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MANUAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

Profª Renata Oliveira

Salvador – Bahia
2020.1

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1. INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular na área de Nutrição Clínica do Curso de Bacharelado em Nutrição da UNIJORGE é uma
atividade desenvolvida em unidades hospitalares e/ou clínicas conveniadas com a instituição.

A Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas n.º 223/99 que dispõe sobre o exercício profissional do
Nutricionista na área de Nutrição Clínica prevê as seguintes competências deste profissional na área:

I. Avaliar a dieta, através de diferentes métodos, diagnosticando sua adequação frente às necessidades
nutricionais e dietoterápicas, considerando o aporte por via oral e/ou enteral e/ou parenteral, e os hábitos
alimentares, incluindo padrão alimentar quanto ao número, tipo e composição das refeições, disciplina,
restrições e preferências alimentares e apetite;

II. Avaliar os hábitos e as condições alimentares da família, com vistas ao apoio dietoterápico, em função de
disponibilidade de alimentos, condições, procedimentos e comportamentos em relação ao preparo,
conservação, armazenamento, higiene e administração da dieta;

III. Avaliar o estado nutricional do paciente, inspecionando-o fisicamente, realizando o inquérito dietético,
utilizando medidas antropométricas, exames laboratoriais, solicitados pelo Nutricionista ou por outro
profissional, a partir dos diversos métodos e técnicas cientificamente comprovados, considerando aspectos
individuais e clínicos;

IV. Participar, em conjunto com equipe multiprofissional, do processo de indicação, evolução e avaliação da
nutrição enteral e/ou parenteral;

V. Efetuar a prescrição da dieta baseada no diagnóstico nutricional, considerando diagnósticos e condutas dos
demais profissionais da equipe multiprofissional;

VI. Sistematizar o atendimento de nutrição, efetuando levantamentos de dados, diagnósticos e condutas, incluindo
prescrições e orientações, segundo a patologia e demais fatores que envolvem a dietoterapia, durante o
tratamento e o momento da alta em nutrição;

VII. Avaliar sistematicamente a aceitação e adequação nutricional da dieta, a evolução do estado nutricional e
clínica do paciente, fazendo alterações nas prescrições da dieta e/ou dietética e demais condutas, se necessário;

VIII. Planejar, desenvolver e avaliar o programa de educação nutricional destinado ao paciente;

IX. Dar alta em nutrição;


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X. Registrar e assinar no prontuário todo atendimento de nutrição prestado ao paciente.

A Dietoterapia, ramo da ciência da Nutrição, deve ser aplicada ao ser humano com o objetivo de preservar,
promover e recuperar a saúde por meio de métodos e técnicas específicas, que fazem parte da formação profissional do
Nutricionista.

A Assistência Nutricional Hospitalar deve considerar o estado nutricional como ferramenta de identificação de
risco de morbidade e mortalidade hospitalar.

O Estágio Curricular em Nutrição Clínica da UNIJORGE está alinhado com as diretrizes curriculares para os
cursos de Nutrição no Brasil. Nesse sentido, o estagiário partirá da análise dos problemas nutricionais de relevância
clínica para o paciente assistido, propondo ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e assistenciais,
promovendo estratégias de reeducação em nutrição e saúde, com o objetivo de aprimorar o aprendizado, habilidades e
competências para o tratamento de indivíduos doentes hospitalizados.
No período do estágio o aluno acompanhará o trabalho do nutricionista e integrar-se-á à rotina propondo e/ou
executando atividades inerentes ao exercício da profissão. As atividades desenvolvidas no estágio ocorrerão sob
acompanhamento e orientação de um nutricionista (preceptor) e sob a supervisão geral do Supervisor de Estágio em
Nutrição Clínica e ciência da Coordenação do Curso e da Diretoria Acadêmica da UNIJORGE.

2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
Permitir ao aluno concluinte do curso de graduação em Nutrição da UNIJORGE desenvolver atividades práticas no
campo da assistência hospitalar.

2.2 ESPECÍFICOS
 Correlacionar conteúdos teóricos e práticos trabalhados ao longo da graduação para mobilizar competências
necessárias no desenvolvimento de ações profissionais na área clínica;
 Habilitar o aluno a atuar na promoção e reabilitação da saúde e prevenção de doenças;
 Determinar o diagnóstico nutricional dos indivíduos hospitalizados utilizando-se dos indicadores diretos e
indiretos do Estado Nutricional nas diversas especialidades clínicas;
 Desenvolver assistência nutricional para os doentes nas Enfermarias de Clínica Médica, Cirúrgica ou outras
onde estiverem atuando durante o estágio;
 Desenvolver atividades de educação nutricional para os doentes e familiares assistidos nas Enfermarias.
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3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTÁGIO CURRICULAR
3.1 ATRIBUIÇÕES GERAIS

SUPERVISOR DE ESTÁGIO

- Cumprir ou assegurar o cumprimento das normas dos Regulamentos de Estágio Supervisionado pelos
Preceptores e discentes da Instituição.

- Elaborar o planejamento do programa de estágio dos alunos, de acordo com o campo de atuação, bem como
responder legalmente pelas atitudes e procedimentos desenvolvidos pelos alunos durante todo o período de
prática de estágio.

- Discutir com o preceptor da unidade de saúde onde é realizado o estágio as atividades a serem desenvolvidas,
ou acompanhar diretamente os alunos no desempenho do atendimento prático aos pacientes, orientando-os
quanto aos procedimentos a serem adotados.

- Realizar a avaliação processual dos discentes, de acordo com as normas de avaliação proposta pelo estágio,
analisando estratégias específicas para sanar as deficiências técnicas identificadas.

- Participar das reuniões do estágio convocadas pelo Supervisor de Estágio sempre que solicitado, bem como
assegurar o cumprimento dos prazos referentes às etapas de realização do estágio pelos alunos, de acordo com
o calendário acadêmico.

- Interagir com os Preceptores e assessorá-los nas atividades de estágio, de forma a favorecer o aprendizado
prático dos alunos nas unidades de saúde onde estão inseridos.

- Cumprir sistematicamente os prazos estipulados no calendário acadêmico para lançamento de parâmetros,


freqüências, notas dos discentes e demais atividades acadêmicas que se fizerem necessárias.

