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FOCOS DE TENSÃO

“RELAÇÕES INTERNACIONAIS”
MINORIAS ÉTNICAS
53 países
1171 HENRIQUE II
"Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra
(...) Nesta qualidade, o Rei tem todo o poder de
reprimir, corrigir erros, heresias, abusos (...) que
sejam ou possam ser reformados legalmente por
autoridade espiritual"
(Ato de Supremacia, 1534)
Dominação Anglicana na Irlanda
O ato de Plantation, e
concentrava nas mãos dos
colonizadores ingleses,
extensos latifúndios
cultiváveis. Essa política
provocou a revolta inicial
dos irlandeses contra a
rainha inglesa Elisabeth I
Em 1845 e 1849 a Irlanda foi (1558-1603).
devastada pela Grande Fome.
8,5 milhões de irlandeses
católicos, 800 mil morreram
de inanição na ocasião.
oomiceto Phytophthora infestans
Milhões de irlandeses
emigraram para os
Estados Unidos. A
população da Irlanda foi
reduzida para 4 milhões
em 1900.
Os protestantes , em
número de 750.000, eram
donos de mais de 50%
das terras cultiváveis
irlandesas. Os católicos
controlavam apenas 14%
destas terras, por meio
de pequenas
propriedades.
Movimentos Separatistas (IRA)
Durante o século XIX,
cresceram as
organizações nacionalistas
católicas no sul da Ilha,
principalmente na cidade
de Dublin. Eram as
sementes do Exército
Republicano IrlandêS
(IRA, a resistência armada
da minoria católica contra
as forças britânicas) e do
seu braço político, o
Sinn Fein (Gerry Adams)
Dois Grandes rebeldes :
Michael Collins, fundador do
IRA (Irish Republican Army), e
Eamon De Valera, o
emancipador , ministro e
depois presidente da Irlanda.
Seu novo instrumento político
de luta foi o Sinn Féin , um
combativo partido nacionalista
e republicano que ganhará
maioria das votações em 1918
acelerando a independência.
1/4 Protestantes

3/4 Católicos
1ªa. Guerra Anglo-Irlandesa
Em 1916,
organizações tentaram
uma primeira rebelião,
BELFAST duramente reprimida.
Em 1918, estourava a
Guerra Anglo-
DUBLIN
Irlandesa, que duraria
ESTADO três anos, terminando
LIVRE DA
IRLANDA
com a divisão da Ilha.
O Ireland Act
(06/12/1921), selou o
fim da guerra.
As 6 províncias do norte
(Ulster), de maioria
protestante (70%),
continuavam diretamente
ligadas à Coroa britânica.
Estabelecia
maioria católica

Estado Livre da Irlanda (Eire)


associado ao Reino Unido e,
posteriormente, à
Commonwealth nas
províncias do sul (95%).
Estabelecia
maioria católica
Estado Livre da Irlanda (Eire)
associado ao Reino Unido e,
posteriormente, à
Commonwealth nas
províncias do sul (95%).

As 6 províncias do norte
(Ulster), de maioria
protestante (70%),
continuavam diretamente
ligadas à Coroa britânica.
2ªa. Guerra Anglo-Irlandesa
Em 1937, o governo do Estado Livre
da Irlanda (Irlanda “Sul”) declarava
unilateralmente a independência
completa do país e rompia os vínculos
com a Grã-Bretanha.
Após a Segunda Guerra, em 1949,
Londres aceitou a independência da
Irlanda (sul) através do segundo
Ireland Act, que mantinha a
vinculação do Ulster (Irlanda do Norte)
à Coroa e estabelecia que apenas o
Parlamento de Belfast (Irlanda do
Norte), controlado pela maioria
protestante, poderia separar a Irlanda
do Norte da Grã-Bretanha.
A escalada britânica no Ulster desenvolveu-se entre
1969 e 1972. O governo conservador de Edward Heath
substituía a pacificação do antigo primeiro-ministro
Harold Wilson pela repressão pura e simples.
Em 1972, 22 mil soldados britânicos já estavam no
Ulster. A 30 de janeiro de 1972, uma imensa
manifestação pacífica era reprimida a tiros pelas tropas
britânicas, produzindo um saldo de treze mortos. A
tragédia ficou conhecida como Domingo Sangrento
(Bloody Sunday): o Movimento pelos Direitos Civis
estava acabado e a luta pacífica dava lugar à luta
armada e ao terrorismo.
Em 5 de maio de 1981,
o militante irlandês
católico e dirigente do
IRA (Irish Republican
Army), Bobby Sands e
mais nove ativistas
morrem na prisão após
greve de fome de 66
dias em protesto contra
o tratamento a ele
dispensado pelas
autoridades britânicas .
Ele reivindicava ser
tratado como
prisioneiro político, e
não como criminoso.
Margaret 4 de maio de 1979
28 de novembro
Conservador
de 1990
Thatcher

