Você está na página 1de 10

Principais fatos da Vida de Cecília Rocha, homenageada do 8º Encontro Fraternal

de 2019.
(Resumo baseado no livro Missão e os Missionários - Gladis Pedersen de Oliveira)

Cecília Rocha

1- Cecília Rocha no mundo espiritual – antes de sua reencarnação

Na sua opinião, o trabalho que Cecília desenvolveu na área da Evangelização Espírita infanto-
juvenil estava programado no Plano Espiritual? Justifique.
“Os espíritos Meimei, Emmanuel, Amélia Rodrigues, Joanna de Ângelis, que no
mundo espiritual responsabilizam-se pela tarefa de educação das gerações
novas à luz do Espiritismo, convidaram Cecília Rocha, antes da reencarnação,
para esse mister. Desse modo, a querida amiga foi preparada em escolas
específicas da espiritualidade para equipar-se dos recursos hábeis, de modo
que, no plano físico, vinculada aos mesmos, pudesse desempenhar a tarefa ao
lado de outros dedicados trabalhadores que honram nossas fileiras
educacionais.
A verdade é que, através desse esforço conjugado entre os dois mundo, vemos
tornar-se frondosa a árvore da Evangelização espírita infanto-juvenil, hoje
enraizada em solo fértil, com possibilidades de atender as gerações do
presente e do futuro, direcionando-as para as metas que devem ser
alcançadas.” (Divaldo Franco em A Missão e os Missionários – Gladis Pedersen
de Oliveira)

2- Família – Nascimento
 Nasceu em Porto Alegre, na Av. Conceição, bairro independência;
 21 de maio de 1919, um ano após o armistício de paz da 1ª Grande Guerra Mundial, portanto uma
tarefa de luz;
 Pai, José Rocha, mineiro de Sete Lagoas, profissão comerciante;
 Mãe, Carmem Rocha, gaúcha da cidade de Jaguarão, de prendas domésticas;
 Primogênita de um grupo de 5 irmãos: Otávio Alberto, Mário e Fernando;
 Passou sua infância na Av. Brasil, no bairro são Geraldo em Porto Alegre;
 O pai, José Rocha, costumava reunir os filhos no quarto de dormir à noite, para contar histórias e
casos de Minas Gerais, sua terra natal. Para Cecília eram momentos muito rico, cheio de magia.
Tornaram-se inesquecíveis em sua memória, marcando para sempre seu gosto por conhecer
pessoas, fatos, histórias e lugares;
 Sua mãe, dona Carmem, tinha o hábito de ler em voz alta as notícias do jornal para seu marido,
enfatizando as notícias com uma leitura dramatizada. Nessas ocasiões, Cecília se acomodava de
forma que pudesse ouvir e observar as expressões da mãe durante a leitura. Ela deliciava-se com
essas cenas familiares e imaginava os fatos narrados como se estivessem acontecendo. Sua
imaginação infantil dava forma, colorido e vida aos acontecimentos que ela visualizava, saciando,
assim, sua curiosidade natural em conhecer o mundo e seus mistérios;
 Seu pai desencarnou aos 48 anos, quando Cecília era adolescente;
 A mãe desencarnou aos 74 anos, amparada pelos filhos Alberto e Cecília;
3- Vida pessoal – escola, profissão e faculdade

 O ensino médio foi concluído no Instituto de Educação general Flores da Cunha, Porto Alegre, onde
concluiu o curso de Magistério em 1938, definindo, desta forma, sua futura atuação brilhante na
área da Educação voltada para a criança e o jovem;
 Fez o curso “Métodos e Técnicas Pedagógicas”, e desenvolveu alguns estágios em escolas de Porto
Alegre, buscando mais aperfeiçoamento na área docente;
 Prestou concurso para o Magistério Público do Rio Grande do Sul, para o qual foi aprovada e
classificada logo após sua formatura no Curso de Magistério;
 Enquanto aguardava a nomeação, ela necessitou trabalhar para ajudar no orçamento familiar;
 Seu primeiro emprego foi nas lojas Renner, na capital, como estenógrafa das reuniões de diretoria;
 O segundo emprego foi na livraria e editora Globo, tradicional estabelecimento da rua dos
Andradas, em Porto Alegre. Naquele tempo, exerceu os cargos de revisora tipográfica e revisora
gramatical; nesta ultima função trabalhou na mesma sala, com o escritor gaúcho Érico Veríssimo;
 Em 1940 foi nomeada para o Magistério Público do Rio Grande do Sul, sendo encaminhada para as
escolas nas cidades e vilas do estado durante 7 anos, onde ficaram comprovados seu dinamismo e
competência, é concedido à professora Cecília Rocha o direito de retornar a sua cidade de origem,
Porto Alegre;
 Em 1947 foi transferida para lecionar em Porto Alegre, no Grupo Escolar Agrônomo Pedro Pereira
(justo reconhecimento de sua abnegação e eficiência como professora e diretora do quadro do
Magistério Público Estadual), é o retorno ao lar, a volta ao convívio com os irmãos e a mãe;