- Analisar os resultados obtidos na avaliação de docentes, utilizando-os como base para elaboração e proposição
de ações pedagógicas para a área de estágio.

- Ministrar aulas práticas em laboratórios.

PRECEPTOR DE ESTÁGIO

- Auxiliar o supervisor responsável pelo estágio curricular na elaboração do planejamento do programa de


estágio, bem como discutir com ele o plano de atividades a ser desenvolvido por cada aluno.

- Apresentar aos alunos a unidade de saúde onde será realizado o estágio e a equipe de trabalho, bem como
acompanhá-los nos procedimentos a serem seguidos, explicitados em estatutos, normas, rotinas e documentos
oficiais da Instituição.

- Observar os alunos no desenvolvimento das atividades práticas, de acordo com o plano pré-estabelecido e com
a infra-estrutura de cada unidade de saúde, intervindo no atendimento aos pacientes quando necessário.

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- Subsidiar o supervisor de estágio com informações no processo de avaliação dos discentes, analisando
estratégias específicas para sanar as deficiências técnicas identificadas nos alunos.

- Participar das reuniões do estágio convocadas pelo docente responsável pelo estágio curricular sempre que
solicitado.

ESTAGIÁRIO
- Entregar ao preceptor, no primeiro dia de estágio as folhas de freqüência.
- Informar-se dos instrumentos que regulam o funcionamento da Unidade: normas e procedimentos gerais e
seguí-los. Observar e respeitar a hierarquia organizacional.
- Ser pontual e assíduo. Registrar diariamente na folha de freqüência com os horários de entrada e saída e
assinar. Em caso de ausência, comunicar, com a devida antecedência, ao preceptor para autorização.
- Ser ético com preceptor/orientador, colegas de trabalho e funcionários, procurando manter um bom
relacionamento com todos.
- Ser cuidadoso com o seu vestuário, mantendo-o sempre limpo e adequado à função e ao local de trabalho.
- Cumprir as atividades e tarefas inerentes ao estágio de acordo com o plano estabelecido, discutindo sempre
com seu preceptor qualquer necessidade de mudança.
- Empenhar-se nas atividades inerentes ao seu trabalho, evitando desvios de função.
- Não fumar nas áreas de trabalho. Evitar conversas excessivas dentro da área de trabalho.
- Participar ativamente do dia-a-dia da Unidade demonstrando interesse, segurança, responsabilidade e
competência no desempenho das suas atividades.
- Preservar o bom ambiente no local de trabalho, sendo exemplo nas atitudes, nas palavras e no cumprimento das
suas responsabilidades.
- Cumprir os prazos estabelecidos para a execução semanal e entrega das atividades e relatório final.

3.2 METODOLOGIA

Desenho de pessoal do estágio:


 Supervisor de Estágio
 Preceptor do Estágio
 Nutricionistas do Serviço de Nutrição
 Alunos do Estágio Curricular
 Nutricionistas e/ou Residentes de Nutrição da Unidade Hospitalar
 Enfermeiros e Auxiliares de Enfermagem
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 Médicos, Residentes e Internos do curso de Medicina
 Demais profissionais de saúde (fisioterapeuta, assistente social, psicólogo ...)
 Relação preceptor / aluno: dependerá do quantitativo de aluno por semestre, não devendo ultrapassar
1:6.
Local de estágio:
Hospitais públicos e privados conveniados com a UNIJORGE.

Atividades a Serem Desenvolvidas


Enfermarias:
 Realizar a admissão do paciente utilizando o formulário adequado proposto pela instituição;
 Elaborar o plano terapêutico dietético como base no estado nutricional de cada indivíduo;
 Monitorar a evolução clínica e nutricional diária de cada paciente, promovendo assistência integrada;
 Interagir com a equipe de saúde para a promoção da adequação integrada da assistência aos pacientes;
 Registrar em prontuário todas as etapas da assistência nutricional (avaliação e diagnóstico nutricional,
requerimentos diários de energia e nutrientes, prescrição dietética, evolução nutricional diária),
utilizando os protocolos da instituição;
 Supervisionar e orientar o processo de distribuição e administração de dietas;
 Promover a educação nutricional e alimentar para os pacientes e/ou cuidadores;
 Identificar, determinar e orientar a alta nutricional.

Em sala de aula
 Avaliação da evolução e desempenho do aluno quanto ao desenvolvimento das atividades previstas no
estágio;
 Discussão de artigos científicos;
 Planejamento das ações a serem desenvolvidas nas Enfermarias do Hospital conveniado com a
UNIJORGE;
 Encontros semanais com atividades técnico-pedagógicas que estimulem o raciocínio crítico favorecendo
o melhor desempenho do discente em suas atividades práticas;
 Apresentação de artigo científico;
 Apresentação de estudo de caso;
 Realização de uma avaliação escrita individual ao final do estágio.

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3.3 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ROTINA HOSPITALAR

ROTINA DA ENFERMARIA

 Comparecer à enfermaria no horário estabelecido devidamente uniformizado (uso de jaleco branco e sapato
fechado). Não é permitido o uso de acessórios (argolas, colares, pulseiras).
 O aluno deverá fazer uso do crachá, para sua identificação pelos demais profissionais.
 Deverá portar seu próprio material de trabalho obrigatório (caneta, lápis, borracha, calculadora, prancheta, fita
métrica inelástica)
 Ler diariamente o livro de ocorrências do serviço e/ou da enfermaria, a fim de verificar as notificações do
período anterior.
 Dirigir-se à enfermaria, buscando as possíveis admissões, altas ou óbitos, ou qualquer intercorrência.
 Caso haja admissão, o aluno deverá buscar as devidas informações a respeito do paciente em prontuário, a fim
de liberar imediatamente, caso necessário, a dieta no mapa da copeira.

OBS.: Na necessidade de consulta mais pormenorizada dos dados de prontuário deve-se tomar o cuidado de manter
a organização, devolvendo-o ao seu devido lugar.

