bainha mucilagenosa).

2.4.6.2.Chlorophyta
 Pigmentos: clorofila a b, betacaroteno e várias xantofilas
 Organização celular: podem ser cenocíticas; ter de um até muitos cloroplastos com formas
diversas.
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 Distribuição: ampla, predominam em água doce.


 Reprodução assexuada (divisão, fragmentação ou esporos).
 Reprodução sexuada: conjugação, formação de gametas.
 Material de reserva: amido nos cloroplastos
 Multiplicidade celular, dependendo do plano de divisão.

2.4.6.3.Euglenophyta
 Unicelulares flagelados sem parede celular, podem não ter pigmentos. Se presente,
possuem clorofila a, b ecarotenóides.
 Vivem em água doce, mas podem habitar água salgada; geralmente são mixotróficos e
maioria são heterotróficos.
 Reserva: paramido no citosol
 Só há reprodução assexuada (divisão celular)

2.4.6.4.Filo Bacillariophyta (antigamente dentro de Chrysophyta)


(Diatomáceas)

 Importantíssimo componente do fitoplâncton


 pigmentos: clorofila a, c e xantofilas (principalmente fucoxantina)
 Ausência de flagelo;
 Parede cel. peculiar (pectina e sílica) dividida em 2 partes (tecas)
 Unicelular ou filamentosa, reprodução assexuada (divisão longitudinal) e sexuada.

2.4.6.5.Phaeophyta
 Quase totalmente marinhas; atingem até 20 a 30m de profundidade.
 Águas temperadas e polares, não há organismos unicelulares, apresentam clorofilas a e c ,
carotenóides (incluindo a fucoxantina)
 Material de reserva: carboidrato laminarina (nos vacúolos)
 Parede celular: celulose, mucilagem e alginato (estabilizante e espessante na produção de
cremes, sorvetes, indústria farmacêutica)
 Fertilizante; suplemento como fonte de iodo e potássio maioria dos ciclos com alternância
de gerações.
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Talo pode ser diferenciado em regiões:

 Apressório
 Estipe
 Lâmina

2.4.6.6.Rhodophyta
 Quase totalmente marinhas, crescendo até 175 m.
 Pigmentos: ficobilinas, clorofila a e carotenóides.
 Reserva: amido florídeo
 Paredes celulares com substâncias mucilaginosas (polímeros de galactose sulfatada)
 Podem formar “algas coralígenas”
 Reprodução sexuada por oogamia

2.4.6.7.Pyrrophyta ou Dinophyta
 “Dinoflagelados” maioria unicelular 2 flagelos desiguais, perpendiculares, no interior de
sulcos (ou sem flagelos). Marinhos e de água doce; muitas placas de celulose duras (teca)
como uma armadura;
 Pigmentos: ausentes (1/2 das sp não é fotossintetizante); ou clorofilas a e c, carotenóides.
 Reservam amido no citoplasma.
 Reprodução: sexuada; por divisão longitudinal

2.4.7. Reprodução das Plantas


2.4.7.1.Reprodução vegetativa (mecanismos)
A capacidade de regenerar uma planta, uma propriedade de praticamente todas as células vivas de
plantas, tem sido demonstrada em vários sistemas de células e de tecidos (alguns tecidos
regeneram mais facilmente que outros). Essa capacidade depende de duas

2.4.7.2.Características fundamentais das células de plantas


 A primeira delas é a totipotência das células das plantas, o que significa dizer que as
células contêm toda a informação genética em seu núcleo necessária para reproduzir uma
planta inteira. Portanto, as células são autônomas e possuem a potencialidade de regenerar
plantas, desde que submetidas a tratamentos adequados.
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 A segunda é a desdiferenciação, a capacidade de uma célula diferenciada nucleada de


retornar à condição de célula meristemática e desenvolver um novo ponto de crescimento.

OBS: em muitos casos, a presença de gemas é também fundamental na propagação vegetativa


(propagação por estacas, pedaços de rizomas)

A generalização da totipotencialidade e da propagação vegetativa como um todo, todavia, não


tem sido sempre facilmente demonstrada. Por exemplo, são conhecidas muitas espécies cuja
capacidade de regeneração não foi ainda evidenciada na prática. Além disso, sabe-se que certos
tecidos são mais favoráveis à regeneração do que outros.

Na natureza, os mecanismos de reprodução vegetativa em plantas superiores apresentam um alto


grau de diversificação. Diferentes órgãos estão adaptados à reprodução vegetativa.

