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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Fungos
Estefania De Emílio - 708192558

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Ano de frequência: 3º Ano
Disciplina: Bioquímica
Turma: D
Docente:

Gurué, Julho de 2021


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Fungos
Estefania De Emílio - 708192558

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na Faculdade de Educação da
Universidade Católica de Moçambique,
extensão de Nampula no curso der
licenciatura em Ensino de Biologia, na
cadeira de Microbiologia, leccionado pelo
docente

Nampula, Julho, 2021


Índice
Fungos.........................................................................................................................................4

Características gerais dos fungos................................................................................................4

Clasificação dos Fungos.............................................................................................................5

A. Filo Glomerulomycota, ordem mucora/es.......................................................................6

B. Filo Ascomycota (ascomicetos).......................................................................................6

C. Filo Basidiomycota (basidiomicetos).....................................................................................6

Importância dos fungos...............................................................................................................6

Morfologia básica.......................................................................................................................8

Processos reprodutivos de fungos.............................................................................................10

Reprodução assexual.................................................................................................................10

reprodução sexuada...................................................................................................................11

Incompatibilidade sexual..........................................................................................................12

Feromônios sexuais...................................................................................................................13

Conclusão..................................................................................................................................14

Referências Bibliográficas........................................................................................................15

ii
Introdução
Neste trabalho vai se falar o assunto fungos, mas concretamente sobre a definico de fungos, as
características gerais, a classificação dos fungos, as formas de reproduzzao

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Fungos
Os fungos são protistas não fotossintéticos que crescem como uma massa de
filamentos ramificados e entrelaçados ("hifas"), conhecida como micélio. O maior micélio em
extensão contínua produzido por um fungo foi encontrado no leste do Ogegon (EUA)
abrangendo uma área de 2.400 acres (9,7 km2).
Embora as hifas exibam paredes transversais, tais paredes são perfuradas, permitindo a
livre passagem dos núcleos e do citoplasma. Por conseguinte, o microrganismo como um todo
é um cenócito (massa multinucleada de citoplasma contínuo) confinado dentro de uma série
de tubos ramificados. Esses tubos, constituídos de polissacarídeos, como a quitina, são
homólogos às paredes celulares. As formas miceliais são denominadas bolores; alguns tipos,
conhecidos como leveduras, não formam micélio, mas são facilmente reconhecidos como
fungos pela natureza de seus processos de reprodução sexuada e pela presença de formas de
transição.
Os fungos provavelmente representam um ramo evolutivo dos protozoários. Não têm
qualquer relação com os actinomicetos, que consistem em bactérias miceliais com as quais se
assemelham superficialmente. As principais subdivisões (phyla) dos fungos são:
Chytridiomycota, Zygomycota (os zigomicetos), Ascomycota (os ascomicetos),
Basidiomycota (os basidiomicetos) e os "deuteromicetos" (ou fungos imperfeitos)
[ CITATION Mad16 \l 2070 ].
A evolução dos ascomicetos a partir dos ficomicetos é observada em um grupo de
transição cujos membros formam um zigoto, que, em seguida, se transforma diretamente em
asco.
Acredita-se que os basidiomicetos tenham evoluído a partir dos ascomicetos.

Características gerais dos fungos


Segundo [ CITATION Sup161 \l 2070 ], os fungos apresentam um conjunto de
características próprias que permitem sua diferenciação das plantas:
 Não sintetizam clorofila
 Não tem celulose na sua parede celular, excepto alguns fungos aquáticos
 Não armazenam amido como substância de reserva
 Presença de quitina na parede
 Capacidade de armazenar glicogênio

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A presença de substãncias quitinosas na parede da maior parte das espécies fúngicas e
a sua capacidade de depositar glicogénio os assemelham às células animais (Levinson, 2010).
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou
multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores. Seu citoplasma
contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso (Levinson, 2010) citado por
[ CITATION Sup161 \l 2070 ].
São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta – fungos saprófitos, ou viva –
fungos parasitários (idem).
Suas células que possuem vida «independente» e não se reúnem para formar tecidos
verdadeiros (ibidem)
Os componentes principais da parede celular são hexoses e hexoaminas, que formam
mananas, ducanas e galactanas. Alguns fungos têm parede rica em quitina (N-acetil
glicosamina), outros possuem complexos polissacarídios e proteínas, compredominãncia de
cisteína (Opassim).