 Em caso de altas e óbitos, os nomes dos pacientes deverão ser excluídos dos mapas da copa, da nutricionista e
do lactário (quando o paciente recebe dietas especiais)
 Deve-se observar os exames e cirurgias agendados de urgência para o dia, que necessitam de jejum, a fim de
realizar suspensão da dieta. Esses jejuns deverão constar nos mapas da copa, da nutricionista e do lactário.
 Em seguida, o aluno deverá realizar a visita diária aos seus pacientes, buscando explorar o quadro clínico e os
sintomas do paciente, como dor, febre, dispnéia, icterícia, diarréia, tosse, edema.
 Deverá ser realizada a antropometria do paciente semanalmente (seguir rotina do serviço de nutrição e a cada
admissão) ou conforme a evolução do quadro.
 Diariamente, deverá ser realizado exame físico completo, bem como avaliação dos exames bioquímicos do
paciente.
 Os demais profissionais da equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, auxiliares, psicólogos,
fisioterapeutas, assistentes sociais) deverão ser diariamente contatados, para discutir informações relevantes a
respeito de seus pacientes. Deve-se, nos momentos de discussão, atentar para a ética profissional, valorizando a
postura, respeito, domínio do conteúdo e linguagem utilizada.
 Verificar as prescrições médicas dos seus pacientes diariamente, atualizando os mapas da copa e do lactário até
as 10:30h (MANHÃ) ou 16:00h (TARDE). Após esse horário existe a possibilidade da copeira não se encontrar
mais na enfermaria, devendo se direcionar para a confecção das dietas dos pacientes. Caso haja extrema necessidade
(admissões, cirurgias suspensas, exames suspensos), o preceptor deverá ser informado, para tomar as devidas
providências.
 As prescrições não vistas durante o horário do estágio devem ser sinalizadas no mapa da nutricionista ao lado
do nome do respectivo paciente com a sigla SP (Sem prescrição), ao mesmo tempo colocando-se tal informação no
livro de ocorrências, a fim de que possa ser vista no próximo turno.
 Acompanhar a distribuição de todas as refeições fornecidas durante o horário do estágio, observando as
características físicas (consistência, temperatura, volume), higiênicas (da copeira, da copa, das “quentinhas”).
 Realizar diariamente a evolução nutricional escrita do paciente, que deverá ser lida e assinada pelo supervisor,
e anexada ao prontuário. As fichas de evolução não deverão ser grampeadas umas nas outras, para não
sobrecarregar o volume do prontuário.

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HORÁRIO MÁXIMO DE ENTREGA DE EVOLUÇÕES AO PRECEPTOR:
- MANHÃ: 10:00h
- TARDE: 16:00h

 Observar diariamente a marcação de exames e cirurgias em local pré-estabelecido na enfermaria (nem sempre
serão informados na prescrição ou no prontuário), a fim de sinalizá-los nos mapas.

OBS.: Os jejuns só deverão ser colocados no MAPA DA COPA na VÉSPERA DO EXAME.

 Em casos de admissão devem ser aplicados os formulários de Avaliação Nutricional Subjetiva Global constante
dos anexos.
 O mapa da nutricionista deverá ser atualizado até as 10:00h assim como os da copa e do lactário (este último em
caso de dietas especiais) . Todos os mapas devem conter exatamente as mesmas características das dietas dos
pacientes.
 Diariamente deve ocorrer a elaboração da ocorrência do dia, onde colocam-se as observações mais pertinentes a
respeito de seus pacientes, tais como: os registros de admissões, altas, realização de exames, mudança de conduta
nutricional, intercorrências, mudança de leitos, aceitação da dieta, ritmo intestinal, dentre outras.

OBS.: NÃO SERÁ PERMITIDA A SAÍDA DO ESTAGIÁRIO DA UNIDADE HOSPITALAR SEM O


PREENCHIMENTO DA OCORRÊNCIA.

Cada unidade hospitalar possui particularidades quanto ás suas rotinas, devendo o estagiário respeitá-las.

3.4 AVALIAÇÕES

Critérios para avaliação técnica


 Conhecimento em relação à Fisiopatologia e Dietoterapia pertinentes às diversas enfermidades clínicas dos
doentes assistidos;
 Conhecimentos relativos à promoção da saúde de indivíduos enfermos;
 Aplicação adequada dos conhecimentos necessários à atuação durante o estágio;
 Apresentação de Estudo de Caso;
 Avaliação Processual;
 Avaliação Escrita Individual;
 Discussões em grupo.
Responsável pela avaliação: Supervisor do Estágio.

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Critérios para avaliação de atitude
 Apresentação adequada
 Postura
 Utilização do vocabulário adequado
 Responsabilidade e compromisso
 Atitude positiva e propositiva
 Crescimento formativo
Responsável pela avaliação: Supervisor do Estágio.

Critérios para avaliação do Estudo de Caso


 Clareza, objetividade e postura;
 Linguagem formal adequada à apresentação;
 Domínio do conteúdo;
 Capacidade de correlacionar o conteúdo à realidade da enfermaria;
 Capacidades crítica, reflexiva e propositiva;
Responsável pela avaliação: Supervisor do Estágio.

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AVALIAÇÃO - ESTUDO DE CASO

Serão observados:
- Postura e organização geral da apresentação
- Avaliação e diagnóstico nutricionais
- Fisiopatologia e itens envolvidos
- Cálculo de necessidades e prescrição
- Cardápio proposto
- R ecomendações e Referencias Bibliográficas
- Domínio do conteúdo

 Em todos os itens, serão verificados: domínio, clareza, linguagem utilizada, uso de nomenclaturas clínicas
apropriadas;
 A apresentação será individual e deverá ocorrer no tempo máximo de 35 minutos com tolerância de 5 minutos;
 O estudo de caso deverá seguir o roteiro exposto no anexo 4;

 É obrigatório a entrega de uma cópia dos slides antes do início da apresentação.

AVALIAÇÃO ESCRITA INDIVIDUAL

 Será realizada ao final do Estágio de Nutrição Clinica e envolvera conhecimentos gerais adquiridos durante
a graduação e nas atividades do estágio;
 A avaliação constara de questões abertas e fechadas totalizando dez pontos;
 A data será previamente divulgada pela supervisora do estágio, sendo respeitado o calendário institucional para o
semestre letivo;
 A realização da avaliação é obrigatória para todos os alunos matriculados no estágio de Nutrição Clinica;
 A realização de segunda chamada será programada conforme orientações gerais da instituição (solicitação,
pagamento de boleto bancário);
 A não realização desta atividade implicará atribuição de nota zero para o estagiário.