John 28 de novembro
2 de maio de 1997 Conservador
de 1990
Major

Tony 2 de maio de 1997


27 de
Trabalhista
junho de 2007
Blair

Gordon 27 de 11 de
Trabalhista
junho de 2007 maio de 2010
Brown

David 11 de maio
Conservador
de 2010
Cameron
Em 10 de abril de 1998
foi assinado o chamado
Acordo da Sexta-feira
Santa (Acordo de
Belfast), que ajudou a
encerrar na Irlanda do
Norte o período que ficou
conhecido como de The
Troubles (“Os
Problemas”), marcado
pela violência entre dois
grupos: Republicanos
(Unionistas Católicos) e
Legalistas (Separatistas
Protestantes.
A Deposição de Armas
O 1º. Ministro inglês, Tony Blair
declarou em Julho de 2005, a
deposição de armas do IRA
(Legais)

É o fim da luta armada foi


declarada pelo IRA e Reino Unido.
A Deposição de Armas
O 1º. Ministro inglês, Tony
Blair, em seu segundo
mandato, declarou em Abril de
2002, que as negociações com
o IRA estão suspensas,
enquanto a luta contra o
terrorismo, desenvolvida pelos
EUA.
Após 10 anos (2012) a
deposição de armas e o fim da
luta armada foi declarada pelo
IRA e Reino Unido.
O TERRITÓRIO BASCO
A extensão que ocupa
Euskal Herria ou Vasconia é
de 20.664 km², e soma uma
população aproximada de
3 milhões de habitantes. Seu
clima é o temperado.

O País Basco é
chamado “Euskal
Herria”, que
significa “o povo
que fala o Euskara”.
A ORIGEM BASCA
"Somos o único país da Terra
cujas fronteiras não são divisões
geográficas nem políticas, mas
vogais e consoantes. Nosso país
começa onde se fala basco e
termina onde se fala basco e
termina onde não se fala mais.
Uma vez que o basco não tem
relação com qualquer língua
conhecida, isso cria fronteiras
melhores que as impostas pelos
governos."
ANTECEDENTES LIGADOS A
ESPANHA
Como resultado da grave crise
econômica de 1930, a ditadura
do Gen. Primo de Rivera,
apoiada pelo caciquismo
(sistema eleitoral viciado que
sempre dava seus votos ao
governo), foi derrubada e, em
seguida, caiu também a
monarquia. O Rei Afonso XIII foi
obrigado a exilar-se e
proclamou-se a República em
1931, chamada de "República de
Trabajadores".
A GUERRA CIVIL ESPANHOLA (1936-39)
Forças do Nacionalismo- Fascismo
(direita)
classes e instituições tradicionais da
Espanha: O Exército, a Igreja e o
Latifúndio
X
Frente Popular - Governo
Republicano (esquerda)
sindicatos, os partidos de esquerda e
os partidários da democracia
PÁGINAS DA GUERRA
No dia 18 de julho de 1936, o
Gen. Francisco Franco
insurge o Exército contra o
governo republicano. Ocorre
que nas principais cidades,
como a capital Madri e
Barcelona, a capital da
Catalunha, o povo saiu as
ruas e impediu o sucesso do
golpe. Milícias anarquistas e
socialistas foram então
formadas para resistir o
golpe militar.
Em ambas as zonas matanças eram efetuadas
através de fuzilamentos sumários. Padres,
militares e proprietários eram as vítimas favoritas
dos "incontroláveis", as milícias anarquistas ...
26 de abril de 1937
... enquanto que sindicalistas,
professores e esquerdistas em geral,
eram abatidos pelos militares
1 654 MORTOS nacionalistas.
Foi uma guerra
longa que deixou
1 milhão de mortos
e, de certa forma,
representou o
poder bélico que a
Itália e a Alemanha
vinham
armazenando para
a Segunda Guerra
Mundial.
A DITADURA FRANQUISTA
Em 1939, a Falange saía vitoriosa da Guerra Civil Espanhola, e
iniciavam-se o governo ”Fascista de Francisco Franco.”

