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LINGUAGEM CONTEMPORÂNEA

ENSINO FUNDAMENTAL 3º AO 5º ANO


FASCÍCULO I

ELABORADORES

Ana Moraes Rosa


Bernadete de Andrade Sotero

COLABORADORES

Jailson Silva de Oliveira


Adailton Brandão de Melo
Júlia Luisa de Andrade Sotero

2019
SUGESTÕES DE
SEQUÊNCIAS DE
ATIVIDADES
O TRABALHO COM CONJUNTO DE GÊNERO COM FOCO NA
PRODUÇÃO TEXTUAL DO GÊNERO RELATO
AUTOBIOGRÁFICO

1- UM POUCO DO NOSSO CURRÍCULO


No Currículo de Pernambuco, os gêneros textuais são considerados objetos
de ensino-aprendizagem, não havendo gêneros fixados para serem trabalhados em
determinado ano. Um mesmo gênero poderá ser trabalhado em diversos anos.
Assim, o que vai ser considerado e o que está em jogo é a complexidade de sua
abordagem a cada ano. Outro ponto a considerar é a função social desse ”artefato”,
que perpassa pela consciência de gênero do professor. O mesmo precisa conhecer
minimamente as funções, os valores e o papel social dos gêneros com os quais se
propõe a trabalhar.
É também um ponto alto do Currículo o trabalho com as Práticas de
Linguagem que se integram e são indissociáveis nesse documento. Assim, na
atividade proposta, as práticas de leitura encontram aporte nas práticas de
oralidade, produção textual e análise linguística/semiótica que, por sua vez,
relacionam-se com os campos de atuação, que são as áreas de uso da linguagem
na vida do aluno.
Outro diferencial desse documento é a presença robusta do letramento digital
que possibilita trazer para o espaço da sala de aula - através dos gêneros digitais -
a cultura juvenil e suas múltiplas formas de linguagem que, por vezes, estão
presentes em um único texto: verbal escrita, verbal oral, sonora, não verbal, visual
etc.

Professor/a, as atividades propostas nesse caderno de


Orientação Didático metodológica de língua portuguesa
podem ser vivenciadas em espaço de sala de aula,
possibilitando articulação com outros materiais didáticos. As
atividades aqui propostas estão em consonância com o
Currículo de Pernambuco do Componente de Língua
Portuguesa. Neste fascículo, as atividades são apresentadas
numa sequência didático-metodológica, organizadas por
práticas de linguagem, campo de atuação, objeto de
conhecimento, conteúdos e habilidades. Destacamos, mais
uma vez, que as atividades sugeridas podem e devem ser
alteradas, visando aos objetivos pretendidos, levando em
consideração a realidade da turma, o nível de alfabetização e
a abordagem de cada professor/a nos mais distintos
contextos de sala de aula.
2- O QUE NOS MOTIVA A TRABALHAR COM CONJUNTO DE GÊNERO
COMO FOCO NA PRODUÇÃO TEXTUAL DO GÊNERO RELATO
AUTOBIOGRÁFICO?
Trataremos na sequência abaixo da produção do gênero relato autobiográfico
para os 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental a partir do trabalho com um conjunto
de gêneros com características afins. A escolha se deu pelo fato de que nessa fase
há uma necessidade dos estudantes se conhecerem, falarem de si, seus medos,
suas alegrias, sua identidade, entre outras questões. Levamos em conta também
que, desde muito cedo, os estudantes são capazes de contar o que acontece com
eles ou sobre algo que aprenderam. Apesar do evento deflagrador do gênero (fatos
mais ou menos imediatos considerados relevantes) ser uma provocação do
professor, o que leva a uma didatização do gênero, a atividade oportuniza uma
condição de produção real, explorando a função social do gênero na sua essência.
O gênero proporciona oportunidade do trabalho com todas as práticas de
forma sistematizada e com todos os campos de atuação. Para isso, consideramos
uma orientação didático-metodológica que, partindo de situações corriqueiras de
produção, contemple a prática da leitura, passando pelo oral e pela escrita,
ampliando-se ao longo dos anos de escolaridade na medida em que se tornam
mais complexos a linguagem, o léxico e o tema em destaque. Consideramos,
nessa sequência, que um gênero não surge isolado de outros, o que se dá - na
prática - são conjuntos de gêneros que dialogam, complementam-se, possuem
traços comuns e distanciam-se a partir dos seus propósitos comunicativos
(finalidades para as quais os textos de um mesmo gênero são recorrentemente
utilizados).
Desta forma, estamos trazendo para a nossa sequência de atividades os
gêneros (biografia, autobiografia, fotografia, autorretrato, selfie), utilizando o gênero
livro e playlist de vídeos como instrumento de divulgação do gênero relato
autobiográfico. Consideramos também nesse trabalho a possibilidade de trazer
para sala de aula uma linguagem contemporânea, numa perspectiva do
multiletramento, da multimodalidade e da multissemiose.