OBS: Cecília imprimia nas escolas que dirigia, um trabalho administrativo e pedagógico que se destacava
pela organização e progresso. Ela estimulava a comunidade escolar a integrar-se com as famílias e com as
demais instituições da localidade onde estava inserida, promovendo atividades culturais e cívicas de alto
significado para todos. Sua atuação caracteriza-se pelo diálogo aberto com os alunos, professores e as
famílias, buscando preservar e colocar em prática os valores morais. Dessa forma, ela sempre podia contar
com adesão de todos para os seus projetos. O espaço físico das escolas sob a direção de Cecília passava
constantemente por transformações, pois ela não media esforços para melhorar as instalações escolares,
desde as salas de aula até o jardim e horta. Para tanto, ela envolvia os professores, os pais e a comunidade,
a fim de ajudá-la nesse empreendimento em que os beneficiados eram os alunos, que passavam a ter um
espaço escolar limpo e agradável, mesmo sendo uma escola pública. A sua atuação dinâmica nas escolas
públicas estaduais do interior do estado do Rio Grande do Sul permaneceu até 1947.

4- Primeiros contatos com o espiritismo

 Em 1957, quando já estava integrada no movimento espírita Gaúcho, como evangelizadora, a


jovem professora foi convidada a assumir a direção da escola Primária Particular do Instituto
Espírita Amigo Germano. A escola era de Ensino fundamental, de caráter assistencial. Na direção da
escola, Cecília incluiu no currículo a evangelização espírita infanto-juvenil, que já existia no
domingo pela manhã no Instituto Espírita Amigo Germano. Permaneceu até 1970, nessa função;
 Nesse período a escola Primária Amigo Germano tornou-se uma instituição de renome na área
educacional de Porto Alegre, pois, além das suas funções específicas era complementada pelo
ensino profissionalizante;
 De 1970 a 1974 – Assumiu a direção da Associação Educacional mahatma Gandhi, em Porto Alegre
(regime de semi-internato);
 Em 1975 – Assumiu a direção da Escola Primária do Lar dos Pequeninos de Jesus, mantida pelo
centro espírita irmãos de Boa Vontade, atendimento a crianças carentes. Cecília implantou a
evangelização espírita infanto-juvenil no currículo dessa escola;
 De 1972 a 1976, cursou a Faculdade de Educação Porto Alegrense, concluindo o curso de
licenciatura plena em Pedagogia, com especialização em administração escolar;
 No decorrer do curso foi convidada a ser professora adjunta da disciplina de didática da mesma
Faculdade e surpreendeu a todos por sua atuação pedagógica segura, conhecimento e
experiência;
 Já realizava, nesse período há mais de dez anos a tarefa de preparação de Evangelizadores;
 O curso de pedagogia consolidou ainda mais a têmpera de educadora que Cecília trouxe do mundo
espiritual, e deu-lhe mais energia na tarefa de educar a infância e juventude dentro da proposta do
Evangelho de Jesus.

5- Seu início no espiritismo

 Cecília conheceu o espiritismo em 1942, quando exercia o cargo de diretora da escola na cidade de
Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul, através de Wanda Jaconi, Orientadora Educacional da 4°
Delegacia de Ensino, com quem tratava de questões profissionais em relação às escolas que dirigia.
Wanda convida-a a conhecer uma experiência que permitia falar com os espíritos, que consistia em
dispor as letras do alfabeto em círculo, e no centro colocou uma prancheta de madeira. Wanda
colocou o dedo sobre a prancheta, enquanto Cecília permaneceu quieta assistindo. A prancheta se
movia em direção às letras impulsionadas pela mão de Wanda, formando palavras e ideias lógicas.
Cecília pergunta se poderia colocar o seu dedo na prancheta. Ela não encostou o dedo e a
prancheta se moveu, e Cecília levou um grande susto com a movimentação. Cecília pergunta: Quem
está aqui? E obteve a resposta por escrito: teu pai. Esse episódio marcou o início do
desenvolvimento de sua mediunidade, que foi muito profícua ao longo de sua vida. Essas
experiências levadas ao seio de sua família, despertou o interesse de todos em busca
esclarecimentos na Doutrina espírita.