Clasificação dos Fungos


A classificação dos fungos é baseada principalmente nas características dos esporos
sexuais e dos corpos de frutificação, na natureza de seus ciclos de vida e nas características
morfológicas de seus micélios vegetativos ou de suas células (Pelczar Jr, Chan, & Krieg,
1996) apud [CITATION Sup161 \p 93 \l 2070 ].
Entretanto, muitos fungos produzem esporos sexuais sob certas condições ambientais.
Aqueles que possuem todos os estágios sexuais conhecidos são denominados fungos perfeitos
e os que não possuem, fungos imperfeitos. Os fungos imperfeitos são classificados
arbitrariamente, num primeiro momento, e são colocados provisoriamente em uma classe
especial denominada Deuteromycetes. Quando o seu ciclo sexual é descoberto
posteriormente, são então reclassificados entre outras classes e recebem novos nomes (Pelczar
Jr, Chan, & Krieg, 1996) apud (Supinho, ob. Cit,).
De acordo com [ CITATION Bro14 \l 2070 ],

As primeiras classificações dos fungos em filos eram baseadas por características


fenotípicas. Essa abordagem foi substituí da pela sistemática molecular, que reflete
com maior acurácia as complexas relações filogenéticas. Há algumas ambiguidades
sobre a divergência entre fungos e animais e seus ancestrais. Os fungos inferiores
foram alocados no filo Zygomycota, porém esses organismos mostraram ser
polifiléticos, sendo realocados e cerca de 85% dos patógenos humanos. Os demais
fungos patogênicos são membros do filo Basidiomycota (basidiomicetos), ou da
5
ordem Mucorales do filo Glomerulomycota. em um novo filo denominado
Glomerulomycota com quatro subfilos. Dois subfilos contêm as ordens dos fungos
filamentosos zoopatogênicos, Mucorales e Enomophthorales. Por outro lado, os dois
maiores ftlos, Ascomycota e Basidiomycota, são bem definidos, baseados em análises
filogenéticas. O filo Ascomycota (ou ascomicetos) abrange mais de 60% dos fungos
conhecidos.(p. 675).

Muitos fungos patogênicos foram inicialmente classificados com base em suas


estruturas reprodutivas assexuais. Durante a infecção para se tornarem um patógeno de
sucesso, alguns fungos aparentemente perderam a habilidade de reprodução sexual. De acordo
com estes autores, a classificação dos fungos quanto a reprodução é simplificada e somente
representa os grupos taxonómicos que incluem os principais patógenos humanos, neste
contexto, são classificados em .

A. Filo Glomerulomycota, ordem mucora/es


A reprodução sexuada resulta em um zigósporo. Ocorre reprodução assexuada através
de esporângios. As hifas vegetativas apresentam septos esparsos. Exemplos: Rhizopus,
Lichtheimia, Mucor, Cunninghamella.

B. Filo Ascomycota (ascomicetos)


A reprodução sexuada envolve um saco, ou asco, no interior do qual ocorrem cariogamia e
meiose, produzindo ascósporos. A reprodução assexuada se dá através de conídios. Os
ascomicetos apresentam hifas septadas. Exemplos: a maioria das leveduras patogênicas
(Saccharomyces e Candida) e dos bolores (Coccidioides, Blastomyces, Tricophyton).

C. Filo Basidiomycota (basidiomicetos)


A reprodução sexuada resulta na formação de hifas dicarióticas e quatro basidiósporos
sustentados por um basídio em forma de clava. As hifas possuem septos completos.
Exemplos: cogumelos, Cryptococcus.

