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Seria aconselhável que os elencos autárquicos fossem bem mais pequenos; que as
assembleias tivessem reais poderes e que fosse a população a escolher os seus
representantes, de modo direto e, não os partidos .
Sumário
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As cores quentes que dominam o mapa (ver mais abaixo) nada têm a ver com o calor
estival, nem com a praia, onde deverá vigorar o “distanciamento social” sob pena de
multa, uma prática ameaçadora devidamente orquestrada ad nauseam pelos mandarins
de topo; mais concretamente, um modelo exposto por um hipocondríaco, um
barrigudo, uma loura insegura e um portador de três queixos.
Mais chocante é que entre janeiro e junho deste ano, nasceram 37.675 crianças em
Portugal e que em 2020 morreram 115000 pessoas; daí ressalta um enorme deficit,
prenunciando uma quebra demográfica só compensada com a chegada de gente do
Sul da Ásia (nepaleses, indianos, paquistaneses) para o trabalho duro no campo, com
poucos direitos e onerado pela parcela cobrada pela intermediação de parasitas 1.
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Trata-se de uma situação que oferece paralelo com a contratação de pessoal da saúde pelo Estado
português para cobrir as habituais lacunas do SNS; essas pessoas são contratadas junto de empresas de
trabalho temporário, verdadeiros parasitas que cobram boas comissões sem acrescentarem nada de
necessário e, com a colaboração do governo de turno.
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despeito dos investimentos em equipamento, conhecimento, das maiores qualificações
da força de trabalho e, seus reflexos na produtividade.
Mostra-se delirante que uma espécie animal, provida de imensos recursos criativos,
artísticos e de gestão das suas necessidades, mantenha as brutais desigualdades, que
vão do faminto e doente ser humano vítima de seca, ao volume de recursos utilizados
por um tal Jeff Bezos na demente satisfação de um curto percurso suborbital.
A dívida, gerada de modo facilitado e insano – pública, privada, inerente aos negócios
ou à especulação - inclui-se numa lógica que se afasta totalmente das necessidades
humanas e do meio envolvente; e os impulsos eletrónicos que a criam são
incorporados no PIB e nas cotações de títulos e moedas, tornando totalmente artificial
a consideração de que aquele pode crescer indefinidamente.
Como dizia Eça de Queirós, há mais de um século, “Portugal é apenas um sítio, pouco
mais do que a Lapónia que nem sítio é”. Essa frase resume magistralmente a fragilidade
de um país, incapaz – em devido tempo - de manter um império comercial como a
Holanda, por exemplo. Que cedeu Bombaim (!!) à Inglaterra como dote de uma
princesa a casar com um rei inglês mas, que resistiu a ceder “preciosidades” como
Damão e Diu à Índia enquanto o navio de guerra “Afonso de Albuquerque”, em 1960,
se escondia atrás dos navios mercantes em Pangim, até ser forçado a encalhar na praia
encurralado pelos navios de guerra indianos. Depois de ter perdido o lugar de
campeão do tráfico de escravos, sob a ameaça da Inglaterra, Portugal arrastou-se
quanto pode para ter um império africano mesmo sem ter uma indústria para
incentivar ao saque colonial. No século XX, atolou-se em África, numa guerra colonial
antecipadamente perdida e que teve como único fruto saudável, o golpe de 25 de Abril
de 1974 que eliminou o fascismo; mas que não foi suficiente para evitar o dealbar do
pos-fascismo em 1975 – com o enquistamento de uma nova classe política que:
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Pateticamente, em 2021, o regime esforçou-se para incluir os emigrantes no recenseamento eleitoral
para o inútil cargo de presidente da república; nesse contexto, foram inscritas 1550 milhares de pessoas
que, em grande maioria, não votaram… obviamente.
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perfil próximo do registado pela autonomia mais pobre do estado espanhol (a
Extremadura).
Para os mais crentes nas realizações do regime pos-fascista, adiantamos que morreram
em Portugal 115000 pessoas em 2020 e que os nascimentos no primeiro semestre do
ano em curso se cifraram em 37675, longe, portanto, de apontar para um saldo
fisiológico positivo.
A fuga fiscal, a economia paralela, correspondem a uns 30% do PIB e a sua existência
não favorece os que trabalham por conta de outrem, as grandes vítimas da punção
fiscal. O parasitismo das “empresas de trabalho temporário” é partilhado pelo governo
que, por exemplo, vem contratando e por bom preço, junto daquelas “empresas”,
pessoal da área da saúde, em tempos pandémicos.
Para a regiões NUT – 2 a involução demográfica é a norma – Norte menos 129 mil
pessoas (-3.5%); Centro menos 111 mil pessoas (-5%); Área Metropolitana de
Lisboa mais 51 mil (1.8%); Alentejo menos 58 mil (-8%); Algarve menos 10 mil (-
2.3%); Açores menos 4 mil (-1.8%); Madeira menos 12 mil (-5%). A manterem-se
estes ritmos, de modo aligeirado, pode dizer-se que o Alentejo estará deserto
dentro de 12 anos e a região Centro como a Madeira ficarão sem população
dentro de 20 anos…
Procedendo a uma análise mais fina, a das regiões NUT-3 e, para 2010/20,
observa-se:
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perdas de população de 9.8 e 9.7%, respetivamente; de modo linear, aqueles
ritmos de redução demográfica significam a desertificação num prazo de dez anos.
Um país ou uma região que reduz a população mostra a sua “falta de competitividade”
para atrair investimentos, num mundo onde a lógica do lucro determina todas as
decisões, determinando enormes assimetrias entre áreas desertificadas e outras,
mormente urbanas, onde a densidade dos seus habitantes promove pilhas de
edificado, adornadas com automóveis em todos os cantos, lixos variados, ausência ou
insuficiência de jardins e parques, transportes públicos deficientes, etc…
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Observemos para cada região NUT – 3, os concelhos com melhores/menos más
evoluções demográficas em 2010/2020; e, os que mais se afundaram na regressão
populacional.
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Sobre a demografia
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2018/05/evolucao-da-populacao-mundial-19502050.html
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Sobre a educação
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/03/a-instrucao-e-o-modelo-economico-para-o.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2019/08/os-niveis-de-educacao-entre-os-povos-da.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2019/08/o-abandono-escolar-na-europa-2000-2018.html
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/09/democracia-eleicoes-democraticas-onde.html
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/10/autarquicas-2017-nada-de-novo-no-final_15.html
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/09/camaras-exemplo-de-gestao-neoliberal-e.html
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/08/as-transferencias-estatais-para-as.html
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/07/autarquias-oligarquias-e-nao-democracias.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2015/05/um-modelo-democratico-para-os-municipios.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/11/autarquicas-2013-e-putrefacao-do.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/07/eleicoes-autarquicas-questoes-para.html
Outros temas
https://grazia-tanta.blogspot.com/2019/04/45-anos-apos-o-25-de-abril-que-futuro.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2018/11/salario-minimo-instrumento-de-controlo.html
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2018/04/breve-comparacao-do-25-de-abril-1974-e.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/05/europa-periferias-e-desastres.html
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