3- O QUE A SEQUÊNCIA DE ATIVIDADE PROPÕE AO PROFESSOR

A sequência de atividade a seguir apresenta-se como sugestão para o


trabalho com a produção do gênero relato autobiográfico. Não temos a pretensão
aqui de considerar esgotadas outras formas de atividades. Esta é uma
possibilidade - entre tantas outras - e está aberta ao professor refletir, ampliar,
experimentar. Tentamos de alguma forma contribuir para a prática docente de
nossos colegas na perspectiva de buscar caminhos, traçar rumos e melhorar o
processo de ensino-aprendizagem.
Para tanto, sugerimos o trabalho com a produção do gênero relato
autobiográfico, gênero presente no cotidiano escolar nos momentos em que os
estudantes falam de si, das suas experiências e, por vezes, não encontram um
espaço tão aberto à escuta dessas vivências. Ao enfocar o trabalho com o gênero
proposto, buscamos trazer exemplares de outros gêneros que dialogam com a
autobiografia para que assim os estudantes, com ajuda do professor, pudessem
manusear, observar semelhanças, diferenças, linguagens utilizadas,
funcionalidade, propósitos comunicativos, marcas linguísticas, para quem o texto
se destina e quem fala no texto. Assim, apresentamos uma sequência de atividades
que articula a Prática de Leitura, Oralidade, Produção de Texto e Análise
Linguística/Semiótica, envolvendo todos os campos de atuação (vida cotidiana,
vida pública, estudo e pesquisa, artístico-literário). Essas atividades podem
contribuir para que você, professor:

 Proporcione momento de leitura;


 Aproxime a linguagem contemporânea, comum aos
estudantes, ao espaço de sala de aula;
 Proporcione à turma uma experiência de produção
de texto articulando leitura, oralidade e escrita;
 Possibilite à criança o manuseio com diversos
gêneros textuais;
 Medeie a relação da criança com a estrutura do
gênero em foco, seu conteúdo, em comparação
com outros gêneros que se relacionam;
 Desenvolva o gênero em situação real de uso;
 Proporcione à turma momentos de planejamentos
da oralidade, da escrita e momentos de escuta
atenta;
 Trabalhe com os gêneros digitais;
 Proporcione para sua turma momentos de
retextualização do gênero, passando da
modalidade oral para a escrita;
 Produza textos escritos;
 Trabalhe com a revisão textual;
 Proponha a produção de vídeos e de edição de
playlist dos vídeos produzidos e exposição dos
trabalhos realizados em ferramentas digitais;
 Explore habilidades propostas pelo Currículo de
Pernambuco.
ORGANIZADOR COM PRÁTICAS, CAMPOS DE ATUAÇÃO, OBJETOS
DE CONHECIMENTOS, CONTEÚDOS E HABILIDADES UTILIZADAS
NAS SEQUÊNCIAS DE ATIVIDADES PROPOSTAS.

Prática de Campo de Objeto de


Conteúdo Habilidades
Linguagem Atuação conhecimento
(EF15LP01PE) Identificar a função
social de textos que circulam no
cotidiano, nas mídias impressa, de
Reconstrução das
Todos os Função social e massa e digital, reconhecendo para
Leitura/escuta condições de
campos de comunicativa dos que foram produzidos, onde
(compartilhada e produção e
atuação textos circulam, quem os produziu e a quem
autônoma) recepção de
se destinam e que gêneros possuem
textos
funções sociais relacionadas aos
campos de atuação nos quais
circulam.
(EF15LP02PE) Estabelecer
expectativas em relação ao texto que
vai ler (pressuposições
antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto),
apoiando-se em seus conhecimentos
prévios sobre as condições de
Expectativas e
Leitura/escuta Todos os produção e recepção desse texto, o
Estratégia de pressuposições
(compartilhada e campos de gênero, o suporte e o universo
leitura antecipadoras de
autônoma) atuação temático, bem como sobre saliências
sentido no texto
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice,
prefácio etc.), confirmando
antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura
de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas.
(EF15LP03PE) Localizar
Leitura/escuta Todos os
Estratégia de Informações informações explícitas em diferentes
(compartilhada e campos de
leitura explícitas gêneros lidos, ouvidos e/ou
autônoma) atuação
sinalizados.
(EF15LP04PE) Identificar o efeito de
sentido produzido pelo uso de
Leitura/escuta Todos os Efeito de sentido recursos expressivos e gráficos
Estratégia de
(compartilhada e campos de de recurso visuais (letra capitular, negrito,
leitura
autônoma) atuação expressivo e itálico, som em movimento, cores e
gráfico imagens etc.), em textos
multissemióticos e multimodais.
Leitura/escuta Todos os (EF35LP04PE) Inferir informações
Estratégia de Informações
(compartilhada e campos de implícitas em textos lidos, ouvidos
leitura implícitas
autônoma) atuação e/ou sinalizados.
Leitura/escuta Todos os (EF35LP05PE) Inferir o sentido de
Estratégia de
(compartilhada e campos de Inferência palavras ou expressões em textos
leitura
autônoma) atuação com base no contexto de uso.
(EF15LP10PE) Escutar/visualizar,
com atenção, falas de professores e
Todos os
Escuta atenta com colegas, formulando perguntas
Oralidade campos de Escuta atenta
interação pertinentes ao tema e solicitando
atuação
esclarecimentos sempre que
necessário.
(EF15LP11PE) Reconhecer
Todos os Características da características da conversação
Oralidade campos conversação Conversação espontânea presencial, respeitando
de atuação espontânea espontânea os turnos de fala, selecionando e
utilizando, durante a conversação,
formas adequadas de tratamento de
acordo com a situação e a posição do
interlocutor.