Com a ascensão de Francisco Franco, a Espanha


passou a vivenciar um regime ditatorial, que se
estendeu até 1975, ano de sua morte.
ETA - EUZKADI TA AZKATASUNA (PNV)
A nova geração de
Bascos decidiu-se fundar
em1959, uma nova
agremiação identificada
com a luta armada
revolucionária:
ETA - Euzkadi Ta
Azkatasuna.
Partido Herri Batasuna
(1978), que dá sustentação
à facção terrorista Jarrai-
Haika-Segi (1999 à 2005).
Na década de 1960, a
ditadura de Franco enfrentava
uma série de greves operárias
e manifestações de
universitários. Ao final dessa
década, em 1969, o príncipe
Juan Carlos é nomeado, por
Franco, como seu sucessor.
Adolfo Suárez
Com a elaboração de nova
constituição, o Estado Espanhol
propôs um Estatuto de Autonomia,
aprovado em 1978, incluído na nova
constituição
A RETOMADA DO ETA
Em 1982, consumou-se a
divisão na ETA. A Espanha
passava a ser governada pelos
socialistas de Felipe González e
a ETA-M retomava, com grande
estardalhaço, a luta armada e
os atos de terrorismo. Ao
mesmo tempo, a ETA-M, com o
apoio de Herri Batasuma,
representação parlamentar e
pública da facção, formulou um
programa de cinco pontos.
11 DE MARÇO DE 2004
Dez bombas
explodiram entre
7h39 e 7h41 em
algumas das
principais estações
de trem e metrô de
Madri, capital da
Espanha. A
carnificina deixou
um saldo de
202 mortos.
O então primeiro-ministro José Maria
Aznar foi às emissoras de TV e acusou
o grupo separatista basco ETA pelos
atentados.
Cedeu lugar ao socialista José Luis
Rodríguez Zapatero, em uma das
principais reviravoltas políticas do
ano da Europa e hoje a Mariano
Rajoy.
2017
LUTA DO ETA CHEGA AO FIM
O ETA anunciou no dia 20 de outubro de 2011,
através de comunicado, a cessação de sua atividade
armada, além de "compromisso claro, firme e
definitivo de superar o confronto".
Aproximadamente um mês depois, a organização
admitiu que o desarmamento estava em sua agenda.
Em agosto de 2012 , o ETA pediu a seus militantes,
em outro comunicado, que se reintegrem na "vida
civil".
A Decomposição ...
O SUCATEAMENTO DO
SOCIALISMO

... da
Iugoslávia
IMPÉRIO AUSTRO-
HÚNGARO IMPÉRIO RUSSO

Eslovênia
Católicos Volvojdina
Croácia
Católicos

Bosnia SÉRVIA
Islãos ORTODOXOS

Montenegro
IMP.TURCO- Kosovo Islãos
OTOMANO
Macedônia
Ortodoxos
1ª. Guerra Mundial