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Importância dos fungos
Os humanos têm sido indiretamente conscientes de fungos desde que o primeiro pão
de folhas foi assado e a primeira banheira de uva deve ser transformada em vinho. Os povos
antigos estavam familiarizados com a devastação dos fungos na agricultura, mas atribuíram
essas doenças à ira dos deuses. Os romanos designaram uma divindade particular, Robigus,
como o deus da ferrugem e, em um esforço para acalmá-lo, organizou um festival anual, o
Robigalia, em sua honra.[ CITATION Mad16 \l 2070 ]
Os fungos estão em todos os lugares em grande número — no solo e no ar— em lagos,
rios e mares, dentro e dentro de plantas e animais, em alimentos e roupas, e no corpo humano.
Junto com as bactérias, os fungos são responsáveis por quebrar matéria orgânica e liberar
carbono, oxigênio, nitrogênio e fósforo no solo e na atmosfera. Os fungos são essenciais para
muitos processos domésticos e industriais, notadamente a fabricação de pão, vinho, cerveja e
certos queijos. Fungos também são usados como alimento; por exemplo, alguns cogumelos,
morels e trufas são iguarias epicuentas, e as micoproteínas (proteínas fúngicas),derivadas da
micárcia de certas espécies de fungos, são usadas para fazer alimentos ricos em proteínas.
Estudos de fungos têm contribuído muito para o acúmulo de conhecimentos
fundamentais em biologia. Por exemplo, estudos de leveduras comuns de padeiro ou
cervejeiro (Saccharomyces cerevisiae) levaram a descobertas da bioquímica celular básica e
do metabolismo. Algumas dessas descobertas pioneiras foram feitas no final do século XIX e
continuaram durante a primeira metade do século XX. De 1920 a 1940, geneticistas e
bioquímicos que estudaram mutantes do molde do pão vermelho , Neurospora, estabeleceram
a teoria de uma única enzima, contribuindo assim para a fundação da genética moderna. Os
fungos continuam a ser úteis para estudar biologia celular e molecular, engenharia genética e
outras disciplinas básicas da biologia.[ CITATION Bro14 \l 2070 ]
A relevância médica dos fungos foi descoberta em 1928, quando o bacteriologista
escocês Alexander Fleming notou o molde verde Penicillium notatum crescendo em um prato
de cultura de bactérias Staphylococcus. Ao redor do ponto de havia um anel claro no qual
nenhuma bactéria cresceu. Fleming isolou com sucesso a substância do molde que inibiu o
crescimento de bactérias. Em 1929, publicou um relatório científico anunciando a descoberta
da penicilina, o primeiro de uma série de antibióticos — muitos deles derivados de fungos—
que revolucionaram a prática médica.
Outro fungo medicamente importante é claviceps purpurea, que é comumente
chamado de ergot e causa uma doença vegetal de mesmo nome. A doença é caracterizada por
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um crescimento que se desenvolve nas gramíneas, especialmente no centeio. Ergot é uma
fonte de vários produtos químicos usados em drogas que induzem o trabalho de parto em
gestantes e que controlam a hemorragia após o nascimento. Ergot também é a fonte do ácido
lisérgico, o princípio ativo da droga psicodélica diethylamida de ácido lisérgico(LSD). Outras
espécies de fungos contêm produtos químicos que são extraídos e usados para produzir drogas
conhecidas como Estatinas, que controlam os níveis de colesterol e afastam doenças cardíacas
coronárias. Fungos também são usados na produção de uma série de ácidos orgânicos,
enzimas e vitaminas.
Aproximadamente 80.000 espécies de fungos foram descritas, porém pouco mais de
400 têm importância médica e menos de 50 espécies causam mais de 90% das infecções
fúngicas em seres humanos e nos animais. Por outro lado, a maioria das espécies de fungos é
benéfica para os seres humanos. São encontrados na natureza, sendo essenciais à degradação e
reciclagem da matéria orgânica. Alguns fungo melhoram acentuadamente nossa qualidade de
vida ao contribuir para a produção de alimentos e bebidas alcoólicas, como o queijo, o pão e a
cerveja. Outros já prestaram serviço à medicina, fornecendo metabólitos secundários
bioativos de grande utilidade, como os antibióticos (penicilinas) e imunossupressores (p. ex.,
ciclosporina). Os fungos também foram explorados pela genética e pela biologia molecular
como modelo de sistemas para a investigação de uma variedade de processos eucarióticos,
incluindo a biologia molecular, a celular e a de desenvolvimento.

Morfologia básica
Um fungo típico consiste em uma massa de filamentos ramificados e tubulares
fechados por uma parede celular rígida. Os filamentos, chamados de hifa (hypha singular),
ramificam-se repetidamente em uma complicada rede de expansão radial chamada micélio,
que compõe o thallus, ou corpo indiferenciado, do fungo típico. O micélio cresce utilizando
nutrientes do ambiente e, ao atingir um certo estágio de maturidade, forma- diretamente ou
em corpos frutíferos especiais células reprodutivas chamadas esporos. Os esporos são
liberados e dispersos por uma ampla variedade de mecanismos passivos ou ativos; ao atingir
um substrato adequado, os esporos germinam e desenvolvem hifas que crescem, ramificam-se
repetidamente e tornam-se o micélio do novo indivíduo. O crescimento fúngico está
confinado principalmente às pontas da hifa, e todas as estruturas fúngicas são, portanto,
compostas de hifa ou porções de hifa.

