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Profa. Dra.

Cledja Soares de Amorim Castro


O MUNDO DAS BACTERIAS
Tamanho, forma, arranjo
Tamanho: 0,2 a 2,0 µm e de 2 a 8 µm de
comprimento
A CÉLULA BACTERIANA
C) ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA
Objetivo: estudo das várias estrutura que compõe a
célula bacteriana.
• Membrana citoplasmática envolta em parede celular
composta por peptídeoglicano e em alguns casos
membrana externa
• Citoplasma contendo a região nucleóide e vários
ribossomos
• Frequentemente possui estruturas externa como
glicocálix, flagelos e pili.
Membrana citoplasmática
septo Formação de septo

Parede celular
Corte longitudinal
Citoplasma
e glicocálix
ribossomos
Nucleóide

Corte trasnversal
Membrana citoplasmática, membrana plasmática ou
1)
membrana celular

• Espessura de 7 nanometers (nm; 1/1,000,000,000 m).

•Composição: dupla camada de fosfolipídeos (40%) e


proteínas (60%).

Estrutura do fosfolipídeo: ANFIPÁTICO


• porção polar (solúvel em água, hidrofílica) composta de
fosfato e glicerol.
• porção apolar (insolúvel em água, hidrofóbica) composta
por lipídeos.
Estrutura da camada fosfolipídica

Camada externa

proteína Proteína formadora


de poro
Camada interna
Porção polar (hidrofílica)
Molécula de Fosfato-glicerol
fosfolipídeo
Porção apolar lipídica (hidrofóbica)
Função principal da membrana plasmática
Separar o meio intracelular do extracelular. É um
envoltório permeável e seletivo que determina o que
entra e o que sai da célula.
Todas as células adquirem macromoléculas do ambiente
necessárias para o seu metabolismo. Vários métodos de
transporte de macromoléculas podem ser usados pela
célula:
Difusão através da membrana: água, CO2, O2(osmose) e
moléculas lipossolúveis
Íons solúveis em água atravessam a membrana por meio
de poros (<0.8 nm em diâmetro)
Todas as demais moléculas necessárias para o
metabolismo celular são transportadas por meio de
moléculas carreadoras.
TRANSPORTE ATRAVES DA MEMBRANA

A-Difusão facilitada: consiste no transporte de


pequenas moléculas de um meio mais concentrado
para um meio menos concentrado

Átomos e moléculas possuem energia cinética.


Se estes não estiverem distribuídos de maneira
homogênea em ambos os lados da membrana a
diferença na concentração cria um gradiente de
concentração (energia potencial).
O movimento destas particulas do meio mais
concentrado para o menos concentrado equilibra o
gradiente.
Neste tipo de transporte não há gasto de energia
celular.
TRANSPORTE ATRAVES DA
MEMBRANA
DIFUSÃO FACILITADA

Membrana
citoplasmática
Pequenos íons Pequenos íons Membrana
e moléculas e moléculas citoplasmática

A concentração de pequenas moléculas e íons A concentração de pequenas moléculas e íons


é maior fora do que dentro da célula (gradiente é a mesma fora e dentro da célula após atingir
de concentração) promovendo o fluxo de moléculas o equilíbrio de gradiente de concentração.
para o interior celular.
B) Osmose: é a difusão de água através da membrana de um
meio com menor quantidade de soluto e maior quantidade de
água para um meio de maior quantidade de soluto e menor
quantidade de água.

Osmose ocorre em função de um gradiente de concentração e


portanto não há gasto de energia celular.

Moléculas de H2O
ligadas ao açucar

Poro

Membrana
H2O livre citoplasmática
A célula pode encontrar diferentes ambientes osmóticos

soluto Molécula de H2O soluto Molécula de H2O soluto Molécula de H2O

Ambiente isotônico: concentração Ambiente hipertônico: concentração Ambiente hipotônico: concentração


do soluto e do solvente (H2O) é igual. do soluto é maior fora do que dentro de soluto e maior dentro da célula e a
O fluxo de água é o mesmo tanto para da célula, e a concentração de concentração de solvente é maior fora
dentro quanto para fora solvente é maior dentro da célula. da célula. Portanto, o fluxo de água é
da célula. O fluxo de água é maior para fora da célula maior para dentro da célula.
Outras funções da membrana plasmática:

1. Produção de energia (abriga a cadeia trasnportadora de


elétrons e enzimas fotossintéticas em bactérias capazes
de fazerem fotossíntese;
2. Síntese de peptideoglicano (componente da parede
celular);
3. Síntese de fosfolipídeos da membrana;
4. Divisão do nucleóide, replicação e separação do DNA
durante a divisão celular;
5. Forma a base do flagelo usado na motilidade celular;
6. Formação de endosporo (estrutura de sobrevivência e
resistência de algumas bactérias, permanece dormente
por longos períodos) .
2) A PAREDE CELULAR