GAVRILOV PRINCIP
SÉRVIO
GRUPO MÃO NEGRA
PAN ESLAVISMO
O Atentado
O Fim da 1ª. Guerra Mundial
A derrota da Alemanha e do império
austro-húngaro e o colapso final do
império otomano geraram um novo
mapa político de toda a Europa.
Nos Balcãs, a Sérvia conseguiu os
territórios da Croácia, Eslovênia e
Bósnia-Herzegovina, perdidos pelos
austríacos, e, ainda, o Montenegro,
kosovo e a Macedônia, perdida pelos
turcos.
Em 1929, em função dos conflitos
entre as diversas nacionalidades
que formavam o país, o rei
Alexandre I (sérvio) deu um golpe
de Estado e mudou o nome do
país para Iugoslávia, que significa
Eslavos do Sul. As disputas internas
continuaram frequentes entre as
diversas nacionalidade que se
opunham à DITADURA SÉRVIA
A Invasão Nazista
Em março de 1941, Pavel, o
príncipe regente da Iugoslávia,
cedendo à pressão dos nazistas
e dos fascistas italianos, foi
constrangido a assinar um
tratado com o Eixo, o que
colocava os Bálcãs subordinados
às potências fascistas.
Foi o que bastou para que uma
rebelião popular antimonárquica
e antifascista tomasse conta das
ruas de Belgrado.
Adolf Hitler aproveitou-se da
situação confusa em que o reino
caiu e ordenou, em abril de 1941,
que suas divisões, juntamente
com tropas húngaras, italianas e
búlgaras o ocupassem.
Vida e Morte da Iugoslávia Comunista
Na Segunda Guerra, a
Iugoslávia foi desmembrada
entre a Alemanha nazista e
seus aliados. Enquanto os
nacionalistas croatas
aderiram ao Eixo, as forças
da Resistência iugoslava
dividiram-se entre os
comunistas, liderados pelo
croata JOSIP BROZ “O TITO”,
defensores da Grande
Sérvia.
A vitória das forças comunistas, sem nenhum
auxílio dos Aliados, permitiu ao marechal Tito
reorganizar o Estado, baseado no princípio de
igualdade entre as nacionalidades e etnias.
Mauro Borges e Josip Broz Tito (à direita), em Goiás, em 1963. O
governador goiano recebeu-o, pois outros governadores queriam
ficar longe do líder comunista
A Queda do Leste Europeu
Mas foi em abril de 1985 que surgiu um
fato novo, decisivo para o futuro da
Europa do Leste. Mikhail Gorbatchev
chegava ao poder na União Soviética,
com um amplo programa de reformas
democráticas em seu país. Um
empreendimento que em poucos anos
mudaria sensivelmente a disposição
geopolítica do planeta. O programa de
Gorbatchev foi anunciado em 1986,
durante o 27° Congresso do Partido
Comunista.
A ERA MILOSEVIC (1989-2001)

11/03/2006
A Decomposição da Iugoslavía
A Federação manteve-se unida sob o
pulso forte do regime comunista e seu
monolitismo partidário. Os dissidentes
separatistas eram severamente
reprimidos. A desagregação dos
regimes comunistas da Europa oriental,
em 1989-1990, aprofundou a crise e
ateou fogo ao separatismo. O fim do
sistema de partido único dissolvia o
cimento da unidade Iugoslava.
A DECOMPOSIÇÃO DA IUGOSLAVÍA
“LIMPEZA ÉTNICA”

Eslovênia (1991)
Croácia (1991-95)
Bósnia (1992-95)
Macedônia (1992)
Kosovo (1998)
Divisão da Bósnia Acordo de Dayton 1995
1995
Guerra em Kosovo
A tensão provocada pelos separatistas
em Kosovo, habitada por 90% de
albaneses, cresce no decorrer de 1998.
Em janeiro há confrontos entre forças
sérvias e guerrilheiros do Exército de
Libertação de Kosovo (ELK). Em maio,
militares sérvios intensificam os ataques
contra redutos rebeldes. Pressionado pela
Otan, que ameaça intervir, Milosevic
decreta cessar-fogo em novembro, mas
os massacres prosseguem.
A Independência de Kosovo
24/Março - 10/Junho 1999
Ataques da OTAN

Em 10 de Junho de 1999,
a cúpula militar da
Iugoslávia assinou o acordo
para encerrar o conflito.

