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ROTEIRO
1. Instrumentação e condições analíticas
● Equipamento: HPLC marca Shimadzu
● Detecção UV em 254 nm
● Coluna: C18, 15 cm de comprimento, tamanho de partícula 3 µm;
● Fluxo da bomba a ser avaliado: 1,0 1,5 e 2, 0 ml/min;
● Volume de Injeção: 20 µL
● Fase móvel: Água/metanol (75:25)
2. Amostra
Solução A contendo uma mistura de padrões: triptofano, tirosina e fenilalanina na concentração
de 1,0 mMol L-1 cada.
Nessa situação trata-se de uma cromatografia de fase reversa em que a fase móvel tem
característica polar, no caso água e metanol (75:25) e a fase estacionária é apolar. Aquele
composto que tiver maior interação com a fase móvel irá percorrer a coluna cromatográfica
primeiro, e aquele que tiver maior interação com a fase estacionária será o último composto a
eluir por ela. Dadas as estruturas demonstradas na imagem 1 os compostos são aminoácidos e
este grupo funcional confere uma característica polar para a molécula, no entanto o restante da
cadeia se diferencia em alguns aspectos: a tirosina possui um grupo hidrofílico, no caso a
hidroxila, que confere uma característica fortemente polar. Já o triptofano tem um grupo
funcional amina que também é hidrofílico, mas possui dois anéis, um de 4 e outro de 6
membros que confere uma menor polaridade na molécula. Enquanto a fenilalanina não possui
nenhum grupo funcional em sua estrutura além do aminoácido, sendo assim o de menor
polaridade dentre os três.
Portanto a ordem de eluição dos compostos é primeiro a tirosina, seguida do triptofano e por
último a fenilalanina.
b) (2,0) Discutir a variação do tempo de retenção dos compostos em cada fluxo. Segundo
van Deemter, seria possível diminuir o tempo de eluição sem alterar a resolução?
Como?
Para se obter uma diminuição no tempo de eluição, sem perda de eficiência e sem alterar a
resolução, nós podemos diminuir o tamanho das partículas, e aumentar a temperatura da
coluna. A teoria de Van Deemter originalmente proposta para cromatografia gasosa e posterior
mente para a cromatografia líquida, relaciona a eficiência da coluna (dada por H) com a
velocidade linear média da fase móvel (fluxo ou vazão). Quando diminuímos o tamanho da
partícula, temos um aumento significativo na pressão do sistema, uma diminuição no tempo de
análise e uma melhora nas separações. Essa diminuição no tamanho das partículas nos permite
utilizar fase móvel a uma elevada velocidade linear média, com fluxos volumétricos maiores, e
sem perda de eficiência. Com o aumento da temperatura da coluna, ela acaba auxiliando na
transferência do analito da fase estacionária para a fase móvel, diminuindo também o tempo de
análise e aumentando a eficiência das colunas e a sensibilidade da detecção.
c) (2,0) Discutir o aumento da pressão da bomba de acordo com o aumento do fluxo.
Devido à coluna do equipamento ser fechada e preenchida com partículas na ordem de
micrômetros é necessário o uso de pressões elevadas para que ocorra a passagem do solvente
(fase móvel) pelo sistema, desde modo para aumentar o fluxo faz-se necessário o aumento da
pressão.
d) (2,0) Qual o valor do prato teórico para o ultimo pico em cada fluxo?
O número de pratos teóricos é determinado, por meio de uma fórmula que relaciona o tempo
de retenção e a largura do pico analítico, conforme descrito abaixo:
𝑡𝑟 2
𝑁𝐴 = 16 . ( )
𝑤𝑏
Deste modo substituindo os valores do ultimo pico em cada fluxo que estão tabelados a baixo
obtém-se o número de pratos teóricos.
e) (2,0) Se uma indústria tem 10 cromatógrafos e opera 360 dias por ano, 24 horas, qual
o volume de resíduo produz em cada condição de fluxo. Qual fluxo seria o ideal pra
trabalhar e porquê.
Cálculos referentes ao volume residual:
Fluxo 1,0 mL/min:
1,0 𝑚𝐿 1𝐿 60 𝑚𝑖𝑛 24 ℎ 360 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑉𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑎𝑙 = 10 . . . . . = 5.184 𝐿/𝑎𝑛𝑜
1 𝑚𝑖𝑛 1000 𝑚𝐿 1ℎ 1 𝑑𝑖𝑎 1 𝑎𝑛𝑜
Além disso, se analisarmos o número de pratos teóricos, o primeiro e o terceiro gráfico são os que
possuem os maiores valores, no entanto como discutido a primeira condição de fluxo permite um
menor número de análises.
Portanto o uso do fluxo de 2,0 mL/min é o ideal por permitir um maior número de análises
garantindo a eficiência da coluna apesar de gerar um maior volume de resíduo.
DADOS DO EXPERIMENTO :
Fluxo (mL/min) Pressão da bomba (kgf) Tr ultimo pico (min) Wb do último pico (min)
1 171 4,4 0,5
1,5 245 2,9 0,4
2,0 320 2,3 0,3
Fluxo 1 mL/min
Fluxo 1,5 mL/min