 Em 1949 Cecília começou a frequentar o Instituto Espírita Amigo Germano, em Porto Alegre,
assistindo palestras, convidada pelo seu irmão Alberto. Nessa ocasião foi convidada a participar das
atividades de evangelização para crianças da casa espírita. A mãe, também, tornou-se
evangelizadora casa espírita que começou a frequentar, Instituto espírita Dias da Cruz, junto com
seu irmão Alberto e tornou-se evangelizadora, também no Instituto Espírita Amigo Germano.
 Em 1951 Cecília assumiu a escola para alfabetização de crianças carentes vinculadas ao Instituto
Espírita Amigo Germano, gradativamente implantou até 5° série. Passou a colaborar na escola e na
evangelização da infância e juventude desse centro, aos domingos pela manhã.

 Para preparar-se adequadamente, Cecília passou a frequentar o Centro de preparação de


evangelizadores da FERGS, que já existia desde 1948.

6- Cecília Rocha da FERGS para o Brasil

 Em 1951, no 2° Congresso Espírita do Rio Grande do Sul promovido pela FERGS, Cecília foi
convidada a participar a elaboração da Tese: Educação Evangélica da infância e Evangelização dos
lares. Ela foi convidada a apresentar a primeira parte, Educação Evangélica da infância. Foi a
primeira apresentação da jovem professora e evangelizadora ao grande público.

 Em 1951, Cecília foi convidada a assumir a coordenação do Setor de Infância da Federação espírita
do Rio Grande do Sul - FERGS.

 As aulas Centro de preparação de evangelizadores da FERGS ocorria aos sábados, das 16h às
18h30min., na sede da FERGS, tendo por objetivo preparar os Evangelizadores da CAPITAL para a
tarefa de Evangelização Infanto-juvenil e elaborar planos de aula para cada ciclo, conforme faixa
etária.

Cecília Rocha já no cargo da coordenação do Setor de Infância da FERGS, elaborando relatório de atividades
do Setor de Infância da CAPITAL, em 1955, preocupada com a falta de atendimento aos evangelizadores do
INTERIOR do Estado, viu, mediunicamente, em um painel, escrita a frase: “CURSO DE PREPARAÇÃO DE
EVANGELIZADORES DO INTERIOR DO ESTADO”, e escreveu no relatório esse título, seguindo sua intuição.
Questionada pelo presidente da FERGS, Francisco Spinelli, sobre o curso, Cecília relatou a sua visão
mediúnica, no entanto explicou que não sabia como essa atividade poderia ser feita. Spinelli solicitou,
então, a programação do curso, cujo conteúdo foi ditado pelos Espíritos em uma reunião dirigida por
Dinah, coordenadora do Centro de preparação de evangelizadores da FERGS. Esse primeiro curso ocorreu
em julho de 1955, no Instituto Espírita Amigo Germano, com 55 participantes de vários municípios do
interior. O número de inscritos surpreendeu a todos, em virtude da dificuldade de comunicação na época,
que era feita essencialmente por telegrama, pois, o telefonema era um meio de comunicação demorado e
complicado. O curso realizou-se sob o imenso frio do inverso gaúcho. ACREDITA-SE TER SIDO O PRIMEIRO
CURSO DO GÊNERO NO MUNDO! Francisco Spinelli ficou muito emocionado com o sucesso do evento, bem
como todos os participantes. Nesse mesmo período, Spinelli, acertou o próximo curso e que estes
ocorreriam no verão e não mais no inverno, ficando para janeiro. A partir daí os cursos ocorreram
regularmente, até os dias atuais (2009), sempre no mês de janeiro. As atividades de evangelização
prosseguiram intensas.

