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Patrik – Redação – 2ª SÉRIE

Proposta 7

Com base nos textos da coletânea, escreva um ARTIGO DE OPINIÃO defendendo seu ponto de vista sobre o tema:

“Os pais devem controlar o conteúdo acessado pelos filhos?”


Texto I
Um determinado programa antivírus, destinado a pais que querem acompanhar de perto o que seus filhos fazem na internet, afirma ser
“a solução definitiva para proteger crianças e adolescentes na internet”. Garante também que, por meio “de suas ferramentas inovadoras e
fáceis de usar, você poderá monitorar seu filho nas conversas MSN e também em tudo que ele posta no Orkut, Facebook, Twitter e outras
redes sociais. Além disso, com esse programa, você bloqueia sites, conteúdos impróprios e restringe o acesso ao Youtube de acordo com o
conteúdo dos vídeos.”
Esse programa promete ainda:
 Monitoramento das conversas feitas pelo MSN e outros programas de bate-papo.
 Controle do número de horas de uso e faixa horária para utilização da internet.
 Bloqueio de sites impróprios.
 Registro e informação de quando algum dado pessoal é divulgado no Facebook, Twitter, Orkut (redes sociais), blogs e fóruns.
 Bloqueio de sites como Facebook, Twitter, Orkut (redes sociais).
 E-mails de alerta para quando seu filho tentar acessar um site público.
 Filtro de conteúdo no Youtube: bloqueia vídeos com conteúdo ofensivo.
 Identificação e bloqueio automático de nudez.
 Bloqueador de palavras-chave impróprias como: ‘Sexo’ e ‘ Drogas’.
Adaptado: https://escoladainteligencia.com.br/

Texto II
Encontros entre pais e mães sempre rendem boas conversas sobre os filhos. E é inevitável cair no assunto celular, internet e conversas
de whatsapp. Quem nunca pegou o celular do filho escondido pra ler as mensagens? Dar uma sapeada nas fotos, com quem eles andam
conversando e saber qual teor das conversas. É praxe. Parece que faz parte do acordo dos pais com os filhos. E é condicional saber a senha.
Agora, mesmo com eles aceitando dividir a senha, será que imaginam os pais lendo mensagens escondido? Será que permitiriam? Não seria
isso pura invasão de privacidade? Sempre bom fazer uma reflexão sobre o que significa invadir o espaço do outro – ainda que este outro seja
teu filho.
Sempre bom fazer o exercício de voltar à adolescência para compreender a adolescência dos filhos. Passávamos horas e horas no
telefone com as amigas. Se alguém quisesse ligar em casa era missão impossível. Dava ocupado. Coisa de 3h no telefone. Até aquele
momento em que sua mãe dava um grito e falava “agora chega!”. E falando o quê? “Nada!”. Ou coisas de adolescentes. Namoros, corações,
escola, festa, convites, roupas. A lista de assunto podia ser interminável e dava voltas. O assunto era infindável. Assim como parecem ser os
dos filhos no whatsapp. São capazes de ficar as mesmas 3h falando as mesmas coisas, voltando aos assuntos e se você não falar para
desligar, eles não desligam.
Antes falávamos ao telefone e escrevíamos nos diários. Ah, os diários… Ali tinha tudo, literalmente. Uma vida. É um grau de intimidade
tão grande que era incabível pensar que alguém poderia ler sem sua autorização. E quando lia representava uma quebra de confiança
gigantesca. Hoje, eles teclam no whats ou no direct do Instagram. Poucos pais queriam ler na nossa época, hoje, muitos querem ler. A
justificativa é o perigo da internet – que realmente existe. Aquilo é um buraco negro sem fim e sem fundo. Ninguém sabe onde vai dar e só
se descobre quando se chega lá. O que, obviamente, não aconteciam com os diários. As folhas acabavam. Uma hora não tinha mais página
e era preciso terminar. Tinha fim. Os scrolls das telas não têm, propositalmente. É um interminável sem fim. E não sabemos lidar com a
infinitude. Dá medo.
Num misto de proteção, curiosidade e egoísmo, pais e mães esperam os filhos dormir para bisbilhotar o celular alheio. Pura invasão de
privacidade. E será que não existe a possibilidade de se respeitar a privacidade do filho? Vale pensar até onde isso é proteção e onde
extrapola para virar invasão. Porque é preciso ter coragem de deixar os filhos crescerem e começarem a ganhar individualidade nas próprias
conversas e nas relações que estabelecem. Claro que estou me referindo a conversas seguras, com amigos que fazem parte do círculo
daquele adolescente. Amigos da escola, clube, inglês. Não me parece muito correto querer saber o que o filho anda falando com os amigos
da escola. Querer descobrir se alguém já beijou alguém, quem, como, onde e porquê. Existe uma intimidade nas relações que deveriam, e
precisam, ser respeitadas. Até mesmo para que eles próprios aprendem sobre individualidade e respeito. Vale uma boa reflexão sobre ler
conversas dos filhos.
É preciso respeitar para ser respeitado. É preciso ter coragem de deixar os filhos crescerem e saber que nem tudo eles vão contar a
vocês. E tudo bem! Tem coisa que realmente não é para contar. Afinal, pai e mãe não são brothers. São pai e mãe. Simples assim. Diferente
assim.
Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/kids/invasao-de-privacidade-uma-reflexao-sobre-ler-conversas-de-filhos-na-internet/
Texto III
É fato que a internet mudou o mundo. Esta ferramenta oferece o acesso imediato a milhões de temas, facilita pesquisas, apoia a vida do
estudante e traz grandes benefícios para o nosso dia a dia. No entanto, crianças e adolescentes precisam de monitoramento e
acompanhamento para usufruir do mundo virtual com segurança, longe de pessoas mal-intencionadas, do vício dos jogos online e da
exposição ao cyberbullying.
Para isso, é importante que os pais estejam sempre atualizados, a fim de ter a habilidade para proteger os filhos dos riscos que a internet
oferece. Nesse sentido, é comum que os pais se questionem do limite à privacidade dos jovens na internet.
O limite está na confiança e isso precisa ficar claro para o filho. Se ele entende que a mãe quer protegê-lo e não o controlar, ele mesmo
mostra o que está vendo na internet e começa a pedir opinião sobre o que está acessando. Ficar de olho na vida online dos filhos também
ajuda no relacionamento com eles, pois permite conhecer hobbies, interesses e preferências, nem sempre evidentes ou conhecidos.
Durante a navegação são deixados “rastros” na internet que permitem aos pais saber mais dos hábitos e opiniões dos filhos. Além disso,
o cuidado e atenção dos pais vale tanto para saber se eles não sofrem ameaças na rede ou se não são causadores de divulgações incorretas.
Estes questionamentos aumentaram a proteção dos filhos na Internet:
– Como os pais podem estabelecer regras de navegação para os filhos na Internet?
Os pais devem partir sempre para a negociação. O número de horas, sites permitidos, conteúdo que será visto, tudo isso pode ser bem
resolvido entre pais e filhos quando ambos entendem as necessidades envolvidas. Conhecer bem o filho torna este bate-papo fácil e divertido.
Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/jovens-pais-internet-protecao-dos-filhos-nao-controle/

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