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Conforme afirmam [ CITATION Mad16 \l 2070 ], alguns fungos, notadamente as
leveduras, não formam um micélio, mas crescem como células individuais que se multiplicam
por brotamento ou, em determinadas espécies, por fissão. Além disso, a chamada
criptomicota, um grupo primitivo de fungos microscópicos, divergem significativamente do
plano corporal padrão de outros fungos em que suas paredes celulares não têm o polímero
rígido conhecido como quitina. Esses fungos microscópicos também possuem um
flagelochicote.
Conciliando o posicionamento dos autores acima, (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996)
apud [ CITATION Sup161 \l 2070 ], ressalta que, as leveduras e os bolores são fungos, mas
eles diferem na sua morfologia. As leveduras são unicelulares e geralmente são maiores do
que a maioria das bactérias, variando em tamanho de 1 a 5 µm em largura e 5 a 30 µm ou
mais em comprimento. São normalmente ovais, mais algumas vezes são alongadas ou
esféricas. As leveduras não têm flagelos nem outros meios de locomoção.
Nutrição dos Fungos
A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, eles são organismos incapazes de
sintetizar seu próprio alimento. Esses seres vivos, geralmente, liberam enzimas sobre o
alimento e depois absorvem os nutrientes de que necessitam. Vale destacar que existem
fungos parasitas, espécies que vivem em simbiose, e fungos saprófitos, que vivem de matéria
orgânica retirada de seres mortos. Em ambos os casos, a nutrição é do tipo heterotrófica.
Segundo [ CITATION Sup161 \l 2070 ], quanto a nutrição, os fungos são
heterotróficos, pois elas obtêm sua energia pela ruptura de moléculas orgânicas, e não podem
sintetizar moléculas orgânicas a partir de moléculas inorgânicas como as plantas fazem. Eles
alimentam-se pela secreção de exoenzimas no substrato ao redor. Estes fragmentos
moleculares ou mais precisamente exoenzimas funcionam como as enzimas digestivas dos
animais, rompendo moléculas orgânicas grandes, porém funcionam do lado de fora do
organismo. Os fragmentos moleculares (exoenzimas) são então absorvidos pelas células
fúngicas.
Os fungos são todos heterótrofos, precisando assim retirar sua alimentação e nutrição
de outros locais.
Para os fungos saprófitos, o mais comum é que estes retirem sua alimentação de
matérias orgânicas, nas quais não há nenhum tipo de prejuízo a outros seres vivos devido à
presença dos fungos. Porém, outros tipos de fungos são os parasitas, que se alimentam de

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seres vivos, podendo gerar assim prejuízos a estes organismos, gerando doenças e podendo,
em casos extremos, levar à morte de alguns seres.
Os fungos ocupam dois nichos ecológicos, o de decompositores ou saprófitas e o de
parasitas. A única diferença entre decompositores e fungos parasitas é que este último
desenvolve – se em organismos vivos, enquanto o outro, desenvolve-se em organismos
mortos. Muitos fungos decompositores vivem como micorrizas, em relações simbióticas com
plantas. Alguns dos fungos decompositores também são considerados "parasitas facultativos",
crescendo em organismos enfraquecidos ou agonizantes.
Entre os fungos predadores existem espécies que são insectívoras ou helmintívoras
(comedoras de vermes, especialmente nematódeos). As espécies insectívoras produzem
substâncias pegajosas que prendem insectos, enquanto os fungos helmintívoros produzem
substâncias que drogam e imobilizam os nematódeos, sendo então consumidos. Alguns
fungos, usualmente ascomycetes, vivem como líquens. Um líquene é uma relação simbiótica
muito estreita entre um fungo e um organismo fotossintético, usualmente uma cianobactéria
ou uma alga verde. Um líquene comporta-se de forma tão semelhante a um organismo único
que são classificados em géneros e espécies.

Processos reprodutivos de fungos


Após um período de crescimento intensivo, os fungos entram em uma fase reprodutiva
formando e liberando grandes quantidades de esporos. Esporos são geralmente células únicas
produzidas pela fragmentação do micélio ou dentro de estruturas especializadas (sporangia,
gametangia, esporóforos, etc.). Os esporos podem ser produzidos diretamente por métodos
assexuados ou indiretamente pela reprodução sexual. A reprodução sexual em fungos, como
em outros organismos vivos, envolve a fusão de dois núcleos que são reunidos quando duas
células sexuais(gametas) se unem. A reprodução assexual, mais simples e direta, pode ser
realizada por vários métodos.