Prosseguiram as aulas Centro de preparação de evangelizadores da FERGS, nos seus 10 primeiros anos de
existência organizaram farto material didático-pedagógico, sobre DIDÁTICA, PSICOLOGIA INFANTO-
JUVENIL, BIOLOGIA EDUCACIONAL, FILOSOFIA EDUCACIONAL, MATERIAL DIDÁTICO, TEATRO, DOUTRINA
ESPÍRITA, ETC., bem como noções de estruturação administrativa da evangelização Infanto-Juvenil na Casa
Espírita, para que o Evangelizador pudesse desenvolver sua tarefa. Ao final de cada curso o participante
recebia uma pasta com todas as apostilas dos assuntos trabalhados como subsídios teóricos. COM O
CONHECIMENTO DOS RESULTADOS PRÁTICOS OBTIDOS POR ESSA ATIVIDADE, vários estados do Brasil,
através de suas Federações, passaram a SOLICITAR A PRESENÇA DE CECÍLIA ROCHA para levar-lhes a
experiência já estruturada e efetuada no território gaúcho. Assim, Cecília, de 1958 até 1980 (durante 22
anos) levou com sua equipe, formada por colaboradores de vários estados, os cursos de PREPARAÇÃO DE
EVANGELIZADORES a vários estados do Brasil.

Em 1959 ocorreu o I Seminário de Orientadores Espíritas da Infância e Juventude, em Porto Alegre, de 11 a


18 de janeiro de 1959, no Instituto Espírita Dias da Cruz, com atividades maciças nos turnos da manhã,
tarde e noite. FOI UM MARCO IMPORTANTE NA TRAJETÓRIA DE IMPLANTAÇÃO DESSA ATIVIDADE. O
Seminário foi coordenado pela equipe do Serviço de Evangelização e Orientação Educacional das gerações
Novas, tais como Cecília Rocha, dentre outros. Estiveram representadas as localidades de Ceará, Bahia,
Minas gerais, Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná. Representando a Bahia
foram: SOLANGE MARIA MOACIR, Rosa Maria Duarte, Angelita da Cunha e Synésio Vieira Ramos.
Ocorreram 112 participantes. O encerramento do seminário foi realizado por na noite de 18 de janeiro de
1959 por Divaldo Franco, em clima de muita elevação espiritual e alegria. Após a ocorrência desse
seminário foi lançado o CURRÍCULO DE ENSINO EVANGÉLICO-DOUTRINÁRIO PARA A INFÂNCIA, foi enviado
a toda a rede federativa e Federações estaduais, foi a primeira proposta curricular par as escolas de
Evangelização espírita.

7- Estados que ocorreram o curso de Preparação de Evangelizadores


 São Paulo: Primeiro estado brasileiro a solicitar a presença de Cecília Rocha ara ministrar o curso;
Em 11 anos ocorreram cinco cursos em SP com a presença de Cecília Rocha;

 Bahia: Colaborou com vários cursos na Bahia. Cecília conversou com Divaldo Franco pela primeira
vez em Teresina, Piauí, em uma Confraternização de Mocidades Espíritas do Norte e Nordeste, em
1958. Nessa ocasião foi convidada por Divaldo Franco a conhecer a Mansão do Caminho para
orientar a escola lá existente. Aceitou o convite e em 1960, passou de março a dezembro na
Mansão do Caminho, onde trabalhou como Diretora da Escola primária da obra Sócio-educacional
de Divaldo Franco. Durante esse ano em que lá esteve, percorreu, acompanhada de SOLANGE
MOACIR e Divaldo, Vários Centros Espíritas de salvador, divulgando a evangelização infanto-juvenil.
A PRESENÇA DE DIVALDO, ENFATIZANDO A IMPORTÂNCIA DA EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTO-
JUVENIL, FOI, MARCANTE E DEU FORTE IMPULSO AO TRABALHO.
 Cecília viajou por vários municípios do interior da Bahia divulgando o trabalho. Quando terminou o
ano letivo, retornou à porto Alegre.
 Em 1961 a convite da FEEB coordenou o curso de preparação de Evangelizadores, as aulas
ocorrerão na Mansão do Caminho. Solange Moacir lecionou nesse curso a disciplina Material
didático e aulas práticas. A partir daí Solange Moacir tornou-se colaboradora infatigável junto a
Cecília nos diversos estados brasileiros, na divulgação do curso, dentre os estados, Paraíba, Minas
Gerais, Alagoas, Pará, Pernambuco, Amazonas e Rio de Janeiro.