(EF15LP12PE) Atribuir significado a


aspectos não linguísticos
Aspectos não (paralinguísticos) observados na
Todos os Aspectos não
linguísticos fala, como direção do olhar, riso,
Oralidade campos de linguísticos no ato
(paralinguísticos) gestos, movimentos da cabeça (de
atuação de fala
no ato da fala concordância ou discordância),
expressão corporal, tom de voz, em
situação comunicativa
(EF15LP13PE) Identificar finalidades
Todos os Relato da interação oral em diferentes
Finalidades da
Oralidade campos de oral/Registro contextos comunicativos (solicitar
interação oral
atuação formal e informal informações, apresentar opiniões,
informar, relatar experiências etc.).
(EF35LP10PE) Identificar, planejar e
produzir gêneros textuais orais
utilizados em diferentes situações e
contextos comunicativos e suas
características linguístico-
Todos os Forma de Planejamento e expressivas e composicionais
Oralidade campos de composição de produção de (conversação espontânea, debate,
atuação gêneros orais gêneros orais seminários, aulas expositivas,
conversação telefônica, entrevistas
pessoais, entrevistas no rádio ou na
TV, noticiário de rádio e TV, narração
de jogos esportivos no rádio e TV,
aula, debate etc.).
(EF35LP18PE) Escutar, com
atenção e respeito, apresentações
de trabalhos realizadas por colegas,
Campo das formulando perguntas pertinentes a
práticas de Escuta de textos Escuta temas sociais
Oralidade atenta/respeitosa
estudo e orais locais/regionais/nacionais relevantes
pesquisa e interativa e solicitando esclarecimentos
sempre que necessário, visando à
construção de sentidos a partir de
textos orais.
(EF35LP20PE) Expor oralmente
trabalhos ou pesquisas escolares em
sala de aula, atentando para as
Campo das especificidades desses gêneros,
Planejamento de Exposição de
práticas de com apoio de recursos
Oralidade texto oral trabalhos e
estudo e multissemióticos (imagens,
Exposição oral pesquisa
pesquisa diagrama, tabelas etc.), orientando-
se por roteiro escrito, planejando o
tempo de fala e adequando a
linguagem à situação comunicativa.
(EF15LP19PE) Recontar oralmente,
com e sem apoio de imagem, textos
Campo Contagem de Reconto de literários, nacionais e regionais lidos
Oralidade artístico-literário histórias gêneros literários ou sinalizados pelo professor ou pelo
próprio estudante.
(EF15LP05PE) Planejar, com a
ajuda do professor, o texto que será
produzido, considerando a situação
comunicativa:(os interlocutores
(quem escreve/para quem escreve);
a finalidade ou o propósito (escrever
Produção de Planejamento/ para quê); a circulação (onde o texto
Todos os
textos (escrita Planejamento de produção/reescrita vai circular; o suporte (qual é o
campos de
compartilhada e texto textual/situação portador do texto); a linguagem,
atuação
autônoma) comunicativa organização e forma do texto e seu
tema), pesquisando em meios
impressos ou digitais, sempre que for
preciso, informações necessárias à
produção do texto, organizando em
tópicos os dados e as fontes
pesquisadas
(EF15LP06PE) Reler e revisar o
texto produzido, individualmente ou
com a ajuda do professor e a
Produção de
Todos os colaboração dos colegas, para
textos (escrita Releitura/revisão/
campos de Revisão de textos ajustá-lo e aprimorá-lo, fazendo
compartilhada e reescrita textual
atuação cortes, acréscimos, reformulações,
autônoma)
correções de ortografia e pontuação,
visando aos efeitos de sentido
pretendidos.
(EF15LP07PE) Editar a versão final
Produção de
Todos os do texto, em colaboração com os
textos (escrita
campos de Edição de textos Edição de texto colegas e com a ajuda do professor,
compartilhada e
atuação ilustrando, quando for o caso, em
autônoma)
suporte adequado, manual ou digital.
(EF35LP08PE) Utilizar, ao produzir
um texto, recursos de referenciação
(por substituição lexical ou por
Construção do pronomes pessoais, possessivos e
sistema alfabético/ demonstrativos), vocabulário
Produção de Recurso de
Todos os Estabelecimento de apropriado ao gênero, recursos de
textos (escrita referenciação/
campos de relações anafóricas coesão pronominal (pronomes
compartilhada e coesão/articulador
atuação na referenciação e anafóricos) e articuladores de
autônoma) es de sentido
construção da relações de sentido (tempo, causa,
coesão oposição, conclusão, comparação),
com nível suficiente de
informatividade, que contribuem para
a construção de sentidos dos textos.
(EF35LP09PE) Organizar o texto em
unidades de sentido, dividindo-o em
Produção de Planejamento de Planejamento de
Todos os parágrafos, atentando para
textos (escrita texto/Progressão texto/Progressão
campos de pertinência temática, progressão,
compartilhada e temática e temática e
atuação segundo as normas gráficas e de
autônoma) paragrafação paragrafação acordo com as características do
gênero textual.
(EF35LP14PE) Identificar em textos
e usar na produção textual pronomes
Análise Identificação /uso
Todos os pessoais, possessivos e
Linguística/ dos pronomes em
campos de Morfologia demonstrativos, como recurso
Semiótica situação de
atuação coesivo anafórico, visando à
(ortografização) produção textual construção de sentidos dos textos
lidos e escritos.
(EF04LP01PE) Ler e grafar palavras,
Análise Reflexão sobre a refletindo sobre a escrita, utilizando
Todos os Construção do
linguística/ escrita/ regras de correspondência fonema-
campos de sistema alfabético e
semiótica correspondência grafema regulares diretas e
atuação da ortografia
(Ortografização) fonema-grafema contextuais, em atividades de
produção textual.
(EF05LP01PE) Grafar palavras
Grafia de utilizando regras de correspondência
Análise correspondências fonema-grafema regulares
Todos os Construção do regulares
linguística/ contextuais, e morfológicas e
campos de sistema alfabético e contextuais e
semiótica palavras de uso frequente com
atuação da ortografia morfológicas e
(Ortografização) correspondências irregulares em
correspondências atividades de análise e reflexão na
irregulares produção de diferentes gêneros.
(EF05LP26PE) Utilizar, ao produzir
textos, conhecimentos linguísticos e
Forma de
gramaticais: regras sintáticas de
Análise composição dos
Campo do concordância nominal e verbal, bem
linguística/ textos Padronização de
estudo e da como convenções de escrita de
semiótica textos científicos
pesquisa citações, pontuação (ponto final,
(Ortografização) Adequação do texto
dois-pontos, vírgulas em
às normas de escrita
enumerações) e regras ortográficas,
refletindo sobre o uso.
(EF05LP27PE) Utilizar, ao produzir o
Forma de Recursos de texto, recursos de coesão
Análise
Campo do composição dos coesão pronominal (pronomes anafóricos) e
linguística/
Estudo e da textos pronominal e suas articuladores de relações de sentido
semiótica
pesquisa Coesão e relações de (tempo, causa, oposição, conclusão,
(Ortografização)
articuladores sentido comparação) com nível adequado de
informatividade.
Observe que uma sequência didática é capaz de abarcar
habilidades de todas as práticas de linguagem referentes a
determinados campos de atuação (geralmente atrelados à
esfera discursiva onde os gêneros circulam), objetos de
ensinos diferentes e diversas habilidades. O critério utilizado
para a sequência abaixo foi, elencar práticas de linguagens
e habilidades que estivessem atreladas ao gênero
trabalhado. Salientamos que não há uma ordem rígida na
abordagem das práticas de linguagem, entretanto sugerimos
que as atividades partam da prática de leitura. Acreditamos
que a atividade de leitura será um elemento facilitador da
prática de produção textual, ajudando o estudante no seu
dizer, para quem dizer.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