Cerca de 200 mil sérvios


fugiram para a Sérvia por
temerem represálias e
12 mil mortos.
A Queda De Milosevic
Ao tentar a reeleição, em
setembro de 2000,
Milosevic é vencido nas
urnas pelo líder
oposicionista Vojislav
Kostunica. Diante de
alegações de que nenhum
dos dois candidatos havia
obtido mais de 50% dos
votos, é marcado um
segundo turno – mas esse
não acontece.
Centenas de milhares de pessoas tomam
o centro de Belgrado no dia 5 de outubro,
forçando Milosevic a reconhecer a
derrota. O Tribunal Constitucional volta
atrás e Kostunica toma posse na
Presidência.
A liberação de ajuda
financeira externa, no
entanto, fica condicionada à
extradição de Milosevic para
o Tribunal de Haia, onde é
indiciado por crimes contra a
humanidade. O cerco tem
início em abril de 2001,
quando a justiça o coloca
em prisão domiciliar - sob
acusações de abuso de
poder, entre outras. Num
clima de crescente pressão
externa, Milosevic é enviado
a Haia em 28 de junho, onde
morre em 2006.
Vojislav Kostunica
05/10/2000

Milosevic é enviado a Haia


em 28 de junho de 2001

+ 11/03/2006
1998 ?
A CRISE DO
MUNDO
MULTIPOLAR
O CÁUCASO
RÚSSIA Mar Negro

Geórgia

Azerbaijão

Mar Cáspio
MAPA GEOPOLÍTICO
História do Cáucaso

Ao longo da história, a região do


Cáucaso - várias repúblicas da Rússia
europeia, além da Geórgia, a Armênia
e o Azerbaijão - foi ponto de encontro
entre Oriente e Ocidente.
A sua posição estratégica favoreceu
a chegada de vários povos.
Iniciou-se, assim, a maior diversidade
etnolinguística do planeta.
100 etnias , 21 milhões de habitantes.
Um exemplo são as diferentes famílias
linguísticas:
indo-europeias, uralianas caucasianas.
A religião também os separa.
Católicos, ortodoxos, sunitas, xiitas, budistas.
Como as fronteiras dos países não
traduzem necessariamente essa enorme
diversidade, a região é fonte interminável
de conflitos.
Com o fim da União Soviética, em
1991, explodiram os conflitos
nacionalistas:
Inguches X Ossetianos
Ossetianos X Georgianos
Chechenos X Russos
Armênios X Azeris
fundamentalistas contra as
autoridades do Daguestão, e
movimentos independentistas em
diversas repúblicas da ex-URSS.
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H
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C
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Ê DOKU
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I
A
O colapso da URSS e a Insurgência da Chechênia

