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Emigrações, imigrações, vidas precárias

O mundo de hoje é o produto de imensas migrações


– através de invasões ou de pequenos grupos - que
contribuíram para o enriquecimento da espécie
humana, em termos genéticos e culturais. Falar de
pátrias e estados-nação é um disparate que convém
a alguns. Simbolicamente, somos todos netos da
Lucy.

Sumário

1 - Imigrantes e emigrantes, todos nativos do planeta

2 - População nativa e de estrangeiros residentes

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1 - Imigrantes e emigrantes, todos nativos do planeta

Se a Terra é só uma. Se a Humanidade é totalmente composta por homo sapiens,


as divisões entre estados são artificiais, transitórias e, as fronteiras resultam de
guerras e banhos de sangue, tendo como base ambições senhoriais.

Em regra, as fronteiras não dividem nada de substantivo, de necessário; apenas


são a aplicação de efémeros direitos de propriedade, esferas sucessivas de
propriedade, com os humanos divididos entre proprietários e não proprietários,
com os primeiros a dominarem o Estado, estrutura autoritária e repressiva para
impor essa ordem, essa conveniente exclusão, num plano político a que, hoje, em
regra e com ar sério, chamam… democracia!

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A democracia é um conceito que na sua longa história, desde os tempos da antiga
Atenas, sofreu essencialmente o repúdio ou a adulteração, por parte dos grupos
ou classes sociais dominantes, gestoras da propriedade, cujo acesso ou usufruto
recusam ou condicionam à grande maioria. Esses grupos sempre souberam
rodear-se de jagunços, juízes, burocratas, polícias, exércitos e, mais
modernamente, da figura dos plumitivos, a soldo dos donos dos jornais para
manterem a segmentação conveniente entre “os de cima” e “os de baixo”.

Os estados-nação quando se constituíram tiveram como preocupação central a


fixação da sua população, subordinada, não só aos seus senhores como, mais
tarde aos capitalistas; e, dentro dessa preocupação cabia a recusa e o
antagonismo quanto aos outros estados-nação, com implicações nefastas nos
seus naturais.

A capacidade para a transformação da natureza pelo trabalho, a criatividade dos


povos, a interação coletiva como matriz da produção de bens e serviços, tornou-
se, mais e mais, desejo de controlo por parte dos de cima e da aceitação dessa
apropriação pelos de baixo. Primeiro, pelos nobres, para tarefas simples, próprias
de sociedades agrícolas e depois, pelos capitalistas, para tarefas mais complexas,
inerentes ao trabalho na indústria e, mais tarde, nos serviços, tornados cada vez
mais diversificados e absorventes de mão-de-obra.

Numa primeira fase, os serviços compreendiam, entre outros, a educação, a


saúde, os transportes, os correios, os serviços pessoais aos ricos, o serviço militar,
os serviços sexuais e o preenchimento da máquina estatal. Posteriormente, a
conflitualidade inerente à densificação das relações económicas e pessoais
desenvolveu aparelhos judiciais, coortes de burocratas e polícias. Por outro lado,
a formação profissional e escolar abrangia toda a população, contribuindo para o
enquistamento de um aparelho de estado diversificado, imenso e invasivo,
preenchido por burocratas de carreira, enlaçados com a classe política.

A consolidação dos estados-nação correspondeu à afirmação do nacionalismo; a


nacionalidade tornou-se um elemento central de distinção entre os nados e
criados num dado estado-nação e, os provenientes de outros territórios. Os
primeiros com todos os direitos e deveres inerentes à sua natureza de “nacionais”
e os não-nacionais, mormente imigrantes, com menos direitos e mais deveres.
Essa distinção vem tornando os imigrantes vítimas de distanciamento,
adversidade e marginalização, vocacionados para as funções mais mal pagas,
como aproveitamento das suas situações de estrangeiros, apontados como
concorrentes por parte dos indígenas menos qualificados.
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As distinções manifestam-se, muitas vezes, sob a forma de racismo, atinente à cor
da pele, ao credo religioso, à origem nacional; aí, o mais escuro perde contra o
mais claro, o muçulmano ganha em suspeição face às tonalidades cristãs; e, um
ser do norte da Europa merece mais respeito do que um balcânico. Como é
evidente, todas estas desqualificações sociais ou legais visam criar uma parcela da
mão-de-obra mais submissa, mais pobre, pouco exigente mas necessária para a
viabilização da existência de segmentos menos qualificados do patronato.