RECOMENDAÇÕES
 Iniciar a atividade com uma dinâmica de apresentação;
 A atividade é ideal para o início do ano;
 A atividade pode ser realizada em círculo ou em dupla;
 É importante trazer sempre a ludicidade para o espaço
de sala.

1º etapa – Descobrindo nomes


Para iniciar o trabalho propomos ao professor realizar uma dinâmica, na qual
utilizaria as primeiras letras dos nomes dos estudantes, assim cimi sugere a capa
do livro que será lido “Elê...o quê?”. Os estudantes deverão, com ajuda do
professor/a, produzir placas, como o exemplo que segue:
A turma será disposta em círculo. Cada um mostrará sua placa e os demais
tentarão acertar o nome do colega. (EF15LP13); (EF35LP20); (EF15LP05);
(EF04LP01);

Professor/a, a dinâmica possibilitará:


 Um trabalho lúdico;
 Uma preparação para a leitura que
segue;
 Mais integração entre os colegas;
 Uma reflexão sobre o uso da letra
maiúscula;
 A valorização do nome como
identidade própria;
 Discussão sobre a história do nome
de cada um;
 Discussão sobre nomes iguais e
pessoas diferentes;
 Sobre igualdade;
 Sobre quem gosta do nome, quem
não gosta e porquê, entre outras.

Em seguida, com a ajuda do professor/a, os colegas tirarão fotos uns dos


outros com o celular do professor/a, fazendo poses ou performances engraçadas.
As fotos deverão ser impressas e coladas em cada placa, após cada nome ser
descoberto e escrito nas mesmas. As placas deverão ficar expostas na sala. Nessa
etapa é possível o trabalho com as habilidades: (EF15LP13); (EF35LP20);
(EF15LP05); (EF04LP01). As habilidades 15 devem ser trabalhadas do 1º ao 5º
ano, já as 35 poderão ser trabalhadas do 3º ao 5º ano, a partir da realidade de cada
turma e a no 4º ano.

2ª etapa – Quem sou eu?


Para iniciar essa atividade o professor entregará a cada aluno uma tarjeta
para eles completarem com as seguintes informações:

Habilidades: (EF04LP01) ;(Ef05LP26) ;(EF05LP26).


Após o preenchimento, o professor recolherá as tarjetas e as colocará numa
caixinha. Cada estudante pegará uma tarjeta (não poderá ser a sua) e apresentará
o colega para a turma. Habilidades: (EF15LP10); (EF15LP11); (EF15LP13);
(EF15LP03).

Professor(a), a atividade que segue parte da leitura do livro


Elê...o quê?, de Norma Sofia Coelho de Lima, uma estrutura
textual em que o menino Eleotério conta a história do seu nome
e os problemas que esse nome lhe causa. A leitura do livro dará
mote para o tema a ser abordado posteriormente no relato
autobiográfico dos estudantes. A partir da narrativa, as crianças
refletem sobre sua própria identidade, uma vez que a história de
Eleotério permite a identificação com situações vividas por elas
mesmas ou pessoas próximas. A literatura tem esse papel, o de
romper com horizontes de expectativas, provocar reflexões e
permitir construções conscientes de emoções e sentimentos ao
compartilhar com os personagens suas alegrias, tristezas e
angústias. A narrativa lida permitirá também uma aproximação
com a produção do relato autobiográfico, proposta final dessa
sequência de atividades. Aos poucos, os estudantes vão
descobrindo aspectos da história que podem servir de
elementos estruturais para sua escrita.