OBS 1: Consultas médicas e odontológicas não deverão ser agendadas no horário de estágio. Caso isso ocorra, o aluno
deverá comunicar o preceptor com antecedência e apresentar no primeiro dia útil posterior a falta, o atestado de
comparecimento para que isso não acarrete redução na sua pontuação na avaliação processual. A carga horária
referente a esta falta deverá ser compensada até o último dia de estágio.

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OBS 2: Os SUPERVISORES do estágio deverão DE ANTEMÃO ser procurados para discussão do estudo de caso,
entretanto isso deverá acontecer até 48 horas antes da apresentação. Após esse prazo, eles não estarão mais
comprometidos a fazê-lo. A orientação do estudo de caso envolve observação geral de estrutura e esclarecimentos
de dúvidas que o estagiário possua. Não serão examinados item por item do trabalho.

OBS 3: As apresentações do Caso Clinico e do Estudo de Caso devem ocorrer impreterivelmente nas datas e horários
estabelecido pelo professor. O não comparecimento implicará em atribuição da nota zero á avaliação em questão.

OBS 4 A realização da avaliação escrita é obrigatória e a nota final do estágio apenas se dará após publicação da
mesma. Fica claro então, que a aprovação do aluno na disciplina de estágio esta condicionada ao seu desempenho na
referida avaliação.

PESO DAS AVALIAÇÕES

AV1 - Avaliação processual – professor supervisor do estágio - Reuniões de estágio, pontualidade nas entregas das
atividades semanais, conteúdo das atividades e embasamento teórico - Peso 2,0

AV2 – Apresentação do Estudo de Caso – Peso 2,0

AV3 – Verificação Teórica – 2,0

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREOLI, T.E. et al. CECIL Medicina Interna. Tradução de Vasconcelos, M. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 1998.
BIESALSKI, H.K., GRIM, P. Nutrição: Texto e Atlas. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CAMPOS, ACL. Nutrição em Cirurgia. Clínica Brasileira de Cirurgia – Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Ano VII –
Vol

ume I. São Paulo: Atheneu, 2001.


CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição clínica no adulto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2005
JESUS, Neide de. Manual de Dietas do Hospital Universitário Professor Edgard Santos. 2ª ed. Salvador:
EDUFBA, 2003.
LAMEU, E. Clínica Nutricional. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.
MAHAN, L. K. ; Krause, M. V. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 11 ed. São Paulo: Rocca, 2005.
MONTEIRO, J.P., CAMELO JR, J.S. Nutrição e Metabolismo – Caminhos da Nutrição e Terapia Nutricional: da
concepção à adolescência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

11
OLSON, J.A; SHIKE, M. SHILS, M.E. ET AL. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9. Ed. São
Paulo: Manole, 2003.
RIELLA, C., MARTINS, C. Nutrição e o Rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005
SILBERNAGL, S., LANG, F.. Fisiopatologia: Texto e Atlas. São Paulo: Artmed, 2008.
Sociedade Brasileira de Cardiologia – IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose,
2007.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Tratamento e acompanhamento do Diabetes mellitus - Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Diabetes, 2006.
Sociedade Brasileira de Hipertensão. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.
TELLES, JR; M.; LEITE, H.P. Terapia nutricional no paciente pediátrico grave. Editora Atheneu, 2005.
VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Reichemann & Affonso Editores, 2003.
WAITZBERG, D. L Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica.. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu. 2001.

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Anexo 01

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PROCESSUAL


Curso: Nutrição
Disciplina: ESTÁGIO CURRICULAR EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
Nome:
* Marque o numero de 0 a 10 que melhor se aplica ao item avaliado. O grau 10 representa o grau máximo do item
avaliado e o grau zero (0) significa o mínimo do item avaliado.

Domínio Cognitivo (Peso 8)

Critérios Nota

Capacidade de empregar adequadamente a língua portuguesa


(0,5 pt)

Objetividade, clareza, e capacidade de usar adequadamente as


nomenclaturas clínicas (0,5pt)

Capacidade de aplicar anamnese, explorar o quadro clínico e


os sintomas (dor, febre, dispnéia, icterícia, diarréia, tosse,
edema...) apresentados pelo paciente (0,5pt)

Capacidade de descrever a história clínica do paciente (1,0 pt)

Habilidade para realizar exame físico e antropométrico (1,0 pt)

Capacidade de formular o diagnóstico nutricional do paciente


após utilização dos indicadores nutricionais (1,0pt)

Capacidade de compreender a fisiopatologia da doença do


paciente (1,0pt)

Capacidade de prescrever a dietoterapia adequada a condição


clínica do paciente (1,0pt)

Capacidade de elaborar e redigir a evolução em prontuário


(1,0 pt)

Rotina da enfermaria (0,5 pt)

SUB TOTAL

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Domínio Afetivo (Peso 2)

Critérios Nota

Qualidade da Relação Nutricionista/Paciente


Respeito - Capacidade de respeitar as crenças do paciente/
Sensibilidade as dificuldades físicas do paciente (0,5 pt)

Relacionamento - Capacidade de interagir com as pessoas de


diversos níveis, independente das situações na enfermaria/
Adequação do vocabulário (0,5pt)

Responsabilidade e Compromisso - Cumprimento das


normas e prazos das atividades propostas pela equipe (0,3 pt)

Atitude Positiva e Propositiva – iniciativa e criatividade (0,5pt)


SUB TOTAL

MÉDIA FINAL

Data: __________________

Nota final:__________________
Assinatura do Supervisor (a): ______________________________________________

RECOMENDAÇÕES:____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________

CONCEITO FINAL: _________________


DECLARAÇÃO DO ALUNO: ( ) Ciente __________________________________
ASSINATURA DO SUPERVISOR: _________ ______________________________
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Anexo 02

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Curso: Nutrição
Disciplina: ESTÁGIO CURRICULAR EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
Nome:

Critérios de Avaliação Nota

Clareza, objetividade, postura e organização


geral da apresentação (1,0pt)

Avaliação Nutricional e Diagnóstico


Nutricional – antropometria, exame físico,
história dietética e exames bioquímicos (2,0
pt)
Fisiopatologia e itens envolvidos – explicação
e domínio do conteúdo/ correlação com o
quadro clínico (2,0 pt)

Cálculo de necessidades nutricionais e


prescrição dietética – macronutrientes,
micronutrientes, ingestão hídrica, cálculos de
adequação (2,0pt)

