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Cajazeiras – PB
2021
JOSÉ CAZUZA NETO
Cajazeiras – PB
2021
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1 INTRODUÇÃO
tutelas representam provimentos imediatos, que são aplicados ao caso concreto para
minimizar consequências injustas suportadas por uma das partes, enquanto a outra obtém
vantagem. Assim, o CPC/2015 define as tutelas provisórias de urgência e da evidência.
As técnicas processuais de tutela provisória, se prestam eventualmente em
complemento e aprimoramento da tutela principal, sendo alcançadas mediante todo o
provimento que, afinal, solucionará definitivamente o litígio configurador do objeto do
processo. Em todo aspecto, as chamadas tutelas provisórias correspondem a incidentes do
processo, e não a processos autônomos.
O CPC/2015 agrupou no gênero de tutelas provisórias, as tutelas satisfativas e as
tutelas cautelares, as quais são fundadas em juízo de probabilidade. No entanto, tutela
provisória é gênero que contém duas espécies: a tutela provisória de urgência e a tutela
provisória de evidencia. Já a tutela provisória de urgência, por sua vez, corresponde a duas
espécies: tutela antecipada e tutela cautelar.
As tutelas provisórias têm em comum a meta de combater os riscos de injustiça ou de
dano, derivados da possível espera, que sempre será longa por sinal, sendo assim do conflito
submetido à solução judicial final. São as tradicionais medidas de urgência cautelares
(conservativas) e antecipatórias (satisfativas), todas voltadas ao combate do perigo (dano) que
possa advir do tempo necessário para cumprimento de todas as etapas do devido processo
legal.
As tutelas de urgência e da evidência poderão ser requeridas tanto antes como no curso
do procedimento, sendo que o pedido principal deve ser formulado nos mesmos autos da
tutela provisória.
Diante a tutela da evidência, ela favorece-se a parte que tem o direito material a favor
de sua pretensão, deferindo como tutela satisfativa imediata, juntando o ônus de aguardar os
efeitos definitivos da tutela jurisdicional àquele que se acha em situação incerta quanto à
problemática juridicidade da atividade manifestada. A tutela de urgência se divide em tutela
cautelar e antecipada, podendo elas serem concedidas em caráter anterior ou incidental. A
tutela de evidência é espécie de tutela antecipada, concedida sempre de maneira incidental. A
denominada tutela de evidência (tutela provisória não urgente) se divide em tutela de
evidência propriamente dita (art. 311, II, III e IV, do CPC) e tutela de evidência sancionatória
(art. 311, I, do CPC). As tutelas de urgência e de evidência podem ser exigidas antes ou
durante o curso do procedimento. O pedido principal deverá ser formulado nos mesmos autos
em que houver a formulação do pedido de tutela provisória, seja cautelar ou anterior.
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Tendo em vista aspectos observados, a tutela antecipada é a que precede todo o pedido
principal. O autor irá indicar na petição inicial, seu fundamento é a sua exposição básica do
direito que deseja assegurar e o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional. Depois
de efetivada a tutela, é que o pedido principal deverá ser formulado ou criado, nos mesmos
autos em que veiculado o pedido cautelar. São características: satisfaz imediatamente o direito
material; o requerente já usufrui imediatamente de parte do direito afirmado ou, pelo menos,
dos efeitos da procedência; coincidem o conteúdo da tutela e o conteúdo pretendido com a
sentença; exige também o requerimento.
Diante disso a tutela cautelar garante para satisfazer e a tutela antecipada satisfaz para
garantir, ou seja, uma depende da outra. O objeto da tutela cautelar é garantir o resultado final
do processo, mas essa garantia na da tutela cautelar é garantir o resultado fina, digamos que
permite a futura satisfação do direito. Já as características da tutela cautelar são: não satisfaz o
direito material, somente assegura a futura satisfação; o requerente não usufruirá,
imediatamente do seu direito afirmado, não há coincidência entre o postulado na cautelar e o
postulado ao final no processo principal; pode ser deferida de ofício.
A tutela de evidência, como espécie de tutela provisória, é diferente da tutela de
urgência, e recebeu um capítulo próprio no novo Código de Processo Civil. O art. 311, caput,
do CPC consagra expressamente o entendimento de que a tutela de evidência independe da
demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, em diferenciação
importante e indiscutível com a tutela de urgência. Faz-se cabível em qualquer espécie de
processo ou de procedimento, inclusive nos Juizados Especiais.
Assim, a tutela de evidência é espécie de tutela antecipada, concedida sempre de
maneira incidental. Seu objetivo é de combater a injustiça que é suportada por aquela parte,
mesmo tendo comprovação de seu direito material, simplesmente assegura a futura satisfação.
Já a tutela de evidência é espécie antecipada, concedida sempre de maneira incidental. A
atuação do contraditório prévio à decisão jurisdicional é a regra, mas há exceção com a
hipótese da tutela provisória de urgência, que por sua única natureza não comporta prévia,
cientifica da parte adversa, sob pena de ineficácia do cuidado. A tutela de evidência no qual o
contrário perde seu poder de real influência, visto que o direito é tão claro que a manifestação
da parte contrária só demoraria a solução do resultado.
Tutela de evidência se aplica, nos termos do art. 311 e incisos do CPC/2015, quando
ficar caracterizado abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
as alegações de fato conseguirem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; tratar-se de pedido
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3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
Acesso em: 2 jun. 2021
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 10ª ed. -
Salvador: Editora JusPODIVM, 2018.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 59 ed. rev., atual. e
ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2018.