É a estrutura semi-rígida que envolve a membrana plasmática e


protege a célula de lise devido à pressão osmótica do ambiente
que a circunda.
Composição: é composta por um polímero complexo, grosso e
semi-rígido: peptídeoglicano (PGN). Composto por monômeros
idênticos de ácido N-acetil-glucosamínico (NAG) e N-acetil-
murâmico (NAM) com um tetrapeptídeo ligado ao NAM. Estes
monômeros se ligam entre si por meio da cadeia tetrapeptídica. (
aa na forma D-SÍTIO DE ANTIBIOTICOS-VANCO
PAREDE
CELULAR

Manutenção da forma.
“Primer” para a própria biossíntese.
Funções:
evitar a ruptura das células bacterianas quando a pressão
de água dentro da célula é maior que fora dela;
manter a forma de uma bactéria;
ponto de ancoragem para os flagelos
Importância clínica da parede celular: contribui para a
capacidade de algumas espécies causarem doença, sendo
o local de ação de alguns antibióticos
Autolisinas vs. Transpeptidases
Durante a divisão celular, a bactéria aumenta de tamanho,
portanto, o PGN tem que ser quebrado para que novas
monômeros sejam adicionadas e religados à parece celular.
As autolisinas são enzimas bacterianas que fazem a quebra dos
monômeros do PGN e as transpeptidases religam os monômeros.
PEPTIDEOGLICANO E OS ANTIBIÓTICOS

Muitos antibióticos inibem a síntese do PGN causando lise


osmótica da bactéria. Por exemplo: Penicilina e a Vancomicina
BACTÉRIAS GRAM + E GRAM -
• As bactérias podem ser classificadas pelo método de Gram em dois
grandes grupos segundo a composição da parede celular.
• O método de Gram foi desenvolvido em 1884 por Hans Christian
Gram.
• Método de Gram:
1. esfregaço bacteriano fixado por calor;
2. Coloração com cristal violeta-iodo (coloração primária, cor roxa);
3. Lava-se o esfregraço com álcool-acetona (descoloração);
4. Coloração com safranina ou fucsina (coloração vermelha).
• Resultado:

Gram + Gram -
Gram +: mantém o corante primário, tendo coloração roxa
quando observada ao microscópio. Exemplos: Streptococcus
pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus
aureus, Enterococcus faecalis, e spp. de Clostridium.
Composição da parede celular das Gram +:
1. 20 a 80nm de espessura;
2. Várias camadas de peptideoglicano (60% a 90%);
3. Presença de ácido teicóico e lipoteicóico entrelaçado no
peptideoglicano. Composto por glicerol, fosfato e ribitol).
4. Camada mais externa é rida em proteínas.
Proteínas Ácido teitóico
Ácido lipoteitóico

peptideoglicano
peptideoglicano

citoplasma tetrapeptídeo

Membrana plasmática Membrana


citoplasmática

fosfolipídeo
1.Acido teicoico
Funções da parede celular das Gram +:

1. Peptideoglicano dá forma à bactéria e previne lise


osmótica e o ácido teicóico enrigesse a parede;
2. Peptideoglicano e o ácido teicóico são elementos
reconhecidos pelo sistema imune do hospedeiro
desencadeando a resposta imune, inflamação e a febre.
São considerados “padrões moleculares associados à
patógeno” (pathogen-associated molecular pattern-
PAMP).
3. As proteínas de superfície tem várias funções: funcionam
como enzimas (quebra de macromoléculas), adesinas
(aderência ao hospedeiro), invasinas (penetração celular),
resistência à fagocitose. Acido teicoico
OS PAMPs são reconhecidos
pelos...
Esses PAMPS são reconhecidos por vários receptores localizados na
membrana dos leucócitos
DAMPs –padrão molecular
associado aos danos
São derivados de células hospedeiras, incluindo
células tumorais, células mortas ou moribundas
ou produtos liberados das células em resposta a
sinais como hipóxia. Por serem derivados de
materiais hospedeiros, os DAMPs induzem o que
é conhecido como respostas inflamatórias
estéreis. Os DAMPs são frequentemente criados
ou expostos em ambientes de trauma, isquemia
ou dano tecidual e não requerem infecção
patogênica. 2,4 Esses ambientes são criados em
configurações como infarto do miocárdio, câncer,
doença autoimune e aterosclerose.
Gram positivas
Peptidioglicano (90%) – camada espessa
Há duas classes de ácidos teicóicos:
ácido lipoteicóico: ligado à fração lipídica da
membrana.
Funções dos ácidos teicóicos:
 ligar e regular o movimento de cátions (devido à sua carga
negativa) para dentro e para fora da célula
 impedir ruptura extensa da parede e possível lise celular
durante o crescimento da célula
 fornecer especificidade antigênica da parede → identificação
de bactérias por testes laboratoriais
GRAM -: são descoloridas pelo tratamento álcool-acetona e
coloridas com a safranina, adquirido coloração vermelha.
Exemplos de Gram -: spp. de Salmonella, spp. de Shigella,
Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Hemophilus
influenzae, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, spp. de
Proteus e Pseudomonas aeruginosa.
Composição da parede celular:
1. Camadas interna (2 a 3) de peptideoglicano (2 a 3 nm, 10 a
20%)
2. Membrana externa (~ 7 nm) composta por duas camadas de
fosfolipídeos, lipoproteínas, lipopolissacarídeos (LPS) e
proteínas. O LPS é constituído de lipídeo A (parte lipídica do
LPS) e antígeno O (parte polissacarídica do LPS), sendo
importante na identificação de spp. de bactérias.
3. A membrana externa tem permeabilidade seletiva. Muitas
moléculas trafegam pela membrana externa através de poros
compostos por proteínas chamadas porinas.
Membrana externa
peptideoglicano

Membrana citoplasmática
citoplasma

proteína
proteína LPS
porina Antígeno O
Lipídeo A

Membrana
externa

lipoproteína

peptideoglicano

Membrana
citoplasmática

fosfolipídeo
Funções da parede celular das Gram - :
1. Impede a entrada de substâncias tóxicas (Penicilina G e
lisozimas) no interior da célula (permeabilidade seletiva);
2. O LPS da membrana externa dá maior rigidez à parede
celular. De certa forma tem a mesma função do
peptídeoglicano e do ácido teitóico nas Gram +;
3. LPS (endotoxina) é um componente reconhecidos pelo
sistema imune do hospedeiro como um corpo invasor
desencadeando a resposta imune, inflamação e a febre. São
considerados “padrões moleculares associados à patógeno”
(pathogen-associated molecular patterns-PAMP);
4. Proteínas de superfície: funcionam como enzimas (quebra de
macromoléculas), adesinas (aderência ao hospedeiro);
invasinas (penetração celular) e resistência à fagocitose.
5. Periplasma: substância gelatinosa depositada entre a
membrana plasmática e a membrana externa. Contém
nutrientes, enzimas (quebram antibióticos) e proteínas
carreadoras.
Lipopolissacárides
Antígeno O: porção polissacarídica é formada
por açúcares, polissacarídeos O, que atuam
como antígenos e são úteis para diferenciar
as espécies de bactérias gram-negativas.
Ex: E.coli O157 H7-toxigenica!!!
Lipídeo A: endotoxina, a qual é tóxica quando
na corrente sangüínea ou no trato
gastrintestinal do hospedeiro.
LPS: evasão de fagocitose e S. complemento
SISTEMA COMPLEMENTO?????
VAMOS RECORDAR.....