Cardápio proposto – estrutura do cardápio,


adequação dos nutrientes – preparações,
gramagem e medida caseira (2,0pt)

Recomendações nutricionais – orientações


nutricionais especificas do paciente (1,0pt)

Nota Final

RECOMENDAÇÕES:____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________

CONCEITO FINAL: _________________

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DECLARAÇÃO DO ALUNO: ( ) Ciente __________________________________
ASSINATURA DO SUPERVISOR: _________ ______________________________

Anexo 03
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL

NOME: IDADE:

ENFERMARIA: LEITO: REGISTRO: DATA:

HISTÓRIA MÉDICA
Mudança de peso
. Peso atual: ________ Perda de peso há 6 meses atrás: _______ Mudança de peso: ________ kg ________% CLASSIFICAÇÃO
A B C
. Mudança de peso nas últimas duas semanas atrás: ___________ sem alteração
(nota: recente ganho significante pode ___________ aumento
negar as perdas anteriores) ___________ diminuição
Ingestão Dietética
Não mudou: __________ Adequado ___________ Inadequado
Mudou: ___________ Duração
_______________ Dieta sólida com quantidade insuficiente
_______________ Dieta líquida completa
_______________ Dieta líquida hipocalórica
_______________ Jejum/inanição

Sintomas Gastrointestinais
Sintoma Freqüência* Duração¤
( ) nenhum _________ __________
( ) náusea _________ __________
( ) vômito _________ __________
( ) diarréia _________ __________
( ) anorexia _________ __________
*Nenhum, 1 a 2 vezes p/sem, 2 a 3 vezes p/semana, diário. ¤ > 2 semanas, < 2 semanas
Capacidade Funcional
___________ sem alteração
Descrição: Duração:
___________ com alteração: _________
___________ dificuldade em deambular _________
___________ dificuldade com as atividades normais _________
___________ atividade diminuída _________
___________ acamado/sentado todo o tempo com pouca ou nenhuma atividade _________
___________ melhora na função _________

Doenças e sua relação com as necessidades nutricionais


Diagnóstico primário _________________________________________________

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Comorbidades _____________________________________________________
Necessidades normais __________ aumento das necessidades ______________
Estresse metabólico agudo: nenhum _______ leve _______ moderado _________ alto _________

EXAME FÍSICO
Diminuição de tecido adiposo (abaixo dos olhos, tórax, tríceps, bíceps): ( ) algumas áreas ( ) todas as áreas
Redução da massa muscular (músculos da região das têmporas, dos ombros, da clavícula, da escápula, das costelas
inferiores, interósseos, da coxa, do joelho e da panturrilha):
( ) algumas áreas ( ) todas as áreas

Edema (relacionado com desnutrição): ( ) sim ( ) não

Ascite (paciente em hemodiálise só relacionado com desnutrição): ( ) sim ( ) não

CLASSIFICAÇÃO DA AGS
Bem nutrido: Classificação “A” na maioria das categorias ou melhora significativa
Desnutrido leve/moderado: Nem a classificação “A” nem a “C” estão claramente indicadas
Desnutrido grave: Classificação “C” na maioria das categorias, sobretudo no exame físico.
Fonte: Linda McCann, 1995

Orientações Para Determinar A Classificação Da Avaliação Global Subjetiva


A força da Avaliação Global Subjetiva (AGS) é o julgamento clínico do profissional. Os aspectos mais significantes dessa avaliação são a perda de peso,
a redução da massa muscular e a perda de gordura. As orientações que seguem podem ajudar e são importantes para que o profissional confie em seu
senso comum e habilidade clínica para avaliar o paciente. Obviamente, se o paciente está piorando ou melhorando, essas mudanças refletirão na
classificação. Também, pode-se considerar o estado geral do paciente.

Bem nutrido: uma classificação A na maioria ou em todas as categorias, sustentando melhora de um estado de desnutrição questionável ou leve a
moderado. Isto é possível para um paciente classificado como bem nutrido baseado no progresso positivo e significante, apesar das perdas anteriores de
estoques de gordura ou de redução da massa muscular.
Desnutrição leve a moderada ou suspeita de desnutrição: Nem nutrido, nem gravemente desnutrido estão claramente indicados, e/ou a maioria das
categorias estão categorizadas em B, ou o paciente está desnutrido gravemente, mas tem mostrado significativa melhora. Os pacientes podem ter
reduções claras na massa muscular, no estoque de gordura, no peso e comprometimento da ingestão, mas elas estão leves ou inconsistentes. O peso
do paciente pode ter estabilizado em 5 a 10% em relação ao padrão.
Desnutrição grave: classificação C (moderado a grave) na maioria das categorias. Existem sinais físicos de desnutrição – perda do estoque de gordura,
redução da massa muscular e perda de peso, bem como, ingestão alimentar diminuída, perdas excessivas de nutrientes ou estresse agudo.

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HISTÓRIA MÉDICA
PESO DOENÇAS/CO-MORBIDADES
(Pós-tratamento, excluindo fluídos da Diálise Peritoneal) Sem estresse = A
Mudança de peso há 6 meses atrás Estresse leve a moderado (ex., infecção, trauma esquelético,
< 5% mudança de peso = A malignidade = B
5 – 10% de redução = B Estresse grave (ex., colite ulcerativa com diarréia) = C
> 10% de redução = C
> 10% de redução, mas com ganho de 5 – 10% = B
5 –10% de redução, mas melhorando = pode mudar para A

Mudança de peso nas últimas duas semanas EXAME FÍSICO


Não mudou, peso normal = A Gordura Subcutânea
Redução em até 5% = A Depleção grave em muitos ou todas as áreas = C
Aumentando/crescente = classificado em um nível acima do anterior Sem ou leve depleção em muitas ou todas as áreas = A
Estável, mas peso baixo do habitual ou desejado = B Depleção moderada a grave em muitas, mas não em todas as áreas = B
Alguma recuperação do peso, mas ainda incompleto = B Depleção leve a moderada em todas as áreas = B
Diminuindo/ decrescente (até mesmo em obeso) = C