O capitalismo atual funciona “a tous les azimutes”, usando ou não, dificuldades


nas fronteiras de acordo com a relação entre país exportador e país importador, a
caraterização da mercadoria, mais ou menos incorporante de trabalho ou
tecnologia; e, no âmbito dessas vertentes, assim se recorre mais ou menos à
importação/exportação de mão-de-obra. Por exemplo, nos EUA a imigração de
europeus é mais considerada do que a dos pobres que atravessam o rio Grande
arriscando a vida na travessia da fronteira com o México (e o muro de Trump)
para poderem sobreviver clandestinamente aceitando baixos salários e ausência
de direitos.

O capitalismo, em época de concorrência muito globalizada gera e explora essas


diferenças entre autóctones e imigrantes, não só em termos de rendimentos e
direitos como também explorando rivalidades, antagonismos e inventando
anátemas contra grupos escolhidos. Mas torna-se bem mais tolerante para
reformados que procuram destinos de clima mais ameno para viver. E, sobretudo,
para oligarcas endinheirados que pagam grossas maquias para poderem viver
tranquilamente do seu dinheiro sujo em países complacentes, onde é costumeira
a presença de corruptos no governo. Recordemos os chamados “vistos gold” e a
cadeia de patifes a eles ligados – Paulo Portas, Miguel Macedo e a seita instalada
no extinto SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

As sociedades agrárias, pré-capitalistas, mesmo quando construíam ricos templos


e palácios, usavam a escravatura numa escala muito aquém da praticada pelos
países europeus envolvidos na conquista e ocupação de terras em além-mar, a
partir do século XVI. As necessidades de mão-de obra nas colónias europeias da
América são bem patentes nas tipologias das suas populações de hoje e, no
genocídio sofrido pelos povos originais das Caraíbas, do Brasil ou dos EUA.
Curiosamente, há uns 4500 anos, a construção das pirâmides do Egipto foi
efetuada por trabalhadores assalariados, não por escravos, sem o uso da roda (!)
mas, com a presença de cuidadores para casos de acidente na obra e contabilistas
para a aferição dos tempos de trabalho!

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Sabe-se que Lisboa, no século XVI, tinha uma enorme parcela da população de
escravos africanos e até grupos de jovens negros “especializados” em
emprenharem escravas, para os donos ganharem com a venda das crias, como
escravos, obviamente; uma lógica... fábril. Claro que esses senhores seriam
fervorosos cristãos…

No quadro europeu do mesmo século, a emigração forçada de muçulmanos e


judeus da Península Ibérica, orquestrada pelos reis, contemplou a apropriação aos
expulsos de bens e de filhos de tenra idade. Colombo e Magalhães procederam às
suas façanhas como emigrantes em terras de Espanha. Spinoza era neto de
emigrantes portugueses e, David Ricardo tinha nos seus ancestrais uma origem
ibérica. Handel emigrou clandestinamente para Inglaterra onde lhe ofereceram
um contrato bem mais interessante do que na sua Saxónia natal. A crise da batata
na Irlanda, no século XIX, forçou parte importante dos irlandeses a emigrar para
os EUA; e, na Alemanha, quem pôde, emigrou para fugir ao delírio hitleriano. No
exército norte-americano lutaram contra Hitler e Mussolini emigrantes italianos e
alemães de fresca data. Mesmo quando a memória se perdeu, a História foi
desenhada por emigrantes; todos somos emigrados.

