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● Caso clínico
→ No exame físico, do caso abaixo, detectou-se placas brancas, sem padrão
reticular localizadas em mucosa jugal bilateralmente.
→ Diante do caso clínico a principal hipótese de diagnóstico foi de líquen plano
oral, que é uma doença subcutânea, com essa apresentação clínica.
→ Para confirmação do diagnóstico é necessária a realização de biópsia incisional,
assim diante do caso clínico, solicitou-se um novo plaquetograma, esse exame
pode sofrer alterações com frequência, ele é realizada no máximo 24 horas antes
do procedimento.
→ O limite da contagem de plaquetas recomendado para a execução de
procedimentos cirúrgicos ambulatoriais é de 50.000 células. Desta forma,
realiza-se a biópsia e confirma-se o diagnóstico clínio (líquen plano oral).
● Fígado
● Hepatite A (HAV)
→ Transmissão: fecal-oral por meio do contato entre indivíduos, contato com água
ou alimentos contaminados pelo vírus.
→ Epidemiologia: forma mais comum de hepatite viral no mundo; ocorre com
maior frequência em áreas com falhas no saneamento básico.
→ Prevenção: cuidados de higiene e alimentação, como por exemplo, a lavagem
dos alimentos com água limpa e o cozimento apropriado; há vacina (faz parte do
calendário vacinal: 1 dose para crianças de 15 meses até 4 anos); doenças de
evolução benigna; a infecção confere imunidade (IgG) ao HAV, mas não aos
outros vírus.
→ Alerta para homossexuais com orientação específicas em relação a transmissão
do vírus da hepatite A.
→ O vírus da hepatite A é
um RNA vírus, não é envelopado
e apresenta um capsídeo que
envolve o genoma viral, esse
capsídeo é composto proteínas
estruturais e é onde se encontra o
antíngeno HAV, que será
utilizado no estabelecimento do
diagnóstico.
● Hepatite B
→ Transmissão: ocorre por meio de relações sexuais (sem proteção) com uma
pessoa infectada; da mãe infectada para o filho durante a gestação, parto ou
amamentação; ao compartilhar material para uso de drogas, de higiene pessoal
ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings; por transfusão de sangue
contaminado, embora incomum na atualidade.
→ Epidemiologia: é bem prevalente no sudeste asiático, na áfrica central e na
região amazônica; de acordo com a OMS – 257 milhões de portadores crônicos
de infecção pelo HBV.
→ Prevenção: evitar as situações de risco; há vacina 3 doses (faz parte do
calendário vacinal), para crianças acima de 7 anos e adultos.
→ Evolução: 90-95% evoluem com resolução espontânea após a fase aguda,
entretanto a hepatite crônica é de alta morbidade.
→ O vírus da hepatite B
é o único, que causa hepatite,
constituído por DNA em seu
material genético. Esse DNA é revestido por duas camadas, uma externa
denominada de envelope e possui um antígeno de superfície que é o HBsAG
(utilizado para o diagnóstico da doença), e uma camada interna denominada de
capsídeo e é constituído pelo HBcAG (também utilizado para o diagnóstico da
doença). Além disso, o vírus da hepatite B tem uma ainda uma outra proteína
que é utilizada também no diagnóstico que é o HBeAG.
→ Tratamento:
♦ Objetivo: obter resposta virológica sustentada, que consiste na (RVS)=
indicada pela indetectabilidade do HCV-RNA; evitar a progressão da
infecção e suas consequências, como a cirrose hepática e o carcino; aumentar
a qualidade e a expectativa de vida do paciente; diminuir a incidência de
novos casos e reduzir a transmissão da infecção pelo HCV; baseia-se no
genótipo de vírus, duração de 12 a 24 semanas; há cura em mais de 90%,
que aderem e respondem ao tratamento.
♦ Drogas: todos os medicamentos atuam diretamente no vírus interrompendo a
sua replicação. O tratamento pode ser feito com interferon-alfa peguilhado;
assim como os antivirais disponíveis no brasil como daclastavir, simeprevir,
sofosbuvir, podem ser utilizados também em associação de ombitasvir +
dasabuvir + ritonavir, associação de ledipasvir + sofosbuvir, e associação de
elbasvir + grazoprevir.
♦ Quando o paciente conclui o tratamento e é considerado curado, o mesmo
após a soroconversão espontânea, ele não está imune, ou seja, o paciente
pode desenvolver novamente a doença se houver nova exposição.
● Hepatite D (HDV)
→ Transmissão: dependente da infecção pelo HBV, pois não consegue se
reproduzir sozinho; vias de transmissão e fatores de risco semelhantes ao HBV;
pode ser transmitido com o HBV (coinfecção) ou infectar portadores crônicos do
HVB (superinfecção).
→ Epidemiologia: a infecção é endêmica onde há infecção pelo HBV.
→ Prevenção: vacina e tratamento para a hepatite B.
→ Vírus da hepatite D: é um RNA
vírus, e este material genético é
protegido pelo envelope (camada
externa), que é constituída pelo
antígeno HBsAg. Esse vírus ainda
apresenta um outro antígeno que é o
HDVAg, que fica no interior do
envelope.
→ Marcadores e diagnóstico da
hepatite E: a figura abaixo mostra a
dinâmica dos principais marcadores
utilizados no diagnóstico da infecção pelo
vírus da hepatite E. Que é uma infecção que só tem forma aguda e a maioria dos
casos tem evolução silenciosa e se resolve rapidamente. A linha vermelha
representa os níveis das transaminases, a linha amarela os níveis dos anticorpos
anti-HEV da classe IgM, a linha azul representa os níveis dos anti-HEV da
classe IgG, a barra laranja representa a viremia nas fezes e a barra verde
representa a ocorrência dos sintomas. O teste para pesquisa de anti-HEV da
classe IgM pode ser utilizada para o diagnóstico da infecção recente pelo HEV,
observa-se que a maior titulação se dá entre a quinta e sexta semana a partir da
exposição, e logo depois essa titulação cai. Anti-HEV da classe IgG são
encontrados desde o início da infecção, com o pico entre 30 e 40 dias após a fase
aguda, onde há grande elevação dos títulos (marcadores), mas esse corpo pode
permanecer por até 14 anos após a exposição ao vírus. O vírus também pode ser
detectado nas fezes, e isso pode ocorrer aproximadamente 1 semana antes do
surgimento dos sintomas e podem persistir por mais de 2 semanas. No soro o
RNA viral pode ser detectado na maioria dos pacientes, duas semanas após o
início da doença, em alguns casos essa reatividade pode se prolongar por 14 a 16
semanas.