INGESTÃO DIETÉTICA Redução da Massa Muscular


Mudança da ingestão dietética Depleção grave em muitos ou todas as áreas = C
Ingestão boa, sem ou com mudança não importante em pequena duração = Sem ou leve depleção em muitas ou todas as áreas = A
A Depleção moderada a grave em algumas áreas = B
Ingestão limite, mas diminuindo = B Depleção leve a moderada em muitas ou todas as áreas = B
Ingestão insuficiente, sem alteração = B ou C (depende como estado
anterior)
Ingestão insuficiente, mas aumentando = B
Ingestão insuficiente e diminuindo = C
Duração/grau da mudança da ingestão dietética
< 2 semanas, pequena ou sem mudança = A
> 2 semanas = dieta subótima leve a moderado = B
Incapaz de comer a dieta ou jejum (inanição) = C

SINTOMAS GASTROINTESTINAIS Edema


Poucos sintomas, intermitente = A (se secundário a desnutrição, habitualmente junto com proteínas séricas
Alguns sintomas, > 2 semanas = B
baixas e redução da massa muscular)
Grave, sintomas persistentes, mas melhorando = B (possivelmente)
Alguns ou todos os sintomas, freqüentemente ou diário, > 2 semanas = C Sem edema ou leve = A
Edema leve a moderado = B
Edema grave = C

CAPACIDADE FUNCIONAL Ascite


(Diminuindo a força ou a resistência devido a desnutrição, ex. se ao (somente pacientes em hemodiálise, se secundário a desnutrição,
levantar da cadeira apresenta dificuldade por causa do desgaste habitualmente junto com proteínas séricas baixas e redução da massa
muscular nas pernas) muscular)
Sem enfraquecimento, mesma força/resistência, capacidade funcional Ascite leve ou insignificante = A
Ascite leve a moderada ou melhorando de um estágio grave = B
total = A
Grave, ascite significante ou que deteriore = C
Redução leve a moderada da força/resistência, algum prejuízo da
atividade habitual = B
Redução grave da habilidade funcional, acamado = C
Redução grave, mas melhorando = B
Redução leve a moderada, mas melhorando = A
Fonte: Linda McCann, 1995

18
Músculo temporal – músculo que se origina na fossa temporal. Músculo redondo maior e menor – músculos que se originam na margem maxilar da escápula.
Músculo deltóide – músculo em forma de delta, que recobre a articulação do ombro (clavícula, acrômio e Músculo romboidais – músculos que se originam nas espinhas das últimas vértebras cervicais (do
espinha da escápula). pescoço) e das primeiras dorsais (parte posterior) e se inserem na borda vertebral da escápula.
Músculo trapézio – músculo que se origina no osso occipital, no ligamento nucal e nas espinhas das Músculo gastrocnêmio – músculo da parte posterior da perna, originado, através de duas cabeças, da
vértebras dorsais e se insere na clavícula, no acrômio e a espinha da escápula. superfície posterior dos côndilos (saliência arredondada) lateral e medial do fêmur.
Músculo escaleno – um dos três músculos do pescoço, que provêm dos processos transversais das Músculos interósseos – músculos entre os ossos, que se localizam entre o dedo polegar e o
vértebras cervicais e se inserem nas duas primeiras costelas. indicador.
Músculo grande oblíquo – músculo localizado nas oito costelas inferiores Músculo quadríceps – grande músculo extensor da coxa.
Músculo subescapular – músculo localizado abaixo da escápula. Músculo poplíteo – músculo situado na face posterior da perna, ao nível da articulação do joelho.
EXAME FÍSICO DA AVALIAÇÃO GLOBAL SUBJETIVA DO ESTADO NUTRICIONAL.
Orientações Bem Nutrido Desnutrição Leve/Moderada Desnutrição Grave
Gordura Subcutânea Examinar reservas de gordura.
Abaixo dos olhos (subórbital) Verificar embaixo e ao redor dos olhos. Depósito de gordura visível Círculos escuros, depressão, pele solta e
flácida.
Regiões do tríceps e do bíceps Cuidado para não prender o músculo ao pinçar o Tecido adiposo abundante Pouco espaço de gordura entre os dedos
local. Movimentar a pele entre os dedos ou os dedos praticamente se tocam
Massa Muscular Em geral os grupos musculares das partes
superiores do corpo são mais suscetíveis à perda
Têmporas Observar de frente, olhar para os lados. É possível observar o músculo bem Depressão leve Depressão, encovadas.
definido
Clavícula Observar a extensão da linha da clavícula. Quanto Em homens não está visível, em Osso levemente proeminente, mas Osso proeminente.
< a MM mais proeminente é o osso. mulheres pode estar visível, mas difícil de distinguir.
não proeminente.
Ombros O paciente deve posicionar os braços ao lado do Formato arredondado na curva da Acrômio levemente protuberante Ombro em forma quadrada (formando um
corpo. Procurar por ossos proeminentes. junção do ombro com o pescoço e ângulo reto), com ossos proeminentes.
do ombro o braço. É possível pinçar
o tecido muscular na junção do
ombro.
Escápula Procurar por ossos proeminentes. O paciente deve Ossos não proeminentes, sem Depressões leves ou ossos Ossos proeminentes, visíveis. Depressão
estar com o braço esticado e empurrar para frente depressões significantes. levemente proeminentes. Músculos entre a escápula, as costelas, ombro e
a mão contra uma superfície sólida. parecem definhados. coluna vertebral. Perda evidente de tecido
nas depressões acima da escápula.
Costelas Observar as depressões das costelas, com o As costelas não aparecem. Costelas aparentes, mas sem As costelas estão bem aparentes.
paciente pressionando a mão contra um objeto depressões. Podem estar pouco ou
sólido. muito pronunciadas.
Entre os dedos da mão Observar no dorso da mão o músculo entre o Músculo saliente, ode estar Com pequena depressão ou Área entre o dedo indicador e o polegar
polegar e o indicador, quando esses dedos estão levemente achatado (sobretudo em levemente achatada achatada ou com depressão profunda.
unidos, pressione-os. mulheres)
Coxa Pinçar e sentir o volume do músculo quadríceps, Sem depressão Parte interna da coxa com Parte interna da coxa com depressão ou
com o paciente em posição sentada. depressão leve difícil de identificar. redução significativa.
Joelho O paciente deve estar sentado com os pés Músculos salientes e ossos não Perda leve a moderada ao redor do Ossos salientes.
apoiados em uma superfície sólida protuberantes joelho.