3ªetapa – História que eu quero ouvir

Nessa etapa, o professor fará a leitura do


livro de forma envolvente. Ouvir histórias é
sempre um momento mágico, dessa forma,
colocar as crianças em círculo, bem próximas,
criará um ambiente propício. A leitura prosódica
possibilita à percepção de aspectos extratextuais,
como a entonação representada pela pontuação,
a modulação da fala a partir dos diálogos
presentes no texto, a identificação dos elementos
da narrativa (narrador, personagem, espaço,
tempo, entre outros). A atividade também
possibilita o trabalho com a imagem e os sentidos
que ela carrega no texto numa análise linguística/semiótica. Assim, explorar a capa
do livro no momento da apresentação da obra é uma atividade de grande
importância, estabelecendo expectativas em relação à história que será lida
(pressuposições antecipadoras dos sentidos), apoiando-se nos conhecimentos
prévios das crianças.
Seguem algumas sugestões de questões para explorar a capa do livro:

 Quem escreveu o livro?


 Qual a editora?
 Quem fez a ilustração?
 O que o título nos leva a imaginar?
 Em sua opinião a história vai falar de quê?
 Os três pontinhos utilizados no título quer dizer o quê?
 O que o título nos diz?

Professor/a, para essa atividade não é preciso ter um


livro para cada estudante. Caso o livro não seja
encontrado na biblioteca da escola, você poderá
adquiri-lo pela internet em estantes virtuais por preços
bem acessíveis.
LIMA, Norma Sofia Coelho de. Êle...o quê? Rio de Janeiro: Lê, 1986

4ª etapa – Um mergulho na história


Antes de iniciar a leitura propomos uma conversa com os estudantes sobre
nomes de pessoas que eles conhecem (estranhos, engraçados, comuns),
questionando se conhecem pessoas que “sofrem” ou “sofreram” por não gostarem
dos seus nomes.

Nesse momento, os estudantes são convidados a conversar sobre a história


lida. Para iniciar a conversa, peça às crianças para que numa folha de papel
desenhem a parte que mais gostaram. A seguir, possibilite a socialização das
impressões a partir dos desenhos e da compreensão da história lida. Em seguida,
reflita com as crianças sobre o tema central da história lida com o objetivo de levar
os estudantes a se colocarem frente às situações vividas pelas personagens,
argumentando sobre suas atitudes. A atividade permite a transposição da situação
problema vivida pelo personagem com a história de vida de cada um. É uma
oportunidade também para que as crianças falem sobre as experiências vividas na
escola, na família e com eles mesmos. Seguem alguns questionamentos que
podem ser trabalhados nesse momento:
 O que você achou da história?
 O que o autor quis mostrar para nós com essa
história?
 Qual personagem você achou mais interessante?
Por quê?
 O que você achou da atitude dos colegas de Êle, que
faziam gozação com o nome dele?
 Se você fosse Êle, o que faria?
 Você já passou situação parecida ou viu acontecer
com alguém? Como se sentiu?
 Que relação tem a imagem na página 7 do livro com
o texto?
 Que relação tem o título do livro com a história?
 No texto é usada a expressão “torrar a paciência”. O
que essa expressão significa?
 Por que no texto, Êle sentiu vontade de voar?
 Você gosta das brincadeiras dos seus colegas?
 Quem é o personagem principal da história? Que
problema ele tem?
 Como o personagem resolveu o seu problema?
 Qual a diferença entre a reação do personagem
Saulo e o personagem Eleotério com relação às
brincadeiras dos colegas?
 O que fez Êle gostar do nome?
 Quais os fatos importantes nessa história?
 Que lições podemos tirar dessa história?

Professor/a, numa mesma atividade é possível vivenciar várias habilidades,


em campos e práticas diferenciadas de forma dinâmica. Nessa 4ª etapa as
habilidades trabalhadas são:
(EF15LP01PE);(EF15LP03PE);(EF15LP04);(EF35LP04PE);(EF35LP05PE);(EF1
5LP10PE) e (EF15LP13PE).

5ª etapa – Histórias que sei contar


As crianças serão convidadas anteriormente a trazerem para sala de aula
fotografias que mostrem momentos importantes que tenham vivido. A partir dessas
fotografias, as crianças, em roda de conversa, serão estimuladas a apresentarem
as fotografias e contarem as lembranças de como foi o momento retratado,
produzindo curtas narrativas. O objetivo do trabalho é desenvolver a prática da
oralidade, desenvolver a atividade do ouvir e respeitar o turno do outro e estimular
a capacidade criadora.
Professor/a, a atividade proposta por essa
sequência didático-metodológica possibilita o
trabalho com temas transversais, especificamente
com reflexões sobre respeito às diferenças e
bullying, tema de grande importância a ser
discutido no espaço da escola, haja vista a
frequência com que esse fato ocorre nos espaços
de sala de aula.

6ª etapa- Nossas histórias misturadas


Nessa etapa, as crianças serão distribuídas em grupos (mesclando crianças
alfabetizadas com crianças em processo de alfabetização). Crie nesse momento
uma situação problema para que os estudantes possam contar quantos colegas
têm na sala, como podem dividir para que os grupos fiquem com quantidades iguais
ou bem próximas. Após a divisão dos grupos pelas crianças, com a ajuda do
professor, elas serão convidadas a escrever abaixo de cada foto o que aquele
momento representa, criando uma legenda para cada foto (nesse momento, as
crianças poderão ajudar umas às outras no processo de escrita. O professor
entregará a cada grupo um cartaz com o título “Histórias que sei contar...” e uma
meia folha de papel para que colem as fotos e escrevam as micronarrativas; abaixo
do título, as crianças colocarão as fotos com as micronarrativas, criando um painel
coletivo para ser revisitado por toda turma. O objetivo da atividade é desenvolver a
apropriação da linguagem escrita, retextualizando o material produzido passando
da prática da oralidade à prática da produção escrita.