Em tempos mais recentes a desestruturação económica que o capitalismo provoca


em África, obriga a uma emigração pejada de grandes riscos para a entrada na
Europa onde o acolhimento é dificultado, com as pessoas a preencher as funções
de pior remuneração e menores direitos. Fugiram da Síria e do Iraque, países
desestruturados pela intervenção do chamado Ocidente (via ISIS) - sob a batuta
do nobel da paz, Obama - milhões de pessoas na direção da Europa. Receber
refugiados é receber mão-de-obra barata mas há limites quantitativos; e assim, a
UE paga à Turquia para reter quatro milhões de potenciais emigrantes com
destino à Europa. Por seu turno, Trump erigiu um muro vigiado e eletrificado
para impedir a chegada de gente vinda do Sul, empobrecida pela atuação das
multinacionais americanas, pelas elites de criollos, etc…

Nos tempos atuais, a grande facilidade na circulação da informação e dos corpos,


produzida pelas tecnologias, banalizou a emigração no seio da Europa
comunitária. As desigualdades entre os vários países tornaram-se enormes, o que
não acontecia até à integração da Grécia em 1981, seguida por Espanha, Portugal
e, posteriormente, com os alargamentos a Leste, resultantes do desmantelamento
do Comecon e da Jugoslávia. Desigualdades bem conhecidas como temos
evidenciado.

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Esse contexto de mobilidade deixa a cargo dos países de origem dos emigrantes a
formação técnica, desequilibra as suas pirâmides etárias, engordando os escalões
superiores e adelgaçando os mais próximos da base; e, oferece aos países de
destino, mão-de-obra qualificada ou, desvalorizada, precária, quando não
desprezada e objeto de violência pela parte de xenófobos e neonazis.

2 - População nativa e de estrangeiros residentes

Observemos a dimensão e a evolução, nos últimos anos, da população dos países


europeus e da parcela de estrangeiros que vive em cada um deles, marcando com
uma cor distinta os casos de redução demográfica.

Europa - população total e parcela de estrangeiros residentes


residentes var. pop. var. pop.
milhares estrangeiros nativa estrang.
(% do total) 2009/19 2009/19
2009 2014 2019 2009 2014 2019 (milhares) (milhares)
Belgique 10 753 11 181 11 456 9,4 11,1 12,5 703 429
Bulgarie 7 467 7 246 7 000 0,5 0,8 1,5 -467 69
Tchéquie 10 426 10 512 10 694 3,9 4,1 5,5 268 179
Danemark 5 511 5 627 5 806 5,8 7,1 9,3 295 217
Allemagne 82 002 80 767 83 019 8,8 8,7 12,5 1 017 3212
Estonie 1 336 1 316 1 325 16,1 14,8 15,1 -11 -15
Irlande 4 521 4 638 4 904 12,8 11,4 13,1 383 64
Grèce 11 095 10 927 10 725 8,4 7,8 8,5 -370 -21
Espagne 46 239 46 512 46 937 11,6 10,1 11,1 698 -160
France 64 350 66 166 67 178 5,8 6,4 7,6 2 828 1387
Croatie 4 310 4 247 4 076 - 0,7 2,1 -234 55
Italie 59 001 60 783 60 360 5,8 8,1 8,3 1 359 1637
Chypre 797 858 876 15,6 18,6 18,4 79 36
Lettonie 2 163 2 001 1 920 17,7 15,2 13,6 -243 -122
Lituanie 3 184 2 943 2 794 1,0 0,7 2,4 -390 35
Luxembourg 494 550 614 43,5 45,3 48,3 120 81
Hongrie 10 031 9 877 9 773 1,9 1,4 2,0 -258 13
Malte 411 429 494 4,1 6,8 20,9 83 86
Pays-Bas 16 486 16 829 17 282 3,9 4,4 6,7 796 518
Autriche 8 335 8 508 8 859 10,3 12,5 16,6 524 618
Pologne 38 136 38 018 37 973 0,2 0,3 0,9 -163 283
Portugal 10 563 10 427 10 277 4,2 3,8 5,7 -286 150
Roumanie 20 440 19 947 19 414 - 0,4 0,7 -1 026 66
Slovénie 2 032 2 061 2 081 3,5 4,7 7,5 49 86
Slovaquie 5 382 5 416 5 450 1,1 1,1 1,4 68 18