Muito freqüentemente, novas plantas são originadas a partir de caules. Em muitas cactáceas,
partes do caule se quebram, formam raízes quando em contato com o solo e se estabelecem como
uma nova planta. Em muitas plantas herbáceas, como Bidens pilosa (picão), os caules podem
formar raízes quando em contato com o solo. Outros tipos de caules, tais como estolões,
tubérculos, rizomas e bulbos, são exemplos de meios de propagação vegetativa em muitas plantas
como morango, batatinha, tiririca, bananeira, samambaias e algumas gramíneas.

As folhas podem também servir como órgãos reprodutivos. Em muitas crassuláceas, como
Bryophyllum calicynum, a folha possui gemas nas margens, as quais originam muitas novas
plantas quando a folha é destacada da planta. Já em espécies do gênero Kalanchoe, as novas
plântulas são formadas nas margens do limbo da folha, mesmo antes da queda da folha.

Ao atingir certo estádio, estas novas plântulas caem no solo e desenvolvem-se em novas plantas
independentes.

Em muitas espécies do cerrado, as raízes produzem gemas que podem se desenvolver e formar
novas plantas.

As flores e inflorescências podem, em alguns casos, sofrer modificações na sua estrutura,


passando a funcionar como órgão de reprodução vegetativa. A flor, parcialmente desenvolvida,
pode se modificar e formar uma plântula com capacidade de enraizar. Esses casos de viviparidade
são comuns em monocotiledôneas, como no caso de certas espécies de agave.
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A maioria dos métodos de reprodução vegetativa (naturais ou artificiais) torna possível uma
rápida proliferação das plantas, quando as condições são favoráveis. Na reprodução vegetativa,
toda uma população oriunda de uma única planta apresenta a mesma constituição genética
(clone). Isto pode ser altamente vantajoso para a espécie, desde que o seu genótipo esteja bem
adaptado ao seu meio ambiente.

2.4.8. Controle da reprodução vegetativa pelo meio ambiente e por fatores internos
Em muitos casos, fatores externos controlam a reprodução vegetativa. Em alguns deles, as
condições ambientais que favorecem a reprodução vegetativa são as mesmas que inibem a
floração ou, em outras espécies, levam a planta à dormência. Por exemplo, algumas espécies de
begônia exigem mais de 12 horas de luz diária para crescimento e floração, enquanto que dias
mais curtos causam formação de tubérculos e induzem dormência. Estes tubérculos contêm
gemas que poderão originar novas plantas quando as condições ambientais forem favoráveis.

Em espécies do gênero Kalanchoe, as plântulas somente se formam nas margens do limbo foliar
quando as plantas estão submetidas a dias longos ou luz contínua. Quando plantas de Epilobium
hirsutum são submetidas a tratamentos de dias curtos, os ramos usualmente ortogravitrópicos (ver
gravitropismo em auxinas) se tornam plagiogravitrópicos positivos (estolões), favorecendo a
formação de raízes adventícias e permitindo o desenvolvimento de novos indivíduos. Em
morango, dias longos e temperaturas altas, também favorecem a formação de estolões, os quais
poderão originar novas plantas.

Dos mecanismos internos que controlam a reprodução vegetativa, os hormônios parecem


desempenhar papel importante. Muitas evidências para isto têm sido obtidas em cultura de tecido.
Por exemplo, a formação de raiz, parte aérea ou callus é regulada pela disponibilidade e interação
de auxinas e citocininas. Estes dois hormônios são importantes na estimulação da divisão celular.

2.5. Reprodução sexual


2.5.1. Aspectos genéticos
Embora a reprodução vegetativa apresente vantagens a curto prazo, como a rápida propagação, a
longo prazo a reprodução sexual é a mais importante para a perpetuação das espécies. A
reprodução sexual favorece a diversificação genética das populações por meio de recombinação
de genes e também permite que mutações favoráveis se propaguem na população. Essa
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capacidade de produzir diferentes genótipos, por meio da reprodução sexual, permite que as
espécies sobrevivam às variações do ambiente.

A reprodução sexual nas angiospermas pode ser dividida didaticamente em três etapas:
polinização, germinação do grão-de-pólen e fecundação.

A polinização consiste na deposição do grão-de-pólen, produzido na antera, sobre o estigma. A


polinização pode ser direta, a qual permite a autofecundação, ou cruzada, a qual favorece a
fecundação cruzada. A autofecundação não é vantajosa para a evolução da espécie, pois não
ocorre fusão de células de indivíduos diferentes, não aumentando a variabilidade genética da
espécie. Mecanismos que dificultam a autofecundação, tais como, autoesterilidade masculina,
protandria (dicogamia na qual os órgãos sexuais masculinos se desenvolvem antes dos
femininos), protoginia (órgãos sexuais femininos amadurecem antes dos masculinos) e
heterostilia, evidenciam as vantagens evolutivas do sistema de fecundação cruzada, que permite
maior variabilidade genética.