Com o surpreendente
colapso da União
Soviética em 1991,
deu-se uma onda de
movimentos
separatistas por toda
a ex-república
federativa.
Em dezembro de 1994, o exército
russo interveio com objetivo de
cancelar a autonomia da Chechênia
e de impor um governo
colaboracionista pró-russo.
Indignados com a invasão que
estavam sofrendo, os chechenos
pegaram em armas e entraram em
guerra aberta contra o Kremlin.
Enquanto o exército russo patinava
num combate de guerrilhas, Moscou
Uma típica guerra colonial anunciou-se no
horizonte. Liderada pelos chefes guerrilheiros
Shamil Basayev (2006)e o ex-presidente da
Chechênia Aslan Maskhadov (2005), a guerrilha
lançou mão crescente de atentados cada vez
mais violentos e brutais.
A ERA PUTIN
PUTIN tem governado a Rússia desde
a resignação de Boris Yéltsin,
em 1999.
Seu primeiro governo foi marcado
por profundas reformas políticas e
econômicas, pelo estadismo, por
novas tensões com os Estados
Unidos e Europa Ocidental, pela
rigidez com os rebeldes chechenos e
pelo resgate do nacionalismo russo,
atitudes que lembram em parte o
regime soviético.
2002
Fentanila, um opiáceo bem mais
forte que a morfina. Resultado:
dos 117 mortos a partir da ação
contra os terroristas, apenas 2
morreram devido a balas, todos
os demais faleceram em função
do gás usado. Desses mortos,
mais de 70 eram reféns.
O ATAQUE DE BESLAM
A maior comoção
internacional deu-se com a
ocupação armada, entre os
dias 2 e 4 de setembro de 2004,
da Escola Municipal da
pequena cidade de Beslam,
na Ossétia do Norte, por parte
de um grupo de 25 a 32
guerrilheiros chechenos-
ingushis, provavelmente
orientados por Shamil Basayev.
Depois de três dias de tensão, ocorreu um terrível
desenlace: 330 civis, a maioria de crianças,
foram mortos por explosões de bombas e tiros
disparados pelos chechenos.
Nos hospitais da região mais de 700 pessoas
foram internadas com ferimentos variados. Um
clamor de vingança sacudiu a Rússia.
O
S
S
É
T
I
A
FATORES DA CRISE ATUAL
A Ossétia do Sul e a Abkházia,
estopim do conflito, fica na região
do Cáucaso do Sul e declarou
independência da Geórgia em
28 de novembro de 1991, após o
colapso da União Soviética, mas
não obteve reconhecimento de
nenhum país.
A Geórgia, por seu turno, diz que pretende
manter a soberania daquela região
separatista, visto ser um território
internacionalmente reconhecido como da
Geórgia.
A Geórgia tem o apoio dos EUA e, um
gasoduto ligando a Rússia à Europa, o que faz
do conflito uma herança da Guerra Fria
trazendo a tona o que está realmente em
jogo:
a disputa de controle do Cáucaso entre
Moscou e Washington.
A CRISE DA UCRÂNIA
A Ucrânia vive uma grave crise social
e política desde novembro de 2013,
quando o governo do então
presidente Viktor Yanukovich
desistiu de assinar, um acordo de
livre-comércio e associação política
com a União Europeia (UE), alegando
que decidiu buscar relações
comerciais mais próximas com a
Rússia, seu principal aliado.
A oposição e parte da população não
aceitaram a decisão, e foram às ruas,
realizando protestos violentos que
deixaram mortos e culminaram, em
22 de fevereiro de 2014,
na destituição do contestado
presidente pelo Parlamento e no
agendamento de eleições
antecipadas para 25 de maio.
REVOLUÇÃO MAIDAN
CRIMEIA
Em 1954, foi doada para a Ucrânia. Sua
população, todavia, é composta majoritariamente
por pessoas de descendência russa, de forma
que, para evitar tentações separatistas, o governo
ucraniano concedeu-lhe, em 1992, o status de
República autônoma. Desde então, possui um
Presidente e Parlamento próprios, mas mantém-
se politicamente vinculada, em termos
constitucionais, a Kiev.
A Crimeia realizou um
referendo (17/03/2014) que
aprovou sua adesão à Rússia,
e o governo de Vladmir Putin
procedeu com a incorporação
do território, mesmo com a
reprovação do Ocidente.
Após a adesão da Crimeia ao governo de Moscou,
outras regiões do leste da Ucrânia, de maioria
russa, também começaram a sofrer com tensões
separatistas. Militantes pró-Rússia tomaram
prédios públicos na cidade de Donetsk e a
proclamaram como "república soberana",
marcando um referendo sobre a soberania
nacional para 11 de maio. A medida não foi
reconhecida por Kiev nem pelo Ocidente. Outras
cidades também tiveram atuação de milícias
russas, como Lugansk e Kharkiv.
Petro Oleksiyovych
Poroshenko
07/06/2014