19
Panturrilha Pinçar o gatrocnêmio para determinar a Bem desenvolvida, apresentando Difícil de detectar. Não apresenta definição de músculo
quantidade de tecido. aparência normal. Redução acentuada de tecido.
Edema/Ascite
Tentar identificar outras causas não Em pacientes com mobilidade, observar o tornozelo. Sem sinais de retenção de líquidos. Edema leve a moderado Edema aparente significante.
relacionadas com a desnutrição. Aqueles com atividade muito leve observar o sacro.
Considerar somente o edema
nutricional.

20
Anexo 04

Roteiro para Elaboração do Estudo de Caso

1. Introdução: objetivo do trabalho, local da coleta de dados;


2. Identificação do paciente: iniciais do nome, idade, sexo, cor, estado civil, nacionalidade,
naturalidade, procedência, escolaridade, profissão e ocupação.
3. História clínica:
3.1- QP: motivo pelo qual o paciente procurou o atendimento
3.2- HMA: época e início da doença, modo de evolução e tratamentos efetuados, intercorrências de
outros sintomas e queixas atuais.
3.3- HPP: breve relato das patologias ocorridas anteriormente.
3.4- História familial: saúde e causa de morte dos pais, filhos e colaterais.
3.5- História familiar: pessoas e outros seres, parentes ou não - vizinhos, cônjuge,empregados,
animais.
3.6- História social: condições de habilitação, tipo de trabalho, uso de drogas, sono e imunizações,
hábitos de vida (tabagismo, alcoolismo, exercícios, etc.).
4. Diagnóstico clínico e/ou suspeitas diagnósticas- patologias apresentadas pelo paciente com
enfoque nas que forem mais importante;
5. Fisiopatologia: discutir a fisiopatologia dos problemas encontrados fazendo correlação com o
paciente. Revisão da literatura + quadro clínico do paciente, como a(s) enfermidade(s) está(ão)
manifestada(s) no paciente e suas interrelações.
6. Medicações em uso com interação droga/nutriente – listar apenas os medicamentos em uso
regular. Apresente em forma de tabela: medicamento, substância ativa, ação e interações com
nutrientes. Ex.
Medicamentos Indicação Ação Efeito Interação
Colateral/Adverso c/
nutrientes
Cloridrato de Antidepressivo Inibidor da Boca seca, -
Sertralina - captação de sudorese, tontura,
50 mg - 1 vez Usado para serotonina no tremor, diarréia,
ao dia tratamento de SNC. perda de apetite,
sintomas de sonolência,

21
depressão insônia, anorexia,
perda de peso.
Sangue levemente:
Colesterol e TG,
Ácido Úrico.

7. Exames laboratoriais e complementares: laboratoriais e outros - fazer uma tabela destacando com
setas o que está alterado. O aluno deverá estar apto a explicar as alterações encontradas,
relacionando-as com as patologias do paciente e sempre que pertinente ás possíveis carências
nutricionais.

Hemograma Valores encontrados Valores de


referência
Hemácias (milhões / uL) 3,5 4,3 a 5,7
Hemoglobina (g/dL) 9,5 13,5 a 17,5
Hematócrito (%) 28,8 41,5 a 54,7
VGM (uL) 80,9 81 a 95,1
HGM (pg) 26,7 31 a 37
CHGM (g/dL) 33 11,8 a 15,6

8. Avaliação nutricional: Análise conjunta com conclusão do Diagnóstico Nutricional de acordo


com:
- Exame físico: antropometria e clínico nutricional
- Exames laboratoriais (referentes à avaliação nutricional)
- História dietética (avaliação quantitativa e qualitativa), média de consumo e aceitação, ressaltando as
intercorrências.

9. Evolução do paciente: clínica e nutricional durante o internamento e acompanhamento. Deverá ser


realizado um resumo sobre a evolução clinica e nutricional, especificar melhora ,intercorrências,
adesão ao tratamento dietético, ....
10. Objetivos dietoterápicos- devem ser elaborados baseado no caso clinico do paciente em estudo.
11. Prescrição dietoterápica: deve ser direcionada para o paciente em estudo e apresentada com
justificativas.

22
11.1- Necessidades nutricionais com distribuição de macronutrientes (%, kcal, g e g/Kg P).
Lembrem-se: a dieta está equilibrada quando a diferença da gramagem total de cada
macronutriente entre o previsto e o alcançado não ultrapassa 2g.
11.2- Características químicas:

* VET - apresentar fórmula utilizada p/ cálculo com justificativa;


* Macronutrientes- apresentar tabela com distribuição.
Necessidades nutricionais com distribuição de macronutrientes

Nutrientes % Kcal g g/Kg


P
Proteína 21,3 485,5 121,4 2,0

Carboidrato 55,0 1274,0 318,5 5,2

Lipídio 23,7 546,2 60,7 1,0

* Micronutrientes- prescrição e justificativa individualizada conforme necessidade do


paciente. Ex. Escaras- vit. C p/ auxiliar na formação do colágeno e favorecer cicatrização,
etc
* Quota hídrica- apresentar o cálculo;
* Condimentos
11.3- Característica físico-química: fibras (citando a gramagem prescrita)
11.4- Características físicas: consistência, volume, fracionamento, temperatura, justificar cada
uma delas.
12. Distribuição do cardápio: preparações, ingredientes, medida caseira, proposta de cardápio
equilibrado para o ambiente DOMICILIAR ou HOSPITALAR conforme a orientação docente (
seguir modelo padrão adotado no IMAS).
13. Apresentar uma tabela comparativa entre a estimativa de oferta nutricional e a real oferta
pelo cardápio proposto.

Macronutrientes Estimada Dieta Diferença

VET 2.306Kcal 2.306,46Kcal +0,46

23
Proteína 121,4g 120,2g -1,2

Carboidrato 318,5g 317,8g -0,7

Lipídios 60,7g 61,6g +0,9

Micronutrientes Recomendado Dieta Diferença


Fósforo(mg/dia) 700 1.665,92 +965,92
Cálcio (mg/dia) 1000 1.035,81 +35,81
Ferro (mg/dia) 8 23,76 +15,76
Zinco (mg/dia) 11 29,85 +18,85
14. Cálculos Extras: Relação Potássio/ Sódio, Cálcio / Fósforo, NDPCAL e Kcal/gN2

Kcal/g N2 (WAITZBERG, 2000 / JESUS, 2002 )


Determina a relação entre a quantidade de calorias não protéicas e a quantidade de
proteína ministrada na dieta.