 Alagoas: Acompanhada de Solange Moacir, Cecília desenvolveu o curso proposto. Synésio Vieira
Ramos, cunhado de Solange Moacir, trabalhou as aulas de literatura-juvenil. Foi nesse estado que
ocorreu um acidente aéreo, provocando a morte de todos os ocupantes, inclusive Synésio, que
desencarnou após ter colaborado dando aulas no curso. Ambas Cecília e Solange tiveram grande
abalo emocional ao saber da notícia. Divaldo ao saber da notícia assumiu o controle da situação,
tomando todas as medidas para amenizar tão doloroso momento.
 A bagagem de Synésio foi resgatada, inclusive com TODO O MATERIAL UTILIZADO NO CURSO, e
levada para Salvador. Após receber a pasta com todo o material didático de Synésio intacto, Cecília
tem uma sincope, e permanece desmaiada por vários minutos, até recuperar-se. Foi organizado um
mini-curso em salvador, em homenagem ao companheiro que partiu em plena execução de tarefa
tão nobilitante.

 Rio de Janeiro: Em uma das noites do referido curso nessa cidade, durante a aula de literatura
infanto-juvenil, ocorreu um apagão das luzes da cidade, e neste exato momento, começaram a
ocorrer vários fenômenos de efeitos físicos no salão da aula, em função da presença, no recinto, do
médium Peixotinho. Apareceram luzes multicoloridas brilhantes e frases luminosas com mensagens
significativas sobre o trabalho da Evangelização, além de sons e ruídos. Os fenômenos só cessaram
quando a luz elétrica voltou. O fenômeno mediúnico ostensivo provocou muita emoção em todos os
presentes. Os cursistas ficaram ainda mais motivados para o trabalho, dada à extraordinária visão
que se descortinava para o futuro da tarefa de evangelização.

 Mato Grosso: As passagens aéreas utilizadas por Cecília foram custeadas pelo senhor Ismael ramos
das Neves, que reconheceu o valor extraordinário do trabalho divino, passou a colaborar para que
esse projeto não parasse por falta de recursos financeiros. POR 20 ANOS, CUSTEOU
ANONIMAMENTE AS DESPESAS DE TRANSPORTE AÉREO PARA A TAREFA DO BEM, ESPECIALMENTE
QUANDO ELA SE DIRIGIA AO NORDESTE.

 Rio Grande do Norte: Cecília passou mal por conta de problema cardíaco, e teve que descer no
Recife, precisou de internamento na UTI da clínica de saúde. SANDRA BORBA que morava na cidade
encarregou-se de providenciar roupas e utensílios básicos naquela emergência. Maria Cecília Paiva
assume a coordenação do trabalho, em Natal, com o apoio de Nélia Salles e Sandra Borba, que
substituiu Cecília nas aulas de Didática dando, com a equipe da localidade, todo o apoio e estrutura
ao trabalho.
COMO ESTAVA ACOSTUMADA A TRABALHAR EM EQUIPE, SEM ESTRELISMO, NUNCA HOUVE
PROBLEMA EM SER SUBSTITUÍDA, POIS CONFIAVA PLENAMENTE NO POTENCIAL DOSMEBROS DE
SUA EQUIPE.

CECÍLIA SEMPRE TRABALHAVA EM EQUIPE, NÃO GOSTAVA DE ENFRENTAR DESAFIOS SOZINHA. ELA
CONSEGUIU MONTAR, NO BRASIL INTEIRO, UMA REDE DE APOIO. MANTINHA CONTATO CONSTANTE COM
TODOS OS MEMBROS DA EQUIPE, em uma época em que o telegrama era umas das formas de
comunicação mais veloz.

 Rio Grande do Sul: De 1955 a 1980 participou de 11 cursos, sempre integrada à DINÂMICA equipe
do DIJ/FERGS.

Nesses 22 anos de trabalhos no Brasil, Cecília não teve o aval de uma Federativa. Ocorria que as federativas
estaduais (não cabe às federativas estas organizar eventos em outros estados), convidavam-na para os
cursos e seminários, preparando a infraestrutura para os mesmos. Assim, nos parece que a COORDENAÇÃO
NESSA ETAPA DE REALIZAÇÕES FOI COMANDADA DIRETAMENTE PELO PLANO ESPÍRITUAL, DENTRO DE
UM PROJETO AMPLO DE PREPARAR O ADULTO PARA LEVAR À MENTE INFANTO-JUVENIL OS PRINCÍPIOS
EVANGÉLICOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA.