Volodymyr Zelenski
20/05/2019
A QUESTÃO DA CACHEMIRRA
A QUESTÃO DA CACHEMIRRA
O Paquistão e a Índia
são ex-colônias
britânicas (INDOSTÃO).
Em 1947 conseguiram
independência. Os
ingleses repartiram a
região de acordo com
a religião das maiorias.
Assim surgiu a Índia,
de maioria hindu, e o
Paquistão, de maioria
muçulmana.
O sistema de castas surgiu
AS CASTAS
na Índia com os árias e
começou a desenvolver-
se por volta de 850 aC.
Sua origem parece
proveniente da divisão
entre o imigrante ária, de
pele clara, e os nativos
(dasya), denominados
escravos (dasas), que se
distinguiam pela pele
escura.
A religião se torna,
então, um poderoso
elemento social
disciplinador e
apaziguador: virtude e
resignação são as
palavras-chave na
postura moral do
indivíduo. E por aqui
explica-se grande parte
da resistência deste
sistema até à
atualidade - a sua
aceitação social como
algo natural.
Em 1885, formou- Gandhi Jawaharlal
se o Partido do Nehru
Congresso
Nacional Indiano,
para buscar
ampliar a
participação Ali Jinna
indiana no Netaji
governo. Em 1906,
criou-se a Liga
Muçulmana, com
objetivo similar.
DESOBEDIÊNCIA CIVIL
é um método de oposição e resistência pacífica a um
poder político (seja o Estado ou não), geralmente
visto como opressor pelos desobedientes. É um
conceito aplicado com sucesso por Mahatma Gandhi
no processo de independência da Índia e do Paquistão.
O trabalho desses diversos movimentos
levaram finalmente à Lei de
Independência da Índia de 1947, que
criou os domínios independentes
da Índia e do Paquistão
(Oriental e Ocidental).
A Índia permaneceu como um domínio da
coroa britânica até 26/01/1950, quando
a Constituição da Índia entrou em vigor,
estabelecendo a República da Índia.
O Paquistão permaneceu como um
domínio até 1956.
O controle sobre a
região da Caxemira
foi causa de duas das
três guerras (1948-
1949, 1965 e 1971) já
travadas entre Índia e
Paquistão desde 1947
-ano em que ambos
os países se tornaram
independentes do
Reino Unido
CRISE NO PAQUISTÃO
O ex-presidente do
Paquistão, Pervez
Musharraf, declarou
estado de exceção e
suspendeu a constituição
do país. A ex-primeira
ministra Benazir Bhutto
retornou ao Paquistão no
dia 18 de outubro 2007,
depois de um exílio
voluntário de oito anos
prometendo restaurar a
democracia e liderar seu
partido nas eleições
27/12/2007 parlamentares previstas
para janeiro.
2 maio 2011
CRISE NO CURDISTÃO
O Curdistão Corresponde as nascentes dos nos Tigre e
Eufrates, compreendendo a bacia petrolífera de Kirkuk e
Mossul, no Iraque. Abrange terras desde o leste da Turquia,
da Síria, o norte do Iraque, o oeste do Irã e a região do
Cáucaso (Armênia, Azerbaidjão).
O povo curdo é marcado por um fato singular: com 25
milhões de pessoas, é o maior grupo étnico do mundo sem
Estado próprio e fragmentado entre vários países.
É um povo antigo, ariano, de língua persa. Seus hábitos e
cultura foram delineados nas áreas montanhosas entre a
Turquia, Iraque, Armênia e Irã. Possui uma rica história,
cujo auge ocorreu na Idade Média, com a dinastia de
Saladino, que venceu os cruzados e reconquistou a
Palestina para os muçulmanos.
Após 1918, quando é desmembrado o Império Turco-Otomano,
formam-se novos países, como a Turquia, Iraque e Síria, e a
etnia curda, minoria, passa a ser reprimida.
Desde a década de 1960, o movimento separatista curdo vem
crescendo no Iraque. Na década de 80, o Iraque realizou a
