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Na construção do Estado brasileiro [...] as continuidades seriam muitas e fortes. [...] muito da legislação e das práticas jurídicas
anteriores a 1822 continuaria em vigência; e as bases territoriais do antigo Império, com sua organização hierárquica entre regiões e a
concessão de certos espaços autônomos de exercício e decisões políticas, não seriam totalmente desarticuladas.
(João Paulo Pimenta. “Questão nacional e Independência do Brasil: um problema de 200 anos”. Revista USP, no 133, 2022.)
Ao longo do século XIX, os estímulos à ampla imigração para o Brasil apresentaram como marcos
Antônio Vicente Mendes Maciel, Conselheiro de alcunha, (...) era cearense e nasceu (...) a 13 de março de 1830. (...) Aprendeu a
ler, escrever e contar. (...) Andou estudando latim, enxertando frases da língua de Horácio nos seus longos "conselhos", geralmente
baseados na Bíblia sagrada, que conhecia razoavelmente. (...) Era apenas um peregrino, acompanhado de numeroso séquito;
pequenos agricultores, negros 13 de Maio, caboclos de aldeamentos, gente sem recursos, doentes. (...)
Em 1893 (...) Antônio Vicente se estabeleceu em Canudos (...). Rebatizou a localidade, dando-lhe o nome de Belo Monte. Criou um
clima de tranquilidade local. Respeitavam-no. Seu monarquismo era utopia.
De vários pontos do sertão apareciam os conselheiristas (...). Caminhavam para lá movidos pela fé. Queriam morar ali, sem
pensar em conquistar novas terras. Nem restaurar a monarquia. Cá de fora, não entenderam assim. Interesses políticos e patrimoniais
deram novos rumos e destino sangrento ao sertão do Conselheiro. (...)
José Calazans. “O Bom Jesus do sertão”. Caderno Mais, Folha de S. Paulo.
São Paulo, 21/09/1997.
A imagem mostra dois aspectos importantes do processo de reurbanização da Capital brasileira, desenvolvido na primeira década do
século XX:
a) a redução das desigualdades sociais e a melhoria das condições de higiene e de moradia da população trabalhadora.
b) a verticalização das edificações e a adoção dos modelos urbanísticos das principais metrópoles norte-americanas.
c) a ampliação da facilidade de circulação de pessoas e mercadorias e a constituição de espaços de sociabilidade burguesa.
d) a modernização e o alargamento do porto e a permissão de ocupação dos morros pela população pobre da cidade.
e) a implantação de sistema de iluminação pública por lampiões e a criação do sistema de bondes de tração animal.
Em 1932, o governo provisório de Getúlio Vargas criou o Decreto nº 21.076, estabelecendo novas regras eleitorais e, com elas, a
previsão do voto feminino. Sobre esse tema, considere a reportagem a seguir:
A conquista do voto feminino teve participação decisiva da zoóloga Bertha Lutz (1894 – 1976). Ela fundou a Federação Brasileira pelo
Progresso Feminino, em 1922, iniciativa vinculada ao movimento sufragista internacional, principal tendência do feminismo no início
do século 20. As outras reivindicações eram igualdade entre os sexos e independência da mulher. Em 1932, Bertha foi uma das duas
mulheres nomeadas para integrar a comissão para elaborar o anteprojeto da nova Constituição – a outra foi a advogada Natércia da
Cunha Silveira (1905 – 1993). Em 1936, Bertha (que era suplente) assumiu o mandato na Câmara dos Deputados.
Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/704329-voto-feminino-foi-conquistado-depois-de-uma-luta-de-100-anos/.
Acesso em: 20 jul. 2022. Adaptado.
Considerando-se a busca de legitimidade por parte do governo provisório de Vargas, é nítido que o ponto de vista da reportagem
ressalta o voto feminino como uma
O cristianismo aparece em quase todas as fases do ritual feudo-vassálico. Primeiro, a cerimônia (mesmo que nenhum dos
intervenientes, nem senhor nem vassalo, sejam clérigos) pode realizar-se numa igreja, lugar privilegiado para a entrada em vassalagem.
E até muitas vezes se sublinha que a cerimônia se processa na parte mais sagrada da igreja, o altar-mor.
O juramento que constitui um elemento essencial da fidelidade é, quase sempre, prestado sobre um objeto religioso, e até
particularmente sagrado — a Bíblia ou relíquias.
(Jacques Le Goff. Para um novo conceito de Idade Média:
tempo, trabalho e cultura no Ocidente, 1980. Adaptado.)
Ao caracterizar um dos rituais principais do feudalismo na Europa do Ocidente medieval, o excerto destaca
A revolução digital nos obriga a reinventar os espaços púbicos, os bairros e as cidades. [...] Com a nova realidade, o lugar já não
é mais um imperativo – basta que o local esteja eletronicamente interconectado. O lugar de trabalho, por exemplo, pode ser a
residência. Isto é, pode voltar a ser a casa, como já aconteceu no passado, antes da Revolução Industrial.