Professor/a, essa atividade possibilita refletir com


as crianças que tanto a fala quanto a escrita devem
ser planejadas, que cada uma tem uma forma
própria de representação e que em alguns
momentos essas formas se aproximam e em
outros se distanciam. A atividade também
possibilita o trabalho com a Matemática numa
perspectiva interdisciplinar.
7ª etapa – Um dizer que orienta
ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURA DE RELATO AUTOBIOGRÁFICO:

Ana Maria Machado


Meu nome é Ana Maria Machado e eu vivo inventando histórias. Algumas delas,
eu escrevo. E dessas que eu escrevo, algumas andam virando livros. Em sua
maioria, livros infantis, quer dizer, livro que criança também pode ler. Adoro meu
trabalho. Ainda bem, porque acho que não ia conseguir viver se não escrevesse.
Tanto assim, que já fui professora, já fui jornalista (já fui até chefe de uns trinta
jornalistas ao mesmo tempo), já fiz programa de rádio e acabei largando tudo para
só viver de livro: escrevendo e cuidando da Malasartes, que é a minha livraria para
crianças. Coisas de que gosto: gente, mar, sol, natureza em geral, música, fruta,
salada, cavalo, dançar, carinho. Coisas que não aguento: qualquer forma de
injustiça ou prisão e gente que quer cortar a alegria dos outros. Mas isso nem
precisava dizer - é só ler meus livros que todo mundo fica sabendo.
Fonte:http://deusnuncapisca.blogspot.com

MAIS UM RELATO...
Meu nome é Gleyson. Eu tenho 13 anos e estou na 5 série. Faço muitas coisas
que qualquer um não pode fazer: montar a cavalo, jogar bola, soltar pipa, jogar
bolinha de gude.
Nasci no Nordeste , no Piauí, por isso tenho este apelido - Piauí - entre meus
colegas.
Eu não tinha condições de morar lá, por causa da seca . Então, o meu pai
pensou em vir para São Paulo e aqui ele conseguiu um emprego. Agora, nós não
estamos passando mais aquele mesmo sufoco que passávamos lá.
Eu me divirto como qualquer outra criança. Brinco e faço coisas como as
outras. Leio gibis, a Bíblia e as lendas do folclore.
Esse sou eu...

Fonte:http://deusnuncapisca.blogspot.com
O professor/a trará exemplares de relatos autobiográficos e biografias para ler
em voz alta para as crianças (autobiografias de pintores, artistas, cantores,
crianças). Por meio delas, as crianças vão se familiarizar com esse tipo de texto,
vão percebendo semelhanças e diferenças entre eles (quem conta a história em
cada um dos textos, quem é mais objetivo e menos objetivo), além de reconhecer
um pouco da vida dessas pessoas percebendo como elas viviam, o que gostavam,
podendo comparar com os dias atuais. O professor deve aproveitar para destacar
as características do texto, o propósito comunicativo, o que diferencia esse texto
de uma lista, um poema etc. Em seguida, o professor convidará a turma a elaborar
com ele um roteiro, contemplando todos os assuntos que eles gostariam de
escrever no próprio relato autobiográfico: nome, local em que nasceu, irmãos, avós,
nome dos pais, o que mais gosta de fazer na escola e fora dela, as comidas
preferidas, animais de estimação, lembranças de pessoas queridas, histórias
divertidas, entre outros (segue sugestão abaixo). O professor pede para que eles
levem para casa e façam com os pais. A atividade proporcionará uma familiaridade
com o gênero, o que facilitará o processo de escrita do mesmo, bem como
possibilitará conhecer sua própria história, construindo identidade.

Questões que podem orientar esse trabalho:

 1-Por que me chamam assim?


 2- Quem escolheu meu nome?
 Onde moro?
 3-O que gosto e o que não gosto de fazer?
 4-Quantos irmãos eu tenho e como
eles são?
 5-O que meu pai e minha mãe fazem?
 6-Quem são meus avós?
 7-Quem são meus amigos?
 8-Que fato engraçado já aconteceu comigo?
 9-Quem são as pessoas mais queridas?
 10-Como sou?
 11-O que pretendo ser quando crescer?

Professor/a, para iniciar o trabalho da organização de parágrafos, você pode


sugerir que os estudantes agrupem as questões 1, 2 e 3, no 1º parágrafo; a questão
10 e 11, no 2º; as questões 4, 5, 6, 7e 9, no 3º; a questão 8, no 4º e a questão 10,
no 5º parágrafo. Essa estrutura é apenas uma sugestão, diante de tantas outras
maneiras de organizar as ideias para construção do texto.
SUGESTÕES DE BIOGRAFIAS:

Biografia
Bio=vida grafia=escrita. O gênero conta a história da vida
de alguém. É uma mistura entre literatura e história, em que
se relata e registra a história da vida de uma pessoa
enfatizando os principais fatos. É um gênero de narrativa
não ficcional oral, escrito, visual. Os fatos são contados em
ordem cronológica, isto é, do nascimento até os dias atuais.
Relato
Narração não ficcional escrita ou oral sobre um
Para saber um acontecimento ou fato acontecido.
pouco mais sobre
os gêneros! Relato autobiográfico
É um gênero que relata episódios marcantes da vida de
quem escreve. O gênero apresenta tempo e espaço bem
definidos e predomina nele o tempo passado. É um texto
escrito na primeira pessoa; o narrador é protagonista da
história e apresenta trechos descritivos.
Autorretrato
É um retrato que se faz de si mesmo e expressa tanto as
características físicas quanto as psicológicas.
Selfie
O selfie é a fotografia de si mesmo, é uma prática atual que
permeia todas as camadas da sociedade. As pessoas
querem ver e serem vistas. É uma forma de registrar
marcas do seu cotidiano, sobre o recorte de seu olhar sobre
a realidade.
8ª etapa – Um dizer que revela

A partir da pesquisa feita em roda de conversa, as crianças farão sua


autoapresentação de acordo com a pesquisa realizada. A atividade oportunizará
falar sobre sua própria história, conhecer a do colega, percebendo semelhanças,
diferenças, desenvolvendo o respeito, a sensibilidade e a solidariedade. A seguir
cada estudante será convidado a escrever sua própria história com base nas suas
apresentações. A atividade pode ser feita de forma autônoma ou orientada pelo
professor de acordo com o desenvolvimento e o nível alfabético da turma.