destruição de cidades e a deportação de nacionalistas curdos,
devido à oposição dos mesmos ao governo iraquiano.
Ocorre a ameaça do aumento dos conflitos tribais e a
intervenção dos exércitos turco e iraniano. Nessa região, a crise
econômica, a fome e a violência se agravaram.
O nacionalismo curdo ganhou importância na década de 1990.
Na Turquia, o governo aplicou até 2002 políticas
discriminatórias contra os curdos, privando-lhes da s
identidade, proibindo tanto seu idioma como alguns dos seus
costumes mais característicos.
No Irã, os curdos sofrem a perseguição da maioria xiita do país
OCALAN x ERDOGAN
NOTÁVEL HISTÓRIA : LA
REVOLUCION
Após o golpe de Batista, Cuba progrediu
economicamente, porém sua economia ainda era
fraca e tinha forte desequilíbrio na distribuição de
renda. Havia também um grande desequilíbrio
entre a área rural e urbana.
NOTÁVEL HISTÓRIA : LA REVOLUCION
Em 1933, um golpe militar
encabeçado pelo
sargento estenógrafo
Fulgêncio Batista derrubou
a ditadura de Geraldo
Machado.
Batista foi eleito em 1940
presidente da República.
Promulgou a Constituição
Liberal, e em 1952
conduziu novo golpe de
Estado.
Estudantes iniciaram uma movimentação,
liderados por um estudante de Direito
chamado
Fidel Alejandro Castro Ruz
Numa ação de guerrilha urbana, o grupo
atacou uma guarnição militar chamada de
La Moncada. Na ação, alguns dos
atacantes foram mortos e Fidel Castro
capturado. Julgado, foi condenado a 15
anos de prisão; libertado em seguida por
interferência de alguns religiosos, viajou
para o México.
La Moncada
Fidel Castro na prisão em julho de 1953
após o Assalto ao Quartel Moncada.
O iate Granma chegou a Cuba em 2 de Dezembro de 1956
Movimento 26 de Julho
Uma luta contra Batista que durou 25 meses. Em 7 de Novembro
de 1958, Ernesto Guevara Lynch de la Serna, começou sua
marcha para Havana. No dia 1 de janeiro de 1959, Batista põe-
se em fuga, acompanhado por todos os dignitários de sua
ditadura. Em 1959, Fidel Castro liderou a Revolução Cubana e
dois anos mais tarde instaurou um regime ditatorial de
orientação marxista e partido único.
Entre 17 e 21 de Abril de 1961, cerca de 1500 exilados
cubanos recrutados, patrocinados e treinados pela
CIA dos Estados Unidos tentaram uma invasão
frustrada na Baía dos Porcos. Fidel já esperava uma
ataque direto a ilha. Com a invasão iminente, Fidel
anuncia em discurso no dia 16 de abril de 1961, pela
primeira vez, o caráter socialista da revolução e no dia
seguinte tem início o ataque à ilha, na praia de Giron.
A "OPERAÇÃO MAGUSTO" da CIA acabou sofrendo uma
derrota arrasadora, e em 72horas foi sufocada por forças
governamentais cubanas.
No dia 18 de abril de 1961 o primeiro ministro da União
Soviética, Nikita Kruchov, enviou enérgica carta ao
presidente Kennedy na qual demonstrou claramente a
indignação da União Soviética em relação à essa
invasão e conclamou Kennedy a interrompê-la para
evitar o perigo de uma conflagração generalizada.
DA CRISE DOS MÍSSEIS AO EMBARGO ECONÔMICO

Em 14 de Outubro DE 1961,
os E.U.A. divulgaram fotos
de um vôo secreto
realizado sobre Cuba
apontando cerca de
quarenta silos para
abrigar mísseis nucleares
Os Estados Unidos
impuseram um embargo
(7 de Fevereiro de 1962)
econômico a Cuba,
ameaçando cortar
relações com qualquer
país que fizesse comércio
com Cuba.

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