8- Cecília Rocha na FEB


 Cecília Rocha ainda ligada à direção do DIJ/FERGS foi convidada por Francisco Thiesen, Presidente
da FEB, para colaborar com Maria Cecília Paiva, diretora do DIJ/FEB, na área da Evangelização
Espírita Infanto-juvenil. Cecília deslocava-se de quinze em quinze dias para o Rio de Janeiro, antiga
sede da FEB, onde integrava a equipe que elaboraria o PRIMEIRO CURRÍCULO PARA AS ESCOLAS DE
EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTO-JUVENIL em nível nacional. Dentre outros colaboradores de
diversos estados, Nélia Sales representava a Bahia. Todo o processo até a impressão durou 2 anos.
A obra aguardada por todo o movimento espírita brasileiro, foi lançada em 09 de outubro de 1977.

 Em julho de 1980, Cecília foi convidada a assumir a direção do DIJ/FEB em substituição à Maria
Cecília Paiva, assumiu a Vice-presidência da FEB. Cecília transfere-se definitivamente para Brasília.

 Na sede ela inicia a reunião de preparação de Evangelizadores que passou a funcionar aos sábados
à tarde, às 16 horas, Dentre outros colaboradores Rute Ribeiro e Carlos Campetti. Os planos de aula
eram elaborados e aplicados em crianças e jovens da evangelização da FEB. Campo experimental,
pois o material elaborado era testado, tanto na infância quanto na juventude. Em pouco tempo
surgiu a coleção n°1 de Planos de Aulas do DIJ/FEB que ficou a disposição do Movimento Espírita
Brasileiro.

 Em Brasília contou com o apoio de Tossie Yamashita, uma filha espiritual que Cecília reencontrou.

 O campo experimental da FEB passou a não só envolver o DIJ, mas o estudo Sistematizado da
Doutrina, o esperanto e a Mediunidade, transformando-se numa escola de aplicação para testar
todo o material didático elaborado, nas diferentes turmas de alunos.
 Cecília organiza a instalação de uma pequena gráfica, que cresceu e foi gradativamente ampliada
tornando-se necessário a contratação de funcionários e aquisição de material mais sofisticado.

 Em 1982, Cecília foi eleita Vice-Presidente da FEB, e Rute Ribeiro nomeada para a direção do
DIJ/FEB. A partir desse ano, assume o controle da área de estudos, cursos, material didático edição
e comercialização de apostilas. Todo o material didático é testado nos gupos de aprendizagem, que
fazem parte do campo experimental da FEB nas diversas áreas: Evangelização, estudo
sistematizado da Doutrina Espírita, mediunidade e outros. As apostilas são periodicamente
avaliadas e atualizadas, algumas receberam o formato de livro.

9- Cecília em outros países


A grandiosa trajetória da tarefa de evangelização, após ser implantada no Brasil, estendeu seus ramos aos
países vizinhos, bem como ao continente europeu e norte americano. A boa semente tinha sido lançada. E
lá se foi a semeadora do bem, alegre e determinada a compartilhar com irmãos de outras terras a
experiência que, já vitoriosa, crescia no Brasil.
Países: Uruguai, Colômbia, Argentina, Portugal, Espanha, França, Estados Unidos e Suíça.
O primeiro curso internacional de Evangelizadores Espíritas foi realizado em Brasília, promovido pela FEB,
em julho de 1984. Compareceram 11 países. Divaldo Franco permaneceu durante toda a semana, criando
um ambiente de alegria contagiante que a todos sensibilizou.
10- Campanha Nacional de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil

Em novembro de 1977, o presidente da FERGS, Francisco Thiesen, apresentou à FEB a proposta que a
mesma lançasse uma campanha, em nível Nacional, com o nome “Campanha Nacional de Evangelização
Espírita Infanto-Juvenil”. Após um ano, em 1978, foi constatado o sucesso da Campanha pela
evangelização, e o presidente da FEB, propõe que seja transformada em CAMPANHA PERMANENTE.

As tarefas sobre Evangelização infanto-juvenil, no movimento espírita, se intensificaram e os Espíritos


responsáveis pela coordenação da mesma, passaram a oferecer orientações mediúnicas, destacando a
responsabilidade de encarnados e desencarnados na ação evangelizadora e das novas gerações.
Em julho de 1982 foram encaminhadas algumas perguntas aos médiuns Júlio César Grandi Ribeiro, Espírito
Santo, e Divaldo Franco, Bahia, com o objetivo de receber orientações espirituais sobre o encaminhamento
das tarefas realizadas no campo da Evangelização. Através do Médium Júlio César Grandi Ribeiro,
manifestou-se Bezerra de Menezes, e Divaldo Franco foi inspirado por Joanna de Ângelis. As perguntas
estão na íntegra no cap. 10 do livro em questão.