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Finlande 5 326 5 451 5 518 2,7 3,8 4,8 192 124
Suède 9 256 9 645 10 230 5,9 7,1 9,1 974 380
Islande 319 326 357 7,6 7,0 13,8 38 25
Liechtenstein 36 37 38 32,7 33,8 34,9 2 1
Norvège 4 799 5 108 5 328 6,3 9,4 11,3 529 301
Suisse 7 702 8 140 8 545 21,7 23,8 25,4 843 504
Royaume-Uni 62 042 64 351 66 647 6,8 7,8 9,3 4 605 1928
Total 514 945 520 844 527 950 6,5 7,0 8,6 13 005 12290
Fonte: Eurostat
Em 2014, comparativamente a 2009, a população dos países europeus aumentou
5.9 milhões de pessoas e 7.1 milhões, no quinquénio seguinte.

Em 2014 todos os países com quebra populacional são bálticos ou balcânicos,


sendo a Alemanha (menos 1.2 milhões) e Portugal as únicas excepções a essas
localizações. Em sentido contrário, os principais contribuintes para o aumento
demográfico foram o Reino Unido, a França e a Itália.

Em 2019, os grandes contribuintes para o aumento demográfico voltam a ser o


Reino Unido e a França, desta vez com a Alemanha, surgindo a Roménia e a Itália
com as principais quebras populacionais.

Portugal é o único país da Europa Ocidental a apresentar quebras demográficas


nos dois períodos, com um total de 286 mil habitantes, com uma dimensão
populacional muito próxima da Suécia que, em 2009 apresentava uma população
inferior em 1.3 milhões.

Em números absolutos e na década considerada, as principais quebras na


população nativa registam-se na Roménia (pouco acima de um milhão),
seguindo-se-lhe a Bulgária, a Lituânia e a Grécia. Inversamente, os maiores
aumentos populacionais em 2009/19 verificam-se no Reino Unido (4.6 milhões),
seguindo-se-lhe a França, a Itália, a Suécia e os Países Baixos.

Quanto aos imigrados nos países europeus em 2009/19 os principais fluxos foram
dirigidos para a Alemanha (3.2 milhões de pessoas), Reino Unido, França e Itália
sabendo-se que no primeiro e no último dos países referidos, a chegada de
refugiados e imigrantes ficou a dever-se à desestruturação económica e política
promovida na Líbia, no Iraque e na Síria; para além da atuação do ISIS, armado
pelos EUA com dinheiro dos sultões do Golfo. Aqueles quatro países incorporam
2/3 do acréscimo líquido de imigrados naquele período.

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Os decréscimos de população imigrada registam-se em Espanha (160 mil), Letónia
(122 mil) e ainda Grécia e Estónia, todos com fortes dificuldades económicas e
financeiras durante parte da década.

A parcela de estrangeiros fixados nos países europeus (incluindo, em cada estado-


nação, pessoas de outras precedências europeias) mostra-se crescente, sobretudo
no período mais recente, uma vez que em 2009/14 as sequelas da crise financeira
limitaram a emigração. Assim, a população forânea na Europa passou de 6.5% em
2009 para 7% cinco anos depois mas, atingindo 8.6% em 2019, um resultado
proveniente da recuperação da crise financeira.

Chipre e Letónia são os únicos países que reduzem o peso da população


estrangeira, com um relevo marginal no caso do primeiro; por seu turno, na
Letónia regista-se um decrescimento contínuo do peso da população estrangeira
ou imigrada.