(MORENO, Júlio. O futuro das cidades. São Paulo: SENAC, 2002, p. 100)
a) pelo conhecimento, por parte dos trabalhadores, das etapas e processos necessários à finalização do produto manufaturado, cuja
comercialização se realizava sem intermediários.
b) pela divisão de tarefas, uma vez que o produto era fabricado em série, porém com uso de poucos equipamentos, predominando o
modo artesanal ou semiartesanal.
c) pela ausência de cargos e ganhos diferenciados, na medida em que a produção se realizava no âmbito familiar e inexistia a
hierarquização de funções.
d) pelo controle do tempo por parte do trabalhador, pois o ritmo e as regras adotadas democraticamente nessas unidades de
produção atendiam às necessidades do grupo.
e) pelo emprego paulatino de maquinário cada vez mais sofisticado, que demandava a especialização técnica e a transferência das
manufaturas para as cidades, por meio do processo de cercamento.
Nenhum ser humano deveria ser ameaçado de “transferência” de sua casa ou de sua terra; nenhum ser humano deveria ser
discriminado por não pertencer a esta ou àquela religião; nenhum ser humano deveria ser destituído de sua identidade ou de sua cultura,
seja qual for o motivo.
(Edward W. Said. A questão da Palestina, 2012. Adaptado.)
O excerto pertence a um livro que discute a condição dos palestinos, mas sua ideia geral pode também ser aplicada à situação
Muito rapidamente, o processo de uma tensa bipolarização passou a dominar as relações internacionais, e de uma forma tão
drástica que, nas décadas seguintes, seria difícil recuperar a atmosfera da aliança que derrotara o nazismo.
(Daniel Aarão Reis Filho. Uma revolução por dia: a história do socialismo soviético, 1997.)
O mapa do continente africano a seguir reproduz as fronteiras étnicas anteriores ao processo de colonização europeu (linhas pretas) e as
fronteiras dos Estados Nacionais africanos, que surgiram após a emancipação no século XX (linhas vermelhas):
a) A diversidade étnica observada na região sul africana foi objeto de cobiça do tráfico transatlântico de escravizados para as
Américas.
b) O Chifre da África foi uma área marcada por guerras travadas entre diferentes grupos étnicos, as quais impediram a construção de
unidades políticas nacionais.
c) A porção norte da África teve menor diversidade étnica, com o predomínio de população branca, religião islâmica e língua árabe.
d) Após o processo de emancipação, a quantidade de Estados Nacionais africanos ultrapassou numericamente as configurações
territoriais anteriores à colonização.
e) As fronteiras dos Estados Nacionais africanos foram traçadas a partir de solidariedades étnicas, e não por critérios geopolíticos
decorrentes da colonização.
A figura a seguir apresenta um cenário em que se distinguem dois compartimentos de relevo na paisagem.
(Adaptado de AB’SABER, Aziz Nacib. Formas de Relevo: Texto básico. São Paulo: FUNBEC/Edart, 1975.)
No que se refere aos compartimentos de relevo na paisagem, é correto afirmar que o compartimento
a) A é uma planície formada por processos exógenos que ocasionam a acumulação de materiais de fontes diversas. As planícies
podem sofrer a influência de falhamentos das rochas que servem de substrato ao processo deposicional.
b) B é um planalto formado por rochas ígneas extrusivas, e apresenta formas de relevo esculpidas pela atuação dos processos
exógenos, a exemplo das chapadas, dos morros, das serras e das depressões.
c) A é uma planície formada por depósitos arenosos e argilosos de origem exclusivamente fluvial. A presença dos meandros
abandonados indica que as formas de relevo desse compartimento não evoluem.
d) B é um planalto formado por rochas ígneas, metamórficas ou sedimentares. Sua principal característica está na atividade ativa dos
processos tectônicos responsáveis pelo soerguimento das elevações e manutenção das formas.
Com as chuvas, o solo é lavado, ou seja, sua camada superficial é removida, e os sedimentos (partículas de solo e rochas) são
transportados por escoamento em direção aos rios, onde são depositados no fundo das redes de drenagem.
(https://saae.sp.gov.br. Adaptado.)
(https://ecoa.org.br)
Com base na imagem, são identificados os dois seguintes processos geográficos interrelacionados:
Recentemente a região do Sahel, na África, vivenciou golpes de Estado em quatro países: Sudão, Mali, Chade e Burkina Faso. Podem
ser indicadas como causas da instabilidade política na região:
GABARITO:
1) Gab: D
2) Gab: C
3) Gab: D
4) Gab: C
5) Gab: A
6) Gab: D
7) Gab: B
8) Gab: B
9) Gab: B
10) Gab: C
11) Gab: A
12) Gab: E
13) Gab: B
14) Gab: E