2.5.2. Sincronização da reprodução


Há duas fases no ciclo de vida de muitas plantas em que as variações sazonais atuam
seletivamente através de respostas fisiológicas:

Uma destas fases é a sobrevivência às condições desfavoráveis. Em regiões climáticas onde o


crescimento é limitado por condições desfavoráveis de temperatura ou falta de água em certas
estações, a sobrevivência das espécies ocorre através de uma fase resistente de dormência
(dormência de sementes, dormência de gemas na parte aérea, dormência de gemas em órgãos
subterrâneos). Assim, as respostas fisiológicas que induzem ou removem a dormência são de
grande valor seletivo, pois permitem que muitas espécies resistam, em estado de dormência, às
condições climáticas desfavoráveis ao crescimento.

A outra fase é encontrada durante o processo de reprodução sexual. A sincronização da floração


aumenta a possibilidade de polinização e de fertilização cruzadas e também assegura o
desenvolvimento posterior das sementes em condições climáticas favoráveis.

Assim, ocasionalmente, certas plantas como bambus e agaves, com ocorrência de poucos
indivíduos em vastas áreas, após muitos anos de crescimento vegetativo, florescem
simultaneamente (isso permite a polinização, a fecundação e a perpetuação das espécies). Embora
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não se conheçam precisamente as causas dessa sincronização, acredita-se que seja devido a uma
combinação de fatores. Ou seja, as plantas da mesma espécie devem apresentar respostas
fisiológicas semelhantes às variações do ambiente.

2.5.3. A reprodução sexual e os fatores ambientais


Durante o desenvolvimento pós-embrionário, o meristema apical da parte aérea passa por três
estádios mais ou menos bem definidos:

 Estádio Juvenil - não tem capacidade de floração;


 Estádio Adulto Vegetativo – adquire maturidade para a floração, se torna competente;
 Estádio Adulto Reprodutivo – após a percepção do sinal indutor (externo ou interno), a
planta inicia o florescimento, se torna determinada. Ela é capaz de seguir o mesmo
programa de desenvolvimento, mesmo após remoção do sinal indutor.

A duração da fase juvenil depende da espécie, variando de poucos dias nas plantas herbáceas até
30 ou 40 anos em algumas espécies arbóreas. Uma vez que a fase adulta tenha sido atingida, ela
permanece relativamente estável até ocorrer o florescimento. Esta estabilidade é mantida durante
a propagação vegetativa. Por exemplo, em manga (Mangifera indica), plantas juvenis (mudas)
podem ser induzidas ao florescimento, enxertando-as com ramos de uma árvore madura (adulta).

A transição de uma fase para outra, depende de fatores ambientais e, ou de sinais associados ao
desenvolvimento da planta (hormônios?). Discutiremos abaixo os efeitos de alguns fatores
ambientais na promoção do florescimento e, também, o envolvimento de fatores bioquímicos
(como os hormônios) no controle do florescimento.

2.5.3.1.Temperatura
Em regiões tropicais, onde não há grandes variações de temperatura, algumas plantas
desenvolveram uma certa sensibilidade às mudanças de temperatura, a qual age como agente
modulador da floração. Assim, em algumas orquídeas, como Dendrobium crumenatum, uma
queda de temperatura de cerca de 5ºC, que pode ser causada por chuva induz rápido
desenvolvimento de flores.

Em outras espécies, o número de inflorescências pode ser influenciado pela alternância de


temperaturas noturna e diurna, sendo que altas temperaturas noturnas parecem afetar
negativamente, diminuindo o número de flores. Na década de 1940, F. Went e colaboradores
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mostraram que plantas de tomate (Lycopersicum esculentum), mantidas em temperatura


constante (18 ou 26ºC) durante as 24 horas do dia, não cresciam bem e não produziam frutos na
temperatura mais elevada (26ºC). As plantas mantidas sob temperaturas alternadas (26ºC durante
o dia e 18oC durante a noite) cresciam vigorosamente e produziam um número máximo de flores
e de frutos. Para ser efetiva, a diferença de temperatura deveria coincidir com o ciclo dia-noite.
Quando o ciclo de temperatura era invertido, ou seja, a maior temperatura ocorria durante o
período noturno, as plantas cresciam menos que em temperatura constante (26ºC) durante as 24
horas. Para descrever esse fenômeno, Went propôs o nome de TERMOPERIODISMO, o qual se
refere à resposta de plantas aos diferentes regimes de temperatura diurna e noturna.

É agora reconhecido que muitas plantas se desenvolvem melhor com um regime de temperatura
diferencial entre o dia e a noite. Vale salientar que esse efeito do regime de temperatura ocorre,
primariamente, sobre o crescimento vegetativo. O que influencia mais o florescimento é o
fotoperiodismo (veremos abaixo).