11- Campanha do Estudo Sistematizado da doutrina espírita – ESDE

Cecília Rocha não esteve somente envolvida com a Evangelização das novas gerações, mas também com a
Implantação do estudo Sistematizado da Doutrina Espírita. Na reunião de apoio e orientação espiritual
ocorrida em 28 de abril de 1976, através de sua mediunidade, pela psicografia, recebeu a mensagem
intitulada “Integridade Doutrinária”, assinada por Angel Aguarod, espírito, ex-presidente da FERGS.

O tempo transcorreu sem que se concretizassem na prática as orientações recebidas por Aguarod sobre o
estudo da doutrina, então, em 26 de julho de 1978, utilizando novamente a médium Cecília Rocha, enviou
uma mensagem reforçando as ideias da manifestação anterior, com o título “Despretensiosa Sugestão”.

Após a clara advertência do mentor espiritual , a diretoria da FERGS mobilizou-se para lançar, logo a
seguir, a Campanha de estudo Sistematizado da Doutrina Espírita no solo gaúcho. Depois de várias
experiências bem sucedidas, a ideia começou a invadir os estados do Sul, até chegar à FEB. Francisco
Thiesen da FEB abraçou a ideia e na reunião do Conselho Federativo Nacional, realizada em 27 de
novembro de 1983, a qual foi aprovada por unanimidade. Cecília Rocha na condição de vice presidente da
FEB abordou os principais pontos de uma campanha a nível nacional, em torno da importância do estudo
metódico da Doutrina Espírita, a exemplo do que era feito com a Campanha nacional de Evangelização
Infanto- Juvenil. Encampada pela FEB, a campanha ganhou força e espalhou-e no Movimento Espírita
Brasileiro.

No encerramento Divaldo Franco que fazia parte da mesa redonda, serviu de instrumento para uma
mensagem de Bezerra de Menezes, que enfatizou o alcance e a magnitude do lançamento da Campanha de
Estudo de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que a mesma se processava na hora exata, com reais
benefícios para estudantes e estudiosos da Doutrina Espírita, em geral.

A campanha do ESDE, além de atingir o Brasil se estendeu ao exterior. Dentre outros colaboradores, Sandra
Borba, do Rio Grande do Norte, contribuiu para a elaboração das apostilas e demais materiais didáticos.
12 - Testemunhas Encarnadas (2009) presentes desde a primeira hora, junto à
Cecília Rocha

 Solange Moacir, Bahia


 Eloína da Silva Lopes, Rio Grande do Sul
 Darcy Neves Moreira, Rio de Janeiro
 Nélia Georgina Salles, Bahia
 Maria Tulia Bertoni, Mato Grosso do Sul
 Sandra Maria Borba Pereira, Rio Grande do Norte
 Clara Lila Gonzalez de Araújo, Brasília
 Mariléia Conde Van Aggelen, Norte da França
 Marisa Priolli Fonseca, Rio de Janeiro
 Rute Ribeiro, Brasília

Consta na íntegra o depoimento de cada uma dessas personagens sobre Cecília Rocha, no livro analisado.

Observação: A Campanha Permanente de Evangelização lançada em 1977 fez 40 anos em 2017. Em março,
2017 foi publicado um artigo na revista o Reformador, sobre o aniversário de 40 anos dessa Campanha.
Cecília participou da produção de 10 CDs (autora de algumas músicas) que foram produzidos e
disponibilizados pelo Departamento de Infância e Juventude (DIJ), da Federação Espírita Brasileira,
contendo mais de 250 músicas, em versão cantada e instrumental.

- Alguns desses CDs estão disponíveis no site: (http://www.dij.febnet.org.br/evangelizador/material-de-


apoio/evangelizacao-em-notas-musicais/)

12- Obras de Cecília Rocha

1- Pelos Caminhos da Evangelização (2006)


2- Currículo para Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil
Livros infantis:
1- Coelhinho Mexe-Mexe
2- O bom Louro
3- O Passeio no Campo
4- A Sementinha Amarela
5- A Gotinha de Orvalho
6- O Gato Lindinho
7- A Praia do Tatuí
8- O Cão Salva-Vidas
9- Antevéspera de Natal
10- O Mensageiro das Boas Notícias
11- Uma Viagem Inesquecível
12- Um Sonho Fantástico
13- Recados do Além
14- A volta de Mariana
15- A vitória de Nélio
16- Uma história no Mundo Espiritual
- Coordenou a produção de apostilas de apoio ao trabalhado do Evangelizador
1- Didática
2- Literatura Infanto-juvenil
3- Jogos Recreativos
4- Peças teatrais
5- Recursos didáticos
6- Subsídio para reunião de Pais
7- Técnicas de Ensino
8- Técnicas pedagógicas
(Vários álbuns de Músicas; quatro coleções de Planos de Aula para todos os ciclos)

- Coordenou, junto com Marta Antunes, a elaboração de todo o material didático de suporte ao estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita.
- Artigo: “Educação e Espiritismo” publicado na revista reencarnação, em junho de 1959.