Reprodução assexual
Tipicamente na reprodução assexual, um único indivíduo dá origem a uma duplicata
genética do progenitor sem uma contribuição genética de outro indivíduo. Talvez o método
mais simples de reprodução de fungos seja pela fragmentação do thallus, o corpo de um
fungo. Algumas leveduras, que são fungos unicelulares, se reproduzem por divisão celular
simples , ou fissão, em que uma célula sofre divisão nuclear e se divide em duas células

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filhas; após algum crescimento, essas células se dividem, e eventualmente uma população de
células se forma. Em fungos filamentosos, o micélio pode se fragmentar em vários segmentos,
cada um dos quais é capaz de crescer em um novo indivíduo. Em laboratório, os fungos são
comumente propagados em uma camada de ágar de nutrientes sólidos inoculados com esporos
ou com fragmentos de micélio.
O brotamento, que é outro método de reprodução assexual, ocorre na maioria das
leveduras e em alguns fungos 2ssetos. Nesse processo, um broto se desenvolve na superfície
da célula de levedura ou do higifóteo, com o citoplasma do broto sendo contínuo com o da
célula-mãe. O núcleo da célula-mãe então se divide; um dos núcleos da filha migra para o
broto, e o outro permanece na célula-mãe. A célula-mãe é capaz de produzir muitos botões
sobre sua superfície por síntese contínua de citoplasma e divisões nucleares repetidas. Depois
que um broto se desenvolve até um certo ponto e mesmo antes de ser cortado da célula-mãe,
ele é capaz de brotar pelo mesmo processo. Dessa forma, uma cadeia de células pode ser
produzida. Eventualmente, os botões individuais beliscam a célula-mãe e se tornam células
individuais de levedura. Botões que são beliscados fora de um hypha de um fungo
filamentoso comportar-se como esporos; ou seja, eles germinam, cada um dando origem a
uma estrutura chamada tubo de germe, que se desenvolve em um novo higif.
Embora a fragmentação, a fissão e o brotamento sejam métodos de reprodução
assexuada em uma série de fungos, a maioria se reproduz assexuadamente pela formação de
esporos. Esporos que são produzidos assexuadamente são frequentemente denominados
mitosporos, e tais esporos são produzidos de várias maneiras.

reprodução sexuada
A reprodução sexual, importante fonte de variabilidade genética, permite que o fungo
se adapte a novos ambientes. O processo de reprodução sexual entre os fungos é, em muitos
aspectos, único. Considerando que a divisão nuclear em outros eucariotes, como animais,
plantas e protistas, envolve a dissolução e a re-formação da membrana nuclear, em fungos a
membrana nuclear permanece intacta durante todo o processo, embora lacunas em sua
integridade sejam encontradas em algumas espécies. O núcleo do fungo fica beliscado em seu
ponto médio, e os cromossomos diploides são separados por fibras de fuso formadas dentro
do núcleo intacto. O nucleolus geralmente também é retido e dividido entre as células filhas,
embora possa ser expulso do núcleo, ou pode ser dispersado dentro do núcleo, mas detectável.

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A reprodução sexual nos fungos consiste em três estágios sequenciais: plasmogamia,
karyogamia e meiose. Os cromossomos diploides são separados em duas células filhas, cada
uma contendo um único conjunto de cromossomos (um estado haploide). Plasmogamia, a
fusão de dois protoplastos (o conteúdo das duas células), reúne dois núcleos haploides
compatíveis. Neste ponto, dois tipos nucleares estão presentes na mesma célula, mas os
núcleos ainda não se fundiram. A kariomia resulta na fusão desses núcleos haploides e na
formação de um núcleo diploide (ou seja, um núcleo contendo dois conjuntos de
cromossomos, um de cada pai). A célula formada pela karyogamia é chamada de zigoto. Na
maioria dos fungos, o zigoto é a única célula em todo o ciclo de vida que é diploide. O estado
dicariótico que resulta da plasmogamia é muitas vezes uma condição proeminente em fungos
e pode ser prolongado ao longo de várias gerações. Nos fungos inferiores, a karyogamia
geralmente segue plasmogamia quase imediatamente. Nos fungos mais evoluídos, no entanto,
a karyogamia é separada da plasmogamia. Uma vez que a karyogamia ocorreu, a meiose
(divisão celular que reduz o número do cromossomo para um conjunto por célula) geralmente
segue e restaura a fase haploide. Os núcleos haploides que resultam da meiose são geralmente
incorporados em esporos chamados meiosporos.
Os fungos empregam uma variedade de métodos para reunir dois núcleos haploides
compatíveis (plasmogamia). Alguns produzem células sexuais especializadas(gametas)que
são liberadas de órgãos sexuais diferenciados chamados gametangia. Em outros fungos dois
gametangia entram em contato, e núcleos passam do gametangium masculino para o
feminino, assumindo assim a função de gametas. Em outros fungos, a gametangia em si pode
se fundir para unir seus núcleos. Finalmente, alguns dos fungos mais avançados não
produzem gametangia; a hifa somática (vegetativa) assume a função sexual, entra em contato,
fusível e troca de núcleos.
Fungos em que um único indivíduo carrega gametangia masculina e feminina são
fungos hermafroditas. Raramente, gametangia de diferentes sexos são produzidos por
indivíduos separados, um homem, o outro uma fêmea. Tais espécies são denominadas
dioecious. Espécies dioecious geralmente produzem órgãos sexuais apenas na presença de um
indivíduo do sexo oposto.