O volume de residentes estrangeiros apresenta-se particularmente elevado (e


crescente) no Luxemburgo, aproximando-se da metade da população (48.3%)
seguindo-se o Liechtenstein, embora com uma população total muito reduzida e
ainda, a Suiça onde ¼ da população é estrangeira em 2019. Em caso contrário, em
2019, as menores parcelas de estrangeiros residentes observam-se na Roménia
(0.7%), Eslováquia (1.4%) e Bulgária (1.5%).

Para a totalidade dos países europeus o acréscimo da população autóctone em


2009/19 ultrapassa o da população estrangeira mas apenas num total de 715
milhares o que revela a enorme importância da população emigrada na evolução
demográfica naqueles dez anos. Em termos mais detalhados, observam-se várias
situações;

 Casos de aumentos da população autóctone superiores aos aumentos de


imigrados – Bélgica, Rep. Checa, Dinamarca, Estónia, Luxemburgo, Países Baixos,
Islândia. Suíça;

 Casos de aumentos da população autóctone inferiores aos aumentos de


imigrados - França, Irlanda, Espanha, Chipre, Eslováquia, Finlândia, Suécia,
Noruega, Reino Unido

 Casos de aumentos da população autóctone e redução de imigrados –


Alemanha, Malta, Áustria, Eslovénia

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 Casos de quebra da população autóctone menor que a quebra dos imigrados
– Bulgária, Grécia, Croácia, Letónia, Lituânia, Hungria, Polónia, Portugal, Roménia;

 Casos de quebra da população autóctone maior que a redução de imigrados -


Itália

Como temos observado em outros textos 1, a Europa é um terreno de grandes


desigualdades; entre os vários estados-nação, uns são ricos, outros… nem tanto.
No seio de cada um mostra-se a presença de imigrantes cuja origem ultrapassa
em muito o cenário europeu; cuja dimensão é proporcional ao grau de riqueza do

1
Demografia na Europa – um mundo de desigualdades (2015-2020)
http://grazia-tanta.blogspot.com/2021/04/demografia-na-europa-um-mundo-de.html

A evolução da riqueza na Europa (2000/19)


https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/08/a-evolucao-da-riqueza-na-europa-200019.html

Retrato das desigualdades na Europa - 1995/2018 (concl)


https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/02/retrato-das-desigualdades-na-europa.html

Desigualdades na dinâmica demográfica na Península Ibérica (1990/2019)


https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/07/desigualdades-na-dinamica-demografica.html

Portugal 2020, um povo pobre e aprisionado


https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/04/portugal-2020-um-povo-pobre-e.html

Europa - Dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anos


https://grazia-tanta.blogspot.com/2019/11/europa-dificuldades-escolares-de-jovens.html

O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parte


https://grazia-tanta.blogspot.com/2019/08/o-abandono-escolar-na-europa-2000-2018.html

Center and peripheries in Europe (2) - Portugal, a case of peripheral disaster


https://grazia-tanta.blogspot.com/2018/10/center-and-peripheries-in-europe-2.html

Center and peripheries in Europe (3) - Portugal, an Iberian periphery


https://grazia-tanta.blogspot.com/2018/10/centre-and-peripheries-3-portugal.html

Evolution of the world population 1950/2050 - The case of Europe


http://grazia-tanta.blogspot.com/2018/07/evolution-of-world-population-19502050_16.html

Evolução da população mundial 1950/2050 – O caso da Europa


https://grazia-tanta.blogspot.pt/2018/05/evolucao-da-populacao-mundial-19502050.html

Evolution of the world population 1950/2050 - The case of Europe


http://grazia-tanta.blogspot.com/2018/07/evolution-of-world-population-19502050_16.html

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país hospedeiro; e, a saída de emigrantes dos vários estados-nação para outros
países europeus mas também para fora da Europa. O mundo caminhará para ser
uma grande aldeia?

Este e outros textos em:

http://grazia-tanta.blogspot.com/

http://www.slideshare.net/durgarrai/documents

https://pt.scribd.com/uploads

Grazia.tanta@gmail.com 2/5/2021 9

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