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O ADN (acido desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo das células dos seres
vivos que carrega toda a informação genética de um organismo. Nesse sentido, é constituído por
uma fita dupla em forma de espiral (dupla hélice), composta por nucleotideos que estão
relacionados directamente com as características físicas e fisiológicas do nosso corpo.
Por esta razão, o ADN tem papel fundamental na hereditariedade, sendo considerado o portador
da mensagem genética.
No ADN, estão codificadas todas as características de um ser vivo, que são únicas em cada
indivíduo. Desta forma, através deste acido nucleico, é possível realizar testes que indicam a
paternidade, detectar doenças antes mesmo de se manifestarem, descobrir a identidade de
pessoas e ate mesmo contribuir para solucionar crimes.
Alem disso, a ciência consegue também controlar a síntese do ADN de algumas substâncias
usando técnicas de engenharia genética. Nesse sentido, hoje é possível colocar genes de uma
célula em outra através da técnica do ADN recombinante e a partir dai produz transgénicos,
vacinas e medicamentos.
Portanto, compreender o ADN e sua estrutura, nos permite entender os processos que garantem a
transferência de informação genética entre os indivíduos e de mais seres vivos.
Composição do ADN.
O ADN, apesar de apresentar todas as características de um individuo, não é uma estrutura muito
complexa. Nesse sentido, é composto por apenas três partes que formam um nucleotideo. São
elas:
Pentose (um açúcar que apresenta moléculas formadas por cinco átomos de carbono);
Essas pontes de hidrogénios são formadas por pares de bases: A-T (Adenina e Timina) e C-G
(Citosina e Guanina).
Dessa forma, o ADN esta tão compactado no núcleo celular, que se fosse possível estica-lo, ele
teria 2 metros de comprimento.
Alem disso, o ADN é formado também por duas cadeias de polinucletideos, que são constituídas
por vários nucleotideos. Estes são unidos uns aos outros por ligações denominadas fosfodiester
(grupo fosfato ligando dois açucares de dois nucleotideos). Nessas ligações, um grupo fosfato
conecta o carbono 3 de um açúcar ao carbono 5 do próximo açúcar.
Dessa forma, essa junção estabelece um padrão típico de repetição de unidade de açúcar fosfato,
que forma a cadeia principal. A essa cadeia principal estão ligadas as bases nitrogenadas.
Assim, para conhecer melhor o ADN, é importante entender o que são genes, cromossomas e
genomas.
Genes:
São unidades de informação hereditária que formam os cromossomas. Nesse sentido, é possível
dizer que o gene nada mais é do que uma sequencia especifica do ADN que contem as instruções
necessárias para a síntese de uma proteína ou molécula de ARN.
Por outra, o gene é a unidade fundamental da hereditariedade, pois eles são os responsáveis por
determinar tanto as características próprias da espécie humana, quanto as características próprias
de cada individuo.
É importante salientar que todas as células de um corpo possuem os mesmos genes. Entretanto,
em algumas células, um tipo de gene é activado e outro é desactivado, garantindo assim a
diferenciação das células. Alem disso, em alguns casos, o gene fica activado a todo o momento,
pois são fundamentais para a realização de actividades básicas da célula.
Nesse sentido, os genes especificam as sequencias de aminoácidos que actuam na estrutura e nas
funções metabólicas das células e, consequentemente, no funcionamento de todo o organismo.
Cromossomas:
Genoma:
O sequenciamento do ADN ou genoma é a técnica usada para determinar em que ordem as bases
nitrogenadas se encontram no ADN. Desta forma, sequenciar um genoma significa determinar a
ordem em que as informações, ou seja, os genes estão colocadas e, nesse sentido, permite obter
dados da linha evolutiva dos organismos.
Funções do ADN.
O ADN tem extrema importância para o corpo humano, pois é o responsável pelo controle e
comando das funções celulares. Cada individuo possui diversas moléculas, como proteínas, que
regulam, desencadeiam, impedem ou modeiam reacções para o bom funcionamento do
organismo. O material genético é justamente a receita de como produzi-las. Com base nisso, é
possível caracterizar o ADN como uma estrutura que contem informações codificadas que regem
os processos vitais das células, tais como:
Produção de macromoleculas; controle dos processos de divisão; diferenciação, entre outros.
Replicação: ocorre quando copias idênticas a copia de uma molécula de ADN são formadas.
Para que esse processo ocorra, o ADN desenrola se parcialmente e inicia se a síntese de uma
nova fita a partir da fita do Adn que será copiada.
Transcrição: é o processo segundo o qual o ADN é usado para a formação de uma molécula de
ARN. Nesse processo, o ADN abre se em um ponto e, uma das fitas é usada como molde para a
síntese de ARN. A medida que o ARN é transcrito, o ADN é fechado novamente.
ADN e ARN são ácidos nucleicos que possuem diferentes estruturas, mas que apresentam
funções indispensáveis para metabolismo e a reprodução de um organismo. Enquanto o ADN é
responsável por armazenar as informações genéticas dos seres vivos, o ARN actua na produção
de proteínas.
Alem disso, essas macromoleculas são subdivididas em unidades menores que são chamadas de
nucleotideos, mas a unidade formadora de ambas é composta por três componentes; fosfato,
pentose e base nitrogenada.
A pentose presente no ADN é a desoxirribose, já no ARN trata se da ribose e, por isso, a sigla
ADN significa acido desoxirribonucleico e ARN é o acido ribonucleico.
Alem disso, as bases nitrogenadas presentes no ADN são citosina, guanina, adenina e timina. Já
no ARN, são encontradas a citosina, guanina, adenina e uracila.
Outra diferença é que o ADN apresenta duas fitas, e o ARN possui uma fita simples.
Teste do ADN.
O teste de ADN é basicamente a leitura dos genes de uma pessoa. A partir deste exame é
possível saber qual é a estrutura do gene, em quais cromossomas estão localizados, se estão
modificados ou danificados.
Nesse sentido, através do teste de ADN é possível conhecer a paternidade de alguém, identificar
pessoas, encontrar culpados em investigações criminais e também verificar a probabilidade do
desenvolvimento de algumas doenças e a chance de serem transmitidas para futuras gerações.