Kcal/gN2 = aporte calórico não-protéico (Kcal)


g N2 da dieta
X = proteína total da dieta em g 1g N2 --- 6,25 g de proteínas
6,25 g X ---- proteína total da dieta em g

RECOMENDADO
Condições básicas: 180:1 - 300:1 (WAITZBERG, 2001)
150:1 (ASPEN, 1998)
Sem Estresse > 150:1 Leve / Moderado Estresse 150 – 100:1
Severo Estresse < 100:1 (80:1)

Insuficiência hepática – 100 a 130 Kcal/g N2 (se BN negativo) - (WAITZBERG, 2000)


Queimaduras – 150 Kcal/g N2 ou menor - (WAITZBERG, 2000)
Sepse – 100Kcal/g N2 (desnutrição) e 120 Kcal/g N2 (manutenção) – (WAITZBERG, 2000)

15. Recomendações dietéticas e orientações gerais: específicas para o caso clínico e para o paciente
16. Referências bibliográficas – expressas durante a apresentação, citações conforme normas
vigentes da ABNT.

24
Anexo 06

EVOLUÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES

De acordo com a Resolução do CFN nº304/2003 a evolução do paciente deve ser estruturada da
seguinte maneira.

Data Hora Evolução Nutricional Prescrição Dietoterápica


1) Condição psico-social 1. Via de administração
2) Ingestão alimentar 2. VET (Hiper, hipo ou normocalórico, valor
3) Tolerância alimentar numérico, DC kcal/kg peso)
4) Capacidade funcional 3. Macronutrientes
5) Exame físico  Carboidratos – HIPER, HIPO OU NOMAL, %
 Sinais e sintomas clínico- OU g DO TIPO USADO. FIBRAS (g/dia)
nutricionais  PROTEÍNA - HIPER, HIPO OU NOMAL, g/kg
 Antropometria PESO, SE SUPLEMENTAR DEVE REGISTRAR
6) Exames bioquímicos g AMINOÁCIDOS, NUCLEOTÍDEOS. Kcal:gN
7) Medicamentos em uso  LIPÍDIOS - HIPER, HIPO OU NOMAL, % OU g
8) Diagnóstico ou suspeita / DO TIPO USADO
risco nutricional 4. MICRONUTRIENTES (HIPER,HIPO OU
9) Plano NORMAL, g OU mg)
5. CONSISTÊNCIA
6. FRACIONAMENTO
7. SE EM USO DE SONDA REGISTRAR VOLUME
E GOTEJAMENTO
8. ASSINATURA
GLOSSÁRIO:

1. CONDIÇÃO PSICO-SOCIAL

É o relato sobre as condições de habitação, a higiene, a vida diária, a situação financeira


(condição econômica), recreação, casamento, religião, perspectivas acerca do presente e do futuro,
higiene, banho de rio, etc.
É de extrema importância colher os dados referentes aos aspectos sociais e culturais; pois o ato
da busca, da escolha, do consumo e proibições do uso de certos alimentos dentre todos os grupos
sociais são ditados por regras sociais diversas, carregadas de significados.

2. INGESTÃO ALIMENTAR

Item da anamnese em que o paciente relata a ingestão alimentar habitual, bem como se houve
ou não alteração no seu padrão de consumo alimentar, de forma não intencional. Se houve alteração,
deve-se avaliar a modificação na quantidade, na consistência, na composição (exclusão de leite, carnes,
etc.) e se ocorreu jejum total ou parcial.

3. TOLERÂNCIA DIGESTIVA

O paciente confirma ou não a presença de distúrbios gastrointestinais (disfagia, odinofagia,


anorexia, náuseas, vômitos, etc.). Se for confirmada a presença destes distúrbios, eles serão avaliados
conforme duração, intensidade e freqüência.

25
4. CAPACIDADE FUNCIONAL

Avaliar as modificações funcionais que possam ocorrer juntamente com as alterações


antropométricas e alimentares.

 Perguntar ao paciente acerca da presença de cansaço fácil e redução da resistência ao exercício físico
nas atividades diárias que requerem esforço físico (ex: subir escada), além da dificuldade de
cicatrização;
 Observar a locomoção do indivíduo pelo quarto;
 Avaliar a força com que o paciente aperta os dedos indicador e médio do examinador por 10
segundos (solicitar que aperte fortemente);
 Observar o encurtamento do fôlego à conversação em repouso.

A piora funcional é grave ao observar que essas atividades são realizadas com dificuldade ou não são
feitas. A piora da capacidade funcional deve ser avaliada à luz de fatores como idade, sexo, hábitos
corporais e presença de enfermidades incapacitantes da função normal.

5. EXAME FÍSICO

 SINAIS E SINTOMAS CLÍNICO-NUTRICIONAIS: realizado de forma sumária, utilizando a


palpação e a inspeção. Tem como objetivo a avaliação subjetiva da perda de gordura, massa
muscular e presença de líquido no espaço extracelular (edema tornozelo, sacral e ascite), bem
como sinais de deficiência ou excesso de nutrientes.
 ANTROPOMETRIA: consiste na medição dos diversos compartimentos corporais, por meio da
verificação de dados que inclui peso, altura, pregas cutâneas, circunferências.

6. EXAMES BIOQUÍMICOS

Com base em dados laboratoriais recentes e conforme protocolo pré-estabelecidos.

7. MEDICAMENTOS EM USO

Relacionar todos os medicamentos que apresentam interação com nutrientes, bem como
dosagem e efeito sobre o estado nutricional.

8. DIAGNÓSTICO E/OU SUSPEITA/RISCO NUTRICIONAL

Relacionar os dados acima.

9. PLANO

Deve ser registrada solicitação de exames, alta.

Adaptado da RESOLUÇÃO CFN N° 304/2003

26
LISTA DE FREQUÊNCIA Anexo 07

Lista de Frequência - Estagiário

Curso: Nutrição
Disciplina: Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica
Nome:
Matrícula: Mês:

Dia Entrada Saída Total Visto do


Assinatura
Prof./Orient.
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Assinatura do supervisor:

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