2.5.3.2.Queimadas
As queimadas podem ser de origem natural (descargas elétricas) ou causadas pelo homem. As
conseqüências das queimadas para o meio ambiental e a vida do nosso planeta têm sido
continuamente estudadas e debatidas. As conseqüências imediatas de uma queimada seriam:
aumento de temperatura; destruição de fitomassa; alterações na umidade, na matéria orgânica e
na microflora do solo; retirada da cobertura do solo tornando-o mais sujeito à erosão; alterações
na composição da flora.

2.5.3.3.Fotoperiodismo
O comprimento do dia (período luminoso) varia amplamente no globo terrestre, em função da
latitude e da época do ano. A capacidade dos organismos para medir o comprimento do dia é
conhecida como FOTOPERIODISMO. Este fenômeno influencia muitos aspectos do
desenvolvimento da planta, tais como, desenvolvimento de tubérculos, queda de folhas e
dormência. Porém, a mudança do estádio vegetativo para o reprodutivo, ou seja, o florescimento,
é o que tem despertado maior interesse.

O fotoperiodismo reflete, quase certamente, a necessidade da planta para sincronizar o seu ciclo
de vida em relação às estações do ano. Não surpreendentemente, as respostas fotoperiódicas são
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mais importantes para plantas de regiões subtropicais e temperadas (altas latitudes), onde as
variações sazonais no comprimento do dia são pronunciadas.

As respostas fotoperiódicas geralmente são divididas dentro de três categorias fundamentais:

Plantas de dias curtos (PDC) – Plantas de dias curtos são aquelas que florescem somente em
resposta a um determinado valor de comprimento do dia (período de luz) que é menor do que um
certo valor crítico, dentro de um período de 24 horas.

Plantas de dias longos (PDL) – As plantas de dias longos são aquelas que florescem somente em
resposta a um determinado valor de comprimento do dia (período de luz) que é maior do que um
certo valor crítico, dentro de um período de 24 horas.

 PDC (plantas de dias curtos);


 PDL (plantas de dias longos);
 PN (plantas neutras ou indiferentes);

Um ponto importante a ser entendido é que a distinção entre plantas de dias curtos (PDC) e
plantas de dias longos (PDL) não é baseada sobre o comprimento absoluto do dia (período de
luz). Como descrito acima, a classificação de PDC e PDL depende do comportamento das plantas
em relação ao seu fotoperíodo crítico. Plantas que florescem quando o comprimento do dia é
menor que o comprimento máximo crítico, são classificadas como PDC. Aquelas que florescem
em resposta a um comprimento do dia maior que um valor mínimo crítico são classificadas como
PDL.
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3. CONCLUSÃO
As briófitas são atualmente plantas com eminente sucesso, sobrevivendo em condições
ambientais extremas onde poucas outras plantas conseguem tolerar. Elas são largamente
distribuídas em todo o mundo, de ambientes árticos e alpinos aos trópicos úmidos, do semiárido à
ambientes aquáticos. São predominantemente terrestres e crescem melhor em ambientes úmidos e
sombreados e algumas espécies são dulciaquícolas. Nenhuma briófita cresce no mar. Crescem
diretamente nos solos, em superfícies de rochas com pouco solo, em troncos de árvores vivas ou
mortas, sobre folhas.
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRI, M. G. (Coord.) Fisiologia Vegetal, volumes 1. e 2. 2nd ed. São Paulo: EPU, 1985, 361p.

HOPKINS, W. G. Introduction to Plant Physiology. 2nd ed. New York: John Wiley & Sons, Inc.,
2000, 512p.

SALISBURY, F. B., ROSS, C. W. Plant Physiology. 4th ed. California: Wadsworth Publishing
Company, Inc., 1991, 682p.

TAIZ, L., ZEIGER, E. Plant Physiology. 1st ed. California: The Benjamin/Cummings Publishing
Company, Inc., 1991, 559p.

BONONI, V.L.R.; GRANDI, R.A.P. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos: Noções


Básicas de Taxonomia e Aplicações Biotecnológicas. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente,
Instituto de Botânica. 181 p. 1999.

ESPOSITO, E.; AZEVEDO, J.L. Fungos: Uma Introdução à Biologia, Bioquímica e


Biotecnologia. Caxias do Sul: EDUCS. 510 p. 2004..

GUERRERO, R.T.; SILVEIRA, R.M.B. Glossário Ilustrado de Fungos: Termos e Conceitos à


Micologia. 2ª ed. Porto Alegre: UFRGS. 93 p. 1996.

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