9ª etapa- Teias de histórias

Sugerimos, nessa etapa, ao professor/a que oriente cada estudante a retomar


as placas produzidas por eles na primeira etapa dessas sequências e que nelas
escrevam as suas principais características. Em seguida construa com os
estudantes um painel como o modelo que segue abaixo (incremente-o, dê um título,
use sua criatividade). Nele cole as placas uma distante da outra. Peça em seguida
que encontrem colegas que tenham as mesmas características suas e com lápis
colorido liguem suas características a de outros colegas formando uma teia
harmoniosa. Aproveite a oportunidade para refletir com os estudantes sobre as
semelhanças e diferenças e o respeito ao outro.
10ª etapa – Um olhar que revisita
Revisar e reescrever o texto possibilita à criança refletir sobre sua escrita e
compreender que o texto é uma construção que pode ser sempre revisitada e
melhorada. Proponha aos estudantes a revisão do texto a partir da sinalização de
problemas que porventura possa aparecer no texto por ele produzido. Propomos
para essa atividade duas formas:
 A classificatória, que pode dar-se através de códigos de correção/revisão
com indicações do que precisará ser revisado, tanto nos aspectos textuais,
quanto nos aspectos gramaticais. Esses códigos deverão ser combinados e
compreendidos pelos estudantes com antecedência; o uso do código
estimulará o estudante a debruçar-se sobre o seu texto e refletir sobre as
novas responsabilidades de escrita que poderão tornar os sentidos de seus
textos mais claros;
 A correção textual-interativa, que pode dar-se através de comentários feitos
pelo professor no final do texto do estudante. Os recadinhos deixados pelo
professor destacarão, a princípio, aspectos positivos do texto da criança,
estimulando-os a novos processos de escrita; tratará de aspectos textuais,
como gramaticais, com certa dose de afetividade. Diante das necessidades
da criança, o professor chama-o para uma conversa, apontando e discutindo
com a criança as observações feitas no recadinho deixado por ele no texto
da criança. Nessa perspectiva, o professor passa de mero observador para
coautor do texto da criança.

A esse respeito sugerimos, como fonte de pesquisa para o


professor, o livro: RUIZ, Eliana. Como se corrige redação na
escola. Campinas, SP: Mercado de Letras.

DICAS PARA AVALIAR O RELATO AUTOBIOGRÁFICO (A DEPENDER DO


NÍVEL DA TURMA):

 Os fatos relatados acontecem no passado?


 O tempo e o espaço estão bem definidos?
 O narrador é protagonista e, portanto, os verbos e pronomes estão
predominantemente na 1ª pessoa?
 O texto apresenta trechos descritivos?
 A linguagem empregada está adequada aos leitores e ao gênero textual?

10ª etapa – Um olhar que recria


De posse de sua apresentação escrita ou só oral (a depender do nível da
turma), os estudantes serão convidados a fazer um desenho retratando a si mesmo
(autorretrato). Os autorretratos serão colados do lado da sua apresentação escrita.
O professor, junto com as crianças, fará um painel para ficar exposto na sala de
aula. A atividade possibilitará, a princípio, pensar sobre quem somos, como ficamos
quando estamos zangados, felizes, tristes, ajudando a construir identidade. O
contato com gêneros que se relacionam, oportuniza o professor a refletir sobre a
funcionalidade de cada um, suas relações, as características, as semelhanças e
diferenças.

Professor/a você pode sugerir que os estudantes trabalhem com a cor


preferida utilizando a monocromia, fazendo gradações de cores ou
com várias cores fazendo uso da policromia, criando imagem de
fundo. Possibilita também comparar o retrato com o autorretrato,
questionando: qual a diferença entre você se auto fotografar e alguém
lhe fotografar? O trabalho pode ser estendido, pedindo a cada
estudante que diga o que ele priorizou no seu autorretrato, se os
aspectos físicos ou psicológicos. A atividade oportuniza a
interdisciplinaridade com o Componente de Arte.

11ª etapa
O professor dividirá a sala em grupos, trará para os estudantes vários
exemplares de selfie, bem como os autorretratos produzidos, fará uma reflexão
sobre em que esses gêneros se aproximam e em que eles se distanciam e que
relação eles possuem com a autobiografia. O professor poderá explicar para as
crianças o que significa a palavra “selfie”. Aproveitar e fazer alguns selfies com as
crianças para registrar o momento, refletindo sobre sua funcionalidade. Em
seguida, o professor recortará as imagens e os autorretratos, fazendo um mosaico
e misturando, como quebra-cabeça, as crianças vão tentar remontar as imagens.
O professor poderá aproveitar o momento para discutir com as crianças sobre
diferenças, características físicas e semelhanças consigo mesma. O trabalho
comporá outro painel na sala.