Cecília retornou à pátria Espiritual em 05-11-2012, O velório aconteceu no dia 06.11.2012, das 7hs as 8:30
hs no cemitério Campo da Esperança – Asa Sul- Brasília-DF.

13- Cecília Rocha após a morte

O Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) completa 35 anos em 2018. Nas comemorações dos 35
anos do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE), a coordenação nacional da Área de Estudo do
Espiritismo do Conselho Federativo Nacional da FEB consultou o médium Divaldo Pereira Franco sobre a
possibilidade de entrevistar os Espíritos Bezerra de Menezes, Angel Aguarod, Francisco Thiesen e Cecília
Rocha, para que dessem algumas orientações e diretrizes relativas, particularmente, ao ESDE e, de forma
geral, ao estudo do Espiritismo promovido pelo Movimento Espírita. Eis o que, sobre o assunto, nos
responderam os benfeitores espirituais (Cecília Rocha):

Entrevista com Cecília Rocha:

AEE – Qual a sua visão, desde o Plano Espiritual, em relação ao ESDE e à organização da Área de Estudo do
Espiritismo pelo CFN, com a possibilidade da multiplicação de programas de estudo voltados para o público
adulto?
Cecília – Sempre me preocupei com uma programação que facilitasse ao público adulto estudar o 
Espiritismo. Quando residente em Porto Alegre, com um grupo de educadores, pensamos em uma
programação específica para crianças, na Federação Espírita do Estado e, ante os resultados excelentes que
foram colhidos, dediquei-me ao estudo de um outro, voltado para os adultos.
Havia e ainda existe alguma dificuldade em muitas pessoas para penetrarem com segurança a codificação
kardequiana.
Posteriormente, em Brasília, vinculada à Federação Espírita Brasileira, pensei haver chegado o momento de
propor, com um grupo de educadores, psicólogos e servidores sociais, o ESDE. Apesar de alguma resistência
encontrada, como é natural, viajando pelo país e Exterior, pude constatar a acertada decisão, agora segura
de que procedera do Mundo Espiritual.
O ESDE facilita o entendimento da Doutrina Espírita, contribuindo      seguramente com os textos que
complementam as diretrizes estabelecidas, não somente elas, mas também a ampliação do conhecimento
humano defluente do estudo sério e bem amplo apresentado.
Hoje   acompanho   a    sua divulgação e exulto com os resultados conseguidos na expectativa de frutos
opimos para o futuro, por meio da cooperação eficiente do CFN.
AEE – Como a senhora observa, do Plano Espiritual, as mudanças ocorridas nestes 35 anos, nas estratégias
de estudo do Espiritismo? Há alguma orientação mais específica para a atual Área de Estudo do  
Espiritismo?
Cecília – As mudanças ocorreram por necessidade de adaptação psicopedagógica, havendo sido muito
valiosas, porque acompanharam o desenvolvimento intelecto-moral, abrindo-se a novos campos do
conhecimento e mantendo-se perfeitamente atuais.
AEE – O que a senhora orientaria aos facilitadores de grupos de estudo da atualidade?
Cecília – Eu solicitaria a esses admiráveis e dedicados trabalhadores da Doutrina de Jesus que se entreguem
a esse mister com amor, estando vigilantes para as necessidades que os tempos vierem a apresentar,
tornando cada vez mais eficiente o programa iluminativo.  

As entrevistas com os demais espíritos, consta no site:


https://fems.org.br/Registro.aspx?id=20180510071640&Tipo=artigos

Referências:
Missão e os Missionários - Gladis Pedersen de Oliveira
http://www.dij.febnet.org.br/evangelizador/material-de-apoio/evangelizacao-em-notas-
musicais/
https://fems.org.br/Registro.aspx?id=20180510071640&Tipo=artigos

Você também pode gostar