Incompatibilidade sexual
Muitos dos fungos mais simples produzem órgãos masculinos e femininos
diferenciados no mesmo thallus, mas não se submetem à auto-fertilização porque seus órgãos

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sexuais são incompatíveis. Tais fungos requerem a presença de thalli de diferentes tipos de
acasalamento para que a fusão sexual ocorra. A forma mais simples deste mecanismo ocorre
em fungos em que existem dois tipos de acasalamento, muitas vezes designados + e − (ou A e
a). Gametas produzidos por um tipo de thallus são compatíveis apenas com gametas
produzidos pelo outro tipo. Dizem que esses fungos são heterotólicos. Muitos fungos, no
entanto, são homotólicos; ou seja, órgãos sexuais produzidos por um único thallus são
autocompatíveis, e um segundo thallus é desnecessário para a reprodução sexual. Alguns dos
fungos mais complexos (por exemplo, cogumelos ) não desenvolvem órgãossexuais
diferenciados; em vez disso, a função sexual é realizada por sua hifae somática, que unem e
reúnem núcleos compatíveis em preparação para a fusão. Homotallismo e heterotallismo são
encontrados em fungos que não desenvolveram órgãos sexuais diferenciados, bem como em
fungos nos quais os órgãos sexuais são facilmente distinguíveis. A compatibilidade, portanto,
refere-se a uma diferenciação fisiológica, e o sexo refere-se a uma morfológica (estrutural); os
dois fenômenos, embora relacionados, não são sinônimos.

Feromônios sexuais
A formação de órgãos sexuais em fungos é frequentemente induzida por substâncias
orgânicas específicas. Embora chamados de hormônios sexuais quando descobertos pela
primeira vez, essas substâncias orgânicas são na verdade feromônios sexuais, produtos
químicos produzidos por um parceiro para obter uma resposta sexual no outro. Em Allomyces
(ordem Blastocladiales) um feromônio chamado sirenin, secretado pelos gametas femininos,
atrai os gametas machos, que nadam em direção ao primeiro e se fundem com eles. Em alguns
fungos simples, que podem ter gametangia que não são diferenciadas estruturalmente, uma
complexa interação bioquímica entre tipos de acasalamento produz ácido trispórico, um
feromônio que induz a formação de hifas aéreas especializadas. Intermediários voláteis na via
sintética de ácido trispérico são intercambiados entre as pontas da hifa aérea de acasalamento
oposto, fazendo com que a hifa cresça em direção uma à outra e se funda. Nas leveduras
pertencentes ao filo Ascomycota e Basidiomycota,os feromônios são pequenos peptídeos.
Vários genes de feromônio foram identificados e caracterizados em ascomicetos e
basidiomicetos filamentosos.

13
Conclusão

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Referências Bibliográficas
Brooks, G. F., Carrol, K. C., Buret, J. S., Morse, S. A., & Mietzner, T. A. (2014).
Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg [recurso eletrônico] (2ª ed.). (C.
M. Rocha-de-Souza, Trans.) Porto Alegre: AMGH.

Madigan, M. T., Martinko, H. M., & Bender, K. S. (2016). Microbiologia de Brock [recurso
eletrônico] (14ª ed.). (A. F. Versiani, A. Barbosa, D. Daian, F. Fonseca, L. Freitas , M.
Nascimento , . . . T. Leão, Trans.) Porto Alegre: Artmed.

Supinho, A. E. (2016). MAnual de Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia:


Microbiologia. (Universidade Católica Moçambique, Ed.) Beira: CED-UCM.

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