Professor/a, aproveite a ocasião e peça para que cada estudante


faça sua selfie. O selfie fará parte da capa do livrinho ou da
playlist de vídeo com o relato autobiográfico de cada um. A
oportunidade oportuniza também refletir juntos aos estudantes
questões como autoaceitação e autoimagem via internet.
Possibilita também uma análise crítica sobre crianças e jovens
que criam imagens e comportamentos que não condizem com a
realidade. Sugerimos para ajudar nessas discussões filmes
como: X-Men 1; X-Men 2 e Frozen. Os filmes podem contribuir
com a construção do cartaz com as selfies. A partir deles os
estudantes poderão criar personalidades enquanto heróis,
aceitando suas diferenças e fragilidades.
Fonte: https://novaescola.org.br

.Professor/a, a sequência didática sugerida


possibilita o trabalho com um conjunto de gêneros
que embora distintos, possuem uma inter-relação e
uma influência de uns com os outros, o que convida
a uma reflexão sobre as dimensões verbais e sociais
dos textos.

12ª etapa – Um olhar que propaga


Para finalizar, proponha às crianças a produção de pequenos vídeos. Após a
gravação das crianças contando suas histórias, os vídeos serão compilados numa
playlist. Em seguida poderá ser marcado um momento para exposição da playlist
para as crianças, pais ou responsável, utilizando o Datashow e tornando o
momento significativo para as crianças e familiares. Outra possibilidade é de
colocar a playlist no youtube. Para tanto será necessário a autorização prévia dos
pais ou responsáveis. Há também a possibilidade de compilar os textos e propor
para as crianças a produção de um livrinho com o relato autobiográfico de cada um.
A capa do livro será o selfie que cada um fez em aulas anteriores. Nesse caso
poderá ser marcado o dia de autógrafo da turma, com a participação da família,
amigos etc.

COMO CRIAR UMA PLAYLIST?


 1- Escolha qual aplicativo irá utilizar. Para o Smarthphones, AndroideIOS
(gratuitos): Spotify, Deezer, Google Play Music, palco MP3, etc.
 2- Se o usuário não possuir nenhum cadastro, será necessário fazer um;
 3- Se for o primeiro acesso, o usuário deverá escolher suas preferências
musicais ou os vídeos de sua preferência;
 4- Selecione o perfil no menu de opções “Playlists”;
 5- Crie nova playlists e nomeie como desejar;
 6- Pesquise dentro do aplicativo a música/álbum/vídeos preferidos;
 7- Após selecionar a música ou vídeo escolhido em opções, clique em
‘adicionar à playlists;
 8- Automaticamente a música ou o vídeo selecionado fará parte da playlist
criada.

ATENÇÃO
Essa orientação foi elaborada tendo
como base o aplicativo Deezer. Caso
o aplicativo usado seja o spotify basta
ir na biblioteca e criar a playlist
adicionar músicas ou vídeos.

As atividades propostas por essa sequência didático-


metodológica possibilitam o trabalho com o
Componente de Arte, História, Geografia e Matemática,
numa perspectiva interdisciplinar, assim como propõe o
Currículo de Pernambuco. As atividades são apenas
sugestões aos professores, que a partir do ano de
escolarização, do nível de alfabetização dos
estudantes, da sua realidade local poderão aplicar,
suprimir, ampliar as sequências para atender as
necessidades de aprendizagem da turma.
REFERÊNCIAS

BEZERRA, Maria Auxiliadora; REINALDO, M. A. G; Gêneros textuais como


práticas sociais e seu ensino. In: REINALDO, Maria Augusta; MARCUSCHI,
Beth; DIONISIO, A. P. (Orgs.). Gêneros textuais: práticas de pesquisa e práticas
de ensino. Recife: Ed. Universitária de UFPE, 2012. 73-96.
CONH, Maria Cecília Falcão Mendes. Selfie, a cultura do espelho: no espelho?
Novembro 2015: Disponível em: https://paineira.usp.br/celaccpdf. Acesso em 30 de
janeiro de 2019.
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. 2ª ed. rev. Ampl. – Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
FERRAREZI, Júnior Celso. Produzir textos na educação básica: o que saber,
como fazer. Celso Ferrarezi Júnior, Robson Santos Carvalho. 1ª ed. São Paulo:
Parábola Editorial, 2015.
KLEIMAN, Ângela. Letramento e suas implicações para o ensino da língua materna.
In: Signo, V.53, dez. 2007, Santa Cruz do sul, p.1-25. Disponível em:
https://online.inusc.br/seer/index.php/signo/article/view/242. Acesso em 15 de
outubro de 2016.
LEFFA, Vilson J. (Org.) Produção de materiais de ensino: teoria e prática. 2ª ed.
Pelotas: Educar, 2007. Disponível em:
http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/24136.pdf. Acesso em 25 de fevereiro de
2017.
MILLER, Carolyne R. Gênero com ação social. In: Gênero textual, agência e
tecnologia. Tradução de Judith Hoffnagel. DIONISIO, A. P.; HOFFNAGEL, J. C.
(Ogrs.). Parábola Editorial, 2012. Tradução Judith Chambliss Hoffnagel.
MOZDZENSKI, Leonardo. Multimodalidade e gênero textual. analisando
criticamente as cartilhas jurídicas. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2008.
ROJO, Roxane Helena R. Multiletramento na escola. Roxane Rojo, Eduardo
Moura (Orgs.). São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
RUIZ, Eliana. Como se corrige redação na escola. Campinas, SP: Mercado de
Letras, 2011.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução Cláudia Schilling. 6ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 1998.

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