Durante a resposta imune inata, quando ocorre


a vasodilação e consequentemente o aumento
da permeabilidade vascular, algumas
proteínas plasmáticas são transferidas para o
local da injuria.
Exemplos dessas proteínas, são as proteínas do
sistema complemento (SC)
Sistema complemento- é um conjunto de no mínimo
30 proteínas plasmática, produzidas no fígado,
que funciona sob a forma de cascata, que podem
fazer parte da resposta imunológica, tendo como
resultado:
Fatores quimiotáticos
Opsonização e lises de células
Anafilatoxina- (desgranular mastócitos e basófilos)
Componentes: C1,C2,C3,C4,C5,C6,C7,C8,C9.
São enzimas proteolíticas que podem ser autoclivadas.
Via de ativação do complemento
Via clássica – ativada por, IgM e IgG (IgG1 e IgG3)
Via alternativa – ativação mais rápida e não necessita de Ig,
inicia-se diretamente pelo C3
Via das lectinas - foi a primeira via descrita. Lectinas são
proteínas ligantes de manose que são encontradas nas
membranas das bactérias (MBL - que é homólogo de C1q).
Quando ocorre essa ligação ocorre a ativação da enzima
Serina proteinase associada a manose (MASP 1 e 2) que
cliva C4 e C2
Componente comum: C3
Depois da ativação do C5 todas as três vias são iguais
O sistema complemento faz parte da resposta imune inata
https://www.youtube.com/watch?v=VUjhLPY6khY&t=3s
Lipopolissacárides
Antígeno O: porção polissacarídica é formada
por açúcares, polissacarídeos O, que atuam
como antígenos e são úteis para diferenciar
as espécies de bactérias gram-negativas.
Ex: E.coli O157 H7-toxigenica!!!
Lipídeo A: endotoxina, a qual é tóxica quando
na corrente sangüínea ou no trato
gastrintestinal do hospedeiro.
LPS: evasão de fagocitose e S. complemento
 Mycoplasma-possui esterol na membrana,
mais estável e não necessitam de parede
 São resistentes intrísecos a antibioticos que
agem na parede de bacterias.
 Micobacterias
BACTÉRIAS ÁLCOOL-ÁCIDOS RESISTENTES
Coloração: Ziehl-Neelsen ou corantes
fluorescentes (auramina-rodamina)
- Parede altamente hidrofóbica
- Camada grossa de peptideoglicano
- Camada de glicolipídeos
- Camada grossa de lipídeos especiais
exclusivos, com ácidos graxos muito longos
(60-90º C)
Ácidos micólicos
Cêra D
Parede de Micobacterias
 Danos a PAREDE
◦ Lisozima: age na parede de Gram positiva e Gram
negativa por hidrólise
 PROTOPLASTO: sem parede e sem metabolismo
(Gram +)
 ESFEROPLASTO: sem parede, sofre a ação de
lisozima ficando sem PGN
 Ambas se rompem na presença de água puras
3) Glicocálix ou glicocálice: Cápsula e Camada S (viscosa)
É uma substância gelatinosa secretada pela própria bactéria que
envolve a parede celular. Quando é firmemente agregado à
parede celular é chamado cápsula (detectada por coloração
negativa), quando é mais desorganizado e solto é chamado
Camada S ( ou slime ou polissacarídeos extracelular-PSE).

Composição: muco viscoso composto polissacarídeo e


polipeptídeos. Frequentemente a composição do glicocálix é
dependente das condições ambientais.

Brucella

cápsula
 Importância clÍnica
◦ Adesão a válvulas
◦ Adesão em cateteres, lentes de contato
◦ Adesão ao esmalte dentário
◦ Infecção pulmonar por Pseudomonas aeroginosa-
secreção de alginato (péssimo prognóstico em
fibrose cistica)
◦ Periodontite
Funções do Glicocálix e da camada S:
1. Protege a bactéria contra o dessecamento;
2. Captura de nutrientes;
3. Resistência à fagocitose pelas células do sistema imune;
4. Aderência à superfícies favorecendo a formação de biofilmes
(PSE). Por exemplo: Streptococcus mutans que é bactéria
envolvida na formação da cárie dental, quebra sacarose em
glicose e frutose, usando a glicosiltransferase para converter a
glicose em dextrana, a qual é um componente do glicocálix e
permite ao S. mutans se aderir à superfície do esmalte dos
dentes e formar placa dental que pode levar à carie.

Microscopia eletrônica de transmissão E. coli aderida à superfície


Microscopia eletrônica de varredura
mostrando a diversidade de espécies pela ação do glicocálix
da placa dental mostrando de S. mutans
da placa dental
4) Flagelo:

É um longo apêndece na superfície da bactéria com função


locomotora. (movimento pela “taxia”)
Composição:
1) Filamento rígido composto de proteína (flagelina) que se
extende para fora da superfície celular; Proteína do flagelo
funcionam como Ag e podem identificar cepas:antigeno H com
cerca de 50 Ag de proteinas H diferentes, Ex: E. coli O157:H7
( antígeno H é um PAMP!!!) (intoxicação alimentar)

1) Gancho: estrutura conectiva que liga o filamento ao corpo


basal;
2) Corpo basal: consiste em uma série de anéis que ancoram o
flagelo na membrana plasmática e na parede celular.
Funciona como um “motor molecular” que promove a rotação
do flagelo e impele a locomoção da bactéria no meio (E. coli =
270 rps)
gancho filamento

Anel L

Membrana externa
peptideoglicano
Anel S Anel P

Membrana citoplasmática
Anel M
Corpo basal
ARRANJOS FLAGELARES

Vibrio colerae

MONOTRICO

Spirilum
LOFOTRICO

ANFITRICO

Salmonella
peritrico
 Filamentos axiais (endoflagelos)
◦ Espiroquetas> Treponema pallidum
◦ Feixes de fibrilas na extremidade da bactéria
cobertos por uma bainha
5) Pili ou Fimbria:

Proteínas de estrutura tubular fina originária da membrana


plasmática usada para adesão bacteriana à superfícies.

Composição e características:
1. Proteína denominada pilina;
2. Formado por uma aste contendo uma extremidade adesiva
que tem afinidade por receptores de superfícies
(glicoproteínas e glicolipídeos);
3. Encontrada em todas as Gram -, mas poucas Gram +;
4. 2 tipos: curtos e numerosos (fímbria) ou longos e escassos
(pili de conjugação, fator F)
fímbria
Extremidade
adesiva

receptor

Superfície hospedeira

Fímbria de E. Coli Pili (Fator F) E. coli


6) Citoplasma

Refere-se a tudo o que está dentro contido pela membrana


plasmática.

Composição, características e funções:


1. Água (80%); DNA, RNA, enzimas, aa, carboidratos, lipídeos,
íons inorgânicos, e compostos de baixo peso molecular.
2. O citoplasma contém um líquido chamado citosol. Algumas
bactérias produzem corpos de inclusão que geralmente
carregam compostos orgânicos.
3. A principal função do citoplasma é abrigar o metabolismo
bacteriano. Incluindo as reações de catabolismo (quebra de
macromoléculas) e anabolismo (síntese de macromoléculas
a partir de subunidades geradas durante o catabolismo);
4. As reações químicas que ocorrem no citoplasma estão sob
controle das endoenzimas.
7) Nucleóide

É o corpo nuclear da bactéria contendo um único


cromossomo circular
Composição, características e funções:
1. Ácido desoxirribonucleico (DNA);
2. O DNA cromossomal é uma fita longa (1000 µm) super
espiralada atada à membrana plasmática;
3. Não é delimitado por membrana nuclear como nos eucariotos;
4. Não se divide por mitose. A membrana citoplasmática tem
papel importante na separação do cromossomo replicado;
5. São haplóides (1 só cópia do cromossomo), portanto não há
meiose.
6. A função do nucleóide é transmitir a informação genética
durante a multiplicação celular e determina quais as proteínas
e enzimas que são sintetizadas pela bactéria, portanto
determinando quais as reações químicas e quais processos
biológicos a bactéria pode realizar.
8) Plasmídios

Pequenas moléculas círculares de DNA (extracromossomal)


com replicação autônoma que carregam um número
pequeno de genes.

Composição e características:

1. Compostos de DNA circular contendo origem de replicação;


2. Geralmente codificam proteínas que conferem resistência à
drogas, endotoxinas, enterotoxinas, proteínas do pili de
conjugação.
9) Ribossomos
É o local da síntese de proteínas de todos os tipos celulares.
Composição, características e funções:

1. É composto por Ácido ribonucleico (rRNA) organizado em 2


subunidades de tamanhos diferentes 50S e 30S (S refere-se a
unidade de densidade chamada unidade de Svedberg). O
ribossomo funcional tem as duas subunidades combinadas
resultando em um complexo de densidade 70S. Uma bactéria
possui ~15.000 ribossomos
2. A função dos ribossomos é primordial, ou seja, realizam a
síntese de proteínas. Eles recebem e traduzem o RNA
mensageiro (mRNA) o qual contém a informação genética que
codifica a sequência de aminoácidos que compõe as
proteínas.
Subunidade
50S

Subunidade
30S
10) Endosporos

São estruturas de resistência e sobrevivência que


permanecem dormentes por longos períodos garantindo a
sobrevivência da sp. Bacteriana.

Composição, características e funções:

1. Presentes no gênero Bacillus, Clostridium, Desulfotomaculum,


Sporosarcina, Sporolactobacillus, Oscillospira, e
Thermoactinomyces.
2. Tem função de resistência, podem permanecer viáveis durante
milhares de anos até encontrarem condições ideais de
germinação. São resistentes à temperaturas altas (fervura),
resistentes aos desinfetantes e baixa radiação.
Coloração do esporo:
Schaeffer-Fulton.
• cultura bacteriana em meio sólido
• cultura de solo em meio líquido e sólido
• verde malaquita
• safranina
• lâminas de vidro
• alça de inoculação
PROCEDIMENTO (método de Wirtz-Conklin)
• Preparar esfregaços em lâmina das culturas bacterianas.
• Secar ao ar e fixar pelo calor.
• Corar a quente, com solução aquosa de verde malaquita, aquecendo até a emissão de
vapores, durante 6 minutos.
• Lavar suavemente em água corrente.
• Corar com safranina, por 30 segundos.
• Lavar suavemente em água corrente.
• Secar ao ar e observar ao microscópio.

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